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Carmela Maria Polito Braga, DELT/EE-UFMG Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG Aula 09 Medidores mecânicos, mecânicos elástico, célula capacitiva, piezoelétrico, piezoresistivo. MEDIÇÃO DE PRESSÃO CONCEITOS BÁSICOS • Pressão: força por unidade de área: • Em um recipiente fechado a pressão é a força média exercida pelos átomos e moléculas nas paredes do mesmo. 2 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG F - força (N); A - área (m2); P - pressão (N/m2 ou Pa).A F P Dois cilindros de áreas diferentes conectados como vasos comunicantes Em um fluido a pressão em um dado ponto é dependente da profundidade. Assim, os dois vasos ao lado apresentam o mesmo nível. Isso é porque os fluidos são meios contínuos e a pressão aplicada sobre eles é transmitida a todos os pontos até às paredes do vaso, independentemente da sua forma. 2 1 1 2 A A F F F1 F2 A1 A2 x1 x2 CONCEITOS BÁSICOS • No exemplo anterior, dos cilindros conectados como vasos comunicantes, o volume de fluido movido pelo pistão 1 é o mesmo movido pelo pistão 2, apesar de F2 > F1. • Assim sendo, o deslocamento do pistão 2 (x2) será menor que o do pistão 1 (x1). 3 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Pa atm bar Torr psi kgf/cm2 mmH2O 1 Pa 1 9,87x10-6 10-5 7,5x10-3 1,45x10-4 1,09x10-5 0,10197 1 atm 1,03x105 1 1,013 760 14,696 1,0332 10332 1 bar 105 0,987 1 750 14,503 1,0197 10197 1 Torr (mmHg) 133,32 1,32x10-3 1,33x10-3 1 1,93x10-2 1,36x10-3 13,595 1 psi 6894,76 6,80x10-2 0,06894 51,714 1 0,0703 703,07 1 kgf/cm2 98066 0,96784 0,098067 735,56 14,223 1 10000 1 mmH2O 9,8066 9,68x10 -5 9,81x10-5 0,07356 1,42x10-3 0,0001 1 Unidades de pressãoUnidade no SI m N pascalPa 2 CONCEITOS BÁSICOS • Há duas referências para a medição de pressão: • Pressão atmosférica: é a pressão exercida pela atmosfera (camada gasosa que envolve o globo terrestre, com espessura de cerca de 50km, cuja parte inferior se encontra na superfície da terra, exercendo uma pressão correspondente ao peso total desta camada gasosa). • Ao nível do mar, em condições normais de gravidade (g=9,80665m/s2) e temperatura de 0oC esta pressão equivale a 1 atm = 14,69 psia = 1.033kgf/cm2 (abs) = 760 mmHg (abs). Esta referência varia com o local. • Quando se utiliza a pressão atmosférica como referência, as pressões medidas acima dessa referência são chamadas pressões relativas (positivas) ou manométricas (gauge pressures). • As pressões abaixo desta referência são chamadas de vácuo ou pressões negativas. O vácuo é simplesmente uma redução da pressão atmosférica. • Pressão absoluta: é a pressão medida a partir do vácuo ou zero absoluto. 4 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG CONCEITOS BÁSICOS • O zero absoluto representa a total ausência de pressão ou total ausência de qualquer fluido confinado. • A unidade pode receber uma letra para indicar que a medição é absoluta (exemplo: psia). • Pressão manométrica (ou relativa): é a pressão diferencial em que um dos pontos está aberto para a atmosfera. Portanto é a medição de pressão em relação à atmosfera local. • A maioria dos instrumentos industriais mede a pressão manométrica. • A unidade pode receber uma letra para indicar que a medição é manométrica (exemplo: psig). 5 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG )(relativa amanométriclocal aatmosfericabsoluta PPP CONCEITOS BÁSICOS • Pressão diferencial: é a diferença de magnitude entre duas pressões quaisquer. 6 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Vácuo • A pressão absoluta pode ser considerada uma pressão diferencial em relação ao vácuo absoluto. • A pressão manométrica pode ser considerada uma pressão diferencial em relação à pressão atmosférica local. CONCEITOS BÁSICOS • Pressão estática: força por unidade de área exercida perpendicularmente à parede de uma tubulação por um fluido que escoa na direção paralela à sua parede. • Corresponde à pressão, isenta de influências da velocidade, se nas mesmas condições o fluido estivesse em repouso, já que não há vetores de velocidade perpendiculares à parede. • É a sobrepressão ou depressão relativa criada pela atuação de um equipamento (ventilador, exaustor, bomba ou compressor) ou pela altura da coluna de um líquido. 