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Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 2ª Edição Brasília, 2018 Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg Secretário de Estado de Educação Júlio Gregório Filho Secretário Adjunto de Estado de Educação Clovis Lucio da Fonseca Sabino Subsecretária de Educação Básica Luciana da Silva Oliveira Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Coordenadora Geral Daniela Lobato do Nascimento Analista de Gestão (Consed) Lucas Moura Maximo Coordenadora dos Anos Iniciais Viviane Carrijo Volnei Pereira Coordenadora dos Anos Finais Alessandra Edver Mello dos Santos Redatoras de Língua Portuguesa Alessandra Edver Mello dos Santos Eliana Maria Sarreta Alves Janaína Vieira Pinto Viviane Carrijo Volnei Pereira Redatores de Arte Ana Carolina Mendes Augusto Charan Alves Barbosa Gonçalves Daniela Lobato do Nascimento Frank Nely Peres Alves Juliana Cunha Passos Kyara Christina Marrocos Cerqueira Luzirene do Rego Leite Maria Luíza Dias Ramalho Pedro Ivo dos Santos Leite Rafaela Eleutério Holanda Sara Paraguassú Santos do Vale Redatores de Educação Física José Manoel Montanha Luís Maurício Montenegro Marques Redatores de Língua Estrangeira Ivo Marçal Vieira Júnior Juscelino da Silva Sant’ana Redatoras de Matemática Cacilda de Souza Erika Botelho Guimarães Rijo Alves Marilene Xavier dos Santos Redatores de Ciências da Natureza Guilherme Baroni Morales Maria Aparecida da Silva Prado Sebastião Ivaldo Carneiro Portela Redatoras de Geografia Dayana Aguiar de Oliveira Márcia Garcia Leal Pires Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Redatores de História Antônio Carlos de Rezende Filho Thalita Coelho Dantes Redator de Ensino Religioso Tadeu Amoroso Maia Capa, programação visual e diagramação Frank Alves Colaboradores Daniel de Lima Goulart (Língua Estrangeira); Keila Cristina de Araújo Reis, Leticia Papa Vila Verde, Rosana Gonçalves Silva e Silvana de Faveri (Arte); Guilherme Pamplona Beltrão Luna (Educação Física); Cristiano Alberto Muniz, Raimunda de Oliveira, Rosália Policarpo Fagundes de Carvalho e Simone Alves Côrtes (Matemática) Leitores Críticos da Subsecretaria de Educação Básica: Cícero da Silva Lima, Ellen Daiane Cintra, Elna Dias Cardoso, José Ricardo de Moraes Veiga Abreu Neto, Pedro Ivo Silva, Renata Callaça Gadioli, Ruth Meyre Mota Rodrigues, Sérgio de Oliveira Souza e Simone Soares Nogueira Leitores Críticos das Unidades Regionais de Educação Básica Leitores Críticos das Unidades Escolares Conselho de Ensino Religioso do Distrito Federal Comissão Estadual de Implementação da Base Nacional Comum Curricular no Distrito Federal (instituída pela Portaria nº 163, de 07 de junho de 2018) Instituto Federal de Brasília Colaboradores Institucionais Janduy Procópio Leite Júnio e Ednéia Alves Cruz (CRE Brazlândia); Marcos Antônio de Sousa e Simone de Almeida Alves de Souza (CRE Ceilândia); Firmino Moreira de Queiroz e Carla Geórgia de Freitas Queiroz (CRE Gama); Afrânio de Souza Barros e Flávia Marize Cadena Bragança (CRE Guará); Ana Maria Alves da Silva e Vanessa Romão Rodrigues (CRE Núcleo Bandeirante); Isac Aguiar de Castro e Raquel Vila Nova Lins (CRE Paranoá); Queti Diettrich e Ana Paula Monteiro da Silva (CRE Planaltina); Ana Lúcia Marques de Paula Moura e Cleire de Souza Miranda Varella (CRE Plano Piloto/Cruzeiro); Célia de Lira Soares e Carlos Venício Siqueira (CRE Recanto das Emas); Cícero Elivan Alves Feitosa e Débora Vilhena Perugino de Araújo (CRE Samambaia); Claudiney Formiga Cabral e Mariana Almada Viana (CRE Santa Maria); Paulo Viana de Souza e Luiz Eugênio Barros de Brito (CRE São Sebastião); Marco Aurélio Vieira de Souza e Ana Cristina de Castro (CRE Sobradinho); Juscelino Nunes de Carvalho e Giseliane Barbosa Barreira (CRE Taguatinga); Antônio Carlos do Patrocínio (Coordenação de Políticas Educacionais para a Juventude e Adultos); Hélia Cristina Sousa Giannetti (Coordenação de Políticas Educacionais Transversais); Klesia de Andrade Matias (Coordenação de Políticas Educacionais para Educação Infantil e Ensino Fundamental); Andyára da Gama Wolney, Daniela Aparecida de Castro, Débora Cristina Sales da Cruz Vieira, Jaqueline Fernandes, Kátia Ceanne Bomfim Borges, Kátia Leite Ramos, Marília Magalhães Teixeira e Simone Pereira Costa Benck (Gabinete da Subsecretaria de Educação Básica). 1ª EDIÇÃO (2014) Colaboradores – Anos Iniciais Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro, Ana Karina Braga Isac, Amanda Midôri Amano, Ana Maria Araújo, Ana Paula Rodrigues da Silva, Andréa Cristina Gevaerd de Aguiar, Andréa Lúcia Rocha Araújo, Caroline Bianca e Silva Teixeira, Cília Cardoso Rodrigues da Silva, Cíntia Ribeiro Rodrigues, Daniela Lobato do Nascimento, Daniela de Souza Silva, Débora Gonçalves de Bastos, Dóris de Paiva Amaral, Edileusa Martins de Oliveira, Edna D’ Abadia Rosa Gomes do Carmo, Elayne Beatriz da Silva Pereira, Elisa de Araújo Pinheiro, Enuque de Freitas Barbosa, Erisevelton Silva Lima, Fernando Ribeiro Alves, Greyciane Kelli de Jesus, Helia Cristina Sousa Giannetti, Ivone Miguela Mendes, Janaina Tavares Ribeiro, Juliana Keoui Ammirabile, Juliane D. Caixeta da Silva, Jusmar Antonio de Oliveira, Karine Macedo Spezia, Kátia Franca Vasconcellos, Kira Zanandréa Duarte de Souza, Leonice Pereira dos Santos, Luciana Duarte Dutra, Luciana da Silva Oliveira, Márcia Vânia Silvério Perfeito, Margareth Rodrigues Lobal, Maria Andreza Costa Barbosa, Maria Aparecida Aragão dos Santos, Maria da Glória Bomfim Yumg, Maria Luiza Dias Ramalho, Mariana Duarte de Souza, Mariângili Lucas Vieira, Marta Elias Ferreira, Michelly Vaz Martins Moreira, Munique Dayene Borges Camilo, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Paula Patrícia Ribeiro de Almeida, Pollyana dos Santos Silva Costa, Priscila Campos de Souza, Raimunda Ferreira Chagas, Raquel Soares de Santanta, Rejane G. Lima, Rosana César de Arruda Fernandes, Silmara Cruz Leal, Simone Santos de Oliveira, Sirlene Reis Landim, Sueli Brito de Freitas, Tânia Cristina, Tatiana de Melo Alves, Vânia Leila de Castro Nogueira Linhares, Virgínia Gonçalves Feitosa, Viviane Daemon, Wagner F. Santana. Colaboradores – Anos Finais Achiles de Almeida Fernando, Adelino de C. B. Martins, Ademar Santana Bernardes, Adilson Alves Gonçalves, Adilson dos Santos, Adriana Carneiro Portela, Adriana Dias da Silva, Adriana Guimarães Rocha Campos, Adriana Quidute, Adriana Tosta Mendes, Adriano Carvalho dos Santos, Adrião Henrique da Silva, Agda Gonçalves da Costa, Alberto Roberto Costa, Alcides Geraldo Hack, Alcides Rogério de Brito, Aleska Carvalho Marques de Matos, Alessandra Campos Coepke, Alessandra Edver Milhomem, Alessandro Alves de Sousa, Alessandro Henriques Gomes, Alex Santana Dias, Alexandra Pereira da Silva, Alexandre de Pádua de Sousa Rodrigues, Alexandre Machado, Alexandre Moreira dos Santos, Aline Cristyna G. Alves, Aline Torres Baena, Alsira Lourdes de Sá Deusdará, Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro, Alzira Dayrell de Magalhães Neta, Amanda B. Menezes, Amanda dos Santos Pontes, Amanda Modesto M. Vieira, Ana Cláudia Correa dos Santos, Ana Eveline C. M. Machado, Ana José Marques, Ana Lígia de Araújo David, Ana Lígia de Araújo David, Ana Lúcia A. de Souza, Ana Lúcia Sartori, Ana Márcia de Sousa Melo, Ana Maria Alves Queiroz, Ana Maria de Araújo, Ana Paula de Souza Patrício, Ana Paula Duran Rodrigues, Ana Paula Fernandes Barbosa, Ana Paula Moreira Bahouth, Ana Paula Nunes, Ana Paula Oliveira Maranhão, André Anderson da Silva Nunes, André Felipe de Araujo Arraes, André Rabelo de Sousa, André Takashi Yamanaka, Andrea Cristina Gevaerd de Aguiar, Andrea Ferreira Passos, Andrea Kaiser Cabral Brandão, Andrea Kaiser, Andréia Alessandra A. de Freitas, Andréia Costa Tavares, Andréia Seixas Cardoso,Andreia Silva Costa, Andressa dos Santos Guidini, Anésia Vasconcelos, Ângela Divina da Silva Couto, Antônia Luciana C. Fina, Antônio Carlos F. Braz, Antônio José A. Sousa, Antonio Lázaro Rodrigues Junior, Aparecida Donizeth Ferreira de Sá, Ariosvaldo Vieira de Sousa, Aristéia Isabel Porto, Arnaldo Evaristo Ricardo, Aura Maria Michetti Furtado, Áurea Maria dos Santos Sousa, Bárbara Brito Tocantins, Bárbara Cristina G. de Miranda, Bárbara Lhorrana A. L. Brasil, Breno Ramiris Vargas da Silva, Bruno da Silva Anselmo, Bruno Gonçalves Monteiro, Carla Nayara O. Castro, Carlos Alberto Resende, Carlos Lindember S. Vilela, Carlos Roberto R. de Almeida, Carolina Gabriele Ferreira, Cecília Emerich da Cruz, Celestino Neto Guimarães, Célia Cristina Rossi, Celma Maria P. da Silva, César Augusto de Souza Oliveira, Chaianne Carla Farias Barbosa, Chirleny Pereira Barbosa, Christiane de Castro Quartieri, Cilene da Silva Patrício, Cíntia Mattão da Silva Nunes, Ciro José Casimiro Dias, Cladis Henriques de Vasconcelos, Clara Regina L. Queiroz, Clarice Pereira Cavalcante, Claudelis Duarte, Claúdia de Andrade Cambu, Cláudia Ferreira Sousa, Cláudia Reis de Almeida, Clébia Ferreira da Cruz, Clécia Alves de Souza, Cleinaan Lima Martins, Clemente Silva, Clesio Lopes do Nascimento, Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Conceição Maria Alves de Araújo, Conceição Maria Alves de Araújo, Cristiane Alves Machado, Cristiane Matida de Melo Del Fiaco, Cristina de F. Rocha, Daiane Caroline M. Santos, Daiane Marques da Silva, Dalmir Armando, Daniel Fama de Freitas, Daniel Felipe da Silveira Pinheiro, Daniel Gustavo Barnabé dos Santos, Daniel Luiz