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DIÁRIO DE CAMPO 3

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DIÁRIO DE CAMPO
ESTÁGIO III 
Semestre ano 7/2019
	Diário de Campo nº 03
Campo de estágio: CRAS/Biguaçu
Tutora/Orientadora pedagógica Local: Daniela Freitas 
CRESS Nº: 1806 Região 12
Supervisora de Campo: Rodrigo Patay Sotomayor
CRESS Nº: 4030 Região 12a
Estagiária: Elizabeth Domingas Campos de Souza
Matrícula: 950797
	Atividade: Aplicação e avaliação do projeto de Intervenção
Data: Agosto a Novembro/2019
O presente texto tem como objetivo apresentar resultados e reflexões sobre a experiência de estágio nos componentes curriculares em Estágio III Supervisionado em Serviço Social, do curso de Serviço Social da Uniasselvi. Em concluído no Centro Referência de Assistência Social – CRAS II que esta subordinado a Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação Biguaçu , que dispõe em seu quadro profissionais, Assistentes Sociais/ Psicólogos entre outros .O Estágio ocorreu nos meses Agosto à Novembro /2019. A metodologia utilizada frente ao projeto de intervenção foi por meio das oficinas e convite informativo, apresentação da temática a ser trabalhada no projeto e a aplicação ao publico idoso participantes do PAIF/SCFV do CRASII município de Biguaçu , que atende vinte e seis bairros, com a finalidade fortalecer a interação entre as famílias.
O SCFV deve se articular com outro importante serviço: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), considerado a “porta de entrada da proteção social”. Em 2003, por meio da Resolução do CNAS nº 01/2013 (BRASIL, 2013), foi reordenado como serviço de complementação ao trabalho social com famílias, prevenindo a ocorrência de situações de risco social. Ele materializa a possibilidade de recuperação em situações de vulnerabilidade ou em casos de violação de direitos. O SCFV não se caracteriza como contraturno escolar, devido às vivências sociais que o Serviço prevê em conjunto com os demais projetos e programas da Proteção Social Básica, desenvolvidos no território de abrangência do CRAS e que deve ser articulado ao PAIF para que possa cumprir de maneira efetiva os preceitos definidos na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, definidos pela Resolução do CNAS 109/2009 (BRASIL, 2010).
Para Vieira (1985, p.125 apud Ruaro; Lazzarine, 2009, p. 64) intervenção é: 
Ação de participação voluntária , de caráter mediador, fruto de uma vontade regida por valores que vão influenciar a ação e atuação de um agente externo para provocar mudanças psicológicas ou sociais desejáveis no indivíduo, no grupo ou na comunidade.
O relato de experiência de Estágio III supervisionado em Serviço Social, constitui uma visão acadêmica e ampla, que está embasado no método dialético, pois, possibilita a compreensão mais ampla em torno da realidade do usuário, quanto a questão social e suas expressões. Nesta fase de finalização de estágio, foram aplicadas e avaliadas os projeto de Intervenção. Objetivando o atendimento as famílias com vulnerabilidade e risco social do CRASII do município de Biguaçu , com foco ao fortalecimento de vínculos familiares e integração dos usuários com Serviços de Convivência através das atividades que envolveram quatro oficinas : 
· Clube de Mães – nesta primeira oficina realizada no dia 28/8/2019 com as mulheres chefes de família da comunidade ,participaram 22 usuárias .Colaborei com a organização, através do contato telefônico , convidando as famílias para participar, além da organização, recepção e atuação em algumas dinâmicas de grupo. Neste primeiro encontro estiveram presentes as responsáveis pela Pastoral que abordaram a importância do conhecimento das ervas medicinais e como elas podem serem usadas de maneiras eficaz para cada doença. E logo em seguida foram preparados chás para degustação diversos sabores e possibilitou uma roda de conversas. A ideia principal é promover encontros mensais com a finalidade de fortalecer e estimular o fomento, e outras atividades para geração de renda. Foram realizados mais dois encontros nos dias 31/7/19 e 14/8/19, com a participação de um maior numero de usuárias. Juntamente com a equipe do CRAS organizamos, ligando e convidando-as para o encontro, organizando os materiais a serem utilizados para a realização da oficina. Foi ministrado uma Palestra com o tema: Empreendedorismo Social . Em seguida artesanatos com sabonete de ervas ,e no segundo encontro dia 14/08/19 foi dado continuidade com oficina de sabonete com argilas ministrada pela massoterapeuta Maria onde participei confeccionando e auxiliando as demais usuárias, e pra finalizar um lanche . Com isso, percebemos que há um enorme interesse por parte delas em empreender e se capacitar para poder gerar rendas. 
