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II SEÇÃO - 08 FÉRIAS E 13o SALÁRIO ok

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FÉRIAS E 13° SALÁRIO
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DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
Quem Tem Direito – Valor a Ser Pago 
Ao pagamento do 13º salário faz jus o trabalhador urbano ou rural. 
O 13º salário será pago proporcional ao tempo de serviço do empregado na empresa, considerando-se a fração de 15 dias de trabalho como mês integral. 
. 
2
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
Quem Tem Direito – Valor a Ser Pago 
A importância paga ao empregado a título de primeira parcela será deduzida do valor do 13º salário devido até o dia 20 de dezembro. 
Quando na composição do salário do empregado envolver parte variável, deverá ser calculada a sua média. 
Quanto aos empregados vendedores, a empresa deverá verificar, junto ao sindicato da categoria, se os valores das comissões deverão ser atualizados e por qual índice, quando for o caso. 
3
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
Prazo para Pagamento 
A primeira parcela do 13o. salário deve ser paga até o último dia de novembro de cada ano, ou por ocasião das férias do empregado (quando este o solicitar, por escrito, até 31 de janeiro de cada ano). 
A segunda parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro. 
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DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
Faltas Injustificadas – Interferências no Cálculo do 13º salário
 
Para fins de pagamento do 13º salário, as faltas legais e as justificadas ao serviço não serão computadas para fins de cálculo de avos. 
Entretanto, as faltas injustificadas irão interferir se ocorrer do empregado somar menos de 15 dias trabalhados em cada mês do ano correspondente do pagamento do 13º salário. 
Considerando que 15 dias trabalhados no mês garante o direito a 1/12 avos de 13º, imperioso verificar se o mês é de 28, 29, 30 ou 31 dias, o que pode ser determinante para garantir ou perder 1 avo. 
5
Exemplo 
Um empregado teve 58 faltas no período de janeiro a dezembro/18, as quais estão distribuídas da seguinte forma: 
Mês 	Dias de Faltas 	
Janeiro 2 	
Fevereiro 14 	
Março 	3 	
Abril 	0 	
Maio 0 	
Junho 3 	
Julho 15 	
Agosto 	0 	
Setembro 2 	
Outubro 	3 	
Novembro 	16 	
Dezembro 	0 	
6
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
O empregado terá direito a 10/12 avos de 13º Salário, pois:
 
 No mês de fevereiro, faltou 14 dias e trabalhou apenas 14 dias; 
 No mês de novembro, faltou 16 dias e trabalhou 14 dias. 
Observe-se que no mês de julho, mesmo faltando 15 dias, ainda trabalhou 16 dias, mantendo-se o direito ao avo do 13º Salário. 
7
Horas Extras – Adicional Noturno (Integração ao 13º Salário) 
As horas extras integram o 13º salário
O adicional noturno também integra o 13º
Quando o empregado realizar números variados de horas noturnas ou extras durante o ano, o empregador deverá fazer a média das horas, o qual serve tanto para horas extras quanto para horas noturnas (adicional noturno). 
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Solicitação da 1ª Parcela por Ocasião das Férias – Prazo de Requerimento 
O empregado tem até o dia 31 de janeiro para requerer que lhe seja pago, junto com a remuneração de férias, a 1ª parcela do 13º salário. 
O valor referente à 1ª parcela do 13º salário correspondente a 50% do salário do mês anterior ao gozo de férias. 
Caso o empregado não solicite o pagamento da 1ª parcela do 13º salário na época determinada, ficará na dependência da liberalidade do empregador sua concessão, 
9
Salário Variável – Ajuste da Diferença por Ocasião das Médias 
Como o prazo final para pagamento do décimo é dia 20 de dezembro de cada ano, normalmente o pagamento é feito com base na média apurada de janeiro a novembro pelo divisor de 11 avos. 
Após o fechamento da folha de dezembro, apura-se novamente esta média (considerando 12/12 avos) e faz o recálculo do décimo terceiro com base na nova média encontrada. Deduz-se o valor já pago e apura-se a diferença a ser paga ao empregado 
10
Salário Variável – Ajuste da Diferença por Ocasião das Médias 
Até o dia 10 de janeiro do ano seguinte, computada a parcela do mês de dezembro, o cálculo do 13º salário será revisto para 1/12 (um doze avo) do total devido no ano anterior, processando-se a correção do valor da respectiva gratificação com o pagamento ou compensação das diferenças verificadas. 
