Asfalto de Borracha

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Engenharia
Jean Lucas Dias Carlos
José Rogério Juvêncio Júnior
Thiago de Sousa Severino
Asfalto de Borracha
Taubaté
2018
Jean Lucas Dias Carlos
José Rogério Juvêncio Júnior
Thiago de Sousa Severino
Asfalto de Borracha
Taubaté
2018
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 (Fluxograma) 	7
Figura 2	8
SUMÁRIO
Resumo	5
1- Introdução	6
2- Desenvolvimento do tema	7
2.1- Proposição	9
2.2- Revisão da literatura	9
2.3- Discussão	11
3- Conclusão	13
Referências	14
RESUMO
Apresentar o funcionamento do Asfalto de Borracha, uma solução ecológica aos asfaltos comuns. Este tipo de asfalto além de ser mais viável pro meio ambiental, apresenta outras vantagens como maior durabilidade e resistência, cumprindo bem seus objetivos.
1 - INTRODUÇÃO
Atualmente no Brasil, a principal forma de locomoção segue sendo por meio do transporte rodoviário, ainda assim, há uma precariedade nas estradas do país, muitas vezes muito desgastadas e esburacadas.
Juntado a necessidade de reformas, com novas tecnologias e um pensamento ecológico, o asfalto de borracha se mostra a melhor solução para solucionar esse problema.
Fabricado a partir de pneus inservíveis, que antes teriam seus resíduos descartados, hoje são reciclados e trabalhados, afim de se obter através disso o pó da borracha, o qual é misturado ao ligante asfáltico, formando assim o asfalto de borracha.
O asfalto de borracha se destaca por ser mais resistente e ter uma durabilidade maior comparado ao asfalto comum, alia-se isso ao fato da fácil obtenção de seus recursos, e de seus benefícios ambientais, o torna uma solução viável para as rodovias, embora ainda não seja muito utilizada no Brasil.
2 – DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Presente em apenas 5% das estradas brasileiras, o asfalto de borracha já é conhecido no país desde o início dos anos 2000, porém só agora vem se tornando mais popular nas vias brasileiras.
Feito por meio de pneus inservíveis que poderiam ser mal descartados e prejudicar o meio ambiente, estes são triturados a fim de se obter um pó derivado de sua borracha e por meio de um processo químico, são misturados ao ligante asfáltico para a criação do asfalto de borracha.
 (
Descarte inadequado
)
 (
Problema Ambiental
)
 (
Incineração
) (
Milhões de pneus descartados 
anualmente
)
 (
Problema Econômico
)
 (
Aterro Sanitário
)
 (
Reciclagem
)
 (
Asfalto de Borracha
) (
Reutilização da Borracha
)
 (
Pavimentação
)
 (
Geração de Energia
)
Figura 1
O Processo se inicia com a coleta do material, geralmente feito da parceria entre as empresas produtoras de asfalto com as responsáveis pela produção e venda dos pneus, as quais concedem os pneus usados para a fabricação do material.
Uma vez coletado, o pneu passa por um processo de trituração e logo após de separação, onde são retirados os materiais nobres do pneu. Desses materiais nobres saem os polímeros, o restante é incinerado pra alimentar os fornos de cimenteiras.
A partir disso, os polímeros passam por um processo automatizado, que transforma-o em pó de borracha. Após isso ele é misturado com o ligante asfáltico constituído de Cimento Asfático de Petróleo. Por fim é adicionada a pedra, e o asfalto de borracha já está pronto para a utilização.
Figura 2
2.1 – Proposição
Apresentar de forma explicativa, o asfalto de borracha, abrangendo sua história, empresas da área, vantagens e desvantagem e seu custo.
2.2 – Revisão da Literatura
O asfalto de borracha começou na década de 40, quando a Companhia de Reciclagem de Borracha, U.S. Ruber Reclaiming Company, introduziu no mercado um produto composto de material asfáltico e borracha desvulcanizada reciclada denominada RamflexTM.
Procurando uma forma eficaz de reutilizar pneus descartados, o americano Charles H. Macdonald, acrescentou borracha moída ao asfalto, dando origem ao asfalto-borracha em 1963. O produto mostrou-se cerca de 40% mais resistente que o asfalto convencional e possui diversas vantagens, entre as quais: maior conforto, menos ruído e maior aderência, diminuindo a possibilidade de derrapagens. 
Segundo pesquisadores, a durabilidade do pavimento aumenta em cerca de 45% em comparação ao asfalto comum.
No Brasil o uso da borracha em pavimentação asfáltica foi aprovada em 1999, pela Resolução nº 258 do CONAMA 
Em 2001, após pesquisas, houve a primeira utilização do asfalto de borracha no Brasil, produzido numa parceria entre a MIcrosul, a Greca Asfaltos e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em um trecho de cerca de 900 m na BR-116, entre os municípios gaúchos de Guaíba e Camaquã, numa operação considerada de alto risco, pois se desse errado, teria que ser todo retirado. A operação porém, foi um sucesso.
O asfalto de borracha começou a ser usado pelo Grupo EcoRodovias em caráter de teste em 2002, depois que técnicos da empresa foram enviados à Califórnia e ao Arizona para aprender mais sobre o assunto. 
Aos poucos o asfalto de borracha foi sendo implantado em locais como na região do planalto das rodovias Imigrantes (km 12 ao 40) e Anchieta (km 10 ao 40), na serra da via Anchieta (km 40 ao 55) e em outros pontos, como na marginal da Anchieta, em Cubatão, e em parte da Interligação Planalto.
