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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
 
 
SUPRAM – TM e AP 
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG 
CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 
DATA: 17/05/2010 
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PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº 341697/2010 
Indexado ao(s) Processo(s) 
Licenciamento Ambiental Nº 00283/1995/006/2006 LOC Deferimento 
Processo de Uso Insignificante nº 005857/2007 Uso 
Insignificante 
Cadastro Efetivado 
Processo Outorga nº 5859/2007 Outorga Deferimento 
Processo Outorga nº 5858/2007 Outorga Deferimento 
Processo Outorga nº 3062/2003 Outorga Análise técnica 
concluída para 
deferimento 
Renovação de Outorga nº 8071/2008 Renovação de 
Outorga 
Em análise técnica 
Reserva Legal nº 51.468 
 
Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda 
CNPJ: 21.589.536/0001 - 64 Município: Uberlândia /MG – Distrito de Cruzeiro 
dos Peixotos 
 
Unidade de Conservação: 
Bacia Hidrográfica: rio Paranaíba Sub Bacia: rio Araguari 
 
Atividades objeto do licenciamento: 
Código DN 74/04 Descrição Classe 
D 01-03-1 Abate de animais de médio e grande porte (bovinos e suínos) 
– 250 cabeças/dia 5 
D 01-04-1 Industrialização da carne, inclusive deso ssa, charqueada e 
preparação de conservas – 18,5 t/dia 3 
D 01-05-8 Processamento de subprodutos de origem an imal para 
produção de sebo, óleos e farinha – 12,5 t/dia 3 
 
Medidas mitigadoras: (X) SIM () NÃO Medidas compensatórias: (X) SIM () NÃO 
Condicionantes: (X)SIM ( )NÃO Automonitoramento: (X)SIM ( )NÃO 
 
Responsável pelo empreendimento: 
Antonio de Almeida Neto 
Registro de classe 
Diretor Administrativo 
Responsável Técnico pelo empreendimento: 
Kelly Cristina Silva Guimarães CRMV MG - 
Responsáveis Técnicos pelos Estudos Técnicos Apresentados 
Giovani Salviano Melo 
Registro de classe 
CRQ 02100627 
Névio Santine de Camargo CREA 30342/D 
Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 004377/2009 DATA: 02/09/2009 
 
Data: 17/05/2010 
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura 
Ignácio Jorge Nasser MASP 1.198.192 - 5 
Anderson Mendonça Sena MASP 1.225.711 - 9 
Evandro de Abreu Fernandes Junior MASP 1.155.586 - 9 
Larissa Machado Moreira MASP 1.197.687-5 
Kamila Borges Alves - ciente MASP 1.151.726 - 5 
Rodrigo Angelis Alvarez – Ciente MASP 1.191.774 - 7 
 
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1. INTRODUÇÃO 
O empreendedor solicitou junto à SUPRAM Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba 
Licença de Operação Corretiva - LOC para o empreendimento Frigorífico Luciana Ltda, por 
meio do Formulário de Caracterização do Empreendimento (FCE) protocolado dia 
14/06/2005, obtendo o Formulário de Orientação Básica (FOB) no dia 04/08/2005, com o 
prazo de 180 dias para a entrega da documentação solicitada. A documentação exigida foi 
formalizada em 16/01/2006, conforme recibo de documentos constante nos autos. 
Em 02/09/2009 foi realizada a vistoria no referido empreendimento, conforme Auto 
de Fiscalização nº 004377/2009, visando subsidiar a análise do processo administrativo de 
licenciamento ambiental. 
A atividade principal desenvolvida no empreendimento é o abate de animais de 
médio e grande porte (bovinos e suínos), classificando-se de acordo com a DN COPAM nº 
74/04, alterada pela DN COPAM nº 130/2009 (D 01-03-1), como classe 5 e porte médio (M). 
Outras atividades são a industrialização da carne, inclusive desossa, charqueada e 
preparação de conservas, com capacidade de 18,5 t/dia, que se classifica de acordo com a 
DN COPAM nº 74/04, alterada pela DN COPAM nº130/2009 (D 01-04-1) como classe 3 e 
porte médio (M) e o processamento de subprodutos de origem animal para produção de 
sebo, óleos e farinha, com capacidade de 12,5 t/dia, que se classifica de acordo com a DN 
COPAM nº 74/04, alterada pela DN COPAM nº130/2009 (D 01-04-1) como classe 3 e porte 
médio (M). 
 
