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Direito Administrativo Evolução Histórica do Direito Administrativo 1. Evolução histórica: Estado liberal de direito a) Inaugurado com a revolução francesa, influência na ciência jurídica: iluminismo e jus naturalismo, influência econômica – liberalismo de Adam Smith; Estado = papel negativo ou abstencionista (guarda noturno), potencial violador das garantias individuais. Evolução Histórica do Direito Administrativo b) Estado Social de Direito – reivindicações sociais pós revolução industrial, garantidor de direito sociais, positivismo, fenômeno da estatização. Estado = papel positivo ou promotor de justiça social, principal agente formulador de crescimento econômico. Evolução Histórica do Direito Administrativo c) Estado democrático de direito: acompanhou a redemocratização, resgate da dimensão valorativa do direito (pós positivismo) dignidade humana como fundamento do Estado Democrático. Estado = princípios democráticos às funções sociais do Estado. Natureza Jurídica do Direito Administrativo RAMO DO DIREITO PÚBLICO - Tem como objeto de estudo a relação do Estado com os cidadãos, numa perspectiva vertical e que pode ser impositiva (Ulphianus). Conceito de Direito Administrativo Ramo do direito público que trata de princípios e regras que disciplinam a função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público. Conceito de Direito Administrativo Celso Bandeira de Mello “o direito administrativo é o ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem”. Hely Lopes “o conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. Conceito de Direito Administrativo Maria Sylvia Zanella Di Pietro “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”. José dos Santos Carvalho Filho “o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir”. Conceito de Direito Administrativo Alexandre Mazza “Direito administrativo é o ramo do direito público que estuda princípios e normas reguladores do exercício da função administrativa”. Sentido Técnico da expressão Administração Pública a) Subjetivo: indica o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado (Administração Pública); b) Objetivo: indica a função administrativa ou de atividade desempenhada sob o regime de direito público para a consecução de interesses coletivos (administração pública). Fontes do Direito Administrativo a) Preceitos normativos do ordenamento jurídico - primária; b) Jurisprudência - secundária; c) Doutrina - secundária; d) Costumes - secundária. e) Exceção: Súmula Vinculante, apesar de ser criação jurisprudencial, é fonte sumária. Fontes do Direito Administrativo Porque a súmula vinculante é fonte primária? Por que a Corte Suprema pode, de acordo com o § 3º do art. 103-A da Constituição, regulamentado pela Lei nº. 11.417/06, por meio de reclamação, cassar decisão judicial ou anular ato administrativo que contrariar matéria sumulada. Características do Direito Administrativo a) Ramo recente do direito, nasceu no século XIX; b) O Direito Administrativo não foi Codificado; c) O Direito Administrativo não é largamente jurisprudencial. Princípios do DADM Princípio da legalidade Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência à lei. Encontramos muitas variantes dele expressas na nossa Constituição. Assim, o mais importante é o dito princípio genérico, que vale para todos. É encontrado no inciso II, do artigo 5º da CF/88, que diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Ou seja o popular, poderá fazer tudo que não seja proibido pela lei. No Direito Administrativo, esse princípio determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública está estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser feito. A diferença entre o princípio genérico e o específico do Direito Administrativo tem que ficar bem clara. Naquele, a pessoa pode fazer de tudo, exceto o que lei proíbe, nesse, a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza, estando engessada, na ausência de tal previsão. Princípios do DADM Princípio da Impessoalidade Qualquer agente público, seja ele eleito, concursado, indicado, etc., está ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. Outra vertente desse mesmo princípio é a que prevê que os atos não serão imputados a quem os pratica, mas sim à entidade à qual está vinculado. No caso de um Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRF), lavrar um Auto de Infração contra determinada pessoa jurídica pelo não pagamento de tributo devido, não é ele que estará exigindo o tributo, mas sim a Secretaria da Receita Federal (SRF), em face da lei que assim estipula. Observem também o que diz a Lei 9.784/99, em seu art. 2º, parágrafo único, inc. III, que determina que, nos processos administrativo, serão observados os critérios de objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades. Princípios do DADM Princípio da Moralidade Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse público. Tem que separara, além do bem do