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ALBORNOZ fichamento SAIMO OK

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CENTRO UNIVERSITÁRIO U:VERSE
TRABALHO E SOCIABILIDADE
CLECILENE FARIAS DE SOUZA
	
FICHAMENTO DO LIVRO: O QUE É O TRABALHO
Rio Branco/AC
2020
CLECILENE FARIAS DE SOUZA
FICHAMENTO DO LIVRO: O QUE É O TRABALHO
Trabalho presentado à disciplina de Trabalho e Sociabilidade, do curso de Serviço Social, sob a orientação do professor Esp. Saimo Gabriel.
Rio Branco/AC
2020
ALBORNOZ, Suzana. O que é Trabalho/ Suzana Albornoz. – São Paulo: Brasiliense, 2002. – (Coleção primeiros passos; 171).
1. O QUE A PALAVRA TRABALHO SIGNIFICA 
Em suma, o primeiro capítulo aborda o conceito da palavra trabalho e o olhar sobre o trabalho no desenvolvimento da sociedade, na sua historicidade em volto das transformações. A autora destaca a diferenciação da escrita da palavra de cada país, onde cada ação seja burocrática, remunerada, por prazer, tem uma importância particular para cada um dos indivíduos. No dia a dia a palavra trabalho nos remete a inúmeros significados, vai diferenciar-se do conteúdo no qual ela vai estar inserida. Levando em consideração a ação e sentimentos humanos, ao expressar-se, a execução que pode considerar apenas a troca da mão de obra por um ganho remunerado, ou o trabalho vinculado ao prazer em executa-lo.
A autora destaca a distinção do trabalho humano para o dos animais irracionais, onde ela explica que no trabalho humano, o sujeito tem a consciência da realização do processo e a intencionalidade de chegar em um objetivo final, e também a liberdade no que diz respeito ás suas escolhas, no qual o animais trabalham por instintos programados, sem consciência do que fazem.
2. O QUE O TRABALHO TEM SIDO
			No segundo capitulo, a autora reforça a ação do trabalho ao longo da história das civilizações, trazendo questionamentos e explicações sobre esse processo de ação chamado “trabalho”. Onde a mesma explica que o trabalho para os antepassados era somente um complemento para a vida diária, ou seja, um esforço adjunto da natureza. O trabalho era primitivamente executado, onde não tinha com fins o acumulo de riquezas, como já supracitado era apenas indiretamente para a subsistência dos indivíduos. No passar das décadas, ouve a necessidade da descoberta de outras formas de sobrevivência, onde a autora destaca o surgimento da agricultura como um dos fatores que levaram o surgimento da economia local, ainda que em comunidades isoladas.
			Deste modo, a autora ressalta o advento da noção de propriedade e a troca de produtos entre os povos vizinhos das comunidades, também evidencia a polêmica sobre o poderio entre os mesmo. Onde o sentimento de posse se fortificou-se, levando a várias práticas de ganhos de um povo sobre outro. A autora revela que na antiguidade com o surgimento das novas formas de desenvolvimento do trabalho, assim como, do comercio entre outros, surgiu também a burguesia, cuja classe é dominadora frente aos demais, com o acumulo de riquezas abrindo o leque para várias áreas com por exemplo, a ciência, onde era aplicada no desenvolvimento do produto.
			 Através da ciência e da busca por conhecimento gerou novas formas e perspectivas de trabalho, onde a ação do homem passou a ser a cada dia intencionalmente em ganho de lucros, afim de acumular riquezas e poderio. Suzana Albornoz (2002), relata em seu texto que com a aplicação da ciência na produção junto com a expansão capitalista gerou-se então a “Revolução Industrial”, onde rompeu precisamente com as formas arcaicas da execução do trabalho.
3. O QUE O TRABALHO ESTÁ SENDO
			O texto no terceiro capitulo inicia com a informação sobre a atualidade, o trabalho sendo como um esforço planejado e coletivo diante do contexto mundial e automotivo. Nos vem explicando sobre os países de terceiro mundo, e suas dificuldades diante da atual realidade, assim como a era das organizações. As organizações, vem tomando um espaço cada vez maior, onde grande massa da população dependem mais e mais para a sua subsistência, o trabalho autônomo e deixado de lado e os indivíduos passam a ter as organizações como fonte de sustento mediante ao trabalho remunerado, ou o desemprego diante das próprias organizações.