2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
 
2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
O empreendimento está inserido em uma área rural de 82,8596 ha, sendo que as 
edificações correspondem a uma área de 5.000 m², lugar denominado Fazenda Luciana, 
localizando-se na zona rural do Distrito de Cruzeiro dos Peixotos, no Município de 
Uberlândia. O acesso ao empreendimento se faz partindo-se de Uberlândia sentido ao 
Distrito de Cruzeiro dos Peixotos até o trevo que dá acesso ao Distrito citado e ao Distrito de 
Martinésia, daí pegando-se o sentido do Distrito de Cruzeiro dos Peixotos, entrar na primeira 
entrada de terra à esquerda, após o trevo, daí seguir pela estrada de terra até o 
empreendimento. 
 
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A principal atividade desenvolvida no empreendimento é o abate de animais de 
médio e grande porte, predominando o abate de bovinos, com média de 150 animais/dia e o 
abate de suínos, com média de 100 animais/dia. Além dessa atividade, o empreendimento 
realiza ainda a industrialização da carne, inclusive desossa, charqueada e preparação de 
conservas, com média de 18,5 t/dia e o processamento de subprodutos de origem animal 
para produção de sebo, óleos e farinha, com capacidade de 12,5 t/dia. 
Atualmente o empreendimento conta com 100 funcionários, em um único turno de 
trabalho, funcionando 22 dias por mês. A energia elétrica é fornecida pela CEMIG e a água 
é proveniente de três poços tubulares e duas captações superficiais, todas devidamente 
regularizadas junto ao IGAM. A seguir será descrito de forma sintetizada o processo 
produtivo do empreendimento, a saber: 
 Abate de bovinos - são abatidos em média 170 animais por dia, cujo processo de 
abate inicia-se com a recepção dos animais em currais, com aspersão de água a fim de 
diminuir o stress da viagem e como uma pré-lavagem dos mesmos, daí os animais vão 
seguindo em corredores que se afunilam. Nesse percurso, os animais vão sendo lavados 
através de jatos multi direcionados. Após a lavagem, são encaminhados para um 
compartimento com paredes móveis, onde são atordoados por concussão cerebral (pistola 
pneumática) e pendurados pela pata traseira, em um transportador aéreo. Depois, são 
submetidos à sangria, onde simultaneamente os chifres são serrados. Em seguida, ocorre a 
remoção do couro, a decapitação e a remoção das vísceras. Após estas etapas, as 
carcaças são divididas em duas hemi carcaças e posteriormente em quartos dianteiro e 
traseiro, são inspecionadas e encaminhadas às câmaras frigoríficas, podendo ainda ser 
encaminhadas diretamente à comercialização ou ainda para a industrialização da carne 
(desossa), tanto para os bovinos como para os suínos. 
Abate de suínos – são abatidos em média 80 animais por dia, onde os animais após 
recepção e inspeção são mantidos nas pocilgas por um período de descanso de 12 a 24 
horas sob dieta hídrica. Nesse momento os animais reprovados pela inspeção federal são 
destinados para uma pocilga de seqüestro e abatidos no final, sob inspeção e orientação do 
SIF (Serviço de Inspeção Federal); caso a carcaça seja imprópria para consumo humano é 
recolhida e destinada para a graxaria no próprio empreendimento e destinada para 
fabricação de farinhas. Após a lavagem inicial, os animais são submetidos ao atordoamento 
por descarga elétrica, após atordoados, os animais são pendurados pelas patas traseira em 
transportador aéreo, eencaminhados ao setor de sangria. Terminada a sangria, os animais 
presos ao transportador aéreo são encaminhados ao tanque de escaldagem, onde são 
 
