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Aula - Conservação Urbana Integrada

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CONSERVAÇÃO URBANA INTEGRADA
Profª. D.Sc. Luciana Bracarense Coimbra
luciana.coimbra@unis.edu.br
Urbanismo
Entender o que é a cidade
Entender as determinantes econômicas, sociais, políticas e culturais que até hoje constroem e transformam a cidade.
Como surgiu e se desenvolveu a cidade que conhecemos hoje?
Quais os principais problemas urbanos?
Como resolver os problemas da cidade?
Urbanização via Industrialização
riqueza acumulada;
espaço de poder político e econômico;
grande reserva de força de trabalho;
avanço técnico e científico;
formação de uma rede bancária;
existência de mercado urbano.
As cidades, como formas espaciais produzidas socialmente, mudam efetivamente, recebendo reflexos e dando sustentação a essas transformações estruturais que estavam ocorrendo a nível do modo de produção capitalista.
INDUSTRIALIZAÇÃO
URBANIZAÇÃO
Condições da cidade
Transformações no espaço urbano
Centro → monumentos, ruas estreitas, casas pequenas e compactas, jardins e pátios anexos às casas dos mais ricos.
Periferia → bairros de luxo, bairros pobres, indústrias, depósitos.
periferia
centro
Lixo, falta de sol e de ventilação, poluição, cólera, lama, 
mau cheiro, dificuldade de circulação.
Intervenção do Estado: Leis Sanitárias, Rede de Água e Esgoto, 
Gás e Eletricidade.
A Urbanização e as Cidades Atuais
especialização do trabalho
aumento da produtividade
expansão do mercado consumidor
redes 
urbanas
redes
urbanas 
transportes e comunicação
divisão territorial do trabalho
hierarquia urbana
Pequenas e médias cidades, metrópoles, áreas metropolitanas
As cidades passam a ser vistas como problema:
Então, qual a solução para as cidades?
Durante o século XIX e XX, muitas ideias e propostas foram feitas para resolver os problemas da cidade.
As propostas e leis resolveram os problemas das cidades?
Apesar de todos os estudos e modelos, não se conseguiu resolver os problemas da cidade.
POR QUÊ?
POR CAUSA DO MODO DE PENSAR A CIDADE!!
Crítica às propostas urbanísticas 
Jane Jacobs (1961) → Morte e vida das grandes cidades.
Henri Lefebvre, “Le droit à la ville” → DIREITO À CIDADE (1968); A Revolução Urbana (1970).
Mudança na forma de olhar a cidade → os problemas da sociedade não podem ser todos reduzidos a questões espaciais → as cidades não crescem conforme os engenheiros e arquitetos determinam (Joseph Rykwerth).
Agentes produtores do espaço urbano
Corrêa (1995) → agentes sociais envolvidos na produção do espaço urbano: 
os proprietários fundiários; 
os proprietários dos meios de produção; 
os promotores imobiliários; 
o Estado; 
os grupos sociais excluídos;
os proprietários fundiários e dos meios de produção → conflito;
agentes imobiliários: incorporação , financiamento, construção e comercialização do imóvel, o autor afirma que esta ocorre de modo desigual → construção de imóveis para atender às classes mais favorecidas; 
grupos sociais excluídos → produzem favelas, invadindo terrenos públicos ou privados. 
O processo de reprodução espacial na cidade se realiza na articulação de três níveis:
político (que se revela na gestão política do espaço); 
econômico (que produz o espaço como condição e produto da acumulação); 
social (que nos coloca diante das contradições geradas na prática socioespacial como plano da reprodução da vida). 
O cidadão e a cidade
Lefebvre → O Estado coloca os problemas urbanos como uma questão meramente administrativa, técnica, científica → assume a organização do espaço → cidadãos como objetos do processo.
As pessoas devem ser sujeitos da construção 
da sua própria cidade.
Quem está dizendo como nossa cidade vai se organizar?
Quem está escolhendo onde serão feitos os investimentos públicos dentro da nossa cidade? 
A cidade vista dentro da lógica capitalista: 
empresa e mercadoria; 
cidadão como consumidor.
Os problemas urbanos são diferentes para classes sociais diferentes ...
É preciso uma nova forma de pensar as cidades → melhor para mais pessoas!
Direito à cidade
princípios básicos do Fórum Nacional de Reforma Urbana
Direito à cidade → à moradia digna, aos meios de subsistência, ao saneamento ambiental, à saúde e educação, ao transporte público e à alimentação, ao trabalho, ao lazer e à informação.
Gestão democrática das cidades → os cidadãos têm que participar das decisões fundamentais para o futuro das cidades, por meio do diálogo com prefeituras e Câmaras de Vereadores.
Função social da cidade e da propriedade → o espaço das cidades tem que servir, antes de tudo, aos interesses coletivos das grandes maiorias. 
Conservação Urbana Integrada
Década de 1970 → teve seu início com o surgimento do urbanismo progressista na Itália.
1970 e 1980 → princípios da conservação integrada foram aplicados em várias cidades italianas, em especial nas do norte, assim como em cidades espanholas.
Objetivo → recuperar não apenas a estrutura física, mas também a econômica e social, mantendo os antigos habitantes nesses edifícios recuperados.