Mota, Daniela P. Rodrigues, Darlene Alves de Almeida, Darlene Alves de Almeida, David Langrafe, Davys Luis Paxiuba Durcan, Dayanne Ferreira Costa, Débora Alves S. da Silva, Débora Gonçalves de Bastos, Deborah Moema Campos Ribeiro, Deborah Raquel de Almeida Pereira Passos, Deire Lúcia de Oliveira, Delton Naranda de Avila, Denise D. Alves Sousa, Denise de Jesus Vieira Corrêa, Denize da Rocha P. Bacelar, Derli Luiz de Oliveira, Deuselina Alacoque, Deuselina Xavier Alacoque, Dhara Cristina de Souza Rodrigues, Dhione Vieira Carvalho, Dianna Cristina F. Lima, Diego Rossani Vasconcelos Silva, Domingos Sávio L. Oliveira, Donizete Batista de Souza, Douglas dos Santos Ferreira, Dyago Paulo Muniz de Lima, Dymas Júnior de Souza Oliveira, Ederlânia Morais Rodrigues Machado, Edicarlos Albino, Edilson Fernandes do Nascimento, Edilson Fernandes do Nascimento, Edimilson de Sousa Caldas, Edinalda Barroso Menezes, Edinalva Vitorino dos Santos Pinheiro, Edjane Pereira Tavares Rabelo, Edson Kleber de Araújo, Eduardo da Costa Oliveira, Edvaldo Alves de Souza, Efraina Soares dos Santos, Elaine Cristina M. S. Neves, Eliana Leal de Araújo, Eliane de S. Marçal de Lima, Elias de Araújo Borges, Elida Sandes Bringel, Eliene Nunes de Jesus, Elisa Araújo Pinheiro, Elisabete de O. Afonso Souza, Elisama Inácio Severino, Elisandra Cardoso, Elisângela da S. Freitas, Elisete Oliveira da Mata, Elizia Corrêa de Souza, Elizia Corrêa de Souza, Ellen Cristina da Silva Soares, Emanuel Marques de Souza, Emerson Alves dos Santos, Eric Naves, Erisevelton Silva Lima, Eronaldo Soares de Almeida, Esthel Duarte de Freitas, Eva Cristina Medeiros, Evaldo Carvalho Fernandes, Everaldo J.B. Diniz, Fabiana de Melo Gouvêa, Fabiano R. Marcolino, Fábio Faria, Fabio Roberto Corrêa, Fábio Roberto Viana de Oliveira, Fabíola Gonzaga Freitas, Fanuel Sousa Cerqueira, Felipe Serra, Fernanda B. C. Bernardo, Fernanda G. Mourão, Fernanda Machado Costa, Fernanda Valéria, Fernando de Oliveira Silva, Filipe Alcântara, Filomena F. Noronha, Flávia Antunes Silva Barichello, Flávia Denofre de Sousa, Flávio Alexandre Lopes de Lima, Flávio Eduardo C. Pedrosa, Flávio Rodrigues Xavier, Florisvaldo de Jesus, Fracimary Macedo Marques, Franciele Santini Cunha, Francijane Lima dos Santos, Francimeire Nava Bueno, Francisca de Sales Lima, Francisca Edna Lins de Paula, Francisca Eva Pereira, Francisco Antônio da Silva Neto, Francisco Antônio da Silva, Francisco Celso Leitão Freitas, Francisco Thiago Silva, Gabriel Antunes, Gabriel Pereira de Deus, Gabriela Cristina Luiz Ribeiro Vieira, Gabriela de Andrade, Genivaldo Fernandes Inácio, Geracina Moreira Germano Lopes, Geraldo Pereira da Silva Filho, Geraldo Richard M. Silva, Gercina P. O. Guedes, Gerson Carlos Vieira, Gilberto Alves Barbosa, Gilton Lázaro de Lima, Gilvan Ederson L. de Souza, Giovanni Anselmo Vieira, Gisele A. Figueiredo, Gisele Cristina, Gisele David Sousa, Gisele Rocha do Nascimento, Giselle da Silva Ramos Cardoso, Greyce Caroline V. dos Santos, Guilherme Eduardo Pereira, Guilherme Pamplona Beltrão Luna, Haroldo A. Eleotério, Heitor M. Kanegae, Helen Oliveira da Silva, Helena de Jesus Ramos Arruda, Helena N. do Couto Reis, Hélia Cristina Sousa Giannetti, Heloísa Alves de Sousa, Heloísa Helena Fonseca, Henrique Semensato Holgado, Herinaldo Henriques de Oliveira, Hilarião Gomes de S. Neto, Hilda Maria F. Crispim, Hodney Rosa da Silva, Hugo Rafael Soares de A. Souza, Humberto Pereira dos Santos, Ígor Meneses Mota, Ilma Correa Bittencourt, Inêz Lucas, Iranete dos Santos Marques, Irene Fernandes da Mota, Iron da Silva Braga Filho, Isabel Cristina M. G. Porto, Ítalo Barros dos Santos, Itamir Bezerra, Ivani Lima dos Santos, Ivo Marçal Vieira Júnior, Jacinto Agi, Jades Daniel Nogalha de Lima, Jailton Lopes Vicente, Jairo Gonçalves Carlos, Jairo S. Peixoto, Janaína Rodrigues Theodoro, Jandson J. Santos, Janete Alcântara Cordeiro Soares, Janildes Rodrigues Avelino, Jean de Sousa Costa, Jefferson de Lira Pereira, Jennifer Naomi Zupnek, Joanny Danielle do Lago Costa, João Almeida e Silva, João Augusto Carreiro Morais, João Batista da S. Alves, João Batista Rodrigues, João de Pádua Cawestri, João Marcos C. Marçal, João Nunes, Jocília Seixas de Morais, Jônatas Silveira Fialho, Jorge A. C. Albuquerque, Jorge A.C.L. Santos, Jorge Luiz de C. Oliveira, José Alberto Oliveira, José Augusto Borges, José Carlos Touret de Faria, José Eduardo Fernandes de Sousa e Silva, José Eduardo Todecasto, José Geovano de Araújo,José Milton Alves dos Santos, José Milton Alves dos Santos, José Paulo B. S. Filho, José Roberto B. Vilela, José Soares Ribeiro Neto, Jose Vanderlei R. Gonçalves Junior, José Waldir Modesto, Joselle de Oliveira R. Caldas, Josiane Marques C. Costa, Josilene Cristina da Rocha, Júlia Frazão Viana, Juliana Aires S. Pisano, Juliana Naiomi Nunes Toratani, Juliana Rocha P. Souza, Juliana Viegas Mundim, Juliane Almeida Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Carvalho, Juscelino da Silva Sant’Ana, Juscelino da Silva Santos, Karen Cristina doAmaral Gomes, Karina Ap. Martins, Karine M. C. Lemos, Karine Macedo Spezia, Karine Martins C. de Lemos, Karlla da Silva Vieira, Kátia Franca Vasconcellos, Katia Isis M. Souza, Kátia Pradera, Katiúscia Andréia de Medeiros Balduino, Keila Márcia de Paula, Keila Tatiane Soares Formiga, Kellen Nogueira de F. A. Alves, Kelly Cristina de Almeida Moreira, Kelly Regina de Jesus, Kênia José da Rocha, Kerly Cristina F. Tolentino, Kilson Eduardo Bottentuit Silva, Kléuber Ferrari Merli, Kotaro Uchigasaki, Ladiane Carvalho Sales, Laíse Heleny Soares, Larissa Germana, Laura Alves da Silva, Lázara Santana, Leandro de Oliveira Nardi, Lécia Maria Campos Alves Carvalho, Leila Aparecida Dias Pineo, Leila Carioca M. Pereira, Lenita M S e Silva, Leonardo Bernardes Nogueira, Leonardo Valadares Campos, Leonice Pereira dos Santos, Leticia Martins dos Santos, Lídia de O. Cunha Nunes, Lídia de Oliveira Cunha Nunes, Lídia Lima, Lilian Cristina da P. e Sena, Lilian dos Santos Brandão, Liliane Aparecida Barbosa, Liliane Cristina Barbosa, Liziane Gomes R. Oliveira, Loraine Borges Guimarães, Lucas A. Miranda, Lucas Alves de Oliveira, Luciana da Mata Barbosa Macedo, Luciana de A.B. Ribeiro, Luciana Duarte Dutra, Luciana Ferreira de Moraes Takahashi, Luciana Florentinode Lima, Luciana M. de Araujo, Luciana Machado de Freitas, Luciano Dartora, Luciany Oliveira Osório Borges, Luciene Cristina Peixoto Oliveira, Lucilene de S. Gomes, Luís Filipe Ferreira Anastácio, Luís Gustavo F. Venturelli, Luiz Alberto Fiuza dos Santos, Luiz Carlos Resende, Luiz Eduardo Mendes Batista, Luiz Felipe da Silva Soares, Luiz Gonzaga Gadelha, Luzelline Cardoso de Carvalho, Luzia Aparecida Carnicelli, Luziana da Silva Araújo, Luzimeire Cristiane Soares Santana, Madeleine Cássia Andrade, Magda de Loureto Hipólito, Mara Lúcia Alves Rocha, Mara Silva Pereira, Marcela Akyke Machado, Marcela G.B. Domiciano, Marcelia Lopes N. de Oliveira, Marcelino José da Cruz Filho, Marcelo Maciel de Lima, Márcia Maria da Silva, Márcia Maria Viana Coimbra, Márcia P. de Sales Raposo, Marcio Barrio Mendes, Marcio Gonçalves da Silva, Marco Cézar da Silva Perez, Marcos José R. Barbosa, Marcus Vinícios de S. Oliveira, Margareth Oliveira de Godoy, Margareth Rodrigues Lobal, Maria Abadia Braga, Maria Andreza Costa Barbosa, Maria Aparecida da Silva Prado, Maria Braz Ribeiral, Maria Celeste, Maria Chaves de C. da Silva, Maria da Glória Bomfim Yung, Maria das Graças Dias Goulart, Maria de Fátima B. Muniz, Maria de Fátima M. Silva, Maria de Lurdes dos Santos, Maria do Rosário Loiola Nascimento, Maria Edilene da Cruz, Maria Eliana Silva de Almeida, Maria Graciele Oliveira, Maria Helena C. Moniz Freire, Maria Helena Custódio, Maria Lúcia O. Santos, Maria Luiza Nogueira A. Inglês, Maria Luiza Nogueira Aboim, Maria Wanuza Marques da Silva, Mariana B. Torres, Mariana Freire Barros, Mariane Ferreira da Silva, Marilena M. Azevedo, Marilene Francisco Lopes, Marília Alves, Marília Luiz do Nascimento, Marília Teresinha de Souza Machado, Marina Maria de Oliveira Nascimento, Marina Silva Lima Alves, Marivone Ribeiro, Marlene S. C. Santos, Marx Lamare Félix, Mateus Ferreira de Moura, Mauro Márcio Santana Costa, Melissa Martins Alves, Meri Costa, MessiasMiguel Fernans, Michelle Katarina da Silva, Michelle Medeiros, Millena de Oliveira Lacerda, Mirailde Teles de Faria, Mircéa Cândida Cardoso, Mircéa Cândida Frasão, Míriam Mascolo Santos, Mírian Fiuza Braga, Mirian Mascolo Santos, Moacir Clodoaldo de Mesquita, Moema Filippi da Silva, Mônica A. P. Wefforp, Mônica F. Bastos, Múcio Fernando Lacerda da Silva, Murilo Silva Carvalho, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Naíra Giselle de Brito Carvalho, Natália Souza Resende, Neide Rodrigues de Sousa, Neurizete R. Maciel, Neuzeline dos Santos Morais e Silva, Nilma Cupertino D. de Jesus, Nilzete Barbosa dos Santos, Nitis Nanci Manzon, Odenice Rodrigues Lopes Mariz, Odete Roseli S. Bortaluzzi, Orlando Pereira dos Santos, Osires Rezende, Otávio Alves de Oliveira, Paloma Maciel de Santana, Pamella Karina T. de Quadros, Patrícia de Souza Rodrigues, Patrícia Gardina de N. e Deus Vieira, Patrícia Moreira Campos Curado, Patrícia Rodrigues Lopes Araújo, Paula Esteter Colaço, Paula Valéria Ribeiro de C. Araújo, Paulo Campos de Oliveira, Paulo Cesar Alves Filho, Paulo Cesar Machado Moreira, Paulo Henrique Ferreira, Pedro Fabiano Gonzaga, Pedro Silva de Almeida, Perpétua Rodrigues Porto, Priscila Cordeiro