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imersos em água a aproximadamente 100º C, durante cerca de 60 segundos. Logo após 
são conduzidos à depiladeira automática para a remoção dos pelos, e em seguida 
colocados sobre uma mesa metálica para remoção dos pelos remanescentes e das unhas, 
sendo posteriormente lavados. Após esses procedimentos são realizadas a evisceração e a 
inspeção post mortem, divisão das carcaças em duas hemi carcaças, toalete, limpeza e 
lavagem com água sob pressão, sendo as hemi carcaças encaminhadas ao resfriamento 
para comercialização ou destinadas à produção de outros subprodutos (desossa). 
Destinação dos subprodutos – As vísceras aprovadas pela inspeção sanitária são 
enviadas às suas respectivas seções de processamento; as rejeitadas, bem como as aparas 
retiradas das carcaças são aproveitadas na produção de sebo e farinhas para ração animal, 
sendo então encaminhados para a graxaria, e eventualmente o mocotó e ossos. Pêlos de 
orelhas e cauda e pêlos são secados, moídos e direcionados para a compostagem e 
posteriormente usados como adubo orgânico. Couros, chifres e cascos são comercializados 
com terceiros. As tripas (envoltórios) são enviadas para sala específica, sendo raspadas e 
lavadas antes da comercialização. O rúmen (bucho) é escaldado e branqueado para 
posterior comercialização. 
Sistema de tratamento de efluentes industriais – o sistema de tratamento de 
efluentes do empreendimento é composto por um tratamento primário (remoção de sólidos) 
e tratamento biológico (diminuição da carga orgânica) e está projetado para tratar tanto os 
efluentes gerados na área de abate, bucharia e eventualmente da desossa (linha vermelha), 
quando das áreas de pocilga e currais (linha verde). A seguir será descrito cada trajeto de 
efluente: 
Linha vermelha – é composta pelos efluentes gerados nas áreas em que o sangue 
é o principal contaminante, tais como: água de lavagem da área de sangria, das operações 
de evisceração, desossa, resfriamento, limpeza de tripas (bucharia), depilação de suínos e 
processamento de vísceras. O sistema de tratamento primário da linha vermelha consiste na 
separação de sólidos, através de peneira estática, daí o efluente é encaminhado para dois 
tanques de decantação e equalização, e depois de misturado à linha verde, é encaminhado 
para um reator biológico seguido de filtro e daí para lagoas de tratamento e polimento, para 
posterior lançamento em curso de água. Vale ressaltar que o gás proveniente do reator é 
queimado em um queimador, entretanto o empreendedor estuda um aproveitamento desse 
gás. 
Linha verde – é composta pelos efluentes gerados nas áreas em que não há 
presença de sangue, tais como limpeza de currais, pocilgas, caminhões de transporte dos 
animais e lavagem dos animais na rampa de acesso. O sistema de tratamento primário da 
 
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linha verde consiste na separação de sólidos através de tanque de sedimentação, onde a 
parte sólida é encaminhada para compostagem e o efluente líquido é encaminhado para a 
ETE. 
Graxaria – é composta por três digestores que funcionam em forma de batelada, 
com capacidade de processar 12,5 t/dia, sendo que os produtos gerados são o sebo, que é 
direcionado para tanques contidos em bacia de contenção e farinhas, esses produtos são 
comercializados com terceiros. Os efluentes líquidos gerados na graxaria são direcionados 
para caixas de decantação (caixa de gordura) seguindo posteriormente para a ETE. Os 
resíduos sólidos gerados desse processo de decantação são recolhidos e retornam ao 
processo de digestão. 
Os efluentes de todas as linhas encontram-se em uma caixa de passagem, 
praticamente livres dos sólidos grosseiros, sendo encaminhados para um reator, seguido de 
filtro e depois para lagoas de estabilização. Atualmente as cinco lagoas existentes não são 
impermeabilizadas, entretanto foi apresentado projeto com cronograma de execução para 
impermeabilização e redimensionamento das mesmas, tendo início das obras no mês de 
abril de 2011 e término no mês de setembro de 2013, o qual será objeto de condicionante 
deste parecer. Lembrando que, após a conclusão do redimensionamento e 
impermeabilização das lagoas, que conforme projeto apresentado será em numero de três, 
o empreendimento deverá apresentar um projeto de desativação e recuperação das lagoas 
não impermeabilizadas ou um projeto de impermeabilização das mesmas, caso venham a 
ser utilizadas. 
Sistema de tratamento do efluente doméstico – os efluentes domésticos são 
gerados pelos sanitários e vestiários, o sistema implantado é composto por tanque séptico e 
em seguida o efluente é encaminhado para o sistema de tratamento industrial (ETE). 
Resíduos Sólidos – parte dos resíduos sólidos gerados são processados dentro do 
empreendimento, pois o mesmo conta com uma graxaria. As cinzas da caldeira, pêlos de 
orelhas e cauda, pêlos e os resíduos sólidos da linha verde, são compostados dentro do 
empreendimento e utilizados em áreas de pastagens como adubo orgânico; o lixo doméstico 
e industrial é queimado na caldeira, juntamente com óleos usados, sendo que o 
empreendedor foi orientado a parar com esta prática; os resíduos sólidos gerados na 
peneira estática da linha vermelha, mocotó e ossos são recolhidos e direcionados para a 
graxaria. 
 Sangue – o sangue coletado na canaleta de sangria é direcionado para a 
compostagem, juntamente com o esterco da linha verde. A compostagem é realizada em 
células contendo canaletas de contenção e direcionamento de efluentes líquidos gerados 
 