Após efetuada a revisão, o valor da diferença do 13º salário poderá ser favorável ou não ao empregado. Sendo favorável ao empregador, a empresa efetuará a compensação, descontando o valor correspondente em folha de pagamento. 
11
Diferença a Favor do Empregado 
Empregado comissionista foi admitido em 10 de janeiro. Recebeu de 13º salário até o dia 20 de dezembro R$ 1.530,00, sendo salário fixo R$ 680,00, R$ 720,00 de comissões e R$ 130,00 de DSR. 
Após o fechamento da folha de dezembro, fez-se nova apuração das comissões do ano todo, chegando aos seguintes valores totais: 
 Comissões recebidas no período de janeiro a dezembro = R$ 9.600,00 
 DSR sobre comissões no período de janeiro a dezembro = R$ 1.728,00 
Cálculo: 
Comissões: Média das comissões: R$ 9.600,00 : 12 = R$ 800,00 
DSR: Média do DSR sobre comissões: R$ 1.728,00 : 12 = R$ 144,00 
Diferença de 13º Salário 
 Comissões: R$ 800,00 - R$ 720,00 = R$ 80,00 
 DSR: R$ 144,00 – R$ 130,00 = R$ 14,00 
 Diferença a favor do empregado: R$ 94,00 
12
Verbas que Compõem o Cálculo do 13º Salário 
 Horas Extras (qualquer percentual); 
 Horas Extras Noturnas; 
 Adicional Noturno; 
 Adicional de Periculosidade; 
 Adicional de Insalubridade; 
 DSR; 
 Comissões; 
 Gratificação; 
 Triênios; 
 Anuênios; 
 Biênios; 
 Quebra-caixa; 
13
Cálculo Prático do Pagamento da 1ª Parcela – Novembro 
Empregado admitido em 02 de janeiro. Salário mensal de R$ 1.550,00. Recebe adicional de periculosidade de 30% sobre o salário. 
Cálculo 
Adicional de periculosidade: R$ 1.550,00 x 30% = R$ 465,00 
Remuneração base para cálculo do adiantamento: R$ 1.550,00 + R$ 465,00 = R$ 2.015,00 
1a. parcela do 13o salário = R$ 2.015,00 x 50% = R$ 1.007,50 
14
Cálculo Prático do Pagamento da 2ª Parcela – Dezembro 
Empregado admitido em 02 de janeiro. Considerando que o empregado tenha tido aumento salarial de 10% no início de dezembro, passando a receber R$ 1.705,00 por mês, o cálculo da 2ª parcela será da seguinte forma: 
 Cálculo 
Adicional de periculosidade: R$ 1.705,00 x 30% = R$ 511,50 
2ª Parcela = Salário + Adic. Periculosidade – adiant. 1ª parcela 
2ª Parcela = R$ 1.705,00 + R$ 511,50 – R$ 1.007,50 
2ª Parcela = 1.209,00 
Nota: Sobre o valor bruto do 13º deve ser descontado o INSS e o IRF (se houver), conforme tabela em vigor. 
15
 Salário Fixo 
– Cálculo Prático do Pagamento da 1ª Parcela – Mensalista 
Empregado mensalista admitido em 10 de janeiro. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. Salário de outubro: R$ 1.360,00. 
 Cálculo: R$ 1.360,00 x 50% = R$ 680,00 
– Cálculo Prático do Pagamento da 2ª Parcela – Mensalista 
Empregado mensalista admitido em 10 de janeiro, pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Primeira parcela R$ 680,00. Salário de dezembro R$ 1.430,00. 
 Cálculo: 
R$ 1.430,00 - R$ 680,00 (1ª parcela) = 2ª Parcela do 13º Salário: R$ 750,00 
Nota: sobre o valor bruto deve ser descontado o INSS e o IRF (se houver). 
16
Salário Variável 
Para os empregados que recebem salário variável, a qualquer título, a gratificação será calculada na base da soma das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até o anterior àquele em que se realizar o adiantamento. 
Os empregados que receberem parte fixa terão o respectivo valor somado à parte variável. 
– Cálculo Prático da 1ª Parcela – Comissionista Sem Parte Fixa 
Empregado admitido em 10 de janeiro. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. 
