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Fundamentos historicos do direito

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Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
BACHARELADO EM DIREITO 1º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
JOSELINA CONCEIÇÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponta Grossa - PR 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSELINA CONCEIÇÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DO DIREITO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado em requisito à produção 
textual, relativo ao 1º semestre para obtenção de 
nota parcial à disciplina de Fundamentos 
Históricos do Direito 
Prof. Joslene 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponta Grossa - PR 
2018 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
A História do Direito, como parte da História geral, estuda o Direito como 
fenômeno histórico e cultural, que se forma ao longo do tempo. A common law é 
um paradigma de direito que teve origem na Inglaterra, no momento posterior à 
conquista normanda, em resultado, sobretudo, da ação normativa dos Tribunais 
Reais de Justiça. 
Quando nos referimos às fontes do direito, encontramos um assunto com 
muitas divergências doutrinárias. No entanto, tal divergência é quanto a 
considerar o que realmente deve ser considerada como uma fonte do direito e o 
que não pode, sendo unânimes ao destacar o papel relevante que elas têm no 
ordenamento jurídico, sendo elas escritas ou não, materiais ou formais, são 
necessárias a qualquer sistema jurídico. 
 
 
 
1.1 Common Law 
 
 
É o Direito da Inglaterra e dos países que seguiram seu modelo, 
mormente os de língua inglesa. Foi elaborado com base no direito costumeiro e 
hoje é baseado em decisões judiciais. A norma só tem valor nesse sistema à 
medida que o juiz a emprega. As soluções e o próprio Direito são casuísticos. 
Como no sistema romano, o sistema do Common Law difundiu-se no mundo 
pelas mesmas razões, pela colonização e recepção nos diferentes povos que o 
adotam. Note, porém, que o Direito dos Estados Unidos da América e do Canadá 
hoje se distancia bastante do direito inglês, possuindo, podemos dizer, certa 
autonomia dentro do próprio sistema. Não podemos deixar de mencionar, 
também, os chamados direitos mistos, que se valem de princípios romanísticos 
e do Common Law, como é o caso, por exemplo, da Escócia, Israel e Filipinas. 
A. Inglaterra o estudo do direito inglês deve ser feito, mais do que os outros, sob 
uma perspectiva histórica. É engano dizer que o direito inglês é um direito 
costumeiro, pois hoje é essencialmente de precedentes judiciais. Os costumes 
antigos formaram tão-só o início do Direito. 
A denominação Common Law é devida por ser um direito comum a toda 
a Inglaterra, em contraposição aos antigos costumes locais. 
O Common Law, em sentido amplo, serve para designar o conjunto de direito 
não escrito, em contraposição ao statute law, direito escrito. Em sentido estrito, 
porém, o Common Law opõe-se não apenas ao direito escrito, como também à 
Equity. 
 A origem do direito comum está nos costumes, mas modernamente o 
Common Law é formado pela acumulação de precedentes judiciários. São as 
decisões dos juízes que criam o Direito. 
Observa Guido Fernando Silva Soares (2000:32) que "após a conquista 
normanda da Inglaterra, o direito que os Tribunais de Westminster criavam era 
denominado common law (corruptela da expressão dita na língua do rei: 
commune ley) em oposição aos direitos costumeiros locais e muito 
particularizados a cada tribo dos primitivos habitantes, aplicados pelas County 
Courts, e que logo seriam suplantados". 
 
 
O Common Law em seus primórdios foi um direito dos bárbaros, um direito 
consuetudinário por excelência. A língua e a cultura dos povos bárbaros 
dificultaram a fusão com o povo romano, que ocupava as ilhas britânicas, os 
recém chegados representavam uma parcela ínfima da população mas dotada 
de grande força bélica, eram povos instáveis, efêmeros, que desconheciam a 
estrutura de um estado, o que levou à formação de diversos agrupamentos sem 
um sistema de direito unificador, como se percebia na heptarquia anglo-
saxônica, fazendo valer unicamente a tradição dominantes em cada região, o 
que por alguns é chamado de personalidade das leis, ou seja, o sujeito se 
submete às leis de seus pais pela força da tradição. 
A conquista normanda é o marco de surgimento propriamente dito do common 
law, uma “lei comum” que substituiu os sistemas tribais, destacando-se a 
atuação dos Tribunais Reais de Westminter. Nas palavras de Fernando Silva 
Soares 
"após a conquista normanda da Inglaterra, o direito que os 
Tribunais de Westminster criavam era denominado common law 
(corruptela da expressão dita na língua do rei: commune ley) em 
oposição aos direitos costumeiros locais e muito particularizados a 
cada tribo dos primitivos habitantes, aplicados pelas County Courts, e 
que logo seriam suplantados" 
 
