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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 1 de 16 PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº 341697/2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00283/1995/006/2006 LOC Deferimento Processo de Uso Insignificante nº 005857/2007 Uso Insignificante Cadastro Efetivado Processo Outorga nº 5859/2007 Outorga Deferimento Processo Outorga nº 5858/2007 Outorga Deferimento Processo Outorga nº 3062/2003 Outorga Análise técnica concluída para deferimento Renovação de Outorga nº 8071/2008 Renovação de Outorga Em análise técnica Reserva Legal nº 51.468 Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda CNPJ: 21.589.536/0001 - 64 Município: Uberlândia /MG – Distrito de Cruzeiro dos Peixotos Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: rio Paranaíba Sub Bacia: rio Araguari Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe D 01-03-1 Abate de animais de médio e grande porte (bovinos e suínos) – 250 cabeças/dia 5 D 01-04-1 Industrialização da carne, inclusive deso ssa, charqueada e preparação de conservas – 18,5 t/dia 3 D 01-05-8 Processamento de subprodutos de origem an imal para produção de sebo, óleos e farinha – 12,5 t/dia 3 Medidas mitigadoras: (X) SIM () NÃO Medidas compensatórias: (X) SIM () NÃO Condicionantes: (X)SIM ( )NÃO Automonitoramento: (X)SIM ( )NÃO Responsável pelo empreendimento: Antonio de Almeida Neto Registro de classe Diretor Administrativo Responsável Técnico pelo empreendimento: Kelly Cristina Silva Guimarães CRMV MG - Responsáveis Técnicos pelos Estudos Técnicos Apresentados Giovani Salviano Melo Registro de classe CRQ 02100627 Névio Santine de Camargo CREA 30342/D Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 004377/2009 DATA: 02/09/2009 Data: 17/05/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Ignácio Jorge Nasser MASP 1.198.192 - 5 Anderson Mendonça Sena MASP 1.225.711 - 9 Evandro de Abreu Fernandes Junior MASP 1.155.586 - 9 Larissa Machado Moreira MASP 1.197.687-5 Kamila Borges Alves - ciente MASP 1.151.726 - 5 Rodrigo Angelis Alvarez – Ciente MASP 1.191.774 - 7 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 2 de 16 1. INTRODUÇÃO O empreendedor solicitou junto à SUPRAM Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Licença de Operação Corretiva - LOC para o empreendimento Frigorífico Luciana Ltda, por meio do Formulário de Caracterização do Empreendimento (FCE) protocolado dia 14/06/2005, obtendo o Formulário de Orientação Básica (FOB) no dia 04/08/2005, com o prazo de 180 dias para a entrega da documentação solicitada. A documentação exigida foi formalizada em 16/01/2006, conforme recibo de documentos constante nos autos. Em 02/09/2009 foi realizada a vistoria no referido empreendimento, conforme Auto de Fiscalização nº 004377/2009, visando subsidiar a análise do processo administrativo de licenciamento ambiental. A atividade principal desenvolvida no empreendimento é o abate de animais de médio e grande porte (bovinos e suínos), classificando-se de acordo com a DN COPAM nº 74/04, alterada pela DN COPAM nº 130/2009 (D 01-03-1), como classe 5 e porte médio (M). Outras atividades são a industrialização da carne, inclusive desossa, charqueada e preparação de conservas, com capacidade de 18,5 t/dia, que se classifica de acordo com a DN COPAM nº 74/04, alterada pela DN COPAM nº130/2009 (D 01-04-1) como classe 3 e porte médio (M) e o processamento de subprodutos de origem animal para produção de sebo, óleos e farinha, com capacidade de 12,5 t/dia, que se classifica de acordo com a DN COPAM nº 74/04, alterada pela DN COPAM nº130/2009 (D 01-04-1) como classe 3 e porte médio (M). 