· Oficina para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade – orientações para elaboração de um currículo, dinâmica de grupo,simulação de entrevista, Direitos Sociais, mercado de trabalho,assessoria técnica, cadastro de vagas no programa jovem aprendiz e informações . Os encontros aconteceram nos dias 22 e 23/8/2019 , com 18 participantes entre as faixas etárias 15 a 18 anos.Um dos requisitos exigidos para participarem da oficina foi estar matriculados no ensino fundamental e médio.A finalidade é o encaminhamento ao mercado de trabalho por intermédio das empresas parceiras do programa. O interesse por parte dos jovens foi maior do que a expectativa inicial, isto é um sucesso, pois ficou alguns na lista de espera. Logo após foi servido café da tarde. 
 
· Oficina para Idosos: Vida Saudável e Acesso as políticas de assistência Social aos participantes idosos do CRAS II. O encontro ocorreu no dia 7/11/19 – das 14h ás 16h, foram duas horas de atividades laborais e palestra. Participaram 26 idosos entre as faixas etárias de 50 a 85 anos, sendo que foram convidados 14 idosos do lar Dentzer em Biguaçu . Os demais são cadastrados pelo CRAS. 
Nesta oficina coloquei na prática o meu projeto de intervenção. Orientando em como acessar as políticas de assistência social e direitos sociais e quais os meios para ter acesso, que são através do CRAS e da secretaria de assistência social do município. Participei de todo o processo de organização. Em seguida palestra com tema: Vida saudável , ministrado pela nutricionista Jéssica Muller do Sesc – Mesa Brasil , abordagem sobre alimentação, prevenção da hipertensão e para finalizar atividade laborais com a profissional em educação física Márcia. Observamos que, em toda dinâmica o grupo se sentiu acolhidos e participativos em todas as atividades. Principalmente para aqueles do Lar do idoso, que na maioria das vezes, não saem com muita frequência. Após, foi servido um saboroso lanche. 
Estas oficinas tem por objetivo promover mudanças e também desenvolver o trabalho social com famílias e grupos de pessoas usuárias do CRASII, realizados pelo PAIF e SCFV, respectivamente, de acordo com os critérios de cada serviço.
As oficinas com famílias têm por intuito suscitar reflexão sobre um tema de interesse das famílias, sobre vulnerabilidades e riscos, ou potencialidades, identificados no território, contribuindo para o alcance de aquisições, em especial, o fortalecimento dos laços comunitários, o acesso a direitos, o protagonismo, a participação social e a prevenção a riscos. (ORIENTAÇÕES TECNICAS PAIF,2012,p.24)
· VISITA DO MICILIAR COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL 
A visita domiciliar, historicamente, vem sendo utilizada como um instrumento de controle e inquérito social, tendo como objetivo fiscalizar, comprovar relatos feitos pela população e ensinar os cuidados domésticos. A partir disso, é hoje um instrumento muito polêmico, tendo em vista o projeto ético político da profissão que estabelece princípios como: defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; posicionamento em favor da equidade e justiça social.(FORTI;GUERRA,2013. )
Elencamos abaixo algumas atividades/ ações realizadas 
· Atendimento domiciliar a usuáriaF. M. 30 anos , mora com o avô, separada, doente e com muitas dificuldades em conseguir emprego , o filho está sob a tutela do pai , que não a deixa ver e sofre violência domestica por parte do avô .Foi encaminhada para conselho tutelar e orientada a procurar o CREAS, porém a mesma tem receio . Esta aguardando definição do conselho tutelar e que a mesma se sinta segura em denunciar os agressores.Vemos que, é de fundamental importância a orientação e acompanhamento neste caso , conscientizando dessa forma os direitos que elas tem. 