Havia uma rigidez exacerbada nesse sistema, uma sentença de um alto 
tribunal dificilmente perde seu valor de precedente, e sabe-se que com o tempo 
a sociedade muda necessitando de novas normas que correspondessem a sua 
mudança de costumes. Por essa razão, surge uma reação com o intuito de 
“trazer justiça”, a equity. Segundo o civilista Silvio Venosa: 
 
“A Equity não pode ser traduzida por eqüidade, pura e simplesmente. 
São normas que se superpõem ao Common Law. A Equity origina-se 
de um pedido das partes da intervenção do rei em uma contenda que 
decidia de acordo com os imperativos de sua consciência. Tem por 
escopo suprimir as lacunas e complementar o Common Law. As 
normas da Equity foram obras eleboradas pelos Tribunais de 
Chancelaria. O chanceler, elemento da coroa, examinava os casos 
que lhe eram submetidos, com um sistema de provas completamente 
diferente do Common Law. O procedimento aí é escrito, inquisitório, 
inspirado no procedimento canônico.” 
 
 
 A equity deveria respeitar o direito já existente, o que é expresso na 
máxima: Equity follows the law. 
A figura do Chanceler, o Cousellor, o confessor do rei, tornou-se cada vez 
mais autônoma da figura real, estatuindo em nome do rei e do conselho de onde 
derivava seu poder delegado; e cada vez mais essa exceção tornou-se comum, 
devido à esclerose e lentidão da Common Law, a equity tornou-se um sistema 
paralelo e forte, com seu próprio procedimento. 
Um dos grandes críticos da equity foi Thomas Hobbes, para quem não se 
poderia separar dois sistemas como se existissem duas justiças, afinal, toda 
justiça emana do soberano, não havendo porque separar-se tribunais da equity 
de tribunais da Common Law. 
1.1 Jurisprudência 
A jurisprudência é a fonte mais geral e extensa de exegese, indica 
soluções adequadas às necessidades sociais, evita que uma questão doutrinária 
fique eternamente aberta e dê margem a novas demandas: portanto diminui os 
litígios, reduz ao mínimo os inconvenientes da incerteza do Direito, por que de 
antemão faz saber qual será o resultado das controvérsias. 
A jurisprudência é uma fonte INFRA-ESTATAL, junto com o contrato 
coletivo de trabalho e a doutrina. Está nos parece a maneira mais adequada de 
caracterizar a jurisprudência dentre as fontes formais e infra estatais do direito. 
Quando se fala em jurisprudência, não se está referindo a apenas duas ou três 
decisões tomada por juízes, mas sim, a um conjunto de julgamentos que 
contenham uma coerência entre si, que compartilhem de uma mesma ideia. 
Doutrinadores defendem que o papel da jurisprudência é “adequar o sistema a 
uma nova conjugação de forças” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2012, p.66). 
 isso porque é exatamente a jurisprudência que proporciona uma maior 
flexibilidade ao estático ordenamento jurídico. Ela, em algumas situações, acaba 
por inovar a matéria não se limitando ao que está estritamente escrito nas leis, 
mas sim, buscando uma melhor adequação das normas ao contexto 
contemporâneo. São as mesmas palavras, mas com um sentido novo para a 
sociedade.1.2 Costumes 
Tem-se por costume o hábito social constatado em uma sociedade. Para 
ser classificado como tal, tem de haver o uso constante e notório. Diferencia-se 
da jurisprudência pelo fato de esta ser de uso exclusivo dos operadores do 
direito, enquanto os costumes são desenvolvidos pela sociedade como um todo 
e sobre algo que ela considera como socialmente obrigatória. 
Trata-se de uma fonte com menos certeza e segurança jurídica pelo fato 
de, ao contrário do que ocorre no processo de elaboração das leis, sua 
formulação não segue um rito formal, sua origem segue processos difusos, mas 
há a exigência da observância de dois elementos, o relacional ou subjetivo, onde 
se tem a certeza da necessidade social da prática, e o substancial, ou objetivo, 
que é a sua prática permanente no decurso do tempo. 
O costume pode ser classificado de três formas: praeter legem; secundum 
legem; contra legem. 
- Praeter legem: esse costume desempenha um papel de 
complementação do ordenamento jurídico, disciplinando matéria desconhecida 
pela lei, através de eventuais omissões do legislador. 
- Secundum legem: tal costume é aquele que age conforme a lei, que a 
concretiza sendo aplicado de modo subsidiário. A lei reconhece a eficácia 
jurídica do costume. 
- Contra legem: o costume contra legem é de grande impasse no meio 
jurídico, pois se trata de uma prática contrária ao direito já codificado. De um 
lado, encontram-se doutrinadores que discordam de tal costume, pois 
consideram que sua aceitação seria uma afronta à constituição, admitindo a 
possibilidade de revogação de normas que foram estabelecidas por autoridades 
legislativas, seguindo os devidos critérios de validade formal e material. A outra 
corrente de doutrinadores adota postura oposta, admitindo a possibilidade dos 
costumes contra legem, afirmando que o real direito não é aquele que ninguém 
mais segue e nem são mais aplicados pelos tribunais. Para eles, o real direito é 
aquele que é vivido diariamente pelos membros da sociedade, tendo sim força 
para suprir a lei que já se tornou letra morta. 
 