Vidal, Priscila Menandro Mendes, Rachel Alves da Silva, Rachel Angélica de Andrade Cota, Rafael dos Santos Dias Nunes, Rafael Gauche, Rafael Pereira de Souza, Rafael Souza da Costa, Rafaela de Oliveira Alves Pires, Raimunda V. R. Ferreira, Raiza de Miranda Vasconcelos, Rander Pereira do Vale, Ranielle Carlos Pereira, Raquel Melo de Oliveira, Raquel Passos Chaves Morbach, Raquel R. de Oliveira V. Toscano, Rebeca Flor da Silva, Reginaldo S. Farias, Renan dos Reis, Renata Caxito de Assis, Renata de Oliveira Ramires, Renata F. Pacheco, Renata Pacini Valls Carvalho, Renata Parreira Peixoto, Renata Pereira Nunes da Silva, Renato Rodrigues, Ricardo Andrade, Rita de Cássia Cota Pereira, Rita de Cássia da Costa, Rivânia de Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Araújo Resende, Roberto da Silva Alves, Roberto Liáo Junior, Robson Raymundo da Silva, Rodrigo Gomes de Souza, Romildo Queiroz, Ronaldo Lopes Bezerra, Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho, Roni Ivan Rocha de Oliveira, Ronivaldo Lustosa, Rosalina Gabriel Alves, Rosana Carneiro M. de Castro, Rosana Carneiro, Rosana César de Arruda Fernandes, Rosana Sarkis Campos, Rosane Machado Barbosa Mostacatto, Rosária Rosa dos Santos, Rose Mary de Sousa Guimarães, Rosendo Eloi dos S. Cruz, Rosiene Aparecida Noronha Ribeiro, Rosilane Terezinha de Sousa, Rosilene Andrade de Souza, Rosiline Pereira de Sales, Rosimary Dias da Silva, Rubens Paes Ribeiro, Ruth de Oliveira Tavares, Salatiel Sousa, Salomão Carvalho de Castro, Samara Gonçalves, Sandra Cristina A. Almeida, Sandra de Fátima Xavier, Sandra Gilda da Silva, Sandra Helena Aguiar Vieira, Sandra Leila de Souza, Sandra Lopes Teixeira, Sandra Regina S. Oliveira, Sandra Zita Silva Tiné, Sandro Batista da Silva, Saul Guimarães Filho, Savia A. Dantas, Selma Elias de Macedo, Selma Marcelina de Medeiros, Sérgio Jesus dos Santos, Sérgio Luiz Antunes Neto Carreira, Sheila Mendes Mota, Shirley Fiuza Dias, Silon Silva de Ataíde, Silvestre Lopes Soares, Silvia Gardênia C. Sabino, Simone Bordignon Giongo, Simone Moura Gonçalves, Simone Santos de Oliveira, Sofia Bethlem, Soleane Emerick Ferreira, Sonaly Carvalho de M. da Silva, Sônia M. Barbosa, Sônia Sant’Anna de Araújo, Sônia Sant’Anna, Susie Ferrira Barreto, Tábata Nunes, Tamar Rabelo de Castro, Tânia Alves de Oliveira, Tânia M. Y. Ofigi, Tânia Maria Rodrigues Silva, Tarcilio Ribeiro de Negreiros, Tatiana Aparecida Fanti, Tatiana Ribeiro Varetto, Tatiane Rocha Vieira, Telma Maria de Sousa Andrade, Teresa Cristina de Sousa Alves, Thafares Rodrigues da Costa, Thaís Lopes, Thalita Oliveira Honorato, Tiago Luís da Silva Baldez, Valdeci Moreira de Sousa, Valéria Porto Duro, Valmira Alves dos Santos, Valquíria P. da Silva Bezerra, Vanda do Carmo B. Ferreira, Vanda M. de A. Cavalcante, Vando da Silva Oliveira, Vanêssa Oliveira R. de S. Fonseca, Vanessa Saraiva Freitas, Vângela do Carmo Oliveira Vasconcelos, Vania da Costa Amaral, Vania Elisabeth Andrino Bacellar, Vanise Persiani Rega, Vanusa Crus de Freitas, Vany Maria Ramos, Vera Lúcia da Silva, Vera Lúcia Santos de Oliveira, Vera Lúcia Valentin dos Santos, Verônica Maria da Silva, Victor Bernardes de Souza, Vilma Nunes da Silva, Vinícius Lobo de Araújo, Virgenia Maria Bezerra Carneiro, Virgínia Gonçalves Feitosa, Vitória Marques Cantanhêde, Vivian Alves de Moura, Vivian Lourenço Lima, Viviana Rodrigues de Carvalho, Viviane Coelho da Silva de Lima, Viviane dos Santos Aguiar, Wag Sil, Wagner F. Santana, Waleska Araújo, Waleska Carvalho G. Damasceno, Walmy Silva Siqueira, Walser Viana Barbosa, Wédina Maria Barreto Pereira, Welba dos S. Barbosa, Wellington Raw, Willian L. de Faria Junior, Wilson Aleixo Vieira, Wilson Barboza da Silva, Zuleika Soares Fernandes Gomes. Revisão Edileuza Fernandes da Silva Erisevelton Silva Lima Rosana César de Arruda Fernandes Santana. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Ilustrações Ailton da Silva Santos (PAAE2 8º ano, CEF 05 de Sobradinho); Ana Beatriz Soares França (5º ano F, EC 03 do Paranoá); Ana Luíza de Sena Santiago (2º ano C, EC 14 de Planaltina); Anderson Fernandes da Silva (8º ano D, CEF 209 de Santa Maria); Aysla Nathiellik Costa Mascarenhas (6º ano E, CEF 209 de Santa Maria); Christyan Pereira (5º ano E, EC 03 do Paranoá); Emilly da Silva Carvalho (9º ano C, CEF 05 de Sobradinho); Evelly Gabriela Alves Silva (8º ano D, CEF 05 de Sobradinho); Geidiara Ferreira Santiago Ferraz (8º ano B, CEF 209 de Santa Maria); Giovanna Estolano Silva (9º ano C, CEF 09 de Taguatinga); Gustavo da Silva Souza (4º ano B, EC 803 do Recanto das Emas); Isaque da Silva Dantes (5º ano B, EC 803 do Recanto das Emas); José Daniel Ribeiro Mariano(9º ano F, CEF Miguel Arcanjo de São Sebastião); Karen Cristine de Moraes Tavares (6º ano E, CEF 504 de Samambaia); Leandro Francisco do Nascimento Silva (5º ano E, EC 03 do Paranoá); Lucas Nogueira Cruz (5º ano D, EC 03 do Paranoá); Maria Helena Gabrielly Rodrigues Oliveira (8º ano D, CEF 05 de Sobradinho); Maria Luíza Oliveira Sales (5º ano D, EC 03 do Paranoá); Rennan da Silva Araújo (8º ano D, CEF 05 Sobradinho); Ryan Gabriel Soares dos Santos (3º ano F, EC 803 do Recanto das Emas); Sara Oliveira Medeiros (3º ano B, EC Aspalha do Plano Piloto). Documento aprovado pelo Conselho de Educação do Distrito Federal nos termos da Portaria nº 389, de 4 de dezembro de 2018. 2ª edição atualizada pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal a partir da 1ª edição, publicada em 2014. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 7 LINGUAGENS .........................................................................................................12 LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................17 ARTE.............................................................................................................57 Linguagem artística: Artes Visuais .............................................................59 Linguagem artística: Teatro........................................................................72 Linguagem artística: Dança........................................................................82 Linguagem artística: Música.......................................................................97 EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................................109 LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................................125 MATEMÁTICA.......................................................................................................151 CIÊNCIAS DA NATUREZA ...................................................................................205 CIÊNCIAS HUMANAS...........................................................................................251 GEOGRAFIA...............................................................................................254 HISTÓRIA ...................................................................................................272 ENSINO RELIGIOSO ..................................................................................299 Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 7 Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais Autora: Karen Cristine de Moraes Tavares APRESENTAÇÃO A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEEDF, reafirmando seu compromisso com uma educação de qualidade social para o sistema de ensino do Distrito Federal, e com o intuito de garantir que o currículo continue à serviço da aprendizagem de todos os estudantes, apresenta a 2ª edição do Currículo em Movimento do Distrito Federal para o Ensino Fundamental. A sua 1ª edição, construção coletiva resultante de estudos e debates entre profissionais da educação, em seus pressupostos teóricos, assegura a identidade dinâmica do documento quando, ao se propor em movimento, prevê a necessidade de “[…] ser permanentemente avaliado e significado a partir de concepções e práticas empreendidas por cada um e cada uma no contexto concreto das escolas e das salas de aula desta rede pública de ensino” (DISTRITO FEDERAL, 2014). Após quatro anos de sua implementação, mesmo traduzido como uma referência para as redes de ensino no Distrito Federal, cujos alicerces epistemológicos corroboram uma educação baseada em teorias crítica e pós-crítica de currículo, a 1ª Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 8 edição do Currículo em Movimento da Educação Básica necessitava de atualizações especialmente após a universalização da organização escolar em Ciclos para as Aprendizagens na rede pública de ensino em 2018. Outra questão importante considerada para a revisitação desse documento foi que, com a homologação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC em dezembro de 2017 (Resolução CNE/CP nº 2), seguida de adesão da SEEDF ao Programa de Apoio à Implementação da BNCC, previsto na Portaria nº 331, do Ministério da Educação, surgiu a necessidade de alteração das matrizes curriculares a fim de contemplar os conhecimentos essenciais trazidos na BNCC, garantindo aos estudantes do Distrito Federal os mesmos direitos de aprendizagem assegurados a todos os outros estudantes brasileiros (BRASIL, 2017). No processo de construção da 2ª edição do Currículo para o Ensino Fundamental, a partir de discussões realizadas por professores de todos os componentes curriculares, como também das modalidades da Educação Básica, e diversos outros profissionais da educação, optou-se por manter