7 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Se houver circulação a pressão deve ser medida, através de um orifício de pressão, com eixo perpendicular à corrente do fluido, de modo que a medição não seja influenciada pela componente dinâmica da circulação. h Se não houver circulação do fluído, a pressão será a mesma em todos os pontos da tubulação. CONCEITOS BÁSICOS • Pressão dinâmica ou cinética: é a pressão devida a velocidade de um fluido em movimento, que ocorre no sentido da corrente do fluido. • Bernoulli propôs a seguinte relação para o escoamento de um fluido incompressível em uma tubulação: 8 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG P1 P2 A1 A2 v1 v2 h1 h2 P1,2 – pressões (Pa); A1,2 – área da seção transversal da tubulação (m 2); v1,2 – velocidade do fluido (m/s); h1,2 – altura da tubulação (piezométrica) g – aceleração da gravidade (m2/s) - densidade do fluido (kgf/m3) 2 2 2 1 2 1 22 h g v g P h g v g P 21 vQvAvA 2211 Equação da continuidade: Para líquidos incompressíveis que fluem em uma tubulação completamente preenchida CONCEITOS BÁSICOS • Para os dois pontos em uma mesma altura, tem-se que: ou • P1 e P2 são as pressões dinâmicas/cinéticas do fluido em pontos de tomadas diferentes (1 e 2). Caso não haja diferença de pressões a pressão dinâmica de um fluido é dada simplesmente por: • Pressão total: é a soma das pressões estática e dinâmica. • O Tubo de Pitot é um instrumento que mede as pressões estática, dinâmica e total 9 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG ΔP - pressão diferencial (Pa); 2 2 2 1 2 2 2 1 2 2 21 vv P vv PP 2 e 2 2 2 1 2 2 2 1 2 1 2 2 21 v P v P vv PP 2 2 v P CONCEITOS BÁSICOS • Pressão da coluna de líquido: é a pressão em um determinado ponto no interior de um recipiente, acima do qual existe uma altura h de líquido com massa específica . 10 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG h 𝑃 = 𝜌𝑔ℎ P – pressão (Pa); h – altura da coluna de fluido (m); – massa específica do fluido (kgf/m3); g – aceleração da gravidade (m2/s). O produto g é também denominado peso específico, . CONCEITOS BÁSICOS • Teorema de Stevin: relaciona as pressões estáticas exercidas por um fluido em repouso com a altura da coluna do mesmo em um determinado reservatório. • “A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cota entre os dois pontos”. 11 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG P – pressão (Pa); h – altura (m); – peso específico do fluido(N/m3). )( 1212 hhPPP CONCEITOS BÁSICOS • Teorema de Pascal: a pressão exercida em qualquer ponto de um fluido incompressível em forma estática se transmite integralmente em todas as direções e produz a mesma força em áreas iguais. • Este princípio é a base da hidráulica que utiliza fluidos incompressíveis. Assim a força mecânica desenvolvida em um fluido pode ser transmitida, multiplicada ou controlada. 12 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 2 2 1 1 A F A F 2211 xAxA F1 F2 A1 A2 x1 x2 MEDIDORES MECÂNICOS DE PRESSÃO • Os elementos/dispositivos mecânicos para medição de pressão se dividem em dois grupos básicos:• Elementos mecânicos de medição direta • Ex.: Manômetro de tubo em U com líquido • Elementos mecânicos Elásticos de medição (deformação de sólidos). • Ex.: Manômetro de fole ou tubo de Bourdon. • Estes dispositivos para medição de pressão manométrica são denominados, genericamente, manômetros. 13 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG MEDIDORES MECÂNICOS DE PRESSÃO • Os manômetros de líquido foram largamente utilizados na medição de pressão, nível e vazão nos primórdios da instrumentação. • Atualmente, a aplicação destes instrumentos, na área industrial, limita-se a locais ou processos cujos valores medidos não são cruciais no resultado do processo ou em locais onde não é possível a instalação de outro tipo de instrumento. • Todavia, em laboratórios de calibração os manômetros encontram sua grande utilização, pois podem ser tratados como padrões. 14 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Manômetro de pressão arterial de parede com coluna de mercúrioManômetro inclinado.Manômetro em tubo U. • Manômetro em tubo tipo U: o mais simples e mais barato dos instrumentos de medição direta de baixas pressões, sendo sua faixa de medição geralmente de 0 a 2000 mmH20/mmHg. 15 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG P1 P2 P1 P2 P1 P2 21 PPh é o peso específico do líquido utilizado MANÔMETROS DE COLUNA LÍQUIDA MANÔMETROS DE COLUNA LÍQUIDA • Manômetro tipo tanque ou coluna reta vertical: manômetro de tubo em U com diâmetros diferentes: 16 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 21 1 21 PP A A h Deslocamento do zero Este deslocamento normalmente já é compensado na escala. Quando