 Conforme rege o art. 1º lei Maria da Penha: 
 Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
· Segunda visita a família acompanhada tem quatro integrantes, sendo mãe de 40 anos, filho de 19anos, 14anos e 4 anos. Pensão alimentício e guarda dos filhos menores , processo em andamento para pensão/acordo de guarda.Foi orientada sobre o acompanhamento via internet do processo para que a mesma fique a par do processo pelo TJSC.
· Terceiro caso, E.S. 15 anos, procurou o CRAS e solicitou uma visita domiciliar, pois sofria agressividade por parte do padrastro e mãe era conivente, segundo a mesma. Hoje esta morando com o pai biológico/ madrasta,que a trata muito bem e solicita acompanhamento psicológico. Orientada a procurar um psicólogo pelo posto de saúde. 
· Quarto caso , visita a E.S de 39 anos com um filho de 9 anos deficiente físico , pediu uma cadeira de rodas para o filho, pois a que tem já esta pequena.Foi solicita a secretaria de assistência e outros órgãos parceiros. 
Conforme rege o Estatuto do Idoso no art.33
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) .
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
§ 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
Fizemos visitas aos usuários bloqueados do Bolsa família para comparecer ao CRAS com a finalidade de orientar e esclarecer através de uma palestra informativa sobre a utilização do bolsa, deveres e direitos. Estavam pendentes mais de 80 famílias e visitados mais de 60 famílias, que atualizaram o cadastro. E os demais não estavam em casa, foram notificados por lembretes deixados nas residências e telefonemas.
De acordo com Souza (2008, p. 128),
 A visita domiciliar sempre foi um dos principais instrumentos de controle das classes populares que as instituições utilizavam. Uma vez que o usuário está sendo atendido na instituição, ele está acionando um espaço público: quando a instituição se propõe a ir até a casa do usuário, ela está adentrando no terreno do privado. A residência é o espaço privado da família que lá vive. Ter essa dimensão é fundamental para que o Assistente Social rompa com uma postura autoritária, controladora e fiscalizadora.
Diante do relato acima concluímos, que os instrumentais técnicos operativos que foram utilizados durante todo o estágio do serviço social, que são: acolhimento, observação, entrevista, escuta qualificada, parecer, encaminhamentos, visita domiciliar, ficha de evolução, reunião, relatórios quantitativos, diários de campo, projeto de intervenção entre outros, determinaram o discernimento e a identificação dos instrumentos e técnicas empregados. Em decorrência, percebi um crescente avanço da relação teoria e prática desde o primeiro semestre de estágio até o final. Outrossim, entendemos que todas as ações são fundamentais e importantes para que os usuários tenham conhecimento dos direitos e possam usufruir do mesmo com garantia constitucional. Há de se fazer uma reflexão com relação ás pessoas que hoje se encontram na faixa-etária consideradas pela OMS – Organização Mundial de Saúde como meia idade e a regulamentação da Lei Federal de janeiro 1994 – Política Nacional do idoso, pois, muitas ainda não se preocupavam com essas políticas, mesmo porque eram jovens na época. 
REFERÊNCIAS
_______. Estatuto do idoso: lei federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003. Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004.
.
Art. 1o Lei Maria da Penha - Lei 11340/06
FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
 Ruaro, Gisele de Cassia Galvão; Lazzarine Juliana Maria. Estratégias, técnicas e instrumentos da ação profissional I. Indaial: Uniasselvi, 2009. 
BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução n. 109, de 11 de novembro de 2009). Brasília, MDS: 2009. 
Socioassistenciais
 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas sobre o PAIF, 1.Ed. - Brasília: MDS, 2014. impressão 2014 ação Nacional de
Serviços

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