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Avaliação Laboratorial dos Líquidos Cavitários

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Líquidos Cavitários
Prof. Marcio A. B. Moreira
Introdução
■ O exame dos líquidos cavitários serve de 
indicador da integridade das superfícies das 
cavidades do organismo e dos órgãos. 
■ Fluido normal 
■ Dialisado do plasma, incolor, amarelo-claro ou 
alaranjado (caroteno) 
■ proteína <2,5g/dl 
■ contagem de células nucleadas < 1500/µl 
■ Efusões ou derrames 
■ Acúmulos patológicos de líquidos nas cavidades.
Mecanismos de Formação
■ Aumento da permeabilidade capilar 
■ Diminuição da pressão osmótica 
■ Aumento da pressão hidrostática capilar 
■ Obstrução linfática
Fisiologia 
! Equilíbrio entre a pressão hidrostática (exercida pela água 
no interior dos vasos para o espaço intersticial) e a pressão 
oncótica (exercida pelas proteínas no interior dos vasos 
sanguíneos); 
! Pressão hidrostática empurra o líquido para fora do vaso 
enquanto a pressão oncótica segura o líquido dentro do vaso;
! Vasos Línfáticos: drenam o excesso de líquido do insterstício.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=Loy0OQrmWOHJsM&tbnid=OStvr3P0p0-DPM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fanfisio.blogspot.com%2F&ei=aVrtU_7HDeS_sQTqkoLIDA&bvm=bv.73231344,d.cWc&psig=AFQjCNEy0Y-_iPq1tCa4hVYbWGpO1m34MA&ust=1408150438740955
Mecanismos de Formação
■ Aumento da permeabilidade capilar para 
proteínas 
■ Vazamento de plasma para o espaço 
intersticial 
■ Processos inflamatórios (PIF, pancreatite) 
■ Reação alérgica 
■ Toxinas e venenos 
■ Queimaduras 
Mecanismos de Formação
■ Diminuição da pressão osmótica 
■ ↓ pressão coloidosmótica sanguínea 
■ Distúrbios hepáticos (cirrose hepática) 
■ Proteinúria excessiva 
■ glomerulonefropatias 
■ Nutricional 
■ Perda protéica via intestinal 
■ gastrointerites 
■ Parasitismo 
■ Ecto e endoparasitas
Mecanismos de Formação
■ Aumento da pressão hidrostática capilar 
■ Obstrução venosa: ↑ da pressão hidrostática capilar 
■ Insuficiência cardíaca congestiva ou estase 
portal 
■ Inflamação ou obstrução dos vasos 
■ Compressão vascular 
■ Tumores ou nódulos 
■ ↑ da resistência pulmonar
Mecanismos de Formação
■ Obstrução Linfática 
■ Impede o Retorno do líquido tissular para a 
circulação ! ↑ pressão intersticial 
■ Linfadenite e hiperplasia linfóide 
■ Tumores e/ou metástases 
■ Abscessos 
■ Extirpação cirúrgica de cadeia linfática
Coleta das amostras
■ Assepsia 
■ Contenção adequada 
■ Paracentese 
■ Toracocentese 
■ Pericardiocentese 
■ Tubos estéreis 
■ Com anticoagulante 
■ Sem anticoagulante 
■ Análise em até 2 horas após colheita
Toracocentese
Abundantes e bilaterais 
Rx auxilia na localização US direciona a punção 
Quando generalizada é realizada no terço inferior do tórax próximo da 
junção costocondral do 6, 7 ou 8 espaço intercostal 
Não é necessário anestesia 
Catéter permite que a agulha seja retirada 18 a 20 G 
Se o volume maior for retirado utilizar torneira de três vias para evitar a 
entrada de ar 
Paracentese
Utilizar a localização da linha média 1 a 2 cm caudal ao umbigo 
Evita a gordura falciforme 
O ideal é monitorar a bexiga 
Catéter 16 a 20 G
Coleta das amostras
Pericardiocentese
Decubito esternal 
sedação necessária para evitar punção cardíaca, artéria coronária ou 
laceração pulmonar 
Monitoramento pelo eletrocardiograma é recomendado - contato com a agulha no 
coração causa arritmia 
Tricotomia do 3 a 8 costela 
Punção geralmente é realizada entre o 4 e 5 espaço - junção costo-condral 
Análise das efusões
■ Exame físico 
■ Volume 
■ Cor: 
■ incolor, avermelhado, branco, acastanhado. 
■ Odor 
■ inodoro, pútrido. 
■ Aspecto/Turvação 
■ diretamente proporcional à celularidade. 
■ Coagulação 
■ diretamente proporcional à quantidade de fibrina. 
■ Densidade específica (refratômetro) 
■ Até 1017
Análise das efusões
■ Exame químico 
■ pH 
■ Levemente alcalino 
■ Proteína 
■ Exsudato X transudato 
■ Glicose 
■ Sangue oculto 
■ Uréia / Creatinina 
■ Ascite x uroperitôneo 
■ Triglicérides/ colesterol 
■ Efusões quilosas ou pseudo-quilo 
■ Concentração de bilirrubina 
■ Ascite biliosa 
■ Amilase 
■ Pancreatite
Análise das efusões
■ Contagem de células 
■ Câmara de Neubauer 
■ Contagem de eritrócitos 
■ Contagem de células nucleadas
■ Exame citológico 
■ Diferencial de leucócitos 
■ Morfologia celular 
■ Células neoplásicas 
■ Presença de bactérias 
■ Enterocentese acidental
Análise das efusões
■ Exame citológico
Análise das efusões
■ Cultura 
■ Bactérias 
■ Fungos
Análise das efusões
Classificações das efusões
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
■ Transudato 
■ Simples ou puro 
■ Modificado 
■ Exsudato 
■ Asséptico 
■ Séptico 
Classificação das efusões
Classificações das efusões
CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICA 
■ Efusão hemorrágica (ruptura de vasos) 
■ Hemotórax 
■ Hemoperitônio 
■ Efusão quilosa (ruptura de vaso linfático) 
■ Quilotórax 
■ Efusão biliar (ruptura de vesícula biliar) 
■ Uroperitônio (ruptura de vesícula urinária) 
■ Efusão neoplásica (presença de células 
neoplásicas)
Análise das efusões
Suspeita Dosagem pareada 
(Soro/efusão)
Interpretação
Efusão hemorrágica* 
(vermelha)
Hematócrito HT da efusão igual ou 
maior do que o sangue 
periférico
Efusão quilosa (branco-
leitosa)
triglicérides Triglicérides níveis 
maiores do que o do 
soro
Uroperitônio (amarelo 
ou avermelhada)
creatinina Creatinina maior na 
efusão do que no soro
Pancreatite amilase Amilase maior na 
efusão do que no soro
Efusão biliar (castanha) bilirrubina Bilirrubinas maior na 
efusão do que no soro
* Diferenciar efusão hemorrágica de contaminação de sangue devido a 
coleta. Hemorragia antiga não há plaquetas e pode apresentar cristais 
de hematoidina e eritrofagocitose 
Casos Clínicos
Casos Clínicos
FIM

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