A1>>A2, a leitura de pressão é a própria coluna dágua. (Leitura direta da altura.) h A 1 A 2 Superfície do líquido quando P1 = P2 MANÔMETROS DE COLUNA LÍQUIDA 17 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG h2 h1 hA1 A2 21 PP senL Manômetro de coluna inclinada: possibilita a obtenção de um deslocamento maior, mesmo na medição de pressões muito pequenas. MANÔMETROS DE COLUNA LÍQUIDA • Pode-se enumerar as principais vantagens e desvantagens dos manômetro de coluna inclinada: • Vantagens: • são equipamentos de simplicidade considerável; • possuem grande precisão e sensibilidade; • possuem custo moderado e • são adequados para medições de pequenas pressões. • Desvantagens: • uso restrito a bancadas; • necessitam de nivelamento para o uso adequado; • não possuem proteção de sobre-faixa; • para medições de pressões elevadas são grandes e desajeitados 18 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • São dispositivos construídos com elementos que se deformam em função da pressão exercida sobre eles pelo fluido em medição. Podem ser: • Diafragma • Fole • Tubo de Bourdon • Elemento C • Elemento Espiral • Elemento Helicoidal 20 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Diafragma: membranas elásticas sofrem deformação pela ação da diferença de pressão entre dois pontos quaisquer ou entre a pressão a ser medida e a pressão atmosférica local 21 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Diafragma Elástico Escala Ponteiro Mola P MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Cápsulas de diafragma: uma cápsula consiste em dois diafragmas metálicos soldados. Todavia, duas ou mais cápsulas podem ser unidas de maneira que a deflexão total seja igual o somatória das deflexões individuais de cada cápsula. • A sensibilidade aumenta mas a linearidade reduz. 22 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG http://www.zurichpt.com.br • Manômetros de cápsula diafragma são apropriados para medição de gases e vapores não corrosivos e para medir baixa pressão e micropressão. • Geralmente, as cápsulas são produzidas de bronze fosforoso, cobre-berílio, aço inoxidável ou monel. MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Fole: é, basicamente, um cilindro metálico, corrugado ou sanfonado, i.e., um elemento elástico que sofre deslocamento no mesmo sentido da pressão externa. • O movimento resultante deste deslocamento, como no diafragma, pode ser associado a um dispositivo transdutor do deslocamento do fole. 23 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Fole Pressão Mola Setor - Pinhão Link Ponteiro Escala Fole P MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Tubos de Bourdon • A configuração mais comum é o tubo de Bourdon em C. • A extremidade inferior é presa a um quadrante pivotado (conectada ao processo onde se quer medir a pressão) e a outra conectada a um sistema dentado (dentes de uma engrenagem) que movimenta o ponteiro. 24 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG A pressão atuando no interior do Bourdon produz uma deformação que é amplificada, mecanicamente, e transformada em movimento angular de um ponteiro associado a uma escala. Tubo de bourdon é oco! MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Tubos de Bourdon C: princípio construtivo. 25 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 3/15/1 05,0 B A t R E Pa a t A B R a a MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Existem três diferentes tipos de tubo de Bourdon: 26 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Eugène Bourdon (1808-1884) P P P MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Pode-se dizer que os tubos de Bourdon com seção Helicoidal e Espiral são modificações da primeira patente do feita pelo engenheiro francês Eugène Bourdon. • De maneira didática, é fácil visualizar que o tubo de Bourdon Helicoidal consiste em diversos tubos de Bourdon C em diferentes planos verticais e o tubo de Bourdon em Espiral diferentes planos horizontais. • O resultado das modificações é a produção de um movimento maior da extremidade livre do elemento e uma consequente amplificação mecânica. • Vantagens dos Tubos Helicoidal e Espiral: • Medição de altíssimas pressões, cerca de 6000 kg/cm2. • Proteção sobre-faixa elevada, de até 1000% do FE. • Possibilidade de medir vácuo na faixa de 0-500 mmHg. 27 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG A primeira patente do tudo de Bourdon C. MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • Manômetros com