mal, legal do ilegal, justo do injusto, conveniente do inconveniente, também o honesto do desonesto. É a moral interna da instituição, que condiciona o exercício de qualquer dos poderes, mesmo o discricionário. Imagine que determinado prefeito, após ter sido derrotado no pleito municipal, às vésperas do encerramento do mandato, congela o Imposto Territorial Urbano, com a intenção de reduzir as receitas e inviabilizar a administração seguinte. Ainda que tenha agido conforme a lei, agiu com inobservância da moralidade administrativa. Princípios do DADM Princípio da Publicidade É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa questionar e controlar toda a atividade administrativa que, repito, deve representar o interesse público, por isso não se justificam de regra, o sigilo. Claro que em determinado casos pode ser relativizado esse princípio, quando o interesse público ou segurança o justificarem. A própria CF/88 prevê diversas exceções. Vejamos algumas, todas presentes no artigo 5º: “XIV- XXXIII - XXXIV e suas alineas - LX – LXXII – A publicidade surte os efeitos previstos somente se feita através de órgão oficial, que é o jornal, público ou não, que se destina à publicação dos atos estatais. Dessa forma, não basta a mera notícia veiculada na imprensa (STF, RE 71.652). Princípios do DADM Princípio da Eficiência Também revela dois aspectos distintos, um em relação à atuação do agente público, outro em relação à organização, estrutura, disciplina da Administração Pública. Os agentes públicos devem agir com rapidez, perfeição e rendimento. Importante também é o aspecto econômico, que deve pautar as decisões, levando-se em conta sempre a relação custo-benefício. Construir uma linha de distribuição elétrica em rua desabitada pode ser legal, seguir a Lei de Licitações, mas não será um investimento eficiente para a sociedade, que arca com os custos e não obtém o benefíciocorrespondente. Estes princípios estudados até aqui são os cincos básicos da Administração (l. I. M. P. E), Expressos na Constituição Federal, em seu art. 37, caput: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...” Princípios do DADM Princípio da Supremacia do Interesse Público Este é outro princípio basilar da Administração Pública, onde se sobrepõe o interesse da coletividade sobre o interesse do particular, o que não significa que os direitos deste não serão respeitados. Sempre que houver confronto entre os interesses, há de prevalecer o coletivo. É o que ocorre nos casos de desapropriação por utilidade pública, por exemplo. Determinado imóvel deve ser disponibilizado para a construção de uma creche. O interesse do proprietário se conflita com o da coletividade que necessita dessa creche. Seguindo esse princípio e a lei, haverá sim a desapropriação, com a consequente indenização particular (art. 5º, XXIV, CF/88). Princípios do DADM Princípio da Presunção de Legitimidade ou de Veracidade Abrange dois aspectos: o primeiro quanto à certeza dos fatos, o segundo quanto à perfeita conformidade com a legislação. Como a Administração Pública deve obediência ao princípio da legalidade, presume-se que todos seus atos estejam de acordo com a lei. Essa presunção admite prova em contrário, a ser produzida por quem alega. É chamada então de relativa, ou “juris tantum” (lembre-se da diferença com a presunção absoluta “juris et de jures”, que não admite prova em contrário). Com esse atributo, é possível a execução direta, imediata, das decisões administrativas, inclusive podendo criar obrigações ao particular, independentemente de sua concordância e executadas por seus próprios meios. Princípios do DADM Princípio da Continuidade O Estado deve prestar serviço públicos para atender Às necessidades da coletividade. Essa prestação não pode para, pois os desejos do povo são contínuos. Por esse princípio, há limitações ao direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII, CF/88) dos militares (art. 142, § 3º, IV, CF/88) e à existência de substitutos que preencham funções públicas temporariamente vagas. No campo dos contratos administrativos, podemos ver que também esse princípio se faz notar: aquele que contrata com a Administração Pública não pode invocar “excecptio no adimpleti contractus” (exceção de contrato não cumprido), prevista nos art. 476/477, CC), ou seja, ainda que não receba o pagamento devido, deve continuar prestando o serviço público delegado (em regra por 90 dias, com fulcro no art. 78, XV, Lei nº 8.666/93) Princípios do DADM Princípio da Hierarquia Os órgãos da Administração Pública devem ser estruturados de forma tal que haja uma relação de coordenação e subordinação entre eles, cada um titular de atribuições definidas na lei. Como consequência desse princípio, surge a possibilidade de revisão de atos dos subordinados, delegação e avocação de atribuições, aplicação de penalidades; do ponto de vista do subordinado, há o dever de obediência. Essa relação hierárquica só existe nas atividades administrativas, não