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para a ETE. À medida que se enche uma célula muda-se para outra, permanecendo a 
anterior por um período de cinco dias, até ser direcionada para um minhocario. Esse 
processo será alterado de acordo com projeto apresentado nos estudos, onde o sangue 
será cozido, coagulado e misturado aos resíduos sólidos da peneira estática da linha 
vermelha, adicionando-se palha de milho ou similar e cinzas da caldeira, e encaminhado 
para compostagem, dentro do próprio empreendimento. 
Graxaria – o empreendimento possui em suas instalações uma graxaria composta 
por três digestores, cujo produto final é moído e ensacado para posterior comercialização. 
No processamento dos sub produtos é gerado sebo, que é processado e armazenado em 
tanques, contidos em bacia e comercializados com indústrias. Os efluentes líquidos gerados 
na graxaria são direcionados para tanques de decantação, cujo resíduo sólido retorna para 
o processamento na graxaria, e o efluente líquido segue para a ETE. 
2.2 INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
As áreas de preservação permanente dentro do empreendimento correspondem às 
margens do córrego Capão e nascentes, que se encontram preservadas. Entretanto, em 
vistoria, foi observado intervenção em área de preservação permanente, correspondentea 
duas captações, sendo uma de uso insignificante e outra outorgada. 
Quanto a regularização dessa intervenção, o empreendedor requereu nesta 
Superintendência Regional, com fulcro no art. 11 e 12 da DN COPAM nº 76/04, a 
regularização das intervenções citadas acima que correspondem a uma área total de 0,1056 
ha. 
A intervenção de 0,1056 ha é caracterizada como uma Ocupação Antrópica 
Consolidada, haja vista que foi comprovado pelo proprietário que tal intervenção ocorreu 
antes de 19 de junho de 2002 (documentação anexa nos autos), nos termos do art. 1º, I,II e 
VII da DN COPAM nº 76/2004, e art. 11 da Lei 14.309/2002. 
Assim, esta equipe de análise sugere a aprovação das intervenções e a permanência 
em área de preservação permanente, nos termos do art. 11, inciso II da Resolução 
CONAMA nº 369/2006 c/c o art. 11 da Lei 14.309/2002, ocupando área de 0,1056 ha, sendo 
expressamente vedada sua expansão em APP. 
2.3 MEDIDA COMPENSATÓRIA 
Como medida compensatória o empreendedor apresentou um projeto que prevê o 
plantio de 278 mudas de espécies nativas da região, com espaçamento de 3x3 m², que irá 
ocupar uma área de 0,2500 ha, contígua à APP, com plantio no início do período chuvoso 
 
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que compreende os anos de 2010/2011. Será condicionada a execução e a evolução desse 
plantio. 
2.4 MEDIDA MITIGADORA RECOMENDADA 
As ações relacionadas para mitigar as intervenções em APP incluem a construção de 
curvas de nível à montante do curso de água para evitar o carreamento de solo por erosão 
laminar, impedindo o assoreamento dos corpos hídricos, bem como a sua eutrofização e a 
adoção de técnicas de manejo adequada no plantio das mudas nas áreas de preservação 
permanente, visando a proteção do solo contra processos erosivos. 
Insta ressaltar que a inexecução total ou parcial das medidas compensatórias e 
mitigadoras, ensejará sua remessa ao Ministério Público, para execução das obrigações, 
sem prejuízo das demais sanções legais, nos termos do art. 7º da DN COPAM 076/2004 e 
art. 8º, Portaria IEF nº 054 de 14 de Abril de 2004. 
2.3. RESERVA LEGAL 
O empreendimento está inserido em uma área total de 82,8596 ha composta pela 
matrícula nº 51.468, do CRI da cidade de Uberlândia - MG cuja área de reserva legal 
corresponde a 16,58 hectares, não inferior aos 20% da área total exigido em lei, encontra-
se averbada dentro da propriedade, conforme AV-3-51.468, datado de 30/05/2008. A área 
de Reserva Legal é dividida em seis fragmentos, compostos por vegetação de cerrado (5,63 
ha) e por pastagens com cerrado em estágio avançado de regeneração. 
 