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento está inserido em uma área rural de 82,8596 ha, sendo que as edificações correspondem a uma área de 5.000 m², lugar denominado Fazenda Luciana, localizando-se na zona rural do Distrito de Cruzeiro dos Peixotos, no Município de Uberlândia. O acesso ao empreendimento se faz partindo-se de Uberlândia sentido ao Distrito de Cruzeiro dos Peixotos até o trevo que dá acesso ao Distrito citado e ao Distrito de Martinésia, daí pegando-se o sentido do Distrito de Cruzeiro dos Peixotos, entrar na primeira entrada de terra à esquerda, após o trevo, daí seguir pela estrada de terra até o empreendimento. GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 3 de 16 A principal atividade desenvolvida no empreendimento é o abate de animais de médio e grande porte, predominando o abate de bovinos, com média de 150 animais/dia e o abate de suínos, com média de 100 animais/dia. Além dessa atividade, o empreendimento realiza ainda a industrialização da carne, inclusive desossa, charqueada e preparação de conservas, com média de 18,5 t/dia e o processamento de subprodutos de origem animal para produção de sebo, óleos e farinha, com capacidade de 12,5 t/dia. Atualmente o empreendimento conta com 100 funcionários, em um único turno de trabalho, funcionando 22 dias por mês. A energia elétrica é fornecida pela CEMIG e a água é proveniente de três poços tubulares e duas captações superficiais, todas devidamente regularizadas junto ao IGAM. A seguir será descrito de forma sintetizada o processo produtivo do empreendimento, a saber: Abate de bovinos - são abatidos em média 170 animais por dia, cujo processo de abate inicia-se com a recepção dos animais em currais, com aspersão de água a fim de diminuir o stress da viagem e como uma pré-lavagem dos mesmos, daí os animais vão seguindo em corredores que se afunilam. Nesse percurso, os animais vão sendo lavados através de jatos multi direcionados. Após a lavagem, são encaminhados para um compartimento com paredes móveis, onde são atordoados por concussão cerebral (pistola pneumática) e pendurados pela pata traseira, em um transportador aéreo. Depois, são submetidos à sangria, onde simultaneamente os chifres são serrados. Em seguida, ocorre a remoção do couro, a decapitação e a remoção das vísceras. Após estas etapas, as carcaças são divididas em duas hemi carcaças e posteriormente em quartos dianteiro e traseiro, são inspecionadas e encaminhadas às câmaras frigoríficas, podendo ainda ser encaminhadas diretamente à comercialização ou ainda para a industrialização da carne (desossa), tanto para os bovinos como para os suínos. Abate de suínos – são abatidos em média 80 animais por dia, onde os animais após recepção e inspeção são mantidos nas pocilgas por um período de descanso de 12 a 24 horas sob dieta hídrica. Nesse momento os animais reprovados pela inspeção federal são destinados para uma pocilga de seqüestro e abatidos no final, sob inspeção e orientação do SIF (Serviço de Inspeção Federal); caso a carcaça seja imprópria para consumo humano é recolhida e destinada para a graxaria no próprio empreendimento e destinada para fabricação de farinhas. Após a lavagem inicial, os animais são submetidos ao atordoamento por descarga elétrica, após atordoados, os animais são pendurados pelas patas traseira em transportador aéreo, eencaminhados ao setor de sangria. Terminada a sangria, os animais presos ao transportador aéreo são encaminhados ao tanque de escaldagem, onde são GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 4 de 16 imersos em água a aproximadamente 100º C, durante cerca de 60 segundos. Logo após são conduzidos à depiladeira automática para a remoção dos pelos, e em seguida colocados sobre uma mesa metálica para remoção dos pelos remanescentes e das unhas, sendo posteriormente lavados. Após esses procedimentos são realizadas a evisceração e a inspeção post mortem, divisão das carcaças em duas hemi carcaças, toalete, limpeza e lavagem com água sob pressão, sendo as hemi carcaças encaminhadas ao resfriamento para comercialização ou destinadas à produção de outros subprodutos (desossa). Destinação dos subprodutos – As vísceras aprovadas pela inspeção sanitária são enviadas às suas respectivas seções de processamento; as rejeitadas, bem como as aparas retiradas das carcaças são aproveitadas na produção de sebo e farinhas para ração animal, sendo então encaminhados para a graxaria, e eventualmente o mocotó e ossos. Pêlos de orelhas e cauda e pêlos são secados, moídos e direcionados para a compostagem e posteriormente usados como adubo orgânico. Couros, chifres e cascos são comercializados com terceiros. As