 
 
 
 
 
 
2. LEGISLAÇÃO 
 
 
A fonte mais importante do nosso ordenamento jurídico é a Lei, pois é ela 
que preenche a todos os requisitos de segurança e certeza do sistema, que são: 
ser escrita; editadas por autoridades competentes; estabelecida consoante os 
critérios fixados por normas superiores; objetiva regulamentar a sociedade (grau 
de generalidade). A Lei é estrutura base do ordenamento jurídico e deve 
estabelecer regras para o futuro, sendo: abstratas, garantindo dessa forma a 
certeza do ordenamento, e gerais, devendo se dirigir à totalidade dos cidadãos, 
garantindo assim a igualdade do sistema. 
O ordenamento federal nacional caracteriza as leis em quatro categorias 
quanto à hierarquia: 
Leis Constitucionais: São as normas mais importantes do ordenamento 
jurídico nacional, é o seu fundamento. Um dos princípios pertinentes à 
Constituição Federal é o princípio da supremacia Constitucional, tal princípio faz 
com que as demais normas do ordenamento sejam materialmente e formalmente 
compatíveis com a Constituição. Entende-se por validade formal a obediência às 
regras que disciplina a criação de normas, e por validade material, a não 
contradição entre o que determina a constituição e as demais normas do 
sistema. 
Leis Infraconstitucionais: Nessa categoria incluem-se as leis ordinárias, 
aprovada por maioria simples do congresso, regulamenta assuntos que não 
estejam no rol de competências privativas de outras autoridades, as leis 
complementares, que exigem um quórum mais significativo pela especificidade 
de sua matéria, que é de maioria absoluta, e as leis delegadas, que são 
elaboradas pelo Presidente da República, com a autorização do Congresso, mas 
com restrições às matérias, no entanto encontra-se em desuso desde 1992 e as 
medidas provisórias, que são de uso do poder executivo, sem a necessidade de 
 
autorização do Congresso. Deve ser utilizado para casos urgentes, mas no 
Brasil, seu uso é abusivo. 
 Decretos regulamentares: São atos de competência do Poder Executivo 
para concretizar as leis. Há ainda decretos legislativos, para deliberação do 
Congresso e os decretos judiciários. 
 Normas Internas: Assim como os decretos regulamentares, não são leis 
no sentido estrito ou formal, ou seja, fruto de uma decisão majoritária do 
legislativo, mas têm por finalidade regulamentar situações específicas da 
administração pública. 
 