as concepções teóricas e os princípios pedagógicos da 1ª edição do Currículo em Movimento: formação para Educação Integral; Avaliação Formativa; Pedagogia Histórico-Crítica e Psicologia Histórico-Cultural; Currículo Integrado; Eixos Integradores (para os Anos Iniciais: Alfabetização, Letramentos e Ludicidade; e, para os Anos Finais: Ludicidade e Letramentos) e Eixos Transversais (Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos e Educação para a Sustentabilidade). Também primou-se pela manutenção da estrutura de objetivo de aprendizagem e conteúdo por entender que esses são elementos que corroboram os pressupostos teóricos assumidos enquanto fundamentos de currículo da SEEDF. Importante salientar que, neste processo de visitação do Currículo para sua reelaboração, foram oportunizados, aos profissionais de educação e à sociedade civil, espaços para estudos, reflexões e discussões da proposta e contribuições diversas para elaboração final do documento: Fóruns Regionais; Ciclo de Formações; Ciclo de Plenárias por Componente Curricular e por Área de Conhecimento; Leitores Críticos e Consulta Pública. Houve ainda a constituição de uma Comissão Estadual, formalizada pela Portaria nº 163 da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, de 07 de junho de 2018, composta por representantes de dezesseis instituições: unidades administrativas da SEEDF, Poder Legislativo e entidades representativas de docentes e discentes, pública e privadas. Esse grupo, de caráter consultivo, reuniu-se periodicamente com o papel de fortalecer o movimento, sugerindo melhorias ao processo. Essencial também o destaque de que o material produzido foi de um currículo para a rede pública de ensino da SEEDF que sirva ainda de referencial curricular para a rede privada do Distrito Federal. Esta, em respeito à sua forma de organização escolar – seja em ciclos ou em séries – fará os ajustes necessários ao documento, visando o desenvolvimento do seu trabalho. Ao atender intrínseca necessidade de atualização do Currículo, a partir de contribuições de professores das redes de ensino e diversas entidades da sociedade civil, a SEEDF propõe como principais mudanças para a 2ª edição do Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental: Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 9 • um único volume que contempla todo o Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) a fim de que se tenha uma visão ampla do processo de aprendizagem dentro dessa etapa da Educação Básica; • objetivos e conteúdos dispostos por ano, para viabilizar o trabalho das unidades escolares organizadas em série; mas com traçado pontilhado que os separe dentro do mesmo bloco indicando possibilidade de transitarem no tempo propostopara esse bloco, o que oportuniza o trabalho das unidades escolares organizadas em ciclos; • inserção dos conhecimentos essenciais trazidos pela BNCC não contemplados na edição anterior do Currículo em Movimento e/ou transferência dos objetivos e conteúdos para os anos em que eles são apresentados na Base; • contextualização do Distrito Federal, ao ampliar elementos locais nos objetivos de aprendizagem; • abordagem da cultura digital, explorando recursos midiáticos e características próprias de comunicação e informação; • progressão dos objetivos de aprendizagem nos anos/blocos subsequentes a fim de que, gradualmente, ampliem-se e aprofundem-se os conhecimentos, minimizando assim os impactos ocorridos nos processos de transição entre os anos e inter e intrablocos. Os objetivos de aprendizagem do Ensino Fundamental apresentados nas normativas pedagógicas da SEEDF, pautadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica – DCN (2013), visam: 1. possibilitar as aprendizagens, a partir da democratização de saberes, em uma perspectiva de inclusão considerando os Eixos Transversais: Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos, Educação para a Sustentabilidade; 2. promover as aprendizagens mediadas pelo pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a formação de atitudes e valores, permitindo vivências de diversos letramentos; 3. oportunizar a compreensão do ambiente natural e social, dos processos histórico- geográficos, da diversidade étnico-cultural, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes e da cultura, dos direitos humanos e de princípios em que se fundamenta a sociedade brasileira, latino-americana e mundial; 4. fortalecer vínculos da escola com a família, no sentido de proporcionar diálogos éticos e a corresponsabilização de papéis distintos, com vistas à garantia de acesso, permanência e formação integral dos estudantes; 5. compreender o estudante como sujeito central do processo de ensino, capaz de atitudes éticas, críticas e reflexivas, comprometido com suas aprendizagens, na perspectiva do protagonismo estudantil. Para que os estudantes alcancem os objetivos de aprendizagem, é fundamental que este Currículo seja vivenciado e reconstruído no cotidiano escolar, sendo, para tanto, imprescindível a organização do trabalho pedagógico da escola. A utilização de estratégias didático-pedagógicas deve ser desafiadora e provocativa, levando em conta a construção dos estudantes, suas hipóteses e estratégias na resolução de problemas apresentados. Como aspectos fundamentais para essa Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 10 construção, constituem-se o Conselho de Classe, preferencialmente participativo; a análise das aprendizagens para reorganização da prática docente; a formação continuada no lócus da escola; a coordenação pedagógica, como espaço e tempo primordiais para o trabalho coletivo; entre outros. Um ambiente educativo com recursos variados, materiais didáticos atrativos e diversificados e situações problematizadoras que contemplem todas as áreas do conhecimento disponibilizadas aos estudantes são elementos capazes de promover as aprendizagens por meio da ação investigativa e criadora. Para a qualificação da implementação deste Currículo nas unidades escolares, é essencial a articulação das diferentes áreas do conhecimento, com vistas à compreensão crítica e reflexiva da realidade. Um diálogo entre os conhecimentos, proposta que quebra a fragmentação do currículo na perspectiva coleção (BERNSTEIN, 1977), demonstra compromisso ético no cumprimento da função social da escola. A opção por um trabalho pautado nos princípios de unicidade teoria-prática, interdisciplinaridade, contextualização e flexibilização fortalece propósitos educacionais relevantes para a formação dos estudantes. Nesse contexto, abre-se espaço para experiências, saberes, práticas dos sujeitos comuns que protagonizam e compartilham conhecimentos e vivências construídos em espaços sociais diversos. Também dentro dessa perspectiva, os estudantes do Ensino Fundamental assumem, em seu percurso formativo, a condição de sujeitos de direito e constroem, gradativamente, sua cidadania (BRASIL, 2013). O trabalho pedagógico desenvolvido nas unidades escolares, portanto, deve estar voltado para as necessidades de aprendizagem de todos os estudantes, respeitando seus tempos de desenvolvimento, com a garantia de um processo contínuo de formação integral. O ensino, então, não fica restrito à transmissão de conteúdos e à prática de avaliações que valorizem apenas o caráter quantitativo ao final de cada bimestre; diferente disso, aprimora-se constantemente os processos de ensinar, de aprender e de avaliar, tendo como princípio fundamental a garantia das aprendizagens para todos os estudantes. Visando um processo ininterrupto de aprendizagem, a compreensão de educação trazida neste Currículo adota o princípio da progressão continuada, que é basilar no modo de organização escolar em ciclos e pressupõe avanço nas aprendizagens dos estudantes, diferentemente da chamada promoção automática, caracterizada pela aprovação dos estudantes nos anos escolares independente da conquista das aprendizagens. Como contribuição para uma educação transformadora da sociedade pela promoção das aprendizagens de todos os estudantes, alicerçada à perspectiva de uma avaliação encorajadora, esta Secretaria de Estado de Educação apresenta a 2ª edição do Currículo em Movimento do Distrito Federal para o Ensino Fundamental, como material passível de constante avaliação e alterações tendo em vista a necessidade de acompanhar inovações, estudos e discussões pedagógicas atuais tanto quanto aspectos da contemporaneidade que precisem ser considerados. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 11 Referências BERNSTEIN, B. Clases, códigos y control: Hacia uma teoria de las transmisiones educativas – v.2. Madrid: Akal, 1977. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, MEC, 2013. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Educação. Currículo em Movimento da Educação Básica: Pressupostos Teóricos. Brasília, 2014. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 12 Autor: Gustavo da Silva Souza LINGUAGENS Linguagens é uma das áreas do conhecimento que se estende, principalmente, à produção de sentidos na perspectiva de representar o mundo e socializar pensamentos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001), o uso de diferentes linguagens, ao longo da história, tem sua importância e valor diretamente relacionados com demandas sociais e culturais de cada momento (BRASIL, 2001). Nesse sentido, sendo a escola um espaço cuja função precípua é a de democratizar saberes, é importante considerar que o trabalho com as linguagens no Ensino Fundamental pressupõe a articulação entre Língua Portuguesa, Arte (Dança, Teatro, Música e Artes Visuais), Educação Física e Língua Estrangeira. Essa articulação permite a continuidade das experiências vividas na Educação Infantil, expressas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, transitando-as progressivamente para o Ensino Fundamental sem que os objetivos de aprendizagem e conteúdos de cada um dos componentes curriculares se ocultem, mas que se Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 13 apresentem como parte de um todo com sentido e coerência em relação à vida dos estudantes. Para o desenvolvimento daslinguagens, pressupõe-se leitura relativa à interação do ser humano em suas relações, ao mundo do trabalho e da tecnologia, à produção artística, às atividades de cultura e prática corporal, à área da saúde, aos movimentos sociais, e ainda incorporam saberes como os que advêm das formas diversas de exercício da cidadania, da experiência docente, do cotidiano e dos diversos interesses dos estudantes, na perspectiva de sua formação integral. As linguagens permitem ao estudante uma leitura mais ampla do meio em que vive, de sua identidade nesse lugar, de quem é o outro como também das relações interpessoais entre os seres humanos. Elas possibilitam comunicação, que pode ser “verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital” (BRASIL, 2017, p. 61), e permeiam todas as atividades humanas na produção de sentidos que representem o mundo e que socializem pensamentos. Tais atividades permitem a interação das pessoas, constituindo-se como sujeitos sociais e históricos, dotados de conhecimentos, atitudes e valores culturais, morais e éticos. Com relação à Língua Portuguesa, cabe ressaltar que seu ensino tem passado por diferentes enfoques ao longo da história: do método sintético ao analítico, da simples reprodução mecânica em que o estudante apenas recebe, sem a oportunidade de construir para si o conhecimento, ao caminho para a emancipação, no qual o estudante tem a oportunidade de pensar, compreender e reconstruir, sendo um sujeito ativo no processo de aprendizagem. Tendo em vista que a língua é um instrumento de poder, pois, por meio dela, efetiva-se a comunicação, construção de conhecimentos, apropriação dos meios científicos, tecnológicos, participação em processos políticos e expressão cultural, é responsabilidade da escola garantir a todos os estudantes acesso a saberes construídos historicamente pela humanidade em relação à língua. Nesse sentido, ressalta-se que a finalidade precípua do ensino da Língua Portuguesa é propiciar aos estudantes a competência comunicativa, ou seja, a capacidade de expressar-se adequadamente em qualquer situação, de forma oral e escrita, portanto, ler e escrever proficientemente de modo a “[…] resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar participação plena no mundo letrado” (BRASIL, 2001, p.41). Nesse contexto, ampliar a competência comunicativa de estudantes, pensando na participação social, pressupõe o ensino da Língua Portuguesa por meio de textos concretizados nos mais variados gêneros e suportes que circulam na sociedade, cumprindo funções específicas de comunicação (ANTUNES, 2009). A partir desse ensino que contemple o trabalho didático com gêneros textuais, é possível a articulação entre oralidade, leitura/escuta, escrita/produção textual e análise linguística/semiótica, pois saberes provenientes de cada uma dessas práticas de linguagem se relacionam na compreensão e utilização de diferentes gêneros textuais, diversificando e ampliando situações de letramento vivenciadas por estudantes. Marcuschi (2008, p.149) confirma essa perspectiva de ensino da Língua Portuguesa ao dizer que “[…] o trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano nas mais diversas formas”. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 14 Dell’Isola (2007) considera que gêneros textuais são vias de acesso ao letramento e propõe que o ensino da língua se dê por meio de textos encontrados na vida diária, ou seja, carregados de sentidos, levando-se em consideração a heterogeneidade de textos existentes em nossa sociedade e a necessidade de tornar os estudantes proficientes leitores e produtores de texto. Assim, é importante que o professor entenda que gêneros textuais se referem a textos específicos que são encontrados no cotidiano (poemas, cartas, e-mails, receitas, anúncios, WhatsApp, Twitter, Instagram, vlog, podcast, trailer), enquanto os tipos textuais dizem respeito a modos textuais (narração, exposição, injunção/instrução, descrição, argumentação) que podem aparecer com certa predominância ou articulados entre si na organização interna dos gêneros (MARCUSCHI, 2008). Nesse contexto, o desenvolvimento da oralidade, leitura/escuta, escrita/produção textual e aprofundamento de análise linguística/semiótica e trato com a literatura se dará por meio do trabalho com gêneros textuais que oportunizem situações em que estudantes tenham contato sistemático, em contextos significativos, com a variedade de gêneros textuais que transitam no meio social. Já o ensino e a aprendizagem de Língua Estrangeira – LE, na etapa do Ensino Fundamental, têm como propósito o desenvolvimento do educando para a construção do exercício de sua cidadania de forma consciente, participativa e dentro de uma perspectiva de valorização e respeito à diversidade humana. Além disso, o processo educativo que o currículo de Língua Estrangeira propõe visa à preparação do estudante para as relações no mundo do trabalho e em esferas acadêmicas, tendo como base a visão de que o ensino de outras línguas contribui para o aprimoramento pessoal, a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Nesse contexto, e tendo em vista as abordagens contemporâneas de ensino de línguas, as quais apontam para a necessidade da inclusão de dimensões historicamente relegadas à marginalidade do processo em ensinos centrados no caráter metalinguístico, o currículo de LE procura incentivar um processo de ensino/aprendizagem com centralidade no sentido. Para isso, o trabalho a partir de temas, o estímulo ao protagonismo estudantil e o desenvolvimento da pessoa em uma perspectiva de educação integral são elementos de suma importância para que esse processo se realize de forma consistente e significativa. Entretanto, o foco nesses aspectos não implicam a exclusão de outras dimensões privilegiadas em abordagens que mantêm a língua como centro. O redimensionamento dos elementos, implícito em propostas contemporâneas, busca ajustes mais equilibrados, cuidado que tradicionalmente não integra a abordagem majoritariamente instalada nos sistemas de ensino: a gramatical. Assim, este currículo propõe indicar uma abordagem de caráter mais comunicacional como parte das estratégias de superação das dificuldades que ainda geram resultados indesejados no ensino de LE no Brasil. A matriz curricular de LE apresenta, então, uma alternativa aberta e plural na oferta linguística. No entanto, para que se efetive esta proposta na implementação do Currículo do Ensino Fundamental, pressupõem-se outras ações do poder público: formação continuada institucionalmente estabelecida; investimento nos diferentes Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 15 níveis formais de apoio à implementação do currículo; reestruturação de elementos condicionantes da oferta de LE; e estímulo frequente ao compromisso profissional de professores na experimentação de novas abordagens. A Arte é um componente curricular, dentro da área Linguagens, capaz de promover diálogos que extrapolam as linguagens oral e escrita, além de contribuir para a formação integral do indivíduo por meio da dialética existente entre a subjetividade e o repertório cultural, seja individual ou social. No ensino da Arte, o contato do estudante com as diversas linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro) propicia a leitura de mundo e de sua realidade, de forma reflexiva e crítica. Nesse contexto, esse componente curricular permite a relação do estudante com o contexto social por meio da experiência e do entendimento estético, articulados à compreensão histórico-cultural, a fim de compreender a arte como fenômeno humano. Pretende-se assim que as diversas manifestações da arte e da cultura formem um indivíduo plural, capaz de conhecer ahistória construída pela humanidade, o patrimônio do mundo e de se comunicar de forma criativa e sensível a fim de que se fortaleça laços de identidade. O ensino de Arte foi incluído no currículo escolar da Educação Básica a partir da Lei de Diretrizes e Bases – LDB de 1961 (Lei 4.024/61), fortalecendo-se como componente curricular a partir da LDB de 1996 (Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), em seu artigo 26, § 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996, s.p.). Em 2016, a Lei Nº 13.278/2016 incluiu as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro nos currículos dos diversos segmentos da Educação Básica. Desta maneira, os sistemas de ensino deverão promover a formação de professores para implantar esses componentes curriculares na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, no prazo de cinco anos (BRASIL, 2016). Para a organização do trabalho pedagógico nos Anos Iniciais, sugere-se uma abordagem integrada das linguagens artísticas, por