			Com o crescimento populacional diante das áreas habitadas, principalmente pelo êxodo rural, foi um dos fatores que levaram ao desdobramento no trabalho industrial onde a mão de obra foi substituída pelas maquinas, essa necessidade de migrar do campo para a cidade em busca de melhorias transformaram muitas cidades, o texto cita que esse crescimento não é somente numérico, mas sim, diante de outras áreas como por exemplo a da saúde, em contraste com o interior das grandes cidades cuja falta de tecnologia e investimento não chegam.
			É importante ressaltar que o texto relata que essa explosão demográfica se deu em um determinado momento do desenvolvimento populacional mediante ao processo urbano e industrial, mas que, no países mais industrializados as condições de vida mudaram, e assim, o número de pessoas nascido por família diminuíram, onde a população em alguns países ficam com cada vez mais pessoas velhas e menos pessoas novas.
			Enfatiza a autora, que na América Latina esse processo de industrialização se faz tarde, as cidade já comportavam um grandioso número de habitantes, sem acumulo de riquezas e migração das colônias pois as colônias eram as próprias cidades, cuja matérias primas eram exportadas para manter o poderio econômico dos países mais ricos. A autora relata que no processo histórico da revolução industrial no pais foram queimadas muitas etapas e no atual momento vivemos na era da computação, onde ressalta a crítica que essa modernização da indústria e cidades não trouxeram a extinção da miséria e a falta de justiça social dentre outros fatores, ações essas que facilmente poderia ser facilitado.
			A muitos aspectos positivos trazidos pela modernização a sociedade, onde e visível o crescimento burocrático e de órgãos, as transformações na sociedade não se dá somente no trabalho, inclui também como no laser que se tornou um produto industrial. Enfim, neste capitulo a autora relata cada processo de transformação societária de cada indivíduo assim como das corporações, e ressalta também o processo de alienação vivido por muitos trabalhadores industriários onde o mesmo não tinham uma visão crítica da produção do objeto final, os trabalhadores vendiam seu tempo, sua força de trabalho para o desconhecido.
4. DO QUE SE TEM PENSADO SOBRE O TRABALHO
		O capitulo quarto se inicia com alguns conceitos e preconceitos de diferentes civilizações em relação ao trabalho, colocando em pauta as diversidades culturais de diferentes épocas, cujas diversidades influenciaram historicamente o trabalho nos dias atuais. No texto e citado o exemplo da civilização Grega que passou por mudanças no conceito do trabalho em relação a natureza e preconceito. Como cita o texto, traz a diferenciação conceitual das palavras, labor, práxis e poiesis diante da realidade atual.
		Como supracitado, as várias transformações da sociedade em advento ao trabalho levou o indivíduo a liberdade, como também, a prisão. Pois antigamente o trabalho, ou labor era tido como uma ação penosa, humilhante e era tido como penitência para algumas pessoas. No entanto, com a reforma protestante o trabalho passa por uma reavaliação e foi tido como vocação, ou seja, visto com virtude, profissão virtuosa. A autora expõe o conceito de Adam Smith em relação a “mão invisível” onde cada indivíduo executa o seu trabalho individual e ao somar com os demais se torna coletivo impedindo assim o caos e os desencontros de interesses.
		Outra transformação que a autora relata foi do trabalho na era renascentista, onde o homem passa de um mero executor ou animal teórico para criador, construtor, passa a ser um sujeito crítico e pensante, o homem passou a ter domínio através do trabalho e a técnica. No século XVIII, pensadores iluministas pensavam positivamente a relação entre as ciências, cultura e a técnicano trabalho humano, no entanto um filosofo conhecido como Jacques Rousseau, discorda desse pensamento, o mesmo afirma não ver bons resultados nessa junção de fatores.
		No mesmo século Adam Smith e David Ricardo exaltam a atividade material produtiva na sociedade burguesa, no qual enxergam o trabalho humano como fonte de riqueza social. E dissociaram o operário do homem concreto, ou seja, o homem econômico onde o trabalhador é influenciado exclusivamente por recompensas salariais. Contudo a autora relata, com descobrimento da importancia da mão de obra, põe em pauta uma nova forma de pensar a práxis humana.