 
2.4. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 
O empreendimento possui quatro outorgas e um cadastro de uso insignificante, 
conforme se verá a seguir: 
Processo de outorga nº 05859/2007, para captação de água subterrânea por meio 
poço tubular já existente, deferida conforme Portaria nº 223/2008 e com validade até 
16/02/2013; 
Processo de outorga nº 05858/2007, para captação de água subterrânea por meio de 
poço tubular já existente, deferida conforme Portaria nº 1838/2007, com validade até 
21/11/2012; 
Processo de outorga nº 3062/2003, para captação de água subterrânea por meio de 
poço tubular já existente, o qual encontra-se com análise técnica concluída para o 
deferimento, aguardando a publicação da Portaria de Outorga; 
 
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Processo de renovação de outorga nº 08071/2008, para captação de água em 
surgência (nascente), o qual se encontra em análise técnica nesta Superintendência. 
Todavia, por se tratar de processo de renovação da Portaria de Outorga nº 018/2004, possui 
o status de renovação automática, conforme determina a portaria IGAM n° 15 de 20 de 
Junho de 2007 em seus Arts. 1° e 4°, I e II. 
Processo de Uso Insignificante nº 05857/2007 – Cadastro efetivado para captação 
em corpo de água (rios, lagoas naturais etc), cuja validade se estende até 26/09/2010. 
 
2.5. IMPACTOS IDENTIFICADOS 
1. Efluentes líquidos industriais; 
2. Efluentes Sanitários; 
3. Resíduos Sólidos; 
4. Emissões atmosféricas; 
5. Riscos de acidentes; 
6. Ruídos; 
7. Sebo da graxaria. 
2.6. MEDIDAS MITIGADORAS 
1. O empreendimento possui uma Estação de Tratamento de Efluente – ETE, constituído 
de tratamento primário e secundário. A empresa realiza um programa de monitoramento de 
eficiência da ETE, sendo que de acordo com os resultados apresentados, na primeira 
quinzena de maio/2009 o efluente líquido tratado apresentou-se dentro dos padrões para os 
seguintes parâmetros: DBO, DQO, pH, temperatura, ABS (detergente) e sólidos 
sedimentáveis, sendo que para os parâmetros óleos e graxas e sólidos suspensos, 
apresentaram resultados fora dos padrões estabelecidos pela DN Conjunta COPAM/CERH 
nº 01/2008, conforme ofício nº 1963/2009 enviado pela GEMOG/DFMA/FEAM. O 
empreendimento foi autuado conforme Auto de Infração nº 012229/2010 e Auto de 
Fiscalização nº 004377/2009, lavrado por servidor credenciado desta Superintendência em 
decorrência das disposições do Decreto Estadual nº 44.844 de 25 de junho de 2008. Após 
constatado o lançamento fora dos padrões, o empreendedor realizou manutenção no 
sistema da ETE, com a finalidade de adequação do lançamento, sendo o programa de 
monitoramento de eficiência da ETE continuo durante a vigência da licença ambiental, 
conforme consta em condicionante deste parecer. 
 