 Comissões recebidas no período de janeiro a outubro = R$ 12.670,00 
 DSR sobre comissões no período de janeiro a outubro = R$ 2.603,04 
17
Salário Variável 
Cálculo: 
Comissões: 
 Média das comissões: R$ 12.670,00 : 10 = R$ 1.267,00 
 R$ 1.267,00 : 2 = R$ 633,50 
DSR: 
 Média do DSR sobre comissões: R$ 2.603,04 : 10 = R$ 260,30 
 R$ 260,30 : 2 = R$ 130,15 
Adiantamento 13º = R$ 763,65 (R$ 633,50 + R$ 130,15) 
18
Cálculo Prático da 2ª Parcela – Comissionista SemParte Fixa 
 Empregado admitido em 08 de janeiro. Pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Primeira parcela R$ 763,65.
Comissões recebidas no período de janeiro a novembro = R$ 13.940,00 
 DSR sobre comissões no período de janeiro a novembro = R$ 2.844,00 
Cálculo 
Comissões: 
 Média das comissões: R$ 13.940,00 : 11 = R$ 1.267,27 
DSR : 
 Média do DSR sobre comissões : R$ 2.844,00 : 11 = R$ 258,55 
 13º Salário : (faz jus a 12/12 avos) 
 R$ 1.267,27 + R$ 258,55 = R$ 1.525,82 
 R$ 1.525,82 - R$ 763,65 
 2ª Parcela do 13º Salário = R$ 762,17 
Nota: sobre o valor bruto deve ser descontado o INSS e o IRF (se houver). 
19
Cálculo Prático da 1ª Parcela – Comissionista Com Parte Fixa 
Empregado admitido em 13 de janeiro. Salário fixo de R$ 1.050,00 em outubro. Pagamento da primeira parcela do 13º salário em novembro. 
 Comissões recebidas no período de janeiro a outubro: R$ 9.400,00 
 DSR sobre comissões no período de janeiro a outubro: R$ 1.917,60 
Cálculo: 
Comissões: 
 Média das comissões: R$ 9.400,00 : 10 = R$ 940,00 
 R$ 940,00 : 2 = R$ 470,00 
DSR sobre comissões: 
 Média do DSR sobre comissões: R$ 1.917,60 : 10 = R$ 191,76 
 R$ 191,76 : 2 = R$ 95,88 
Salário fixo: 
 1.050,00 : 2 = R$ 525,00 (50% do salário fixo) 
Adiantamento 13º Salário = R$ 1.090,88 (R$ 470,00 + R$ 95,88 + R$ 525,00) 
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Cálculo Prático da 2ª Parcela – Comissionista Com Parte Fixa 
Empregado admitido em 12 de janeiro. Salário fixo de R$ 1.250,00 em dezembro. Pagamento da segunda parcela do 13º salário em dezembro. Primeira parcela R$ 1.090,88. 
 - Comissões recebidas no período de janeiro a novembro: R$ 10.340,00 
 - DSR sobre comissões no período de janeiro a novembro: R$ 2.109,00 
Cálculo: 
Comissões: 
 Média das comissões: R$ 10.340,00 : 11 = R$ 940,00 
DSR Sobre Comissões 
 Média do DSR sobre comissões: R$ 2.109,00 : 11 = R$ 191,73 
13º Salário : (faz jus a 12/12 avos) 
 R$ 1.250,00 + R$ 940,00 + R$ 191,73 = R$ 2.381,73 
 R$ 2.381,73 – R$ 1.090,88 
 2ª Parcela do 13º Salário: R$ 1.290,85 
Nota: sobre o valor bruto deve ser descontado o INSS e o IRF (se houver). 
21
 FÉRIAS 
Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". 
As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo". 
O objetivo do direito do empregado às férias é de lhe conceder um justo e reparador descanso. 
Em virtude disto, a lei não permite a conversão de todo o período em pecúnia, ou seja, "vender as férias", apenas autoriza que 1/3 do direito a que o empregado fizer jus seja convertido em pecúnia. 