		Nas páginas 61 a 63 deste capitulo, a autora vem explicando sobre o comportamento do trabalho de diferentes filósofos, citando Karl Marx como o filosofo da práxis em síntese de poiesis no sentido tradicional. É notório que Marx é conhecido como um dos principais críticos do capitalismo, e foi possivelmente influenciado como o texto descreve por outros filósofos, em que um deles e o Hegel cujo estudo traz uma novo ponto de vista do trabalho humano, para ele o trabalho humano é um processo de união entre os homens e os objetos, que parte do particular para o geral através do instrumento. 
		Em relação aos conceitos, a particularidade de cada filósofo sobre essa temática e de suma importância, adentrando na fenomenologia do espirito onde Hegel aprofunda esse conceito de trabalho traz um aspecto positivo na formação do homem. Para ele, está é a fase do autoconsciência, no qual, a satisfação pessoal está ligada com o reconhecimento da outra pessoa, assim sendo, o homem tem a necessidade de ser reconhecido através do seu trabalho. O filosofo acredita que está ação é de fato uma luta de vida e morte.
 		 Por fim, este capitulo grandioso em conteúdo e informações, nos trouxe a trajetória histórica do mundo do trabalho na visão da autora e de diversos filósofos. Pode-se ser observado em inúmeros conceitos o processo do mesmo, através da produção, a força da mão de obra, as técnicas usadas, o modo operacional e a importância do auto reconhecimento dos indivíduos. Incluindo de fato a força e poderio da burguesia, assim como, das organizações que de certa forma, traz uma geração de trabalhadores alienados reduzindo a capacidade de opor-se ao sistema e de superação. O trabalho de tal forma, é indispensável, pois o produto final e tido como substancial, da mesma forma que se cria um circo vicioso e de dominação.
5. O QUE O TRABALHO NÃO É
 		 Neste capitulo, vemos a diferenciação e a reflexão sobre as semelhanças e diferenças entre trabalho e emprego. Nas quais a autora descreve que trabalho é qualquer forma de ação, independente sendo ela remunerada ou não, pode categorizar-se com subemprego ou como autônomos, inclusive ressalta que esses trabalhadores podem ganhar mais que uma pessoa assalariada. Consecutivamente, a autora descreve a intenção humana em volta do emprego, que é, a estabilidade financeira, com todos seus direitos adquiridos. O texto salienta que muitos trabalham para consumir do que propriamente para produzir alguma coisa. 
		 Nas páginas 82 a 83 a autora expõe sobre o problema do desemprego bem como as causas dele. Na qual, um desempregado e ligeiramente ligado a uma pessoa folgada, no entanto, por outra percepção e levado em conta as necessidade de novas estratégias para sanar tal deficiência. Onde ressalta, a importância do seguro desemprego que para muitos é uma forma de subsistência não senatoria mas se forma amenizadora. A autora nos traz a percepção de Paul Singer, no qual se refere ao trabalho produtivo e improdutivo, onde o trabalho só é produtivo quando o mesmo tem um valor maior, ou seja, na geração de lucro ou a satisfação humana. Cria-se então uma série de questionamentos em torno dessa afirmação, levando em conta as diferentes áreas de atuações de diferentes profissionais. Pois a produtividade de um médico é diferente de uma faxineira. 
		A discussão sobre a produtividade do trabalho e muito ampla, principalmente quando ela é ligada a ordem industrial e capitalista. Vemos ai a necessidade de reflexão em torno deste assunto, pois o trabalho seja ele de uma babá ou faxineira em contraste com o de um médico é de suma importância e economicamente essenciais.
6. O QUE O TRABALHO AINDA NÃO É, MAS PODE SER
		Neste capitulo, vemos a necessidade da reflexão entre o socialismo e o comunismo, trazendo à tona as sociedades patriarcais.
“Quem cria não tem necessidade de aniquilar outros criadores”. (p. 98) 
“A criação pode ser a base de uma vida social mais feliz”. (p. 99)
“A instauração da gestão operária é o que permitirá começar imediatamente a eliminar as contradições fundamentais da produção capitalista. A gestão operária marcará o fim da dominação do trabalho sobre o homem, e o começo da dominação do homem sobre seu trabalho”. (p. 100) 
Segundo a autora, todas as pessoas seriam iguais na condição de trabalho. Por outro lado, o Socialismo deve ser dirigido por um Estado Forte, liderado pelos operários. Seria Operários sob Burguesia.

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