entender que o professor, enquanto um organizador do espaço social educativo (VIGOTSKI, 2003) tem maior flexibilidade e condições de garantir um trabalho interdisciplinar da arte com as demais linguagens e tecnologias. Já nos Anos Finais, os conteúdos e objetivos de aprendizagem pautam-se na cronologia histórica aliada à apreensão espiralada das manifestações artísticas próprias de matrizes culturais africanas, orientais e de povos originários, procurando articular-se aos conteúdos dos demais componentes curriculares com vistas ao trabalho interdisciplinar. Dessa forma, procura-se evitar ou reforçar visões mais particularizadas geograficamente em movimentos artísticos, considerando que seja abordada de maneira integrada, fundamentada e consistente. Contempla-se ainda os diversos elementos das linguagens artísticas (Visuais, Dança, Música e Teatro), contextualizando-os no momento histórico, em uma concepção pedagógica que propicie a formação integral do estudante. Em relação à Educação Física, esse componente tem como objeto de ensino as manifestações da cultura corporal, que contribui para a formação integral do ser Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 16 humano, desde seu ingresso na escola, por meio de brinquedo, de jogo simbólico, de movimentos gerais vivenciados mediante atividades orientadas, de iniciação das danças, de ginásticas e de jogos pré-desportivos, entre outras atividades que, ao oportunizar as aprendizagens, favoreçam o desenvolvimento do estudante. O enfoque dessa abordagem é mais abrangente à medida que valoriza e considera aspectos sócio-históricos de cada atividade trabalhada, como também o contexto em que os estudantes estão inseridos e as aprendizagens motoras individuais, independentemente do nível de habilidades que apresentem. Assim, é fundamental para formulação de propostas para a Educação Física Escolar localizar “[…] em cada uma dessas manifestações (jogo, esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios fisiológicos e psicológicos e suas possibilidades de utilização de instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura (…)” (BRASIL,1997, s.p.). Entende-se que a Educação Física trata do conhecimento produzido e reproduzido pela sociedade a respeito do corpo e do movimento como um veículo de expressão de sentimentos, como possibilidade de promoção, recuperação, programação e manutenção de uma vida de qualidade. Assim, a área de Linguagens tem o principal objetivo de possibilitar aos estudantes a participação em práticas de linguagem diversificadas que lhes permitam ampliar conhecimentos e capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, considerando o processo de constante transformação social. Referências ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, dezembro, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 12/07/2018. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEMTC, 1997. ______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEMTC, 2001. ______. Lei Nº 13.278, de 02 de maio de 2016. Altera o § 6º do art. 26 da Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF, maio, 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm>. Acesso em: 12/07/2018. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. DELL’ISOLA, R. Retextualização de gêneros escritos. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. Trad. Claudia Schilling - Porto Alegre: Artmed, 2003. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 17 LÍNGUA PORTUGUESA As primeiras experiências e registros de ensino da Língua Portuguesa no Brasil foram realizados por jesuítas, que tinham como objetivo a catequização da população indígena. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a instituição do decreto de 1759, o ensino da Língua Portuguesa tornou-se obrigatório nas escolas brasileiras, mudando “as condições de produção do saber linguístico, privilegiando-se o estabelecimento do português como língua obrigatória” (BEREMBLUM, 2003, p. 66). Após a Independência, e a partir da necessidade de criação de uma identidade nacional, a escola passou a ser cenário para a consolidação da língua oficial e homogeneização de culturas coexistentes no Brasil, e não espaço para o reconhecimento da diversidade (LUZ, 2009). Até meados do século XX, o ensino da Língua Portuguesa valorizava o estudo da gramática desvinculado de textos e de situações comunicativas. A partir da segunda metade do século, quando as discussões linguísticas lançaram novos olhares sobre a linguagem, a Sociolinguística trouxe reflexões que repercutiram na concepção de ensino. Nesse período, surgiram várias pesquisas que discutiam e refletiam sobre práticas discursivas e de letramentos, valorizando o papel fundamental da língua de promover a comunicação (LUZ, 2009). Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN passaram a atender novas demandas curriculares provenientes de um contexto de reestruturação política, econômica e social do país. O ensino da língua, então, priorizou aspectos interacional e dinâmico, vinculados a contextos de uso, isto é, as mudanças sociais, culturais e tecnológicas advindas da era do ciberespaço passaram a requerer um cidadão aberto à diversidade cultural, à pluralidade étnica e à convivência virtual. Nessa perspectiva, atualmente, o ensino da Língua Portuguesa tem por objetivo precípuo desenvolver multiletramentos, um conjunto de novas práticas de leitura, de escrita e de análise crítica, a partir de práticas de linguagens contemporâneas e colaborativas que fortaleçam o papel ativo do estudante, evidenciando seu protagonismo e participação crítica. Tais práticas e linguagens ganham sentido na medida em que reconhecem, respeitam e valorizam os indivíduos em suas diversidades coletivas e individuais. Os multiletramentos, portanto, funcionam, segundo Rojo e Moura (2012), pautando-se em algumas características importantes: são interativos (colaborativos); fraturam e transgridem as relações de poder estabelecidas; e são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas). Assim, as práticas de linguagem: oralidade, leitura/escuta, escrita/produção textual e análise linguística/semiótica ganham uma nova dimensão quando, dentro dacultura digital e local, são trabalhadas de forma contextualizada a fim de assegurar aos estudantes voz e interação significativas. A Língua Portuguesa, dessa forma Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 18 articulada, possibilita que o estudante amplie suas referências culturais, produza, publique, curta, comente, construa novas práticas socioculturais, desenvolva possibilidades variadas de expressão, sendo capaz de circular em diferentes esferas de comunicação. Compreendida nessa perspectiva, ela é uma ferramenta do trabalho integrado/interdisciplinar entre os componentes curriculares, visto que cada professor usa a língua e a utiliza como competência linguístico-comunicativa, em que o social e o cultural não se dissociam. Nesse contexto, dentre as práticas de linguagem (BRASIL, 1998; BRASIL, 2017), a oralidade é uma ferramenta capaz de promover a interação e possibilitar uma aprendizagem integral do estudante. A consciência de que a tomada da palavra é uma das atividades mais importantes a serem desenvolvidas em sala de aula amplia as competências comunicativas e a formação intelectual, sociocultural e crítica dentro e fora da escola. Em relação à leitura/escuta, para o alcance de proficiência, evidencia-se a necessidade de ações como interpretar ideias; fazer analogias; perceber o aspecto polissêmico da língua; construir inferências; combinar conhecimentos prévios com informação textual; perceber intertextualidade presente em textos; fazer previsões iniciais e alterá-las durante a leitura; refletir sobre o que foi lido, sendo capaz de tirar conclusões e fazer julgamentos sobre ideias expostas. Nesse nível de leitura, observados os propósitos do autor, o sujeito adentrará, letra por letra, em um mergulho no enredo lido, permitindo-se avançar, esclarecer e validar suposições. Acredita-se, então, que esse mesmo leitor seja capaz de processar, criticar, contradizer e avaliar as informações que estão diante dele, aprumando o significado obtido (SOLÉ, 2003). Assim, os PCN (2001) apresentam quatro estratégias: seleção, antecipação, inferência e verificação ou autocorreção (BRASIL, 2001). A seleção permite ao leitor escolher apenas conteúdos/ideias que lhe são mais relevantes, de acordo com a necessidade do momento. Por meio da antecipação, o leitor vai formulando hipóteses utilizando pistas fornecidas pelo próprio texto, conhecimentos prévios, informações implícitas ou suposições, percebendo o que está por vir. Ao levantar hipóteses sobre gênero, autor, título, vocabulário, pistas durante a leitura, o professor torna essa estratégia consciente para seus alunos. A inferência é o ato de deduzir por raciocínio, ou seja, captar informações implícitas no texto. Pode-se inferir sobre conteúdo, intenções do autor ou significado de uma palavra, com base em pistas dadas pelo próprio texto, relacionadas com conhecimentos prévios do leitor. A verificação ou autocorreção consiste na capacidade de corrigir a si próprio. O leitor volta atrás para ler novamente palavras ou trechos lidos, apressada e/ou descuidadamente que ficaram sem sentido ou reformula hipóteses levantadas inicialmente, corrigindo o que for necessário. O leitor proficiente utiliza todas as estratégias de