nas legislativas nem judiciais; Princípios do DADM Princípio da Autotutela Cuidar de si mesma: isso que deve fazer a Administração Pública. Como deve obediência ao princípio da legalidade sempre que um ato ilegal for identificado, deve ser anulado pela própria Administração. Cabe também a revogação daqueles atos que não sejam mais convenientes ou oportunos seguindo critérios de mérito. É o poder-dever de rever seus atos, respeitando sempre o direito de terceiros de boa-fé. Esse princípio foi sumulado em duas ocasiões pelo STF: Súmula 346: “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.” Súmula 473: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, por que deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” Inclui-se nesse princípio o poder de zelar por seus bens, conservando-os adequadamente. Princípios do DADM Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade Em obediência a esse mandamento, as decisões têm de ser fundamentadas adequadamente, fatos relevantes devem ser levados em conta, e devem, sobretudo, guardar proporção entre os meios e o fim a que se destina. Pelo critério da razoabilidade é que se busca a melhor maneira de concretizar a utilidade pública postulada pela norma; é a congruência lógica entre as situações postas e decisões administrativas. Entre os exemplos da observância desse princípio, destaco a gradação da aplicação de penalidade de suspensão a um servidor faltoso. A lei nº 8.112/90 estabelece que o prazo de suspensão será de no máximo 90 dias, porém, cabe ao aplicador da sanção graduá-lo de acordo com a falta, pautado no princípio da razoabilidade. Princípios do DADM Princípio da Motivação Cada decisão tomada pela Administração Pública deve estar fundamentada pelas razões de fato e direito que levaram a ela. O STF já decidiu que a motivação é necessária em todo e qualquer ato administrativo. Ela terá detalhamento maior ou menor conforme o ato que seja vinculado ou discricionário, porém, não se admite mais que este seja imotivado, como parte da doutrina clássica defendida. A Lei nº 9.784/99, em seus arts. 2º, parágrafo único, VII, e 50 prevê : “Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos quando: I- neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II- imponham ou agrave deveres, encargos ou sanções; III-decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório. IV- dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V-decidam recursos administrativo; VI- decorram de reexame de ofício; VII- deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII- importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. § 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato” Princípios do DADM Princípio da Igualdade Já que todos são iguais perante a lei por disposição expressa da Constituição(Art. 5º), perante a Administrativo Pública todos também devem receber o mesmo tratamento impessoal, igualitário, isonômico. Princípios do DADM Princípio da Segurança Jurídica Também chamado por alguns de princípio da estabilidade das relações jurídicas, revela a importância de ser ter certa imutabilidade ou certeza de permanência dessas relações jurídicas, visando impedir ou reduzir as possibilidades de alteração dos atos administrativo, sem a devida fundamentação. Assim, busca evitar as constantes mudanças de interpretações da lei feitas pela Administração, bem como evitar que sejam invalidados seus atos, sem causa justificativa, causando prejuízos a terceiros de boa-fé. Princípios do DADM Princípio do Devido Processo Legal Com base constitucional, todo processo, inclusive o administrativo, deve obediência ao devido processo legal (“due process of law”), de onde provém também os princípios contraditório e da ampla defesa. Assim, devido processo é aquele que segue as normas processuais em vigor, legalmente previstas. Se alguma dessas regras não é seguida, o processo conterá um vício que poderá ser anulado. É particularmente importante esse princípio na esfera judicial, mas a Constituição é clara ao exigi-lo também no âmbito da Administração Pública: “art. 5º (...) LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processojudicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” DADM – AGENTES PÚBLICOS Quem são os agentes públicos? Artigos da CF: Art. 37 até 41 da CF. Toda e qualquer pessoa com ou sem vinculo; Com ou sem remuneração; Transitória ou não; Que exerce atividade no Estado, na esfera Federal, Estadual, Distritial ou Municipal. Pessoas com cargos, empregos e contratados que desempenham função pública são vínculos a administração pública. DADM – AGENTES PÚBLICOS Do gênero Agente Público decorre cinco espécies: 1- Agente Politico; 2- Agente Honorífico; 3- Agente Delegado; 4- Agente Credenciado; 5- Agente Administrativo. DADM – AGENTES PÚBLICOS 1- Agente Politico; É um agente público, refere-se a pessoa que exerce atividades previstas diretamente na CF, com autonomia funcional, possui suas próprias regras/normas, não submentendo-se as