Selagem Líquida: Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos, sujeitos à alta temperatura e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo elástico exige um procedimento de selagem líquida para impedir o contato do fluido com o elemento de medição. O Bourdon não é adequado para essa aplicação, uma vez que pode haver: 29 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Manômetro com selo diafragma • deformação proveniente da temperatura; • dificuldade de escoamento de fluidos viscosos; • ataque químico de fluidos corrosivos. MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS • A Selagem Líquida consiste na utilização de um fluido inerte, geralmente glicerina (por ser inerte a quase todos os fluidos), em contado com o tudo de Bourdon, de maneira que este não se misture com o fluido do processo. 30 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Transdutor de Pressão Diferencial MANÔMETROS MECÂNICOS ELÁSTICOS 35 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG • Transdutor de Pressão Diferencial utilizando um diafragma de pressão diferencial e um LVDT. • Consiste em uma bobina primária, duas bobinas secundárias (bs1 e bs2) ligadas em oposição de fase e um núcleo de ferro-docedisposto simetricamente com relação às bobinas. • Quando o sistema está em repouso, as tensões induzidas em bs1 e bs2 são idênticas, sendo a resultante V2 igual a zero. • Quando há pressão aplicada, ocorre o deslocamento do núcleo, provocando tensões diferentes em bs1 e bs2 e, logo, V2 será diferente de zero. SENSORES DE PRESSÃO CAPACITIVOS • Os sensores capacitivos eliminam totalmente os sistemas de alavancas na transferência da força, e deslocamento, entre o processo e o sensor. • Este sensor mede a partir da deformação efetuada pela pressão do processo que se deseja medir em uma das placas do elemento capacitivo (diafragma - eletrodo móvel do capacitor). Tal deformação altera o valor da capacitância total que é medida por um circuito eletrônico. O eletrodo fixo, geralmente, se constitui de um metal sobre um substrato cerâmico ou vidro. • Os sensores de pressão capacitivos são utilizados em uma faixa extensa de pressão, de 3 a 107 Pa. 36 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG SENSORES DE PRESSÃO CAPACITIVOS • Transdutor de pressão diferencial capacitivo utilizando um diafragma de pressão diferencial, diafragma de isolação e um capacitor de placa móvel. • O sensor é formado pelos seguintes componentes : • Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido • Dielétrico formado pelo óleo de enchimento (silicone ou fluorube) • Armadura móvel (Diafragma sensor) 37 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG SENSORES DE PRESSÃO CAPACITIVOS • Funcionamento da célula capacitiva... 38 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 1 2 SENSORES DE PRESSÃO CAPACITIVOS • Transdutor de pressão diferencial Capacitivo 39 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Uma diferença de pressão entre as câmaras de alta (High) e de baixa (Low) produz uma força no diafragma isolador que é transmitida pelo líquido de enchimento. Sinal de saida : 4-20 mAdc a dois fios com comunicação digital sobreposta(protocolo HART). Alimentação: 12 a 45 Vdc. Câmara de pressão Diafragma isolador SENSORES DE PRESSÃO PIEZOELÉTRICOS • Os sensores de pressão piezoelétricos são robustos e possuem resposta rápida para uma larga faixa de medição de pressão. • Os elementos piezelétricos são cristais, como o quartzo e titanato de bário, que acumulam cargas elétricas em certas áreas da estrutura cristalina, quando sofrem uma deformação física por ação de uma pressão. Sua resposta é linear com a variação de pressão. • A carga devida à alteração da forma é gerada sem energia auxiliar, uma vez que o quartzo é um elemento transmissor ativo. Esta carga é conectada à entrada de um amplificador, sendo indicada ou convertida em um sinal de saída, para tratamento posterior. 40 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Cápsula de Impacto Pino pré- carregado Amplificador Envoltória Cristal de Quartzo Eletrodo coletor de carga Perfuração de Montagem Força SENSORES DE PRESSÃO PIEZOELÉTRICOS • Vantagens: • São muito robustos e menores em relação aos demais medidores de pressão; • São os medidores de pressão mais rápidos do mercado, ainda que lineares. Por esse motivo, são muito recomendados para caracterizações dinâmicas de pressões. Podem chegar a operar em bandas de até 1MHz de variação de pressão. 