3.Carta Magna 
 
A Magna Carta (expressão em latim que significa “Grande Carta”) foi o 
primeiro documento a colocar por escrito alguns direitos do povo inglês. Seu 
nome completo é “Grande carta das liberdades ou concórdia entre o rei João e 
os barões para a outorga das liberdades da Igreja e do reino inglês”. O rei João 
sem Terra, da Inglaterra, a assinou em 15 de junho de 1215. A Magna Carta 
estabeleceu que o rei devia seguir a lei e não podia mais reinar como bem 
entendesse. Foi um dos primeiros documentos a conceder direitos aos cidadãos. 
Desse modo, é considerado um tipo de constituição. 
A Magna Carta garantiu essencialmente os direitos dos barões e da Igreja 
Católica. Contudo, também deu às mulheres e às crianças o direito de herdar 
propriedades. Além disso, estabeleceu que ninguém podia ser punido por um 
crime antes de ser legalmente condenado como culpado. A Magna Carta 
também deu aos barões o direito de declarar guerra ao rei se este não 
respeitasse o documento. 
A Magna Carta foi o primeiro passo para a elaboração da constituição da 
Inglaterra. Embora trate essencialmente de assuntos relevantes ao século XIII, 
quando foi redigida, e apesar de ter sido revisada várias vezes para se adequar 
às circunstâncias de cada época, algumas disposições da versão original ainda 
integram as leis inglesas de hoje. Mais tarde, muitos outros países utilizaram as 
ideias da Magna Carta para elaborar suas próprias constituições. 
Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe de teorias que 
tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou 
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/Inglaterra/481229
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/lei/481710
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/constitui%C3%A7%C3%A3o/481046
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/catolicismo/482389
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/catolicismo/482389
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/guerra/482828
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/pa%C3%ADs/481065
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
 
manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas 
abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter 
as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo 
entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente 
sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um 
governante. 
O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição 
humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente 
chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos 
estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em 
comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um 
a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que 
possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política. 
As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e 
XVIII como forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, 
portanto, das obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes 
(1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762)são os mais 
famosos filósofos do contratualismo. 
Teóricos do contrato social, como Hobbes e Locke, postulavam um 
"estado de natureza" original em que não haveria nenhuma autoridade política e 
argumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os 
demais para estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que 
determinariam a forma e alcance do governo estabelecido: absoluto, segundo 
Hobbes; limitado constitucionalmente, segundo John Locke. Na concepção não 
absolutista do poder, considerava-se que, caso o governo ultrapassasse os 
limites estipulados, o contrato estaria quebrado e os sujeitos teriam o direito de 
se rebelar. 
Recentemente, a tradição das teorias do contrato social ganhou nova 
força, principalmente nas obras do filósofo político norte-americano John Rawls 
(1921-2002) sobre as questões da justiça distributiva e nas dos teóricos das 
'escolhas racionais públicas' dos governantes e homens públicos, que discutem 
os limites da atividade do Estado. 
Thomas Hobbes no livro Leviatã 1651, tenta pensar de forma progressista 
a formação da sociedade, desenvolvendo não um estudo histórico, nem uma 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Rawls
https://pt.wikipedia.org/wiki/1921
https://pt.wikipedia.org/wiki/2002
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leviat%C3%A3
https://pt.wikipedia.org/wiki/1651
 
hipótese realista, mas um estudo teórico, uma espécie de experimento mental, 
da constituição do estado, a partir dos seus próprios elementos. Ele usa uma 
concepção atomista, desenvolvendo um pensamento a partir dos elementos 
mais básicos e singulares que constitui a sociedade e o Estado, que ele dá o 
nome de Leviatã. Sendo o Leviatã um monstro, no sentido de enorme e 
poderoso, tendo até vida própria. 
O modelo de Locke é, em sua estrutura, semelhante ao de Hobbes, 
entretanto, os dois autores tiram conclusões completamente diferentes no que 
concerne ao modo como nos submetemos a esse Estado Civil, nossa função 
nele e como se dá o estabelecimento do contrato. Ambos iniciam seu 
pensamento focando num estado de natureza, que, através do contrato social, 
vai se tornar o estado civil. 
No início, Jean-Jacques Rousseau questiona porque o homem vive em 
sociedade e porque se priva de sua liberdade. Vê num rei e seu povo o senhor 
e seu escravo, pois o interesse de um só homem será sempre o interesse 
privado. Os homens, para se conservarem, se agregam e formam um conjunto 
de forças com objetivo único. 
No contrato social, os bens são protegidos e a pessoa, unindo-se às 
outras, obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode ser 
definido quando "cada um de nós coloca sua pessoa e sua potência sob a 
direção suprema da vontade geral". 
A Constituição dos Estados Unidos é a lei suprema dos Estados Unidos. 
A constituição, originalmente composta por sete artigos, pela qual o governo 
federal está dividido em três ramos: o Poder Legislativo, que consiste no 
Congresso Bicameral; o Poder Executivo, constituído pelo Presidente e pelo 
Vice-presidente; e o Poder Judiciário, que consiste no Supremo Tribunal e outros 
tribunais federais. Os Artigos Quatro, Cinco e Seis definem os conceitos do 
federalismo, que descrevem os direitos e responsabilidades dos governos 
estaduais e dos estados em relação ao governo federal. O Sétimo Artigo 
estabelece o procedimento posteriormente utilizado pelos treze estados a 
ratificá-lo. 
Desde que a constituição entrou em vigor em 1789, foi alterada vinte e 
sete vezes. Em geral, as dez primeiras emendas, conhecidas coletivamente 
como o Bill of Rights ("Carta de Direitos"), oferecem proteções específicas de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_mental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Atomista&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Legislativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Executivo_(governo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Judici%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Federalismo
 