tripas (envoltórios) são enviadas para sala específica, sendo raspadas e lavadas antes da comercialização. O rúmen (bucho) é escaldado e branqueado para posterior comercialização. Sistema de tratamento de efluentes industriais – o sistema de tratamento de efluentes do empreendimento é composto por um tratamento primário (remoção de sólidos) e tratamento biológico (diminuição da carga orgânica) e está projetado para tratar tanto os efluentes gerados na área de abate, bucharia e eventualmente da desossa (linha vermelha), quando das áreas de pocilga e currais (linha verde). A seguir será descrito cada trajeto de efluente: Linha vermelha – é composta pelos efluentes gerados nas áreas em que o sangue é o principal contaminante, tais como: água de lavagem da área de sangria, das operações de evisceração, desossa, resfriamento, limpeza de tripas (bucharia), depilação de suínos e processamento de vísceras. O sistema de tratamento primário da linha vermelha consiste na separação de sólidos, através de peneira estática, daí o efluente é encaminhado para dois tanques de decantação e equalização, e depois de misturado à linha verde, é encaminhado para um reator biológico seguido de filtro e daí para lagoas de tratamento e polimento, para posterior lançamento em curso de água. Vale ressaltar que o gás proveniente do reator é queimado em um queimador, entretanto o empreendedor estuda um aproveitamento desse gás. Linha verde – é composta pelos efluentes gerados nas áreas em que não há presença de sangue, tais como limpeza de currais, pocilgas, caminhões de transporte dos animais e lavagem dos animais na rampa de acesso. O sistema de tratamento primário da GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 5 de 16 linha verde consiste na separação de sólidos através de tanque de sedimentação, onde a parte sólida é encaminhada para compostagem e o efluente líquido é encaminhado para a ETE. Graxaria – é composta por três digestores que funcionam em forma de batelada, com capacidade de processar 12,5 t/dia, sendo que os produtos gerados são o sebo, que é direcionado para tanques contidos em bacia de contenção e farinhas, esses produtos são comercializados com terceiros. Os efluentes líquidos gerados na graxaria são direcionados para caixas de decantação (caixa de gordura) seguindo posteriormente para a ETE. Os resíduos sólidos gerados desse processo de decantação são recolhidos e retornam ao processo de digestão. Os efluentes de todas as linhas encontram-se em uma caixa de passagem, praticamente livres dos sólidos grosseiros, sendo encaminhados para um reator, seguido de filtro e depois para lagoas de estabilização. Atualmente as cinco lagoas existentes não são impermeabilizadas, entretanto foi apresentado projeto com cronograma de execução para impermeabilização e redimensionamento das mesmas, tendo início das obras no mês de abril de 2011 e término no mês de setembro de 2013, o qual será objeto de condicionante deste parecer. Lembrando que, após a conclusão do redimensionamento e impermeabilização das lagoas, que conforme projeto apresentado será em numero de três, o empreendimento deverá apresentar um projeto de desativação e recuperação das lagoas não impermeabilizadas ou um projeto de impermeabilização das mesmas, caso venham a ser utilizadas. Sistema de tratamento do efluente doméstico – os efluentes domésticos são gerados pelos sanitários e vestiários, o sistema implantado é composto por tanque séptico e em seguida o efluente é encaminhado para o sistema de tratamento industrial (ETE). Resíduos Sólidos – parte dos resíduos sólidos gerados são processados dentro do empreendimento, pois o mesmo conta com uma graxaria. As cinzas da caldeira, pêlos de orelhas e cauda, pêlos e os resíduos sólidos da linha verde, são compostados dentro do empreendimento e utilizados em áreas de pastagens como adubo orgânico; o lixo doméstico e industrial é queimado na caldeira, juntamente com óleos usados, sendo que o empreendedor foi orientado a parar com esta prática; os resíduos sólidos gerados na peneira estática da linha vermelha, mocotó e ossos são recolhidos e direcionados para a graxaria. Sangue – o sangue coletado na