leitura mais ou menos simultaneamente, interagindo com o texto e construindo significados. Para isso, é imprescindível que o professor atue como mediador na mobilização de estratégias cognitivas de leitura que contribuirão para que estudantes leiam com propriedade e eficiência. Nesse aspecto, a metodologia de leitura apresentada por Bortone (2008) é um caminho para o professor que deseja mobilizar estratégias cognitivas de leitura em seus alunos, pois, ao realizar a leitura objetiva, aborda-se o que está explícito no texto; Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 19 na leitura inferencial, a abordagem é do que está implícito e, na avaliativa, extrapola o texto e o estudante manifesta postura crítica, julgamentos e crenças diante das ideias apresentadas pelo autor. Dessa forma, a leitura, na Língua Portuguesa, na perspectiva de formação de leitor competente e literário, é vista como oportunidade de ampliação de mundo, constituindo-se como estabelecimento de relações dialógicas, construção de conhecimentos, apropriação de objetos e desenvolvimento de aprendizagens. Na aprendizagem da escrita/produção de textos orais e escritos, por sua vez, consideram-se as condições da esfera de circulação do gênero: quem, para quem, para quê, quando, como e o que se produz. Em relação à produção escrita e oral, é necessário proporcionar aos estudantes, situações de escrita e uso da fala semelhantes àquelas que acontecem fora da escola, para atender a finalidades e diferentes interlocutores por meio de diversos textos que circulam na vida real; é preciso ensinar usos orais e escritos da língua (MARCUSCHI, 2008). A adoção dessa perspectiva de trabalho “[...] tem como finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes e eficazes [...]” (BRASIL, 2001, p. 65), além de propiciar situações em que estudantes exponham oralmente o que pensam, sentem, por meio de argumentos, debates de ideias, ampliação do imaginário e construção de textos coerentes e bem estruturados de acordo com a situação comunicativa. Ainda para a produção escrita, é imprescindível que o estudante compreenda que o processo de construção do texto é dinâmico e perpassa geração de ideias, seleção e decisão sobre conteúdo e gênero, revisão e edição final com o objetivo de aperfeiçoamento e adequação do texto ao contexto de comunicação. De fato, é o conjunto - léxico e gramática, materializado em textos, que permite a atividade significativa de nossas atuações verbais, isto é, falamos com palavras, com o léxico da língua, organizado, nos textos, em combinações, em cadeias, em sequências, conforme as regras previstas pela gramática e pela coesão e coerência textuais (ANTUNES, 2007). Já a análise linguística/semiótica no Ensino Fundamental compreende reflexões sobre o uso da língua na produção de discursos, com o objetivo de promover interação entre os sujeitos em diversas situações comunicativas, possibilitando posicionamentos como cidadãos críticos e reflexivos. Além disso, também considera as atividades metalinguísticas, semânticas e pragmáticas, de modo que estudantes se apropriem de instrumentos para identificarem unidades e compreenderem relações entre essas em um determinado contexto. Bakhtin (1981) corrobora esse pressuposto quando afirma que a palavra é ideológica por natureza, que nenhum significado é fixo e que não se deve estudar a língua de forma exterior ao fato social ao qual ela está incorporada. O locutor, na verdade, serve-se da língua para suas necessidades enunciativas concretas (para o locutor, a construção da língua está orientada no sentido da enunciação da fala). Trata-se, para ele, de utilizar as formas normativas [...] num dado contexto concreto” (BAKHTIN, 1981, p. 92). Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 20 Na contemporaneidade, as práticas de linguagem envolvem gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos, daí a necessidade de se implantar uma cultura de práticas de leitura e escrita capaz de criar novos sentidos em que convergem palavras, imagens, sons, movimentos, sinestesias variadas (multimodalidade) em ambientes em constante transformação. Para Rojo e Moura (2012), o conceito de multiletramentos aponta para dois tipos específicos e importantes de multiplicidade presentes em nossas sociedades, principalmente urbanas: a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituições dos textos por meio dos quais ela se informa e se comunica. Dessa forma, por meio de campos de atuação como jornalístico/midiático,vida pública, práticas de estudo e pesquisa e meio artístico literário, o professor tem a possibilidade de desenvolver letramentos, desde aqueles com baixo nível de hipertextualidade até os que envolvem a hipermídia. As canções, WhatsApp, Twitter, e-mail, Instagram, fotos, vídeos, áudios, vlog, podcast, trailer e diversos outros gêneros expandem a consciência do estudante, e assim constroem novas relações e sentidos. A curadoria das informações (combate às fake news) é outro aspecto importante a ser desenvolvido, pois afina o senso crítico e estabelece postura flexível que torna o estudante capaz de rever suas opiniões. Trazendo as especificidades das fases do Ensino Fundamental, importante salientar que, nos Anos Iniciais, os Eixos Integradores (a Alfabetização, os Letramentos e a Ludicidade) são elementos que possibilitam a articulação dos objetivos e conteúdos curriculares no processo de ensino e de aprendizagem. Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1988) em seus estudos sobre a teoria da psicogênese da língua escrita, a Alfabetização é um processo complexo que implica a compreensão do estudante passar por etapas sucessivas e pela elaboração de hipóteses para se apropriar do sistema de escrita alfabética. Portanto, cabe ressaltar que a diversidade de hipóteses está presente em sala de aula e deve ser vista como um aspecto importante na organização do trabalho pedagógico, contemplando a lógica do processo de aprendizagem, em contextos significativos e com a variedade de gêneros textuais que circulam no meio social (FERREIRO; TEBEROSKY, 1988; FERREIRO, 2001). Dessa forma, as práticas de linguagem em sala de aula devem estar orientadas de modo que se promova a alfabetização na perspectiva do letramento e, como afirma Soares (2009, 2018), que se proporcione o aprendizado da leitura e da escrita (sistema alfabético e ortográfico) atrelado à apropriação desse sistema de escrita para o uso competente nas práticas sociais. Também nesse sentido, conforme estudos de Morais (2012), é imprescindível um trabalho constante com as propriedades do Sistema de Escrita Alfabética – SEA, visando a compreensão e apropriação do mesmo pelos estudantes, ampliando e consolidando o processo de alfabetização. Assim, alfabetizar e letrar são ações distintas, mas, indissociáveis, possibilitando o ensino da leitura e da escrita no contexto das práticas sociais, de modo que o sujeito se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. Nesse sentido, espera-se que, ao finalizar o primeiro ano, o estudante leia e escreva um pequeno texto com compreensão e encadeamento de ideias, a partir de contexto significativo, sem exigências das complexidades ortográficas. Esse processo Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 21 de alfabetização, iniciado no 1º ano, deve ser ampliado e consolidado para que, ao final do 1º Bloco (1º ao 3º ano), o estudante seja capaz de usar a leitura e escrita eficientemente em situações comunicativas da vida em sociedade, na perspectiva do letramento e da ludicidade. Em continuidade ao processo de aprendizagem, ao estudante do 2º Bloco (4º e 5º anos), devem ser oportunizadas situações de letramento que retomem, aprofundem e ampliem conteúdos num desenvolvimento em espiral do currículo; aumentando a competência comunicativa para expressar-se de forma adequada nas diversas situações e práticas sociais, de modo a “[...] resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar participação plena no mundo letrado” (BRASIL, 2001). Além disso, o alcance dos objetivos de aprendizagem propostos para os anos iniciais do Ensino Fundamental precisa ocorrer à medida que conhecimentos da língua sejam desenvolvidos de forma transversal, ou seja, perpassem o desenvolvimento dos demais componentes curriculares, contribuindo para a construção global e dialógica de conhecimentos. Considerando os Eixos Integradores dos Anos Finais do Ensino Fundamental - Letramentos e Ludicidade, ressalta-se que a continuidade do ensino de Língua Portuguesa no processo de escolarização deve propiciar a ampliação da competência comunicativa dos estudantes, qualificando sua participação social, por meio de textos concretizados nos mais variados gêneros e suportes que circulam na sociedade. Necessário destacar ainda que o trabalho com o eixo Ludicidade não se restringe ao jogo e à brincadeira, mas pressupõe pensar e incluir atividades que possibilitem momentos de prazer, entrega e integração dos envolvidos. Segundo Luckesi (2000), essas atividades são aquelas que propiciam uma experiência de plenitude, em que o estudante se envolve por inteiro, estando flexível e saudável. Portanto, o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa implica considerar as práticas de linguagem como eventos de letramento que possibilitam a progressão das aprendizagens no desenvolvimento da competência discursiva, em seu domínio da língua padrão nas modalidades oral e escrita, respeitando, assim, as diferenças dos diversos contextos e situações de práticas sociais. Referências ANTUNES, M. I. C. M. Muito além da gramática: por um ensino de gramática sem pedra no caminho. São Paulo: Ed. Parábola, 2007. BAKHTIN, M (VOLOCHINOV). Marxismo e Filosofia da Linguagem. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1981. BEREMBLUM, A. A invenção da palavra oficial: identidade, língua nacional e escola em tempos de globalização. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. BORTONE, M. E. Competência textual: a leitura. Brasília: Editora UnB, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEMTC, 1998. ______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2001. Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais 22 ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Curricular Comum. Brasília, 2017. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Madrid: Artes Médicas, 1988. FERREIRO, E. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2001. LUCKESI, C. C. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, C. C (org.). Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000. LUZ, A. R. A língua portuguesa na escola: revendo construções históricas para “transver” a ação docente e as práticas de leitura e escrita. Campinas: UNICAMP, 2009. (Comunicação oral). MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. MORAIS, A. G. de. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012. ROJO, R.; MOURA, E. (Org.). 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Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais LIN G U AG EN S LÍNG U A PO RTUG UESA 23 EIXOS TRANSVERSAIS: EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE/CIDADANIA E EDUCAÇÃO EM E PARA OS DIREITOS HUMANOS/EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE EIXOS INTEGRADORES – ALFABETIZAÇÃO/LETRAMENTOS/LUDICIDADE LINGUAGENS – LÍNGUA PORTUGUESA 2º CICLO – 1º BLOCO 1º ANO 2º ANO 3º ANO OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS Oralidade • Identificar os diversos falares regionais relacionando-os a aspectos culturais evidenciados em diversos gêneros textuais. • Apreciar a função de determinadas palavras: verbos (como ação) e adjetivos, em contextos de uso oral. • Identificar características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante aconversação, formas de tratamento adequadas, de acordo Oralidade • Diversos falares regionais – diferenças e semelhanças de sentidos de palavras e expressões ligadas a aspectos culturais • Relatos orais de acontecimentos do cotidiano • Entrevistas, relatos de curiosidades e reportagens • Descrição oral (sala de aula, pessoas, imagens etc.) • Recados orais • Recursos paralinguísticos (gestos, tonalidade da voz e expressão facial), Oralidade • Reconhecer os diversos falares regionais adequando- os a situações comunicativas. • Identificar a função de determinadas palavras: verbos (como ação) e adjetivos, em contextos de uso oral. • Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. Oralidade • Modos de falar: regionalismo, sotaque adequação linguística à situação comunicativa • Relatos orais de acontecimentos do cotidiano • Entrevistas, relatos de curiosidades e reportagens • Descrição oral (sala de aula, pessoas, imagens etc.) • Recados orais, opinião e comentário, declamação, cordel • Recursos paralinguísticos (gestos, tonalidade da voz e expressão facial), Oralidade • Corresponder os diversos falares regionais adequando- os a situações comunicativas. • Compreender a função de determinadas palavras: verbos (como ação) e adjetivos, em contextos de uso oral. • Participar de situações de produção oral de diferentes gêneros: debate, entrevista, exposição, relatos de experiências para desenvolver as habilidades de argumentar, relatar, expor, narrar e descrever. Oralidade • Modos de falar: regionalismo, sotaque adequação linguística à situação comunicativa • Relatos orais de acontecimentos do cotidiano • Entrevistas, relatos de curiosidades e reportagens • Descrição oral (sala de aula, pessoas, imagens etc.) • Recados orais, opinião e comentário, declamação, cordel • Recursos paralinguísticos (gestos, tonalidade da voz e expressão facial), Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais LIN G U AG EN S LÍNG U A PO RTUG UESA 24 1º ANO 2º ANO 3º ANO OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS com a situação e a posição do interlocutor. • Recontar contos de fadas, lendas que conhece e textos que se sabe de memória. • Identificar e produzir, em colaboração com os colegas e o professor, diversos gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, áudio e vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema / assunto / finalidade do texto. de acordo com o objetivo do ato de interlocução • Roda de conversa: regra para escuta atenta, fala e manutenção do tema • Escuta, leitura, reconto oral: cantiga de roda, música com movimento, parlenda, trava-língua, lengalenga, adivinhações, piada, quadrinhas, poemas, contos de fadas e lendas, contação de histórias • Entrevistas, relatos de curiosidades e reportagens • Descrever contos de fadas, lendas que conhece e textos que se sabe de memória. • Reconhecer e produzir, em colaboração com os colegas e o professor, diversos gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, áudio e vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema / assunto / finalidade do texto. de acordo com o objetivo do ato de interlocução • Roda de conversa: regra para escuta atenta, fala e manutenção do tema • Relatos espontâneos de acontecimentos, histórias vividas biografias e autobiografias • Escuta, leitura, reconto oral: cantiga de roda, música com movimento, parlenda, trava-língua, lengalenga, adivinhações, piada, quadrinhas, poemas, contos de fadas e lendas, contação de histórias • Entrevistas, relatos de curiosidades, relatos de experimentos, registros e observação e reportagens • Corresponder características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. • Reconstruir contos de fadas, lendas que conhece e textos que se sabe de memória. • Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e o professor, diversos gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, áudio e vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. de acordo com o objetivo do ato de interlocução • Roda de conversa: regra para escuta atenta, fala e manutenção do tema • Relatos espontâneos de acontecimentos, histórias vividas biografias e autobiografias • Debates: espontâneo e planejado (escuta e argumentos) • Apresentação de trabalhos, exposições e palestras • Escuta, leitura, reconto oral: cantiga de roda, música com movimento, parlenda, trava-língua, lengalenga, adivinhações, piada, quadrinhas, poemas, contos de fadas e lendas, contação de histórias Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais LIN G U AG EN S LÍNG U A PO RTUG UESA 25 1º ANO 2º ANO 3º ANO OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS • Entrevistas, relatos de curiosidades, relatos de experimentos, registros e observação e reportagens • Planejamento e produção de textos orais: telejornal, notícias, textos de campanhas publicitárias Leitura e escuta • Identificar diferentes linguagens (verbal e não verbal) presentes em gêneros textuais. • Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página. • Perceber o assunto principal de textos lidos, com autonomia ou por outros leitores. • Verificar (confirmando ou não) hipóteses levantadas, facilitando Leitura e escuta • Texto: verbal (escrita), não verbal (imagem) e multimodal (escrita e imagem), concretizados em diversos gêneros, em diferentes suportes • Nome próprio e de colegas: leitura e escuta • Leitura e escuta de listas diversas de acordo com alguns critérios: ordem alfabética, contexto semântico, entre outros Leitura e escuta • Relacionar as linguagens verbal e não verbal presentes em diversos gêneros textuais para construção de sentido e compreensão do tema/assunto. • Ler e interpretar, em colaboração com os colegas e o professor, textos em diversos gêneros, mobilizando e combinando estratégias de antecipação, inferência, seleção e verificação Leitura e escuta • Texto: verbal (escrita), não verbal (imagem) e multimodal (escrita e imagem), concretizados em diversos gêneros, em diferentes suportes • Leitura e escuta de listas diversas de acordo com alguns critérios: ordem alfabética, contexto semântico • Rótulos, embalagens, logomarcas e slogans: leitura apoiada em Leitura e escuta • Corresponder as linguagens verbal e não verbal presentes em diversos gêneros textuais para construção de sentido e compreensão do tema/assunto. • Ler e interpretar com autonomia, textos em diversos gêneros, mobilizando e combinando estratégias de antecipação, inferência, seleção e verificação para Leitura e escuta • Texto: verbal (escrita), não verbal (imagem) e multimodal (escrita e imagem), concretizados em diversos gêneros, em diferentes suportes • Leitura e escuta de listas diversas de acordo com alguns critérios: ordem alfabética, contexto semântico • Rótulos, embalagens, logomarcas e slogans: leitura apoiada em Currículo em Movimento do Distrito Federal – Ensino Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais LIN G U AG EN S LÍNG U A PO RTUG UESA 26 1º ANO 2º ANO 3º ANO OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
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