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A Psicanálise

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UNIVERSIDADE GUARULHOS - UnG PSICOLOGIA
Eva Pereira de Miranda - RA 28289121
Leda da Gama Ferraz de Albuquerque- RA 28287908 Lígia de Almeida Freire Iyama - RA 28290041
Luiz Francisco Albano - RA 28290247
A PSICANÁLISE
Guarulhos 2020
UNIVERSIDADE GUARULHOS - UnG PSICOLOGIA
Eva Pereira de Miranda - RA 28289121
Leda da Gama Ferraz de Albuquerque- RA 28287908 Lígia de Almeida Freire Iyama - RA 28290041
Luiz Francisco Albano - RA 28290247
A PSICANÁLISE
Trabalho apresentado na disciplina de Teoria e Sistemas do curso de graduação em Psicologia na UnG Univeritas, como requisito para obtenção avaliativa da AV2.
Orientadora: Prof. Alessandra Cassia Ribeiro Chrisostomo.
Guarulhos 2020
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
BIOGRAFIA DE SIGMOND FREUD	5
O INCONSCIENTE	7
A PRIMEIRA E A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO	8
OS MECANISMOS DE DEFESA	9
FASES DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL	10
COMPLEXO DE ÉDIPO	12
CONCLUSÃO	15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir trata-se de um resumo sobre a psicanálise, onde Sigmund Freud apresenta sua teoria sobre a divisão psíquico do consciente e do inconsciente.
Trata da ideia da teoria do primeiro e segundo aparelho psíquico, sobre mecanismos de defesa e seus processos realizados, sobre as fases do desenvolvimento sexual e o Complexo de Édipo.
BIOGRAFIA DE SIGMOND FREUD
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista e importante psicólogo austríaco. Foi considerado o pai da psicanálise, que influiu consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea.
Sigmund Schlomo Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos.
Aos quatro anos de idade, sua família muda-se para Viena, onde os judeus tinham melhor aceitação social e melhores perspectivas econômicas.
FORMAÇÃO
Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório fisiológico dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke.
Durante alguns anos, Freud trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome.
Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia. Chamado de “método catártico” constituiu o ponto de partida da psicanálise.
A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz (Freud).
Figura 1 – O psicólogo Sigmund Freud
Fonte: Getty Images
Em 1885, Freud obteve o mestrado em neuropatologia. Nesse mesmo ano ganhou uma bolsa para um período de especialização em Paris, com o neurologista francês J. M. Charcot.
De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer. Publicou, junto com Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895), que marcou o início de suas investigações psicanalíticas.
Em 1897, Freud passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis causadores das neuroses e começou a delinear a teoria do “Complexo de Édipo”, segundo o qual seria parte da estrutura mental dos homens o amor físico pela mãe.
PAI DA PSICANÁLISE
Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá-lo em sua essência.
O primeiro sinal de aceitação da Psicanálise no meio acadêmico surgiu em 1909, quando foi convidado a dar conferências nos EUA, na Clark University, em Worcester.
DOENÇA E MORTE
Em 1938, quando os nazistas tomaram Viena, Freud, de origem judia, teve seus bens confiscados e sua biblioteca queimada. Foi obrigado a se refugiar em Londres, após um pagamento de resgate, onde passou os últimos dias de sua vida. Sigmund Freud morreu em Londres, Inglaterra, no dia 23 de setembro de 1939.
O INCONSCIENTE
Aprendemos com a psicanálise que a essência do processo de repressão não está em pôr fim, em destruir a ideia que representa um instinto, mas em evitar que se torne consciente.
Quando isso ocorre, dizemos que a ideia se encontra num estado “inconsciente”; tudo que é reprimido deve permanecer inconsciente. Logo de início, declaremos que o reprimido não abrange tudo que é inconsciente.
O alcance do inconsciente é mais amplo. Certamente, só o conhecemos como algo consciente, depois que ele sofreu transformação ou tradução para algo consciente. O trabalho psicanalítico nos mostra que esse tipo de tradução é possível transformar o material em questão em algo reprimido, rejeitando-o do consciente.
A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente constitui a premissa fundamental da psicanálise. A psicanálise não pode situar a essência do psíquico na consciência, mas é obrigada a encarar essa como uma qualidade do psíquico, que se pode achar presente em acréscimo a outras qualidades, ou estar ausente.
Mas chegamos ao termo ou conceito de inconsciente fomos obrigados a presumir que existem ideias ou processos mentais muito poderosos que podem
produzir na vida mental todos os efeitos que as ideias comuns produzem, embora eles próprios não se tornem conscientes.