22
Direito às Férias – Proporcionalidade Pelas Faltas Injustificadas 
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, computando-se este período inclusive como tempo de serviço, na seguinte proporção: 
23
	Férias Proporcionais	Até 5 faltas
Em dias	6 a 14 faltas
Em dias	15 a 23 faltas
Em dias	24 a 32 faltas
Em dias
	1/12	2,5 	2	1,5	1
	2/12	5	4	3	2
	3/12	7,5	6	4,5	3
	4/12	10	8	6	4
	5/12	12,5	10	7,5	5
	6/12	15	12	9	6
	7/12	17,5	14	10,5	7
	8/12	20	16	12	8
	9/12	22,5	18	13,5	9
	10/12	25	20	15	10
	11/12	27,5	22	17,5	11
	12/12	30	24	18	12
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Direito às Férias – Proporcionalidade Pelas Faltas Injustificadas 
Nota: O valor de 2,5 dias por avo trabalhado é o resultado de 30 (trinta) dias de férias divididos por 12 (doze) meses do ano. 
É proibido o desconto de faltas do empregado ao serviço do período de férias, sendo vedado, desta forma, a permuta de faltas por dia de férias. 
Quando o empregado tiver mais de 32 faltas não justificadas no período aquisitivo, este perderá o direito às férias. 
25
Critério de Faltas a Considerar na Proporção de Férias 
As faltas não justificadas se computam individualmente, não se somando o desconto do DSR, nem se somam horas de atraso quebradas ou meio-período. 
Isto para não haver a dupla penalidade ao empregado, ou seja, uma vez, por ocasião do desconto do repouso DSR durante o ano e outra vez para computar o desconto na proporcionalidade de férias. 
Por inexistência de previsão legal, as horas quebradas ou meio-período também não podem ser considerados dias inteiros ou “somados” a outros períodos de ocorrências semelhantes. 
26
Critério de Faltas a Considerar na Proporção de Férias 
Exemplo 1 
Empregado faltou na segunda-feira, sem motivo justificado. Em decorrência, perdeu o DSR da semana correspondente. Para fins de cálculo das faltas não justificadas para cômputo do direito de férias, conta-se 1 (um) dia e não 2 (dois). 
Exemplo 2 
O empregado se atrasou ½ hora sem justificativa, na terça-feira, trabalhando o período remanescente. Em decorrência, perdeu o DSR da semana e sofreu o desconto proporcional do período de atraso. Para fins de cálculo das faltas não justificadas para cômputo do direito de férias, não se descontará como falta nenhum dos eventos. 
27
Perda do Direito 
Perderá o direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; 
 Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; 
 Deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta) dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa. 
 Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
28
Perda do Direito 
Exemplo 
Empregado admitido em 07.06.2019 se afastou por doença em 06.10.2019, com início do pagamento do benefício em 21.10.2019 (16º dia de afastamento), retornando ao trabalho em 04.05.2020. 
Período aquisitivo analisado: 07.06.2019 a 06.06.2020 
 Admissão: 07.06.2019 
 Afastamento: 06.10.2019 
 Início do auxílio-doença: 21.10.2019 (após os 15 dias pagos pela empresa) 
 Período total de afastamento auxílio doença: 21.10.2019 a 03.05.2020 (6 meses e 16 dias) 
 Retorno: 04.05.2020 
 Início de novo período aquisitivo: 04.05.2020 
Neste caso o afastamento do empregado foi superior a 6 meses dentro do período aquisitivo, perdendo assim o direito às férias e iniciando novo período a partir de seu retorno ao trabalho 04.05.2020. 
29
Época da Concessão e Conversão de 1/3 em Abono Pecuniário 
A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período de interesse do empregador, salvo as exceções. 
Conforme dispõe o § 3º do art. 134 da CLT (incluído pela Lei 13.467/2017), é vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. 
Apesar de a concessão ser na época de melhor interesse do empregador, este deverá conceder as férias no prazo máximo de 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito, consoante o disposto no art. 134 da CLT. 
30
Época da Concessão e Conversão de 1/3 em Abono Pecuniário 
O empregado tem a faculdade de converter 1/3 (um terço) do período de férias em abono pecuniário. 
O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. Após este prazo, caberá ao empregador aceitar ou não a solicitação do empregado de converter 1/3 do seu direito em abono pecuniário. 
O empregado em gozo de férias não poderá prestar serviços a outro empregador, exceto quando já exista contrato de trabalho regularmente mantido com aquele, sob pena de ser enquadrado no art. 482 da CLT. 
31
Fracionamento do Gozo de Férias – Até 3 Períodos 
De acordo com a Lei 13.467/2017 (que alterou o § 1º do art. 134 da CLT) a partir de 11.11.2017, as férias poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco) dias corridos, cada um, desde que haja concordância do empregado. 