liberdade individual e de justiça, além de restringir os poderes do governo. A 
maioria das dezessete alterações posteriores visaram expandir os direitos civis 
individuais. Outras abordaram as questões relacionadas com a autoridade 
federal ou modificações nos processos e procedimentos do governo. As 
emendas à Constituição dos Estados Unidos, ao contrário daqueles feitas em 
muitas constituições ao redor do mundo, são acrescentadas no final do 
documento. Com sete artigos e vinte e sete emendas, é a mais curta constituição 
escrita em vigor. Todos as cinco páginas da constituição original estão escritas 
em pergaminho. 
Foi discutida e aprovada pela Convenção Constitucional de Filadélfia (no 
estado da Pensilvânia), entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787. 
Naquele ano, os Estados Unidos aprovaram a sua primeira e, até hoje, única 
constituição. A constituição exprime um meio-termo entre a tendência estadista 
defendida por Thomas Jefferson, que queria grande autonomia política para os 
Estados membros da federação, e a tendência federalista que lutava por um 
poder central forte. 
É a segunda mais antiga constituição em vigor, ficando atrás apenas da 
Constituição de San Marino que vigora desde 1600. Os seus autores eram 
influenciados fortemente pelo pacifismo, sendo que eram contra o uso político-
econômico das guerras e o poder dos bancos e a emissão de papel-moeda para 
sustentar dívidas privadas. 
 O Presidente dos Estados Unidos é eleito pelo período de quatro anos 
pelos cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham 
diretamente pelo número absoluto de votos no país, mas dependem da apuração 
em cada estado, que manda para uma espécie de segunda eleição votos em 
número proporcional a sua população para o vencedor em seu território. 
Duas casas compõem o congresso: a Câmara dos Representantes, com 
delegados de cada estado na proporção de suas populações; e o Senado dos 
Estados Unidos, com dois representantes por estado. O congresso vota leis e 
orçamentos. O senado vela pela política exterior principalmente. Um tribunal 
supremo composto por juízes indicados pelo presidente e aprovados pelo 
senado resolve os conflitos entre estados e entre estes e a União, garantindo a 
supremacia da constituição federal em relação às constituições estaduais e as 
leis do país. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_Constitucional_de_Filad%C3%A9lfia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensilv%C3%A2nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/1787
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Jefferson
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_San_Marino&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pacifismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mara_dos_Representantes_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suprema_Corte_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suprema_Corte_dos_Estados_Unidos
 
A Constituição dos Estados Unidos prevê um sistema de alterações, por 
intermédio de emendas, tendo ao longo dos anos sido aprovadas um total de 27. 
 
 
4.Conclusão 
 
 
Diante de todo o exposto, constata-se, ao se analisar a evolução histórica 
do sistema de Direito da Common Law , que, ao longodos séculos, essas foram 
recebendo várias influências, levando a identificar no Direito brasileiro algumas 
características inerentes ao sistema, como a ascensão da jurisprudência, 
característica esta marcante do sistema jurídico dos Estados Unidos. Por outro 
lado, verifica-se o crescimento da codificação nos países que adotam o sistema 
de Direito da Common law, que, a princípio, tomava a lei como fonte secundária 
do Direito. A principal reflexão a ser feita ao final deste trabalho, é a ciência da 
utilização das fontes do direito como preenchimento de lacunas para a adequada 
solução do caso concreto. A análise da norma à aplicação ao caso concreto gera, 
para o intérprete, um processo metodológico que lhe permite encontrar lacunas 
e, consequentemente, supri-las. Assim, o uso das fontes do direito constitui a 
garantia da solução do processo, ainda que a lei seja omissa, evitando a 
suspensão por respaldo legal. 
 
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. Vol. 1.4 ed. São Paulo: 
Atlas, 2004 
jus.com.br/artigos/48588/fontes-do-direito 
Jus.com.br/artigos/22816/o sistema de camom law 
escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/Magna-Carta/481798 
pt.wikipedia.org/wiki/Contrato social 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emendas_constitucionais

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