A teoria psicanalítica intervém que a razão pela qual tais ideias não podem tornar-se conscientes é que certa força se lhes opõe. O fato de se ter encontrado, na técnica da psicanálise, um meio pelo qual a força opositora pode ser removida e as ideias em questão tornadas conscientes. O estado em que as ideias existiam antes de se tornarem conscientes é chamado por nós de repressão, assim, nosso conceito de inconsciente com base na teoria da repressão.
O reprimido é, para nós, o protótipo do inconsciente. Temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tornar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz de tornar-se consciente.
A PRIMEIRA E A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO
Freud introduziu a ideia de que o aparelho mental é composto de diferentes áreas da mente. Em 1900, ele apresentou a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento psíquicos. Sua teoria refere-se a três sistemas psíquicos: inconsciente, pré-consciente e consciente.
O inconsciente é o “conjunto dos conteúdos que não estão presentes no campo atual da consciência”. Possui conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sintomas pré-conscientes/consciente, pela ação de censuras internas. Assim, o inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. É atemporal, não existem noção de passado e presente.
O pré-consciente é o sistema onde estão os conteúdos acessíveis à consciência. Não estão na consciência, mas podem vir a estar.
Já o consciente refere-se ao sistema que recebe as informações do mundo exterior e as do mundo interior; destacam-se a percepção do mundo exterior, a atenção e o raciocínio.
A Teoria do Aparelho Psíquico foi remodelada por Freud entre 1920 e 1923. Nesta segunda teoria foram introduzidos os conceitos de Id, Ego e Superego, referentes aos três sistemas da personalidade.
No Id localizam-se as pulsões: a de vida(eros) e a de morte(tânatos), que são governados pelo prazer. Na primeira teoria chamou-se de inconsciente e, na segunda teoria, chamou-se de Id.
Ego é o “equilíbrio entre as exigências da realidade e as ordens do superego”, governado pelo princípio da realidade. É um regulador que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação. Suas funções básicas são a percepção, memória, sentimentos e pensamentos.
Superego está relacionado com a moral e os ideais. Seu conteúdo são as exigências sociais e culturais. Para compreendê-lomelhor pode-se pensar na ideia de sentimento de culpa. Nesse estado a pessoa sente-se culpada pelo que fez ou não fez, e que o ego considera boa ou má. Sentimento de culpa pode ser autorrecriminação como castigos e sofrimentos infligidos a si mesmo, autodepreciação, e, em certos casos, leva o indivíduo a tirar a própria vida.
OS MECANISMOS DE DEFESA
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, mecanismos de defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes. Isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência indesejáveis. Estes mecanismos são:
a) Recalque: o indivíduo “não vê” e “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade este aspecto que não é percebido pelo indivíduo faz parte de um todo. O recalque, ao suprimir a percepção do que está acontecendo, é o mais radical dos mecanismos de defesa.
b) Formação reativa: O ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. Aquilo que aparece (a atitude) visa esconder do próprio indivíduo suas verdadeiras motivações (o desejo), para preservá-lo de uma descoberta acerca de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa.
c) Racionalização: O indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência.
Além destes mecanismos de defesa do ego, existem outros, como denegação, identificação, isolamento, anulação retroativa, inversão e retorno sobre si mesmo. O uso destes mecanismos não é, em si, patológico, contudo, distorce a realidade só o seu desvendamento pode nos fazer superar essa falsa consciência.
FASES DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL
As características da vida sexual infantil são: autoerótica (seu objeto encontra-se no próprio corpo), e as pulsões parciais, que são desvinculadas e independentes entre si em seus esforços pela obtenção de prazer.
O desfecho se dá na vida sexual normal do adulto, onde este obtém prazer a serviço da função reprodutora e as pulsões parciais dão prioridade a uma única zona erógena. Formam uma organização sólida para a consecução do alvo sexual num objeto alheio.
ORGANIZAÇÕES PRÉ-GENITAIS
Existem etapas na organização das pulsões parciais, que são fases atravessadas sem dificuldades. São elas:
a) Pré-genitais: são organizações da vida sexual em que as zonas genitais ainda não assumiram seu papel dominante. Duas delas dão a impressão de constituir recaídas em estados anteriores da vida animal.
A primeira é a oral ou canibalesca, onde a atividade sexual não se separou da nutrição. O alvo sexual consiste na incorporação do objeto, que, mais tarde, irá desempenhar sob a forma da identificação.
Como resíduo dessa fase tem-se o chuchar (mamar ao seio), no qual a atividade sexual, desligada da atividade de alimentação, renunciou ao objeto alheio em troca de um objeto situado no próprio corpo.