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2. Para tratar os efluentes sanitários o empreendimento conta com tanque séptico, que 
tem seu lançamento final no sistema de tratamento industrial (ETE). Como medida de 
controle a empresa propõe o monitoramento desse efluente, entrada e saída. 
3. Os resíduos sólidos gerados no empreendimento serão descritos a seguir: Lixo de 
escritório e doméstico – esses resíduos passarão por coleta seletiva, onde a parte inapta 
para reciclagem será acondicionada em sacos plásticos e encaminhada para a coleta 
pública do município de Uberlândia, e a outra parte será destinada para empresas de 
reciclagem licenciadas. Resíduos classe l – em relação a esses resíduos (NBR 
10004/2004) o empreendedor armazena em tambores de 200 litros, em local adequado e 
em conformidade com a NBR 13235/1992 – Armazenamento de Resíduos Perigosos, para 
posterior recolhimento por empresas licenciadas ambientalmente. Resíduos da linha verde 
– esses resíduos são encaminhados para processo de compostagem no próprio 
empreendimento, juntamente com o sangue e as cinzas da caldeira, sendo utilizados em um 
minhocario. Quando há excedente, o mesmo é utilizado como adubo orgânico em áreas de 
pastagens do próprio empreendimento. Resíduos da linha vermelha e sangue – 
atualmente o sangue segue “in natura” para compostagem, juntamente com os resíduos 
provenientes da peneira estática da linha vermelha e da linha verde (esterco), entretanto foi 
apresentado nos estudos novo direcionamento, onde o sangue será armazenado em um 
tanque e deste bombeado para uma válvula de vapor, para cozimento e secagem, sendo 
posteriormentecompostado em células, juntando-se aos resíduos da linha verde e vermelha 
e cinza da caldeira. Resíduos sólidos do abate - Couros, chifres e cascos são 
comercializados com terceiros. Mocotó, gorduras separadas das caixas de gordura, ossos, 
vísceras, carcaças ou parte de carcaças condenadas são destinadas para a graxaria do 
empreendimento. As tripas (envoltórios) são encaminhadas para uma sala própria, raspadas 
e lavadas, antes de serem comercializadas. Lodo da ETE – esse resíduo é compostado e 
utilizado na fertilização de pastagens e áreas ajardinadas dentro do empreendimento. Serão 
apresentados a essa Superintendência relatórios técnicos contemplando a destinação de 
todos os resíduos sólidos gerados pela empresa, conforme Programa de Gerenciamento de 
Resíduos Sólidos – PGRS, apresentado nos estudos. 
4. Essa emissão é restrita à chaminé da caldeira a lenha, e se refere ao material 
particulado emitido pela mesma. O empreendimento possui como medida de controle de 
emissão de material particulado um lavador de gases. Foi apresentado laudo técnico 
indicando que a concentração de material particulado para o duto de saída da caldeira a 
lenha está dentro (181,16 mg/Nm³) dos níveis exigidos conforme DN COPAM nº 11 de 
 
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16/12/1986 e COPAM nº 01 de 24/02/1992. Sendo assim foi apresentado pela empresa a 
manutenção de um programa de automonitoramento dessa emissão. 
5. Como o empreendimento utiliza amônia no processo de refrigeração de produtos 
acabados, a empresa apresentou um Programa de Atendimento a Emergência – PAE, 
abrangendo todas as dependências da empresa, com o objetivo de proporcionar diretrizes e 
informações destinadas à adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos 
estruturados para possibilitar respostas rápidas e eficazes nas atuações de situações de 
emergência. 
6. Esse impacto é de pouca relevância devido à localização do empreendimento, ficando 
restrito à área interna da empresa. O maior impacto ocorre quando do funcionamento dos 
equipamentos para a realização das atividades, sendo necessário o uso de EPI´s pelos 
funcionários sempre que se fizer necessário. Foi apresentado nos estudos um Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, contemplando todas as áreas do 
empreendimento. 
7. O sebo gerado pelo processamento de subprodutos na graxaria é armazenado em 
tanques, contidos em bacia e posteriormente comercializados. A parte sólida (farinha) é 
moída, ensacada e comercializada com terceiros. Vale ressaltar que os resíduos sólidos 
provenientes da caixa de gordura voltam para o processo. 
2.7. CONTROLE PROCESSUAL 
O processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a documentação 
exigível. O local de instalação do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão 
em conformidade com as leis e regulamentos administrativos municipais, de acordo com 
declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Uberlândia – MG. 
Quanto ao Auto de Infração nº 012229/2010 lavrado em face do empreendimento 
pelo lançamento de efluentes líquidos fora dos padrões legais, encontra-se em análise 
técnica neste órgão para posterior julgamento. 
Nesse sentido, considerando que o empreendimento possui reserva legal averbada 
dentro da propriedade, apresentou a documentação pertinente para compensar as 
intervenções em área de preservação permanente, obteve as outorgas de água e cadastro 
de uso insignificante das captações, bem como demonstrou que as atividades 
desenvolvidas em sua propriedade estão adequadas, conforme a legislação ambiental 
vigente, conforme relatado acima e demonstrado nas informações complementares 
apresentadas pelo empreendedor, somos pelo deferimento da presente licença, com as 
 
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condicionantes, medidas mitigadoras e automonitoramento que seguem com este parecer, 
desde que ouvida a Unidade Regional Colegiada do COPAM TMAP. 
 