41 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG http://www.pcb.com/ • Desvantagens: • Sensíveis a variações de temperatura; • Pode apresentar derivas, próximo ao ponto de zero pressão; • Não recomendados para locais com fortes vibrações e choques mecânicos, pois podem variar a impedância de saída do transdutor. • Devido à elevada impedância de saída, o condicionamento de sinal necessita de amplificador de carga, além da unidade de tratamento e transmissão. SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS • Os sensores de pressão piezoresistivos têm a propriedade de variar a resistência elétrica quando submetidos a uma força e consequente deformação. • Os extensômetros de resistência elétrica (strain gauges) são elementos sensores piezoresistivos muito utilizados para medir pressão e se encontram, geralmente, associados a um diafragma de área determinada. • Outro tipo de elemento sensor piezoresistivo muito utilizado para medir pressão é conhecido como resistor sensor de força (FSR – force sensitive resistor). • Apesar do nome força, ele é dependente da área de aplicação da força, logo, é muito útil na medição de pressão 42 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Sensor piezoresistivo integrado em sílicio Sensor piezoresistivo de estado sólido para autoclaves hospitalares Sensor piezoresistivo 0 – 50 kPa -> 0 50 mV Motorola MPX2050DP ALGUNS CONCEITOS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 43 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Lo Lo + Lo P Força de tração Área sem carga So Área S =So + So Tipos de fratura por tração (a) Frágil (quebradiço) (b) Dúctil (deformável) (c) Completamente dúctil Ductilidade representa o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura. Materiais que suportam pouca ou nenhuma deformação no ensaio de tração são considerados materiais frágeis. Uma peça submetida a uma força de tração ou compressão deforma-se variando Comprimento, [Lo] e Área, [So]. |F| x F=kx Lei de Hooke Amostra usada em testes de deformação (ductibilidade). Tensão Normal (Tração-Compressão): Deformação (Strain): ][ ][ ][ 2mS NP Pa 0 0 L L STRAIN GAUGE OU EXTENSÔMETRO DE RESISTÊNCIA METÁLICO • Resistência Elétrica: 44 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG R ->Resistência -> Resistividade Comprimento L Área A Resistência é insensível às forças laterais de tração e compressão. Resistência aumenta com a tração Resistência diminui com a compressão A L R Tração: comprimento aumenta resistência aumenta Compressão: Comprimento diminui, Resistência diminui. Serpentina maximiza o comprimento num espaço menor SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS • Existem dois tipos de sensores de pressão piezoresistivos que utilizam extensômetros de resistência elétrica. • Extensômetros de resistência elétrica metálicos (strain gauge): pequenos elementos resistivos adesivos que podem ser fixados em vigas, barras cilíndricas, etc. 45 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG GF varia em torno de 2 APLICAÇÃO DE STRAIN GAUGE NA CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS • Determinação de curva de Tensão [] x Deformação []: 46 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Strain-gauge Strain-gauge Construção de uma célula de carga Máquina para teste de materiais Alongamento plástico uniforme Gargalo ("Necking") Deformação (Strain) D E A B C Região Elástica Tensão (Stress) A. Limite deformação elástica: S = E B. Limite deformação Plástica C. Deformação plástica de teste D. Tensão máxima de deformação E. Tensão de Ruptura Procure por: ADMET Universal Testing Systems CÉLULAS DE CARGA COM STRAIN-GAUGE 47 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG R+r R+r R-r R-r Fio mais grosso e mais curto Fio mais fino e mais comprido Célula de carga é um transdutor que converte força em sinal elétrico. Sensor Cavity Stress Relief mount Cristal Alternate inlet Measure for absolute or diffential pressure Single port (backward gauge) SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS SEMICONDUTORES (MEMS) • Extensômetros (strain gauge) de resistência elétrica semicondutores: construídos diretamente em uma pastilha de silício, contendo um diafragma associado com os extensômetros. 