A segunda é a da organização sádico-anal. Diz-se do segundo estágio do desenvolvimento dos impulsos instintivos da criança, durante o segundo e o terceiro anos de vida, que se caracteriza pela transformação das vias de excreção em zonas erógenas.
Nessa fase o órgão do alvo sexual é a mucosa erógena do intestino. É nessa fase que se demostra a polaridade sexual e o objeto alheio, faltando ainda a organização e a subordinação à função reprodutora. Ainda não se pode chamar de masculino e feminino, e sim ativo e passivo.
b) Ambivalência: dois componentes ou valores de sentidos opostos ou não. É a forma de organização sexual que pode permanecer por toda a vida e atrair para si grande parcela da atividade sexual.
O domínio sobre o prazer e o papel da cloaca desempenhado pela zona anal conferem-lhe um cunho arcaico. É próprio dessa fase que os pares opostos de pulsões estejam desenvolvidos de maneira aproximadamente igual pela ambivalência introduzida por Bleuler.
Para completar o quadro da vida sexual infantil, já na infância se efetua uma escolha objetal, como a que mostramos ser característica da fase de desenvolvimento da puberdade; o conjunto das aspirações sexuais orienta-se para uma única pessoa. Assim, na infância, essa ,é a maior aproximação possível da forma definitiva assumida pela vida sexual depois da puberdade.
OS DOIS TEMPOS DA ESCOLHA OBJETAL
A escolha de objeto se efetua em dois tempos:
1. A primeira começa entre 2 anos, e aos 5 anos retrocede ou é detida pelo período de latência. Carecteriza-se pela natureza infantil de seus alvos sexuais.
2. A segunda dá-se com a puberdade e determina a configuração definitiva da vida sexual. Os resultados da escolha objetal infantil prolongam-se
pelas épocas posteriores, ou se conservam como tal ou passam por uma renovação na época da puberdade, mas mostram-se inutilizáveis devido ao recalcamento que se desenvolve entre as duas fases.
Agora, os alvos sexuais amenizados, representam a corrente de ternura da vida sexual. A escolha de objeto da época da puberdade tem de renunciar os objetos infantis e recomeçar como uma corrente sexual. A	não	confluência	dessas	duas	correntes	tem	como consequência, a impossibilidade de se alcançar um dos ideais da vida
sexual, a conjugação de todos os desejos num único objeto.
O COMPLEXO DE ÉDIPO
O Complexo de Édipo é um dos conceitos fundamentais de Freud, na Psicanálise. Este conceito refere-se a uma fase no desenvolvimento infantil em que existe uma “disputa” entre a criança e o progenitor do mesmo sexo pelo amor do progenitor do sexo oposto. Complexo de Édipo foi introduzido por Freud na Psicanálise.
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO
O complexo de Édipo revela sua importância como o fenômeno central do período sexual da primeira infância. Após isso, se efetua sua dissolução e ele sucumbe à regressão. As análises parecem demonstrar que é a experiência de desapontamentos penosos.
A menina gosta de considerar-se como aquilo que seu pai ama acima de tudo o mais, porém chega à ocasião em que tem de sofrer parte dele uma dura punição e é atirada para fora de seu paraíso ingênuo.
O menino encara a mãe como sua propriedade; outra visão que o Complexo de Édipo deve ruir, porque chegou a hora para sua desintegração, tal como os dentes de leite caem quando os permanentes começam a crescer.
Embora a maioria dos seres humanos passe pelo Complexo de Édipo como uma experiência individual, ele constitui um fenômeno que é determinado e
estabelecido pela hereditariedade e que está fadado a findar de acordo com o programa instalar-se a fase seguinte preordenada de desenvolvimento. Esse programa inato é executado e de que maneira nocividades acidentais exploram sua disposição.
Ultimamente nos tornamos mais claramente cônscios que antes, de que o desenvolvimento sexual de uma criança avança até determinada fase, na qual o órgão genital já assumiu o papel principal.
Esse órgão genital é apenas o masculino. O genital feminino permaneceu irrevelado essa fase fálica, que é contemporânea do Complexo de Édipo. Não se desenvolve além, até a organização genital definitiva, mas é submersa, e sucedida pelo período de latência.
Quando o interesse da criança do sexo masculino se volta para os seus órgãos genitais, ela revela o fato manipulando-os frequentemente, e então descobre que os adultos não aprovam esse comportamento. Geralmente é de mulheres que emana a ameaça, pois elas buscam reforçar sua autoridade por uma referência ao pai ou ao médico.
