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Cinomose e Parvovirose

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CINOMOSE
Agente
 família Paramyxoviridae,
 gênero: Morbillivirus
 filamento único de RNA envolto em um nucleocapsídio 
de simetria helicoidal e circundado por envelope de 
lipoproteína derivada da membrana celular
Hemaglutinina (H): 
molécula de ligação ao 
receptores celulares
Proteína de fusão (F): 
penetração do vírus na 
célula
http://facamaisinvestimentos.com.br/seta-7/
http://facamaisinvestimentos.com.br/seta-7/
Agente
Agente – diferenças entre cepas circulantes
1. Genética e antigênica
2. Patogenicidade
3. Infecção de diferentes tecidos e células
1. Epiteliais;
2. Mesenquimais;
3. Neuroendócrinas;
4. Hematopoiéticos.
hiperqueratose
http://microbiologiacaoegato.blogspot.com/2017/05/cinomose.html
Resistência
 suscetível à luz ultravioleta;
 sensível ao calor e ao ressecamento;
 em climas quentes não persiste em canis após a retirada dos 
cães infectados;
 viabilidade maior em temperaturas frias;
Resistência
Por ser um vírus com envelope é suscetível:
 solução diluída de formol (menos de 0,5%);
 fenol (a 0,75%);
 desinfetantes à base de amônio quaternário (a 0,3%).
Carnívoros terrestres suscetíveis à cinomose
Ordem Descrição
Ailuridae Panda-pequeno
Canidae Coiote, dingo, guaxinim, cão, lobo, raposa
Mustelidae Furão, marta, visão, lontra, carcaju, texugo
Mephitidae Gambá
Procyonide Quati, jupará (macaco-da-meia-noite), mão-pelada
Ursidae Urso, panda-gigante
Viverridae Binturong (Arctictis binturong), fossa (Cryptoprocta
ferox, carnívoro de Madagascar), linsang, gato-de-
algália
Herpestidae Mangusto, suricato
Felidae (grandes espécies) Guepardo, leão, onça, gato-do-mato (maracajá), 
jaguatirica
https://www.infoescola.com/animais/coiote/
https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/guaxinim/482321
http://canaldopet.ig.com.br/cuidados/2017-11-03/furao-como-cuidar.html
https://timblindim.wordpress.com/mamiferos/quatis/
http://www.portugalnummapa.com/urso-pardo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suricata_suricatta
http://www.significadodossonhos.inf.br/significado-de-sonhar-com-leao/
http://temqueserassim.comunidades.net/tudo-sobre-o-gato-do-mato
http://www.margayandbinturong.com/binturong/
Epidemiologia
A apresentação clínica 
depende:
 Idade
 Virulência
 Tropismo 
 Cepa infectante
Cães abandonados em Paulínia e que foram resgatados pela ONG 
Amor de Bicho
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2015/01/ig_paulista/234541-cinomose-fatal-para-os-animais-pode-ser-prevenida-com-simples-vacina.html
Epidemiologia
Ocorrência de 50% das 
infecções inaparentes
http://canaldopet.ig.com.br/cuidados/saude/2016-07-21/cinomose.html
Tonsilas e nódulos linfáticos bronquiais
Tb timo, baço, medula óssea, linfonodos retro faríngeos
Multiplicação em sistema linfático, lâmina própria 
intestinal, fígado
Vírus pode entrar SNCDisseminação do vírus por todos 
os tecidos e SNC
Quadro 
multissistêmico
grave
Quadro 
moderado a 
inaparente
Infecção 
inaparente
Cadelas prenhes infectadas estão aptas a transmitir o vírus 
por via transplacentária, gerando abortos, fetos natimortos 
ou o nascimento de filhotes fracos e imunossuprimidos.
Manifestações clínicas
http://lbb.com.br/noticias/cuidado-com-a-cinomose/
http://www.gazetadacidade.com/colunistas/25938/
http://smartfamilypets.com/dealing-canine-distemper-virus-in-dogs/
http://www.pet-informed-veterinary-advice-online.com/canine-distemper.html
https://abost.ru/simptomy-i-lechenie-chumki-u-sobak/
http://dicasboaspracachorro.com.br/cinomose-canina-o-que-e-como-ocorre-sinais-clinicos-e-prevencao
Manifestações
 Febre
 Anorexia
 Depressão
 Leucopenia
 Sinais cutâneos
 Impetigo
 Hiperqueratose nasal e em 
coxins
 Infecções neonatais (perda 
de esmalte dentário)
 Sinais digestórios catarrais
consistência e 
coloração da fezes
 Quadro respiratório, que 
pode se complicar
http://dicasboaspracachorro.com.br/cinomose-canina-o-que-e-como-ocorre-sinais-clinicos-e-prevencao
Manifestações
 Neurológico
 Meninges: rigidez nucal e 
hiperestsia
 Cerebelo e lóbulo 
temporal: diminuição 
sensorial, mioclonia e 
convulsão
 Medula espinhal: paresia 
mioclonia, propriocepção 
anormal
1280×720As imagens 
https://www.youtube.com/watch?v=IPWjeIo2EI8
Corpúsculo de Lentz
Diagnóstico – pesquisa de antígeno
 Pesquisa de antígeno
 Vias de eliminação: sangue, urina, fezes,
secreções nasais, secreção conjuntiva
 Muitos cães irão eliminar o vírus por semanas após a
recuperação e alguns podem eliminar por até 4 meses.