48 Profs. Carmela Maria PolitoBraga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG • A tecnologia utilizada é a mesma dos circuitos integrados (CI’s). • Desta forma, é possível construir sensores menores e mais uniformes com características muito bem definidas e repetitivas. • O dispositivo ao lado apresenta um sensor de pressão piezoresistivo, sendo um tipo de sistema conhecido como MEMS (Micro Electro Mechanical Systems - dispositivos sensores fabricados diretamente em pastilhas semicondutoras). • Sinais muito pequenos (V e mV) e sensíveis a variação de temperatura. SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS SEMICONDUTORES • Sensores adquiridos para o Laboratório de Instrumentação Industrial do DELT/EE-UFMG: MPX2050DP, Motorola/Freescale, entrada 0 a 50 kPa e saída em tensão 0 a 50 mV (transdutor). 49 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS SEMICONDUTORES • Os sensores de pressão piezoresistivo semicondutores são tipicamente aplicados em: • microfones; • instrumentação biomédica (pressão sanguínea); • sensores de vácuo; • aplicações automotivas (potência e aceleração). • medição de nível. 50 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG v VO V1 V2 GND Vcc R + ΔR R + ΔR R – ΔR R – ΔR R4 R2 R1 R3 Tensão Mecânica Substrato de Silício Membrana diafragma Strain Gauge Sensor de nível piezoresistivo (converte a pressão aplicada pela coluna de fluido em sinal elétrico) SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS SEMICONDUTORES • O FSR (Force sensitive resistor ou Resistor sensor de força) consiste em um polímero que exibe uma diminuição da resistência elétrica com o aumento da força na superfície ativa do sensor (é um MEMS). • Quando uma força externa é aplica ao sensor, o elemento resistor é deformado contra o substrato. O ar é expelido e o material condutivo entra em contato com a área ativa. Quanto maior a área ativa (maior pressão) menor será a resistência do FSR (P=F/A). 51 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG SUBSTRATO FLEXÍVEL COM MATERIAL SEMICONDUTOR ÁREA ATIVA SUBSTRATO ESPAÇADOR COM VENTILAÇÃO (AR) ÁREA ATIVA SUBSTRATO FLEXÍVEL SUBSTRATO FLEXÍVEL COM ELETRODOS IMPRESSOS CONEXÃ0 FLEXÍVEL SENSORES DE PRESSÃO PIEZORESISTIVOS SEMICONDUTORES • O FSR é não linear, de precisão muito baixa. • Chegam a apresentar erros de 25%. • Todavia, sua aplicação se torna interessante quando se utilizam vários FSRs de menor área espalhados. • Tem baixo custo e é fácil de usar. 52 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG http://www.ladyada.net/learn/sensors/fsr.html Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 53 MEDIÇÃO DE PRESSÃO: GENERALIZAÇÃO 5 30 100 500 1000 4000 104 105 106 1 1 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 m m H g Vácuo Absoluto 0,06 0,3 1 2 6 30 60 250 6x102 6x103 6x104 k g f/ c m 2 a b s o lu to C é lu la E x te n s ô m é tr ic a S e m ic o n d u to r a C é lu la E x te n s ô m é tr ic a d e D ia fr a g m a P ie z o e lé tr ic o T u b o d e B o u r d o n C e H e li c o id a l T u b o d e B o u r d o n E s p ir a l F o le C á p s u la D ia fr a g m a T e r m o p a r P ir a n i B im e ta l F il a m e n to Q u e n te C a to d o F r io p s i a b s o lu to 15 Pressão Atmosférica BIBLIOGRAFIA • BEGA, E. A. et. Al. Instrumentação Industrial. Rio de Janeiro: Interciência/IBP, 2006. • CREUS, A. S. Instrumentación Industrial. 6ª. Edição Marcombo S.A., Barcelona, Espanha, 1997. • RIBEIRO, M. A. Instrumentação. 9ª. Edição. Tek Treinamento & Consultoria Ltda, Salvador, BA, 2002. • BALBINOT, A.; BUSSAMARELO, V. J. Instrumentação e Fundamentos de Medidas. Vol 2, 1ª. Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2010. • BATTIKHA, N. E. The Condensed Handbook of Measurement and Control, 2º. Edition, ISA, 2004. • DOEBELIN, E. O. Measurement Systems – Application and Design, 4ª. Edição. Editora McGraw-Hill, USA, 1990. • http://www.wika.com.br products_LP_PM_manometros_mecanicos_pt_br.WIKA • http://www.automacaoindustrial.com/instrumentacao/pressao/tipos%20de%20sens ores.php • http://www.labmetro.ufsc.br/Disciplinas/EMC5236/Pressao_TEXTO.pdf • http://www.ladyada.net/learn/sensors/fsr.html • http://metrolog.net/transdutores/pressure/m50.php?lang=ptbr • http://catalogohospitalar.com.br/transmissor-de-pressao-txp.html 54 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG http://www.wika.com.br/products_LP_PM_manometros_mecanicos_pt_br.WIKA http://www.automacaoindustrial.com/instrumentacao/pressao/tipos de sensores.php http://www.labmetro.ufsc.br/Disciplinas/EMC5236/Pressao_TEXTO.pdf http://www.ladyada.net/learn/sensors/fsr.html http://metrolog.net/transdutores/pressure/m50.php?lang=ptbr http://catalogohospitalar.com.br/transmissor-de-pressao-txp.html
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