Elas próprias mitigam a ameaça de maneira simbólica, dizendo à criança que não é o seu órgão genital que na realidade desempenha um papel passivo e que deve ser removido, mas sim sua mão, que é o culpado ativo. Essa ameaça de castração é o que ocasiona a destruição da organização genital fálica da criança; não de imediato, é verdade, mas o menino não acredita na ameaça ou não a obedece absolutamente.
A psicanálise recentemente ligou importância a duas experiências por que todas as crianças passam e que, segundo se presume, as preparam para a perdade partes altamente valorizadas do corpo. Não existe, porém, prova que demonstre que, ao efetuar-se a ameaça de castração, essas experiências tenham qualquer efeito.
Não devemos desprezar o fato de que, nessa época, a masturbação de modo algum representa a totalidade de sua vida sexual. Como pode ser claramente demonstrado, ela está na atitude edipiana para com os pais, pois sua masturbação constitui apenas uma descarga genital da excitação sexual pertinente ao complexo.
O complexo de Édipo ofereceu à criança duas possibilidades: ela poderia colocar-se no lugar de seu pai, à maneira masculina, e ter relações com a mãe; ou poderia querer assumir o lugar da mãe e ser amada pelo pai.
Fonte: Pacha Urbano
As catexias de objeto são abandonadas e substituídas por identificações. A autoridade do pai ou dos pais é introjetada no ego e forma o núcleo do superego, que assume a severidade do pai e perpetua a proibição deste contra o incesto, defendendo assim o ego do retorno da catexia libidinal.
As tendências libidinais pertencentes ao complexo de Édipo são em parte dessexualizadas e sublimadas - coisa que, provavelmente, acontece com toda transformação em uma identificação -, e em parte são inibidas em seu objetivo e transformadas em impulsos de afeição.
Todo o processo, por um lado, preservou o órgão genital - afastou o perigo de sua perda -, e, por outro, paralisou-o, removendo sua função. Esse processo introduz o período de latência, que agora interrompe o desenvolvimento sexual da criança.
A observação analítica capacita-nos a identificar ou adivinhar essas vinculações entre a organização fálica, o Complexo de Édipo, a ameaça de castração, a formação do superego e o período de latência. Essas vinculações justificam a afirmação de que a destruição do Complexo de Édipo é ocasionada pela ameaça de castração.
Também o sexo feminino desenvolve um Complexo de Édipo, um superego e um período de latência, mas essas coisas não podem ser as mesmas como são nos meninos.
A distinção morfológica está fadada a encontrar expressão em diferenças de desenvolvimento psíquico; o clitóris na menina inicialmente comporta-se exatamente como um pênis. Uma criança do sexo feminino, contudo, não entende sua falta de pênis como sendo um caráter sexual. O Complexo de Édipo da menina é muito mais simples que o do pequeno portador do pênis.
Figura 2 – Tirinha
14
Deve-se admitir, contudo, que nossa compreensão interna (insight) desses processos de desenvolvimento em meninas em geral é insatisfatório, incompleto e vago.
CONCLUSÃO
O presente trabalho tentou informar a importância concedida aos desenvolvimentos da psicanálise através de Sigmund Freud, e, assistindo o filme "Freud, Além da Alma" (1962), podemos ter uma ampla percepção de toda sua trajetória como pai da psicanálise.
O filme conta a história da sua teoria onde procurar explicar com prescrição psíquica, onde ele acredita na existência do inconsciente, mostra como começou tratar pessoas com histeria, que naquele tempo tratava-se de pessoas que fingiam estar doente.
Freud, obviamente, não aceitava esse tipo de pensamento e começou a estudar histeria usando o método da hipnose. Depois de vários estudos e com o apoio de Breuer, Freud conclui que a hipnose não é suficiente para curar seus pacientes, pois eles continuavam com os mesmos sintomas após entender os motivos que levaram aquelas patologias.
Juntos, Freud e Breuer concluíram que histeria é causada por traumas que ficam guardadas no inconsciente gerando consequências físicas. Todo o conteúdo do filme é de autoconhecimento amplo sobre a psicanálise.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARD, Jolibert. Sigmund Freud. 1. ed. Recife: Editora Massangana, 2010. 120 p.
BOCK, Ana Mercês Bahia; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T.; FURTADO, Odair. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. 15. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2018. 464 p.
EBIOGRAFIA. “Sigmund Freud”. In: eBiografia. Disponível em:
<www.ebiografia.com/sigmund_freud>. Acesso em: 26/05/2020.
MARTINS, Pedro. “Complexo de Édipo – Uma introdução”. In: Dr. Pedro Martins. Disponível em: <www.clinico-psicologo.com/edipo>. Acesso em: 26/05/2020.
FREUD, Além da Alma. Direção de John Huston. Estados Unidos: Versátil, 1962. 1 DVD (140 min.).

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