A concordância do empregado em dividir as férias em3 períodos afasta o pagamento em dobro, desde que o último período de gozo esteja dentro do período concessivo, sob pena de o empregador pagar em dobro, os dias de férias gozadas fora do período concessivo. 
32
Prazo para Pagamento 
O pagamento das férias, do adicional de 1/3 (um terço) constitucional e do abono pecuniário deverá ser feito até 2 (dois) dias antes do início do período de férias. 
Neste momento, o empregado dará quitação do pagamento, em recibo, no qual deverão constar as datas de início e término do respectivo período. 
O entendimento quanto a este prazo, conforme a própria legislação estabelece, não está vinculado diretamente a dois dias úteis e sim, disponibilizar os valores devidos (seja por depósito, cheque ou dinheiro) dois dias de antecedência ao início do gozo. 
33
Afastamento Por Doença Durante o Gozo das Férias 
Quando o empregado adoece durante o período de gozo de suas férias, não ocorre a suspensão ou a interrupção do gozo de férias, fluindo normalmente. 
No entanto, se após o término normal das férias a doença persistir, a empresa deverá pagar os primeiros 15 dias de afastamento, mediante atestado médico, contados a partir da data em que o empregado deveria retornar ao trabalho, independentemente se a data do atestado tenha sido durante o período de gozo.
 
A partir do 16º dia, data a partir da qual compete à Previdência Social o pagamento do auxílio-doença previdenciário. 
34
Férias e Aviso Prévio – Incompatibilidade dos Institutos 
O aviso prévio não poderá ser concedido durante o período de férias, em virtude da incompatibilidade entre os objetivos de cada um desses institutos. 
As férias é um período para descanso do empregado e aviso prévio é um período para que o empregado procure um novo emprego.
35
Férias – Adicionais Que Integram o Cálculo 
horas extras, 
adicional noturno, 
insalubridade, 
periculosidade, 
dentre outros previstos na legislação ou acordo e convenção coletiva de trabalho. 
36
Férias em Dobro – Quando Ocorre e Forma de Remuneração 
O empregado faz jus ao pagamento das férias em dobro quando elas forem concedidas após o término do período concessivo. 
Esta dobra ocorre apenas em relação à remuneração. Assim o empregado goza 30 dias de descanso e recebe, pecuniariamente, 60 dias. 
O período concessivo de férias é de 12 (doze) meses e seu início se dá a partir do término no período aquisitivo. 
37
Férias em Dobro – Quando Ocorre e Forma de Remuneração 
Portanto, teoricamente, o período concessivo sempre irá coincidir com início do 2º período aquisitivo, que uma vez completado, sem o devido gozo, gera ao empregado o direito a receber em dobro.
 Podemos visualizar melhor este ciclo por meio do esquema abaixo: 
38
Férias em Dobro – Quando Ocorre e Forma de Remuneração 
Exemplo 1 
Admissão: 02/04/2017 
 Término do período aquisitivo: 01/04/2018 ou seja → (02/04/2017 a 01/04/2018) 
 Período concessivo: 02/04/2018 a 01/04/2019 → (12 meses a contar do término do período aquisitivo) 
 Gozo das férias: 04/06/2019 a 03/07/2019 (gozou as férias depois do vencimento do período concessivo) 
Neste caso, como o empregado saiu de férias depois do término do período concessivo, fará jus ao dobro da remuneração (60 dias) e a 30 dias de descanso. 
39
Férias em Dobro – Quando Ocorre e Forma de Remuneração 
Exemplo 2 
Admissão: 02/04/2017 
 Término do período aquisitivo: 01/04/2018 ou seja → (02/04/2017 a 01/04/2018) 
 Período concessivo: 02/04/2018 a 01/04/2019 → (12 meses a contar do término do período aquisitivo) 
 Gozo das férias: 19/03/2019 a 17/04/2019 
Neste caso, parte das férias foram gozadas dentro do período concessivo e parte não, sendo: 
 14 dias (19/03 a 01/04/2019) estão dentro do período concessivo (14 dias - remuneração normal das férias + 1/3) 
 16 dias (02/04 a 17/04/2019) estão fora do período concessivo (32 dias - remuneração em dobro das férias + 1/3) 
Portanto, o empregado fará jus a 30 dias de descanso e 46 dias remunerados (14 + 32). 
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