canaleta de sangria é direcionado para a compostagem, juntamente com o esterco da linha verde. A compostagem é realizada em células contendo canaletas de contenção e direcionamento de efluentes líquidos gerados GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 6 de 16 para a ETE. À medida que se enche uma célula muda-se para outra, permanecendo a anterior por um período de cinco dias, até ser direcionada para um minhocario. Esse processo será alterado de acordo com projeto apresentado nos estudos, onde o sangue será cozido, coagulado e misturado aos resíduos sólidos da peneira estática da linha vermelha, adicionando-se palha de milho ou similar e cinzas da caldeira, e encaminhado para compostagem, dentro do próprio empreendimento. Graxaria – o empreendimento possui em suas instalações uma graxaria composta por três digestores, cujo produto final é moído e ensacado para posterior comercialização. No processamento dos sub produtos é gerado sebo, que é processado e armazenado em tanques, contidos em bacia e comercializados com indústrias. Os efluentes líquidos gerados na graxaria são direcionados para tanques de decantação, cujo resíduo sólido retorna para o processamento na graxaria, e o efluente líquido segue para a ETE. 2.2 INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE As áreas de preservação permanente dentro do empreendimento correspondem às margens do córrego Capão e nascentes, que se encontram preservadas. Entretanto, em vistoria, foi observado intervenção em área de preservação permanente, correspondentea duas captações, sendo uma de uso insignificante e outra outorgada. Quanto a regularização dessa intervenção, o empreendedor requereu nesta Superintendência Regional, com fulcro no art. 11 e 12 da DN COPAM nº 76/04, a regularização das intervenções citadas acima que correspondem a uma área total de 0,1056 ha. A intervenção de 0,1056 ha é caracterizada como uma Ocupação Antrópica Consolidada, haja vista que foi comprovado pelo proprietário que tal intervenção ocorreu antes de 19 de junho de 2002 (documentação anexa nos autos), nos termos do art. 1º, I,II e VII da DN COPAM nº 76/2004, e art. 11 da Lei 14.309/2002. Assim, esta equipe de análise sugere a aprovação das intervenções e a permanência em área de preservação permanente, nos termos do art. 11, inciso II da Resolução CONAMA nº 369/2006 c/c o art. 11 da Lei 14.309/2002, ocupando área de 0,1056 ha, sendo expressamente vedada sua expansão em APP. 2.3 MEDIDA COMPENSATÓRIA Como medida compensatória o empreendedor apresentou um projeto que prevê o plantio de 278 mudas de espécies nativas da região, com espaçamento de 3x3 m², que irá ocupar uma área de 0,2500 ha, contígua à APP, com plantio no início do período chuvoso GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 7 de 16 que compreende os anos de 2010/2011. Será condicionada a execução e a evolução desse plantio. 2.4 MEDIDA MITIGADORA RECOMENDADA As ações relacionadas para mitigar as intervenções em APP incluem a construção de curvas de nível à montante do curso de água para evitar o carreamento de solo por erosão laminar, impedindo o assoreamento dos corpos hídricos, bem como a sua eutrofização e a adoção de técnicas de manejo adequada no plantio das mudas nas áreas de preservação permanente, visando a proteção do solo contra processos erosivos. Insta ressaltar que a inexecução total ou parcial das medidas compensatórias e mitigadoras, ensejará sua remessa ao Ministério Público, para execução das obrigações, sem prejuízo das demais sanções legais, nos termos do art. 7º da DN COPAM 076/2004 e art. 8º, Portaria IEF nº 054 de 14 de Abril de 2004. 2.3. RESERVA LEGAL O empreendimento está inserido em uma área total de 82,8596 ha composta pela matrícula nº 51.468, do CRI da cidade de Uberlândia - MG cuja área de reserva legal corresponde a 16,58 hectares, não inferior aos 20% da área total exigido em lei, encontra- se averbada dentro da propriedade, conforme AV-3-51.468, datado de 30/05/2008. A área de Reserva Legal é dividida em seis fragmentos, compostos por vegetação de cerrado (5,63 ha) e por pastagens com cerrado em estágio avançado de regeneração. 2.4. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS O empreendimento possui quatro outorgas e um cadastro de uso insignificante, conforme se verá a seguir: Processo de outorga nº 05859/2007, para captação de água subterrânea por meio poço tubular já existente, deferida conforme Portaria nº 223/2008 e com validade até 16/02/2013; Processo de outorga nº 05858/2007, para captação de água subterrânea por meio de poço tubular já existente, deferida conforme Portaria nº 1838/2007, com validade até 21/11/2012; Processo de outorga nº 3062/2003, para captação de água subterrânea por meio de poço tubular já existente, o qual encontra-se com análise técnica concluída para o deferimento, aguardando a publicação da Portaria de Outorga; GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 8 de 16 Processo de renovação de outorga nº 08071/2008, para captação de água em surgência (nascente), o qual se encontra em análise técnica nesta Superintendência. Todavia, por se tratar de processo de renovação da Portaria de Outorga nº 018/2004, possui o status de renovação automática, conforme determina a portaria IGAM n° 15 de 20 de Junho de 2007 em seus Arts. 1° e 4°, I e II. Processo de Uso Insignificante nº 05857/2007 – Cadastro efetivado para captação em corpo de água (rios, lagoas naturais etc), cuja validade se estende até 26/09/2010. 2.5. IMPACTOS IDENTIFICADOS 1. Efluentes líquidos industriais; 2. Efluentes Sanitários; 3. Resíduos Sólidos; 4. Emissões atmosféricas; 5. Riscos de acidentes; 6. Ruídos; 7. Sebo da graxaria. 2.6. MEDIDAS MITIGADORAS 1. O empreendimento possui uma Estação de Tratamento de Efluente – ETE, constituído de tratamento primário e secundário. A empresa realiza um programa de monitoramento de eficiência da ETE, sendo que de acordo com os resultados apresentados, na primeira quinzena de maio/2009 o efluente líquido tratado apresentou-se dentro dos padrões para os seguintes parâmetros: DBO, DQO, pH, temperatura, ABS (detergente) e sólidos sedimentáveis, sendo que para os parâmetros óleos e graxas e sólidos suspensos, apresentaram resultados fora dos padrões estabelecidos pela DN Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008, conforme ofício nº 1963/2009 enviado pela GEMOG/DFMA/FEAM. O empreendimento foi autuado conforme Auto de Infração nº 012229/2010 e Auto de Fiscalização nº 004377/2009, lavrado por servidor credenciado desta Superintendência em decorrência das disposições do Decreto Estadual nº 44.844 de 25 de junho de 2008. Após constatado o lançamento fora dos padrões, o empreendedor realizou manutenção no sistema da ETE, com a finalidade de adequação do lançamento, sendo o programa de monitoramento de eficiência da ETE continuo durante a vigência da licença ambiental, conforme consta em condicionante deste parecer. GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 9 de 16 2. Para tratar os efluentes sanitários o empreendimento conta com tanque séptico, que tem seu lançamento final no sistema de tratamento industrial (ETE). Como medida de controle a empresa propõe o monitoramento desse efluente, entrada e saída. 3. Os resíduos sólidos gerados no empreendimento serão descritos a seguir: Lixo de escritório e doméstico – esses resíduos passarão por coleta seletiva, onde a parte inapta para reciclagem será acondicionada em sacos plásticos e encaminhada para a coleta pública do município de Uberlândia, e a outra parte será destinada para empresas de reciclagem licenciadas. Resíduos classe l – em relação a esses resíduos (NBR 10004/2004) o empreendedor armazena em tambores de 200 litros, em local adequado e em conformidade com a NBR 13235/1992 – Armazenamento de Resíduos Perigosos, para posterior recolhimento por empresas licenciadas ambientalmente. Resíduos da linha verde – esses resíduos são encaminhados para processo de compostagem no próprio empreendimento, juntamente com o sangue e as cinzas da caldeira, sendo utilizados em um minhocario. Quando há excedente, o mesmo é utilizado como adubo orgânico em áreas de pastagens do próprio empreendimento. Resíduos da linha vermelha e sangue – atualmente o sangue segue “in natura” para compostagem, juntamente com os resíduos provenientes da peneira