Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fotossíntese Fotossíntese - fotoquímica Reações Fotoquímicas (2) Reações Químicas, Bioquímicas ou Fixação do Carbono Etapas da Fotossíntese * Etapa Bioquímica da Fotossíntese A incorporação (fixação e redução) de CO2 pelas plantas verdes Incorporação do C pela “Rota C3 ou Calvin-Benson” - (Ciclo C3) Soja, café, feijão, trigo, aveia, arroz, etc. Incorporação do C pela “Rota C4 ou Hatch-Slack” - (Ciclo C4) Milho, sorgo, cana-de-açúcar, grande nº. Gramíneas tropicais, algumas dicotiledôneas, etc. Incorporação do C pela “Rota CAM” - (Metabolismo Ácido das Crassuláceas) Cactos, abacaxi Ciclo de Calvin ou Ciclo C3 Calvin-Benson Equação geral do ciclo C3 6 RUDP + 6 CO2 + 12 NADPH + 18 ATP + 6 H2O C6H12O6 + 12 NADP+ + 18 ADP fase fotoquímica Para cada 6 moléculas de CO2 fixados 18 ATP 12 NADPH2 Ciclo C3 Técnicas de utilização do isótopo radioativo do carbono de vida longa, 14C com a cromatografia bidimensional em papel (1945) Exposição das algas ao 14CO2 Ácido-3-fosfoglicérico (PGA) ácido orgânico de três carbonos - primeiro produto estável formado pela fotossíntese em C3 Autoradiograma da rota metabólica da fotossíntese após a fixação do 14CO2 Ciclo Calvin-Benson-Bassham REGENERAÇÃO CARBOXILAÇÃO REDUÇÃO Ciclo de Hach-Slack ou Via C4 Ciclo C4 Primeiro produto estável da fotossíntese C4 composto de 4 carbono Depois de 1 segundo de fotossíntese com 14CO2 90% da radiatividade Cana-de-açúcar Bainha Vascular Estrutura Kranz * Anel de células que circula os feixes vasculares Ciclo C4 ANATOMIA KRANZ Fases do ciclo C4 Fonte: Taiz e Zeiger, 2004. Via C4 de fixação de carbono 1° comp. estável Gasto de 2 ATP VANTAGENS DO CICLO C4 • PEP carboxilase (enzima) GRANDE AFINIDADE ao (HCO3-) atua mesmo em concentrações baixas do substrato • GRANDE AFINIDADE permite que as plantas C4 fotossintetizem com pequena abertura estomática e baixa perda de água Plantas C4 sobrevivem bem em AMBIENTES com ALTAS TEMPERATURAS e climas semi-áridos (quentes e secos) Existe alguma desvantagem? * Mecanismo de regeneração do PEP - consome mais ATP As plantas C4 gastam 5 ATP para cada CO2 fixado As plantas C3 gastam apenas 3 ATP por CO2 fixado Vanilla sp. Abacaxi Kalanchoe sp. Ciclo CAM - Metabolismo Ácido das Crassuláceas Encontrado em 23 famílias diferentes cactos Fonte: Taiz e Zeiger, 2004 TEMPORALMENTE ESPACIALMENTE O mecanismo CAM permite Maior eficiência no uso da água C3 C4 CAM 400 a 500 g de água por cada grama de CO2 fixado 250 a 300 g de água por cada grama de CO2 fixado 50 a 100 g de água por cada grama de CO2 fixado Destinos dos fotoassimilados A partir dos produtos intermediários são sintetizados pelas plantas os diferentes compostos orgânicos, cuja composição depende da espécie genética Monocotiledôneas – alta produção de amido armazenada nos grãos ou de sacarose armazenada em colmos Eudicotiledôneas – predominam reservas de proteínas e óleos Monossacarídeos – glicose e frutose, etc. Dissacarídeos – sacarose (frutose + glicose), maltose (glicose + glicose), etc. Polissacarídeos – amido, celulose, etc. Proteínas – albuminas, globulinas, prolaminas (zeina e avenina), etc. Lipídios – cutina, suberina, etc. Compostos secundários Estrutura dos ácidos graxos saturados e insaturados encontrados na natureza Estrutura dos ácidos graxos saturados e insaturados encontrados na natureza – Fisiologia das Plantas Cultivadas - Floss Compostos secundários A natureza dos compostos secundários depende genótipo condições de solo e clima Clima do local de cultivo Diversas funções Estruturais Pigmentos Hormônios Compostos que protegem as plantas de predadores e patógenos Compostos secundários Divididos em três grandes grupos Terpenos e terpenóides Fenóis Compostos secundários nitrogenados Desempenham diferentes funções, como hormônios, vitaminas, taninos e flavonóides São derivados de compostos primários ex.: glicídios Obs.: comercialmente Inseticidas, fungicidas, fármacos, perfumes, aromatizantes, medicamentos a matéria prima industrial Quando a concentração de O2 é maior que a de CO2, a RUBISCO reage com o O2 FOTORRESPIRAÇÃO Fotossíntese do Glicolato ou Fotorrespiração (FR) Fenômeno de liberação de CO2 na luz ligado a fotossíntese Tecidos fotossintéticos liberam CO2 com maior intensidade na luz do que no escuro O fenômeno se interpreta como uma inibição da fotossíntese pelo O2 Processo competitivo com a fotossíntese Inibição