regras gerais dos servidores públicos. Exercem atividade de mando/comando. Membros de Poder e Membros de Carreira. EX: Todos aqueles que possuem mandatos eletivos, como Presidente da República, Governador, Senador, Deputado, Ministro de Estado/Justiça, Secretários, Membros da Magistratura e do Ministério Público, Defensoria Pública, tribunal de Contas, AGU e Embaixadores. DADM – AGENTES PÚBLICOS Remuneração; Remunerados por subsídios, art. 39, § 4º, parcela única. R$ 10.000 + Gratificação de 100 por cento + Adicional de desempenho de 50 por cento = Vencimento básico + acumulados Subsídio apenas parcela única, o que não impede ressarcimento, devolução de gastos que o servidor teve em razão do trabalho que o agente executou. Ex. Auxilio moradia; Auxilio paletó; Auxilio Alimentação DADM – AGENTES PÚBLICOS Particulares em colaboração com a Administração Pública; 2- Agente Honorífico; É um particular convovado pelo Estado para o desempenho de uma atividade transitória e em regra não remunerada/ gratuita, em razão da sua condição cívica. EX: Mesários e Jurados. DADM – AGENTES PÚBLICOS Particulares em colaboração com a Administração Pública; 3- Agente Delegado; É um particular a quem o Estado delega o exercicio de uma atividade que será prestada em nome por conta e risco do particular. EX: Cartórios e transporte municipal. DADM – AGENTES PÚBLICOS Particulares em colaboração com a Administração Pública; 4- Agente Credenciado; É um particular credenciadopelo Estado para representá-lo em determinada ocasião/evento especifico. EX: Comferecista e leiloeiro. DADM – AGENTES PÚBLICOS 4- Agente Administrativo; Servidores Públicos: são ocupantes de cargo público; Regime de trabalho estatutário Federal 8.112/90 Lei Complementar 04/1990 Todo estatutário é concursado? Cargo público efetivo (concurso público) e em comissão/confiança (livre nomeação e exoneração), para tividade de direção/chefia/assessoramento. DADM – AGENTES PÚBLICOS 4- Agente Administrativo; Empregados públicos: ocupante de emprego público; Regime de trabalho celetista. Sempre concursado? Sim DADM – AGENTES PÚBLICOS 4- Agente Administrativo; Contrato público: art. 37, IX , para atender excepcional interesse público. Lei Federal 8.745/1993 Contratação emergencial/temporáriamente de médicos em situações excepcionais. Não supre vancância do funcionário, apenas situações de “volto Logo”. São estatutários ou celetistas? Regime administrativo especial, só possui função, não possui cargo nem emprego. DADM – AGENTES PÚBLICOS 5- Militares; Emenda Constitucional 18/1998; Forma de pagamento por subsídio. Policia Militar e Corpo de Bombeiros; Forças armadas no âmbito federal. Os demais, policia civil, policia rodoviária federal e policia federal, são servidores civis com cargos administrativos. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Título III Da Organização do Estado Capítulo VII Da Administração Pública Seção I Disposições Gerais Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Definição de Responsabilidade Civil do Estado/ Administração Pública: Leciona Odete Medauar afirmando que a responsabilidade civil do Estado “diz respeito à obrigação a este imposta de reparar danos causados a terceiros em decorrência de suas atividades ou omissões. A matéria também é estudada sob outros títulos: responsabilidade patrimonial do Estado, responsabilidade civil da Administração e responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado” (MEDAUAR, 2003:393). . RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Quem é o causador do dano? Agente Público. ↓ 1- Agente Politico; 2- Agente Honorífico; 3- Agente Delegado; 4- Agente Credenciado; 5- Agente Administrativo. Quais são as esferas de responsabilização do desse agente? RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Quais os elementos caracterizadores da responsabilidade civil do Estado? ↓ ↓ ↓ Conduta Dano Nexo Causal → dolo → culpa RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Quais os elementos caracterizadores da responsabilidade civil do Estado? ↓ ↓ ↓ Conduta Dano Nexo Causal → dolo → culpa RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Quais as formas de responsabilidade? Objetiva Subjetiva = R.C É aquela que dispensa avaliação É aquela que exige avaliação Dos elementos da vontade. Dos elementos da vontade. Conduta Conduta + + Dano Dano + + Nexo Causal Nexo Causal + Dolo ou Culpa Aqui temos a inversão do ônus da prova. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO A responsabilidade civil do Estado sempre será objetiva? O Estado no dever de reparar o dano causado por seus agentes, sempre responderá de maneira objetiva? Dano por meio de ação = Estado responderá objetivamente Ex. Dano por meio de omissão = Estado responderá subjetivamente Ex. Eutanásia social RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 52 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 53 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Há excludentes da responsabilidade civil? Sim. → Culpa Exclusiva da vitima Ex. → Caso fortuito Ex. → Culpa reciproca Ex. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Como tudo começou? Teoria da Irresponsabilidade do Estado? Rei = Estado = Deus RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADOTeoria Civilista ou da Culpa Civil ou da Responsabilidade Civil. Conduta + Dano + Nexo Causal + Dolo ou Culpa Surge então a Responsabilidade Subjetiva. Aqui o ônus da prova é do particular, há que se investigar os elementos da vontade. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. → Teoria do Risco Administrativo → Teoria da Culpa Administrativa → Teoria do Risco Integral RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. → Teoria do Risco Administrativo = Regra Geral Representa a teoria objetiva / Responsabilidade objetiva Aqui o ônus da prova não é do particular. Aqui ocorre a inversão do ônus da prova. Pode o Estado alegar excludentes de responsabilidade? RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. → Teoria do Risco Administrativo = Regra Geral RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. → Teoria da Culpa Administrativa Ocorre quando há omissão por parte do Estado Representa o mal funcionamento do serviço público, porém, não identifica o funcionário. Ex. Aplica-se a teoria subjetiva, o ônus da prova é do particular, o qual deverá comprovar: conduta + dano+ nexo causal + culpa RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 61 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. → Teoria do Risco Integral = Responsabilidade objetiva (responsabilidade cega) Vai além da responsabilidade objetiva, ainda que haja dolo ou culpa do particular o Estado deverá indenizar. Dispensa alegação das excludentes de responsabilidade Art. 21, XX III – d da Constituição Federal de 1988 Ex. Usina de Angra dos Reis RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Em setembro de 1987, dois catadores de lixo na cidade de Goiânia entraram em uma clínica abandonada, encontraram uma máquina ali dentro e a desmontaram. Mal sabiam eles que causariam o que já foi considerado o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986, e o maior acidente radioativo da história fora de uma instalação nuclear. Os dois homens, Wagner Pereira e Roberto Alves, retiraram a parte superior da máquina - que era uma unidade de radioterapia usada para tratamentos contra o câncer - e a levaram para casa em um carrinho de mão. Eles usaram chaves de fenda para abrir a pesada caixa de chumbo. Dentro, havia um cilindro que continha 19 gramas de césio-137, uma substância altamente radioativa. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Há Excludentes e Atenuantes da Responsabilidade do Estado Civil? Sim. Excludentes → Culpa Exclusiva da vitima/Caso fortuito/ Atos de Terceiros Nos atos de terceiros o Estado somente responderá se comprovada omissão ou mal funcionamento = Teoria Subjetiva Atenuantes → Culpa reciproca ou concorrente da vitima. 68 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 69 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 70 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria Publicista. Art. 37, § 6º da CF → Teoria do Risco Administrativo = Regra Geral Representa a teoria objetiva / Responsabilidade objetiva Quem responde pelo dano causado em terceiros? Estado Quem é o Estado? Pessoas Jurídicas de Direito Público e Privado Prestadora de Serviço Público 71 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO → Pessoas Jurídicas = Direito Público = Autarquia/ Fundação Pública e Entes da Federação Direito Privado Prestadora de Serviço Público = Empresa Pública/ Sociedade de Economia Mista/ Fundações Públicas de Direito Privado. 72 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO → Responsabilização e Direito de Regresso: O Estado pode regressivamente cobrar do causador do dano o valor pago a titulo de indenização em favor da vitima? Particular que sofreu dano → Aciona do Estado Judicial ou Administrativamente para fins de indenização → Estado indeniza → Poderá cobrar do agente público causador do dano regressivamente SOMENTE se houver dolo ou culpa na conduta deste agente público. Assim temos: Responsabilidade Civil do Estado = Objetiva e Subjetiva Responsabilidade Civil do Agente Público = Subjetiva RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Particular que sofreu dano → Aciona do Estado Judicial ou Administrativamente para fins de indenização → Estado indeniza → Poderá cobrar do agente público causador do dano regressivamente SOMENTE se houver dolo ou culpa na conduta deste agente público. Assim temos: Responsabilidade Civil do Estado = Objetiva e Subjetiva Responsabilidade Civil do Agente Público = Subjetiva RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Como ficaria a situação de um detendo morto por outro dentro do estabelecimento prisional? Ou mesmo a morte de crianças e adolescentes em escolas públicas?
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