estática da linha vermelha e da linha verde (esterco), entretanto foi apresentado nos estudos novo direcionamento, onde o sangue será armazenado em um tanque e deste bombeado para uma válvula de vapor, para cozimento e secagem, sendo posteriormentecompostado em células, juntando-se aos resíduos da linha verde e vermelha e cinza da caldeira. Resíduos sólidos do abate - Couros, chifres e cascos são comercializados com terceiros. Mocotó, gorduras separadas das caixas de gordura, ossos, vísceras, carcaças ou parte de carcaças condenadas são destinadas para a graxaria do empreendimento. As tripas (envoltórios) são encaminhadas para uma sala própria, raspadas e lavadas, antes de serem comercializadas. Lodo da ETE – esse resíduo é compostado e utilizado na fertilização de pastagens e áreas ajardinadas dentro do empreendimento. Serão apresentados a essa Superintendência relatórios técnicos contemplando a destinação de todos os resíduos sólidos gerados pela empresa, conforme Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, apresentado nos estudos. 4. Essa emissão é restrita à chaminé da caldeira a lenha, e se refere ao material particulado emitido pela mesma. O empreendimento possui como medida de controle de emissão de material particulado um lavador de gases. Foi apresentado laudo técnico indicando que a concentração de material particulado para o duto de saída da caldeira a lenha está dentro (181,16 mg/Nm³) dos níveis exigidos conforme DN COPAM nº 11 de GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 10 de 16 16/12/1986 e COPAM nº 01 de 24/02/1992. Sendo assim foi apresentado pela empresa a manutenção de um programa de automonitoramento dessa emissão. 5. Como o empreendimento utiliza amônia no processo de refrigeração de produtos acabados, a empresa apresentou um Programa de Atendimento a Emergência – PAE, abrangendo todas as dependências da empresa, com o objetivo de proporcionar diretrizes e informações destinadas à adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos estruturados para possibilitar respostas rápidas e eficazes nas atuações de situações de emergência. 6. Esse impacto é de pouca relevância devido à localização do empreendimento, ficando restrito à área interna da empresa. O maior impacto ocorre quando do funcionamento dos equipamentos para a realização das atividades, sendo necessário o uso de EPI´s pelos funcionários sempre que se fizer necessário. Foi apresentado nos estudos um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, contemplando todas as áreas do empreendimento. 7. O sebo gerado pelo processamento de subprodutos na graxaria é armazenado em tanques, contidos em bacia e posteriormente comercializados. A parte sólida (farinha) é moída, ensacada e comercializada com terceiros. Vale ressaltar que os resíduos sólidos provenientes da caixa de gordura voltam para o processo. 2.7. CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a documentação exigível. O local de instalação do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos municipais, de acordo com declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Uberlândia – MG. Quanto ao Auto de Infração nº 012229/2010 lavrado em face do empreendimento pelo lançamento de efluentes líquidos fora dos padrões legais, encontra-se em análise técnica neste órgão para posterior julgamento. Nesse sentido, considerando que o empreendimento possui reserva legal averbada dentro da propriedade, apresentou a documentação pertinente para compensar as intervenções em área de preservação permanente, obteve as outorgas de água e cadastro de uso insignificante das captações, bem como demonstrou que as atividades desenvolvidas em sua propriedade estão adequadas, conforme a legislação ambiental vigente, conforme relatado acima e demonstrado nas informações complementares apresentadas pelo empreendedor, somos pelo deferimento da presente licença, com as GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 11 de 16 condicionantes, medidas mitigadoras e automonitoramento que seguem com este parecer, desde que ouvida a Unidade Regional Colegiada do COPAM TMAP. 3. CONCLUSÃO A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo deferimento da concessão da Licença de Operação Corretiva (LOC) para o empreendimento Frigorífico Luciana Ltda, localizado no município de Uberlândia – MG, desde que atendidas todas as medidas mitigadoras de impactos ambientais e medida compensatória descritos neste parecer e no PCA apresentado, aliadas às condicionantes listadas no Anexo I e automonitoramento do Anexo II, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não d ispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalme nte exigíveis. Ressalta-se ainda, que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. 