3. CONCLUSÃO 
A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e 
jurídico, opina pelo deferimento da concessão da Licença de Operação Corretiva (LOC) para 
o empreendimento Frigorífico Luciana Ltda, localizado no município de Uberlândia – MG, 
desde que atendidas todas as medidas mitigadoras de impactos ambientais e medida 
compensatória descritos neste parecer e no PCA apresentado, aliadas às condicionantes 
listadas no Anexo I e automonitoramento do Anexo II, ouvida a Unidade Regional Colegiada 
do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. 
 
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não d ispensa nem substitui a 
obtenção pelo requerente de outras licenças legalme nte exigíveis. 
 
Ressalta-se ainda, que as revalidações das licenças ambientais, tais como as 
de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. 
 
4. VALIDADE 
04 (quatro) anos 
 
 
Data: 17/05/2010 
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura 
Ignácio Jorge Nasser MASP 1.198.192 – 5 
Anderson Mendonça Sena MASP 1.225.711 – 9 
Evandro de Abreu Fernandes Junior MASP 1.155.586 – 9 
Larissa Machado Moreira MASP 1.197.687 – 5 
Kamila Borges Alves – ciente MASP 1.151.726 – 5 
Rodrigo Angelis Alvarez – Ciente MASP 1.191.774 – 7 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO I 
 
Processo COPAM Nº: 00283/1995/006/2006 Classe/Porte: 5/M 
Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda 
CNPJ: 21.589.536/0001 – 64 
Atividade: Abate de animais de médio e grande porte 
Endereço: Fazenda Luciana – Zona Rural 
Localização: Distrito de Cruzeiro dos Peixoto 
Município: Uberlândia – MG 
Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos 
ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * 
1 
Comprovar a alteração no sistema de compostagem do sangue, 
conforme apresentado nos estudos. 120 dias 
2 
Apresentar relatório técnico fotográfico da execução da medida 
compensatória, conforme item 2.3 deste parecer, lembrando que 
o plantio terá início no período chuvoso de 2010. 
 
OBS: Após a comprovação da execução, deverá ser apr esentado 
anualmente relatório técnico e fotográfico da evolu ção da recomposição. 
180 dias 
após o 
plantio 
3 
Comprovar a impermeabilização das lagoas de efluentes, 
conforme cronograma de execução apresentado nos estudos. 
Sendo que as obras se iniciam em abril de 2011 e terminam em 
setembro de 2013. 
20 de 
Outubro de 
2013 
4 
Apresentar projeto de desativação e recuperação das lagoas não 
impermeabilizadas ou um projeto de impermeabilização das 
mesmas, caso venham a ser utilizadas, com cronograma de 
execução e ART. 
20 de 
outubro de 
2013 
5 
Promover análise do solo nas áreas onde haverá uso de 
adubação orgânica proveniente do empreendimento, nas 
profundidades 0-20, 20-40 cm onde deverão estar contemplados 
os seguintes parâmetros: ph, N, P, K, Al, Na, Cu, Zn, Ca, Mg, 
CTC, matéria orgânica e saturação de bases, apresentando 
relatório técnico com a devida ART. 
 
Obs. Enviar anualmente á SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês de junho, 
os resultadosdas análises efetuadas. O relatório d everá conter a 
identificação da área, registro profissional e a as sinatura do responsável 
técnico pelas análises. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
6 
Comprovar a destinação dada aos resíduos classe l, sendo que 
foi apresentado nos estudos que esses resíduos serão 
recolhidos em bombonas e destinados à empresa licenciada 
para este fim. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
7 
Comprovar a destinação dada aos produtos gerados na graxaria, 
como o sebo e a farinha. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
8 
Caso o empreendedor venha a utilizar o gás produzido pelo 
reator da ETE, apresentar cadastro junto á Agência Nacional de 
Energia Elétrica - ANEEL 
Durante a 
vigência da 
LOC 
 
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9 
Executar o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – 
PGRS, apresentando semestralmente à SUPRAM TM AP e 
conforme descrito no anexo ll do programa de 
automonitoramento deste parecer único. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
10 
Relatar ao órgão ambiental todos os fatos ocorridos na Unidade 
Industrial, que causem impacto ambiental negativo, 
imediatamente após a constatação. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
11 
Executar o Programa de Automonitoramento conforme definido 
pela SUPRAM TM AP no Anexo II. 
Durante a 
vigência da 
LOC 
* Contados a partir do recebimento do certificado de licença ambiental. 
 