Com as operações sendo um sucesso, mais vias foram sendo construídas com o asfalto de borracha, que hoje já está presente em 8 mil quilômetros de estrada pavimentada.
2.3 – Discussão
EMPRESAS DO RAMO NO BRASIL: 
No Brasil, atualmente, as principais empresas especializadas no ramo do Asfalto de Borracha são:
Greca Asfaltos: Uma das pioneiras do país, foi uma das responsáveis na construção da primeira via ecológica do país, em 2001.
Grupo EcoRodovias: Uma das maiores empresas do ramo rodoviário no país, administra cerca de 2 mil quilômetros de rodovias pelo país, com cerca de 22% de suas estradas já com o asfalto de borracha, com destaques para o Sistema Anchieta-Imigrantes(SP).
Grupo CCR: Outra gigante do setor, a CCR, responsável por mais de 3 mil quilômetros de rodovias como a NovaDutra, possui cerca de 15% das vias com asfalto de borracha. Destaque para a RodoNorte(PR).
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS:
O uso de pneus descartados (que no Brasil chegam a 30 milhões por ano) na produção de asfalto leva a uma economia de:
Petróleo (R$ 14 milhões/1.000 km em asfaltos);
Pedras (R$ 26 milhões/1.000 km);
Energia (R$ 10 milhões/1.000 km em transporte);
Aterros sanitários (R$ 8 milhões/1.000 km).
Além disso traz vários benefícios ambientais, como:
Redução do descarte em aterros sanitários, lagoas, rios, terrenos baldios, etc;
Reduzem indiretamente os vetores (mosquitos, ratos, etc) e as endemias, como a dengue e malária, os riscos de incêndio e a queima criminosa dos pneus a céu aberto;
Aplicação em revestimentos asfálticos reduzindo o ruído da interação pneu-pavimento, contribuindo desta forma com dupla consideração ambiental 
CUSTO: 
Atualmente a produção do asfalto de borracha custa por volta 1,4 milhão de reais por tonelada, contra 1 milhão de reais por tonelada do asfalto comum.
VANTAGENS:
Aumento da flexibilidade devido a maior concentração de elastômeros na borracha de pneus e a melhor adesividade do ligante aos agregados;
Maior resistência ao envelhecimento devido à presença de antioxidantes e carbono na borracha de pneus que auxiliam na redução do envelhecimento por oxidação;
Redução da suscetibilidade térmica quando comparado com pavimentos construídos com ligante convencional;
Confere maior resistência do revestimento à deformação e ao trincamento (fadiga);
Maior coesão e maior resistência ao envelhecimento por oxidação, conseqüentemente com maior vida útil com redução das operações de manutenção e restauração;
Possibilidade de reduzir a espessura do revestimento asfáltico em até 30 %.
Possibilidade de execução de revestimentos asfálticos de alto desempenho que além de reduzirem o ruído do pneu-revestimento e promovem elevado atrito superficial
DESVANTAGENS:
A maior desvantagem vem em relação ao preço, pois o custo portonelada é mais elevado, cerca de 30% mais caro que o asfalto convencional. No entanto, esse aspecto pode ser minimizado quando se considera que ela permite reduzir a espessura da camada aplicada, o que também diminui o desnível no acostamento, e também pelo fato do asfalto de borracha ter uma durabilidade 45% maior em relação ao comum.
3 – CONCLUSÕES
Após todo o desenvolvimento e estudo sobre o tema de asfalto de borracha, concluímos que se trata de um novo processo de desenvolvimento totalmente ecológico, com a aplicação da borracha em sua composição, trazendo uma melhoria nos desempenhos das estradas, além de vários outros ganhos, sendo o principal deles, o ambiental, tanto a curto quanto a longo prazo. Com tudo isso, espera-se que o asfalto de borracha, comece a ser utilizado cada vez mais, tornando-se padrão a sua utilização, substituindo o asfalto comum, graças a sua maior durabilidade, e benefícios ambientais, que evitam o descarte incorreto dos pneus, e o torna sua principal ferramenta para um mundo ecologicamente melhor.
REFERÊNCIAS
BETUSEAL. Vantagens do asfalto de borracha. 2015. Disponível em: <http://www.betuseal.com.br/vantagens-asfalto-borracha/>. Acesso em: 15 maio 2018
BONAFÉ, Gabriel. Asfalto-borracha garante vias mais seguras e duráveis. 2017. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/asfaltoborracha-garante-vias-mais-seguras-e-duraveis_15935_10_0>. Acesso em: 15 maio 2018.
CAHPI CONSULTORIA. Asfalto-Boracha. 2018. Disponível em: <http://www.cahpiconsultoria.com.br/index.php/1682-2/>. Acesso em: 15 maio 2018..
GRECA ASFALTOS. Asfalto-Borracha no Brasil. 2018. Disponível em: <http://www.asfaltoborracha.com.br/>. Acesso em: 15 maio 2018.
GRECA ASFALTOS. ECOFLEX - Asfalto-Borracha. 2018. Disponível em: <http://www.grecaasfaltos.com.br/asfalto-borracha>. Acesso em: 15 maio 2018
MAZZONETTO, Caroline. Asfalto-Borracha. 2011. Disponível em: <http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/11/asfalto-borracha-a-adicao-de-po-de-borracha-extraido-de-245173-1.aspx>. Acesso em: 15 maio 2018.
VIABILIDADE DA PAVIMENTAÇÃO COM ASFALTO-BORRACHA. Florianópolis: Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, mar. 2017. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/download/3323/2822>. Acesso em: 15 maio 2018
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