4. VALIDADE 04 (quatro) anos Data: 17/05/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Ignácio Jorge Nasser MASP 1.198.192 – 5 Anderson Mendonça Sena MASP 1.225.711 – 9 Evandro de Abreu Fernandes Junior MASP 1.155.586 – 9 Larissa Machado Moreira MASP 1.197.687 – 5 Kamila Borges Alves – ciente MASP 1.151.726 – 5 Rodrigo Angelis Alvarez – Ciente MASP 1.191.774 – 7 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 12 de 16 ANEXO I Processo COPAM Nº: 00283/1995/006/2006 Classe/Porte: 5/M Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda CNPJ: 21.589.536/0001 – 64 Atividade: Abate de animais de médio e grande porte Endereço: Fazenda Luciana – Zona Rural Localização: Distrito de Cruzeiro dos Peixoto Município: Uberlândia – MG Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * 1 Comprovar a alteração no sistema de compostagem do sangue, conforme apresentado nos estudos. 120 dias 2 Apresentar relatório técnico fotográfico da execução da medida compensatória, conforme item 2.3 deste parecer, lembrando que o plantio terá início no período chuvoso de 2010. OBS: Após a comprovação da execução, deverá ser apr esentado anualmente relatório técnico e fotográfico da evolu ção da recomposição. 180 dias após o plantio 3 Comprovar a impermeabilização das lagoas de efluentes, conforme cronograma de execução apresentado nos estudos. Sendo que as obras se iniciam em abril de 2011 e terminam em setembro de 2013. 20 de Outubro de 2013 4 Apresentar projeto de desativação e recuperação das lagoas não impermeabilizadas ou um projeto de impermeabilização das mesmas, caso venham a ser utilizadas, com cronograma de execução e ART. 20 de outubro de 2013 5 Promover análise do solo nas áreas onde haverá uso de adubação orgânica proveniente do empreendimento, nas profundidades 0-20, 20-40 cm onde deverão estar contemplados os seguintes parâmetros: ph, N, P, K, Al, Na, Cu, Zn, Ca, Mg, CTC, matéria orgânica e saturação de bases, apresentando relatório técnico com a devida ART. Obs. Enviar anualmente á SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês de junho, os resultadosdas análises efetuadas. O relatório d everá conter a identificação da área, registro profissional e a as sinatura do responsável técnico pelas análises. Durante a vigência da LOC 6 Comprovar a destinação dada aos resíduos classe l, sendo que foi apresentado nos estudos que esses resíduos serão recolhidos em bombonas e destinados à empresa licenciada para este fim. Durante a vigência da LOC 7 Comprovar a destinação dada aos produtos gerados na graxaria, como o sebo e a farinha. Durante a vigência da LOC 8 Caso o empreendedor venha a utilizar o gás produzido pelo reator da ETE, apresentar cadastro junto á Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Durante a vigência da LOC GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 13 de 16 9 Executar o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, apresentando semestralmente à SUPRAM TM AP e conforme descrito no anexo ll do programa de automonitoramento deste parecer único. Durante a vigência da LOC 10 Relatar ao órgão ambiental todos os fatos ocorridos na Unidade Industrial, que causem impacto ambiental negativo, imediatamente após a constatação. Durante a vigência da LOC 11 Executar o Programa de Automonitoramento conforme definido pela SUPRAM TM AP no Anexo II. Durante a vigência da LOC * Contados a partir do recebimento do certificado de licença ambiental. Observação: Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM nº 13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação, em periódico local