da fotossíntese pelo O2 cresce com a diminuição da concentração de CO2 no ambiente Esta inibição “Efeito Warburg” Fotorrespiração cloroplasto, peroxissomo e mitocôndria Fotorrespiração cloroplasto, peroxissoma e mitocôndria O metabolismo em plantas C4 - formação do P-glicolato Nessas plantas não ocorre perda do CO2 A disposição espacial das células da bainha o CO2 produzido pela fotorrespiração tem que se difundir pelo mesofilo para ganhar o ambiente externo Mas no mesofilo é fixado novamente pela PEPcase, enzima de alta afinidade por CO2, e é translocado de volta como ácido dicarboxílico para as células da bainha O ativo mecanismo de descarboxilação dos ácidos dicarboxílicos nas células da bainha aumenta a eficiência da RuBPcase em detrimento da RuBPoxigenase pelo farto suprimento de CO2 Reduzindo as perdas de carbono pela fotorrespiração Fotossíntese plantas C4 Fatores que afetam a fotossíntese O fator que mais limita a fotossíntese em ecossistemas naturais e agrícolas é a água Água Luz Temperatura CO2 Nutrientes Minerais Moléstias e pragas Etc. Idade das folhas Estrutura da planta Arquitetura das folhas Conteúdo de clorofila Índice de área foliar Etc. Fatores externos Fatores internos Luz Fotossíntese de plantas C4, ao contrário das plantas C3, não é saturada pela luz, mesmo a altas intensidades Em irradiância intermediária, C4 operam mais eficientemente que as plantas C3 Variação da fotossíntese em resposta à radiação Temperatura - ótima para a fixação de CO2 Plantas C4 está entre 35 – 40ºC Plantas C3 está em torno de 20ºC Efeito da temperatura na fotossíntese de planta C4 (Spartina pectinata) e C3 (Leucopoa kinguii) TEMPERATURAS ELEVADAS Plantas C3 - Fotorrespiração Menores taxas Fs Aumenta O2:CO2 Favorecendo a atividade oxigenase da Rubisco Decresce a fixação do CO2 Plantas C4 Efeitos da fotorrespiração - praticamente desprezíveis BAIXAS TEMPERATURAS Vantagem competitiva das plantas C4 desaparece Ausência de fotorrespiração em plantas C3 Temperatura exerce um grande efeito na fase bioquímica - o seu aumento estimula a atividade, dentro de certos limites Oxigênio “Efeito Warburg” estimula a atividade oxigenase da Rubisco Plantas C4 - inibição não é detectada intensidade luminosa Fs de plantas C3 Fotorrespiração intensidade luminosa Fs de plantas C3 em relação as plantas C4 Dióxido de Carbono Ponto de compensação de CO2 balanço entre CO2 fixado e CO2 perdido pela respiração Milho (C4) próximo de zero Girassol (C3) por volta de 40 l/l Ponto de saturação Plantas C4 (milho) é saturada por volta de 400l/l de CO2 Plantas C3, no nível de 400l/l a saturação fotossintética ainda não foi atingida Influência da concentração de CO2 na fotossíntese de plantas C3 e C4 Milho Girassol Trevo Árvores Água Maior taxa fotossintética das plantas C4 e a dependência térmica da Fotorrespiração das plantas C3, é também a causa da maior eficiência no uso de água pelas plantas C4 Capacidade competitiva de plantas C4 e C3 Savanas tropicais habitats sombreados, frios ou muito úmidos gramíneas C3 Savanas secas habitats com regime hídrico radiação temperatura e com deficiência de minerais plantas C4 Regiões submetidas a um regime de inundação estacional C3 e C4 As diferenças na deficiência hídrica entre as plantas C3,C4 e CAM ajudam a compreender suas distribuições em áreas com diferentes disponibilidades de água A eficiência no uso de água CAM C4 C3 Em condições normais de irrigação e nutrientes minerais litros de água para cada Kg de matéria orgânica produzida Plantas C4 consomem 250-350 litros Plantas C3 consomem 450-950 litros CAM consomem 18-125 litros Vias de concentração de carbono Características diferenciais entre plantas C3, C4 e CAM Características C3 C4 CAM Anatomia foliar Ausência de bainha vascular Diferenciação de células do mesofilo e bainha vascular Ausência de bainha vascular. Grandes vacúolos nas células do mesofilo Enzima Carboxilativa RubPcase PEP-case PEP-case Relação CO2:ATP:NADPH 1:3:2 1:5:2 1:6 , 5:2 Eficiência de uso de água (água/peso matéria seca) 450 - 950 250 – 350 18 - 125 Relação clorofila a/b 2,8 +/- 0,4 3,9 +/- 0,6 2,5 – 3,0 Ponto de compensação de CO2 (μmol.mol-1.CO2) 30 - 70 0 – 10 0 – 5 Inibição da fotossíntese por 21% de O2 Sim Não Sim Fotorrespiração detectável Sim Somente no feixe vascular Somente acima de 35°C Produção de matéria seca (t/ha/ano) 22 +/- 0,3 39 +/- 17 Baixa e altamente variável
Compartilhar