Observação: Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM nº 
13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação, em periódico 
local ou regional de grande circulação, da concessão da presente licença. 
 
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ANEXO II 
Processo COPAM Nº: 00283/1995/006/2006 Classe/Porte: 5/M 
Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda 
CNPJ: 21.589.536/0001 – 64 
Atividade: Abate de animais de médio e grande porte 
Endereço: Fazenda Luciana – Zona Rural 
Localização: Distrito de Cruzeiro dos Peixoto 
Município: Uberlândia – MG 
Referência: AUTOMONITORAMENTO 
 
1. EFLUENTES LÍQUIDOS 
Local de amostragem Parâmetros Freqüência 
Entrada e saída do sistema de 
tratamento de efluentes 
sanitários 
DBO5,20, DQO, pH, Sólidos em 
Suspensão e sólidos sedimentáveis. Bimestral 
Entrada e saída do sistema de 
tratamento industrial - ETE 
DBO5,20, DQO,óleos e Graxas, 
Oxigênio Dissolvido, Sólidos 
Suspensos totais, pH, Sólidos 
Sedimentáveis, Detergente e 
Temperatura. 
Bimestral 
100 metros a montante e a 
jusante do ponto de 
lançamento no corpo hídrico 
DBO5,20, DQO, pH, Sólidos em 
Suspensão e sólidos sedimentáveis, 
óleos e graxas, oxigênio dissolvido, 
pH, 
coliformes termotolerantes, 
nitrogênio 
amoniacal total. 
Bimestral 
Entrada e saída da caixa 
separadora de água e óleo 
pH, DBO, DQO, sólidos em 
suspensão, óleos e graxas, sólidos 
sedimentados e detergentes. 
Bimestral 
 
Relatórios : Enviar bimestralmente á SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês 
subseqüente, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a 
identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises alem 
da produção industrial e o número de empregados no período. 
Método de análise : Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard 
Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. 
 
2. EFLUENTE ATMOSFÉRICOS 
 
Local de amostragem Parâmetros Freqüência 
Chaminé da caldeira Material particulado e NO x Anual 
Veículos movidos a óleo Nos termos da Portaria Anual 
 
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diesel IBAMA nº 85/96 
 
Relatórios: Enviar a SUPRAM TM AP anualmente, até o dia 20 do mês 
subseqüente ao mês de vencimento, os resultados das análises efetuadas, acompanhados 
pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a dos certificados de 
calibração dos equipamentos de amostragem. Os relatórios deverão conter a identificação, 
registro profissional, anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável 
pelas amostragens. Deverão também ser informados os dados operacionais e identificação 
do forno no qual foi realizada a amostragem. O padrão adotado para o parâmetro “Material 
Particulado” deverá atender ao limite estabelecido na DN COPAM 11/86. 
 
Método de amostragem: normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – 
EPA ou outras aceitas internacionalmente. 
 
3. RESÍDUOS SÓLIDOS 
Enviar semestralmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, os 
relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os 
dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do 
responsável técnico pelas informações. 
RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL 
Empresa 
responsável Denominaçã
o 
Orige
m Classe 
Taxa de 
geração 
(kg/mês) 
Razão 
social 
Endereço 
completo 
Form
a 
(*) 
Razã
o 
social 
Endereço 
completo 
OBS. 
 
 (*)1– Reutilização 6 – Co-processamento 
 2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo 
 3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 
 4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar) 
 5 – Incineração 
Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente 
regularizados junto à administração pública. 
Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá 
comunicar previamente à SUPRAM TM AP, para verificação da necessidade de 
licenciamento específico; 
As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo 
empreendimento; 
 
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As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as 
doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de 
fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. 
4. GERENCIAMENTO DE RISCOS 
Enviar anualmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, o relatório 
das atividades previstas no Programa de Atendimento a Emergência – PAE, Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e seus registros. O relatório deverá 
conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas 
informações e pelo acompanhamento do programa. 
Importante: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de 
automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM TM AP, 
em face do desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento. 
 
Atenção: As análises solicitadas deverão ser realiz adas em laboratórios 
cadastrados junto à FEAM – Fundação Estadual de Mei o Ambiente.

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