ou regional de grande circulação, da concessão da presente licença. GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 14 de 16 ANEXO II Processo COPAM Nº: 00283/1995/006/2006 Classe/Porte: 5/M Empreendimento: Frigorífico Luciana Ltda CNPJ: 21.589.536/0001 – 64 Atividade: Abate de animais de médio e grande porte Endereço: Fazenda Luciana – Zona Rural Localização: Distrito de Cruzeiro dos Peixoto Município: Uberlândia – MG Referência: AUTOMONITORAMENTO 1. EFLUENTES LÍQUIDOS Local de amostragem Parâmetros Freqüência Entrada e saída do sistema de tratamento de efluentes sanitários DBO5,20, DQO, pH, Sólidos em Suspensão e sólidos sedimentáveis. Bimestral Entrada e saída do sistema de tratamento industrial - ETE DBO5,20, DQO,óleos e Graxas, Oxigênio Dissolvido, Sólidos Suspensos totais, pH, Sólidos Sedimentáveis, Detergente e Temperatura. Bimestral 100 metros a montante e a jusante do ponto de lançamento no corpo hídrico DBO5,20, DQO, pH, Sólidos em Suspensão e sólidos sedimentáveis, óleos e graxas, oxigênio dissolvido, pH, coliformes termotolerantes, nitrogênio amoniacal total. Bimestral Entrada e saída da caixa separadora de água e óleo pH, DBO, DQO, sólidos em suspensão, óleos e graxas, sólidos sedimentados e detergentes. Bimestral Relatórios : Enviar bimestralmente á SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises alem da produção industrial e o número de empregados no período. Método de análise : Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. 2. EFLUENTE ATMOSFÉRICOS Local de amostragem Parâmetros Freqüência Chaminé da caldeira Material particulado e NO x Anual Veículos movidos a óleo Nos termos da Portaria Anual GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 15 de 16 diesel IBAMA nº 85/96 Relatórios: Enviar a SUPRAM TM AP anualmente, até o dia 20 do mês subseqüente ao mês de vencimento, os resultados das análises efetuadas, acompanhados pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a dos certificados de calibração dos equipamentos de amostragem. Os relatórios deverão conter a identificação, registro profissional, anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável pelas amostragens. Deverão também ser informados os dados operacionais e identificação do forno no qual foi realizada a amostragem. O padrão adotado para o parâmetro “Material Particulado” deverá atender ao limite estabelecido na DN COPAM 11/86. Método de amostragem: normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – EPA ou outras aceitas internacionalmente. 3. RESÍDUOS SÓLIDOS Enviar semestralmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações. RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL Empresa responsável Denominaçã o Orige m Classe Taxa de geração (kg/mês) Razão social Endereço completo Form a (*) Razã o social Endereço completo OBS. (*)1– Reutilização 6 – Co-processamento 2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo 3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar) 5 – Incineração Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente regularizados junto à administração pública. Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à SUPRAM TM AP, para verificação da necessidade de licenciamento específico; As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendimento; GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM – TM e AP Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 DATA: 17/05/2010 Página 16 de 16 As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. 4. GERENCIAMENTO DE RISCOS Enviar anualmente à SUPRAM TM AP, até o dia 20 do mês subseqüente, o relatório das atividades previstas no Programa de Atendimento a Emergência – PAE, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e seus registros. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações e pelo acompanhamento do programa. Importante: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM TM AP, em face do desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento. Atenção: As análises solicitadas deverão ser realiz adas em laboratórios cadastrados junto à FEAM – Fundação Estadual de Mei o Ambiente.
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