Amostra
Sangue EDTA Swab conjuntival Urina
Diagnóstico – pesquisa de antígeno
 Imunocromatografia:
 sangue - (S = 89,7% e E = 94,6%)
 nasal - (S = 85.7% e E = 100%)
Diagnóstico – pesquisa de antígeno
RT-PCR (reverse transcription polymerase chain 
reaction)
pode detectar o material genético viral dependendo da
localização do vírus.
Amostra
Sangue EDTA Swab conjuntival Urina
PCR
RT-PCR (reverse transcription polymerase chain 
reaction) - Valor diagnóstico: 
 Um resultado negativo não exclui a cinomose, especialmente 
em amostras tardias;
 Falsos positivos são possíveis dentro de 1 a 4 semanas após a 
vacinação.
Tratamento
 Antibiótico (infecções bacterianas secundárias)
 Fluidoterapia
 Complexo vitamínico B (adequada regulação e 
metabolismo de neurotransmissores)
 Vitamina A (proteção e regeneração de epitélios)
 Antiinflamatórios e anticonvulsivantes
 Soro hiperimune
 Ribavirina (inibidor da replicação de RNA) – 30mg/kg VO 
– 15 dias
Tratamento
Tabela 3.2 Tratamento medicamentoso da cinomose.
Fármacoa Doseb (mg/kg) Via Intervalo (horas) Duração (dias)
ANTIMICROBIANO
Amoxicilina 
clavulanato
20 VO,IV, SC 8 7
Doxiciclinac 5 a 10 VO, IV 12 7
Cloranfenicol 50 VO, SC 8 7
Florfenicol 25 a 50 SC, IM 8 3 a 5
Ceftriaxona 25 IM, IV, SC 24 3 a 5
Azitromicina 10 VO 24
Levofloxacino 10 VO, IV 24
Ciprofloxacino 10 VO, IV 12
ANTICONVULSIVANTE
Fenobarbital 10 a 20; em 
seguida 2 a 8
IV
VO
Uma vez
12
Até fazer efeito 
prn
ANTI-INFLAMATÓRIO
Dexametasona
Edema do SNC 1 a 2 IV 24 1
Neurite óptica 0,1 VO, IV, SC 24 3 a 5
https://jigsaw.vitalsource.com/books/978-85-277-2725-9/epub/OEBPS/Text/chapter003.html#ch3tab2-tn1
https://jigsaw.vitalsource.com/books/978-85-277-2725-9/epub/OEBPS/Text/chapter003.html#ch3tab2-tn2
https://jigsaw.vitalsource.com/books/978-85-277-2725-9/epub/OEBPS/Text/chapter003.html#ch3tab2-tn3
Profilaxia
 Vacinas com antígeno não vivo
As vacinas com vírus total da cinomose inativado não proporcionam 
imunidade suficiente para evitar a infecção após desafio por exposição
 Vacinas com vírus vivo modificado
A vacinação com vacinas contendo VVM proporciona forte proteção contra a 
infecção pelo vírus da cinomose.
 Monitoramento e duração da imunidadedo
anticorpo sérico
http://www.cachorroverde.com.br/cv/wp-content/uploads/2014/06/P1252482.jpg
PARVOVIROSE
Parvo (pqnos) vírus
 Vírus DNA de fita simples, 
 Não envelopado
 Simetria icosaédrica
Parvo (pqnos) vírus
 Excretados em grandes quantidades nas 
fezes (106 a 109 partículas/g de fezes).
 Requer células de rápida divisão celular 
para replicar-se
 Muitos tem atividade aglutinante
o Replica-se no núcleo, formando corpúsculos de inclusão intranucleares
Parvo (pqnos) vírus
 Portanto, estes vírus têm preferência por tecidos com intensa 
proliferação celular, ou seja, sistema linfático, medula óssea, intestino 
e tecidos fetais
Regiões do Intestino Delgado
www.britannica.com
http://www.britannica.com/EBchecked/media/107046/The-small-intestine-contains-many-distinct-types-of-cells-each
1) Replicação Tecidos linfóides da faringe
Placas de Peyer
Linfonodos mesentéricos
2) Viremia Tecidos em multiplicação ativa 
e contínua
Parvovirose canina
Fonte:http://cal.vet.upenn.edu/projects/pathterm2/shapes/ovoid.htm
Parvovírus
➢ Órgãoes afetados:
 Medula Óssea Imunossupressão
(leucopênia e trombocitopênia)
Timo e Baço
 Intestino
➢A destruição dos tecidos linfoidesda mucosa intestinal e a dos
linfonodos mesentéricos contribuem para a imunossupressão;
Parvovírus
➢ Proliferação de bactérias Gram negativas, com
invasão secundaria dos tecidos intestinais lesados.