“A conservação integrada urbana se refere a uma estrutura de planejamento e de ações de gestão numa área urbana existente com a finalidade de garantir o desenvolvimento sustentável mediante a manutenção das características significativas das estruturas físicas e sociais do assentamento e do seu território e sua integração com novos e compatíveis usos e funções.” 
(ZANCHETI & JOKILEHTO, 1995).
Declaração de Amsterdã (1975) → sistematizou os princípios da conservação integrada.
O patrimônio arquitetônico contribui para a tomada de consciência da comunhão entre história e destino.
O patrimônio arquitetônico é composto de todos os edifícios e conjuntos urbanos que apresentem interesse histórico ou cultural. Nesse sentido, extrapola as edificações e conjuntos exemplares e monumentais para abarcar qualquer parte da cidade, inclusive a moderna.
O patrimônio é uma riqueza social; portanto, sua manutenção deve ser uma responsabilidade coletiva.
A conservação do patrimônio deve ser considerada como o objetivo principal da planificação urbana e territorial.
A conservação integrada deve ser calcada em medidas legislativas e administrativas eficazes.
Dever ser encorajada a construção de novas obras arquitetônicas de alta qualidade, pois elas serão o patrimônio de hoje para o futuro.
A conservação integrada se associa de vez questões ambientais às sociais a partir da 2ª Conferência Mundial do Meio Ambiente - ECO 92, Rio de Janeiro.
Agenda 21 → plano de ação abrangente e complexo em que cada país elabora o seu.
Este documento apresenta como traço característico o reconhecimento de que o desenvolvimento econômico não pode ser visto sem o desenvolvimento social e ambiental.
Ministério das Cidades (2003) → garantir o direito à cidade, transformando-a em espaço mais humanizado, assim como proporcionar à população o acesso à moradia, ao saneamento básico e ao transporte, considerando uma antiga reivindicação dos movimentos sociais de luta pela reforma urbana.
“A consciência ambiental modificou e ampliou a concepção de conservação integrada. O tema tradicional dos monumentos, dos sítios e dos centros históricos, hoje, é inserido no conceito de território histórico e cultural.” 
(ZANCHETI, 2000, p. 98)
Ações possíveis – Cidades Sustentáveis
Para uma cidade sustentável é necessário planejá-la e organizá-la pautadas sobre as seguintes dimensões:
Dimensão social → maior equidade na distribuição de renda e bens.
Dimensão econômica → gerenciamento dos recursos e de fluxo constante de investimento públicos e privados.
Ações possíveis – Cidades Sustentáveis
Dimensão ecológica → uso potencial de recursos dos diversos ecossistemas, com o mínimo de danos ao meio ambiente.
Dimensão espacial → uma configuração rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades econômicas.
Dimensão cultural → mudança dentro da continuidade cultural e que traduzam conceito normativo de ecodesenvolvimento em umconjunto de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área.
Ações possíveis – Participação
A participação da sociedade é um importante instrumento para compreender a função de cada segmento público e assim poder atuar participando de cobranças quanto à ausência do Estado ou na fiscalização quando o Estado tende a privilegiar determinados grupos sociais.
É preciso fiscalizar as atividades do Estado pois muitas vezes seu papel no urbano é favorecendo os interesses dos dominantes.
Ações possíveis – Participação
Instrumentos que auxiliam na garantia de uma cidade mais justa e equilibrada, exemplo:
Plano Diretor.
Agenda 21.
Estatuto da Cidade.
Agendas Locais de Desenvolvimento.
Conselho de Cidades.
Ações possíveis
Arborização Urbana em grande escala → calçadas, escolas, outros equipamentos públicos e propriedades privadas para prevenção dos efeitos das mudanças climáticas globais, especialmente nos litorais e nas áreas periurbanas e rurais para reduzir a energia dos ventos e temporais.
Universalização da mobilidade urbana por meio de melhoria das opções de transporte coletivo → especialmente nas cidades médias, grandes e metrópoles, com impacto enorme na saúde pública e na vegetação urbana e periurbana devido ao lançamento de poluentes.
Ações possíveis
Disseminação de uma cultura de planejamento e gestão urbana para o interesse público. Ampliação e aprimoramento dos serviços de limpeza pública, coleta e destinação final do lixo e de tratamento de esgotos.
Urbanização, adequação de assentamentos precários e moradias para o saneamento das cidades. Mudança nas concepções dos projetos urbanos que vislumbrem obras que solucionam os problemas e que, consequentemente, deem condições para mudança social.
Ações possíveis
Disseminação da cultura da cidade sustentável, proteger as áreas verdes em sentido amplo (produção agrícola, parques, sítios naturais, mananciais e áreas ecologicamente sensíveis).
Acessibilidade → um outro aspecto importante a ser planejado ao construir casas e vias urbanas é a acessibilidade na qual se destaca a necessidade de adequar em alguns pontos da casa ou das vias públicas as necessidades físicas temporárias ou permanentes da população.
Ações possíveis
Comunidade e segurança → bairros dotados de serviços e infraestruturas, variedade de tipologias habitacionais a fim de que o bairro possa ser dinâmico com diferentes grupos econômicos, espaços de recreação agradáveis; conservar os recursos naturais e minimizar os desperdícios, com aproveitamento de sombras visando o uso adequado de energia elétrica.

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