Estudos Literarios - Resumo - Hellen Romanha

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES – Campus Vitória – Polo UAB Baixo Guandu
Curso: Letras Português
Disciplina: Estudos Literários: metalinguagem e outras linguagens
Professor: Weverson Dadalto
Aluna: Hellen Romanha
UNIDADE A – POÉTICAS DO OLHAR
1 Para além do livro
No livro “Não contem com o fim do livro” (2010), Umberto Eco e Jean-Claude Carrière põem em pauta a impossibilidade do fim do livro decorrente do processo de virtualização do material escrito e impresso. O processo de cópia dos livros tirou sua unicidade e originalidade de tantas outras obras de artes desvalorizando-as. 
Benjamin destaca em seu ensaio (200, p.223) que as mudanças de impressão das obras de artes transformaram a maneira de como vemos a literatura, estabelecendo conexões como “literatura digital”.
Eco e Carrière demonstram assim que “o códex impresso”, o livro, sobreviveu e ainda sobrevive por séculos. Ele não perderá sua essência, funcionalidade e especificidade, pois não pode ser aprimorado.
Com a tecnologia notebooks, smartfones e agendas eletrônicas tornaram-se a extensão do corpo humano. O professor José Luís Jobim em “O texto no meio digital” (2009) assegura que o meio digital não eliminará por completo os suportes textuais que vieram antes da tecnologia. O que devemos fazer é saber filtrar a quantidade de informações em “artigo” confiável ou não.
Se compararmos o livro a suas formas anteriores, poderemos concordar que o livro também é uma tecnologia, o que muda são as técnicas de processamento de leitura e escrita.
Na conferência El libro digital, Antonio Rodríguez de las Heras ressaltou que o “livro” melhor representa a passagem de cultura e conhecimento; ele sempre residiu em um estabelecimento como biblioteca, livraria e que o leitor sempre precisou se deslocar para ter acesso a eles. Após o surgimento da imprensa, o leitor passou a transitar com o livro, mas, ainda assim, precisava ir até o local apropriado para obtê-los. Com a era tecnológica, o livro digital trouxe a comodidade ao leitor, podendo assim, ser acessado por várias pessoas ao mesmo tempo.
Katherine Hayles em seu livro “Literatura eletrônica” retrata a literatura criada no meio digital, ou seja, por um computador e tendo como resultado a leitura eletrônica. Por sua vez, produz outros dois gêneros literários: “ficção de hipertexto” e “ficção interativa”. A ficção de hipertexto permite lincar várias referências complementares para enriquecer o texto atual, já a ficção interativa permite a interação do leitor com a máquina, sendo muito comum nos jogos de videogame, onde o jogador/leitor se faz presente, “lê”, interage e joga, construindo a narrativa mediante o avançar do jogo.
2 As imagens e a literatura ou Estudos literários/visualidade
Para as primeiras palavras e imagens da história, utilizavam-se de signos, escrita e desenho para expressar uma mensagem.
Há registros de logramas que representavam desenhos esquemáticos.
Um logograma é um símbolo ou um grafema único que representa um conceito abstrato da realidade ou um conceito concreto; como seu desdobramento, temos o ideograma, um conceito representado por um símbolo gráfico, e um pictograma, um conceito diretamente representado por uma ilustração. 
A escrita cuneirfome, os hieróglifos e os glifos maias são os logogramas dos sistemas de escritas mais antigos da humanidade.
Atualmente, esses desenhos esquemáticos que representam num contexto uma frase, são associadas a literatura e artes plásticas.
A essência das artes plásticas são captadas pelo olhar, já a literatura necessita “muito mais das imagens retidas pela memória”.
Outra linguagem que dialoga com o texto literário advém de sua expressão gráfica. A linguagem gráfica é formada por alguns elementos: o ponto, a linha e a cor no plano; formando uma escrita também imaginária, ou seja, tem um aspecto visual da linguagem verbal. A caligrafia é formada pelo desenvolvimento da linha no espaço e é o primeiro passo para a escrita do livro.