➢ Pode ocorrer endotoxemia conduzindo ao 
choque endotóxico
Parvovírus canino
Maior susceptibilidade de algumas raças:
Rottweiler Doberman
Husky
Parvovírus
Resistência - Estáveis no ambiente
 Resistentes ao aquecimento, a solventes, a
desinfetantes e a variações de pH (3 a 9)
 Podem resistir por seis meses em condições
normais de temperatura e umidade, em ambientes
frios este período sobe para mais de um ano
 Sensível à formalina 1%, hipoclorito de sódio 5,25%
diluído em água em 1:30
Desinfecção
Parvovírus
❑DIAGNÓSTICO
▪ Laboratorial
▪ PCR
▪ Hemograma para detecção de leucopenia
▪ Exame histopatológico de porções afectadas de
intestino e de miocárdio
Small intestine, dog. paroviral antigen is present within crypts. Mucosa (M). 
Muscularis (m). Immunoperoxidase-DAB for canine parvovirus
Parvovírus
❑DIAGNÓSTICO
▪ Laboratorial –
Imunodiagnóstico: pesquisa de Ag ou Ac
Kits para parvovírus canino comercialmente disponíveis podem ser usados para
detecção de Ag do vírus da panleucopenia felina
Parvovírus
Controle – avaliação de risco
RISCO MUITO BAIXO
Cães adultos vacinados
BAIXO RISCO
Cães adultos e filhotes acima de 5 meses de idade, vacinados pelo menos 7 dias 
antes da exposição
RISCO MODERADO
Filhotes, menores de 5 meses de idade, vacinados
RISCO ALTÍSSIMO
ALTO RISCO
Cães adultos e filhotes não vacinados, ou vacinados a menos de 7 dias
Ninhadas de animais afetados
Parvovírus
Controle – avaliação de risco
RISCO MUITO BAIXO Adotar ou transferir, não colocar em 
quarentenaBAIXO RISCO
Transferir de preferência para um lar 
temporário
RISCO MODERADO
Quarentena por 14 dias, monitorar de 
perto
RISCO ALTÍSSIMO
ALTO RISCO
Separar em pares, quarentena por 14 
dias, monitorar de perto
Agente Sobrevivênci
a fora do 
hospedeiro
Eliminação do 
vírus
Transmissão Prevenção
Parvovirose canina 1 ano ou mais raramente 
persiste por >2 
semanas
Via fecal-oral Vacinação, isolamento dos 
animais doentes
Cinomose No ambiente, 
o vírus perde 
rapidamente a 
infectividade
De 60 a 120 dias 
pós infecção, 
inclusive no 
período de 
convalescência
Geralmente por aerossóis, 
transplacentária rara
Vacinação, isolamento dos 
animais doentes
Adenovírus canino 
- 2
vários dias a 
semanas 
secreções/excreç
ões 
contaminadas 
como a saliva e a 
urina
principalmente aerógena vacinação
Helmintos Depende da 
espécie
De acordo com 
a espécie
Via fecal-oral, indireta, 
transplacentária, transmamária
Boa higiene, vermifugação, 
identificação de infectados e 
tratamento específico
Transmissão e eliminação de vírus
Vacinação de cães
Vacinas 
recomendadas
Série de vacinas 
iniciais para 
filhotes
Série de vacinas 
iniciais para 
adultos
Comentários
Cinomose,
Hepatite (Adenovírus –
2),
Parainfluenza,
Parvovirus
A partir de 4 a 6 
semanas de idade. 
Repetir em intervalos 
de 2 a 4 semanas até 18 
-20 semanas de idade se 
o animal ainda estiver 
no estabelecimento.
Administrar uma dose 
antes ou imediatamente 
na admissão. Repetir em 
2 a 4 semanas se houver 
recursos.
Idealmente, os filhotes 
devem ser vacinados a 
partir de 6 semanas de 
idade. Face a um surto, a 
vacinação já às 4 
semanas de idade (para 
o CDV e/ou o CPV2) 
pode ser indicada. 
Vacinação de cães
Vacinas 
recomendadas
Série de vacinas 
iniciais para 
filhotes
Série de vacinas 
iniciais para 
adultos
Comentários
Raiva Deve ser administrada 
uma única dose quando 
o animal deixar o abrigo.
Deve ser administrada 
uma única dose quando 
o animal deixar o abrigo.

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