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PROTOCOLOS TERAPEUTICOS

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ESTUDO DE CASO CLINICO DE FISIOTERAPIA – 22/05/2020 
PROTOCOLO TERAPEUTICO DE FRATURA DE RADIO E ULNA
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com fratura de rádio e ulna? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distância do local afetado pela patologia).
O paciente pode chegar apresentando sinais clínicos comumente achados como: Manifestação de dor, claudicação e dificuldade de movimentação, impotência funcional do membro torácico acometido , demonstrada pela posição em flexão do cotovelo e do carpo, membro edemaciado que vai haver variação de acordo com gravidade e tempo decorrido do trauma, podem ser encontrados nódulos em casos de neoplasia, pode aparecer alterações comportamentais como lambeduras excessivas no local acometido e também pode apresentar sangramento em casos mais graves como de fraturas expostas, que pode levar a síncope e choque. 
2) Monte um caso clínico contendo: Nome do paciente, raça, idade, qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citando na questão 1 Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clínico – Exemplo: Para analgesia- 1 exemplo... para atrofia: 1 exemplo...) – Coloquem de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação)
REGISTRO DO ANIMAL:
Nome do animal: Billy Eugênio 
Sexo: Macho 
Espécie: Canino 
Raça: Lhasa Apso 
Idade: 7 meses 
Peso: 3kg 
HISTÓRICO E ANAMNESE:
Proprietário relata que o animal fugiu hoje pela manhã por volta das 7 horas da manhã e foi atropelado por um veículo. Relata que desde então animal apresenta claudicação com impotência do membro torácico direito. Relata que ontem o animal apresentava normouria, normoquezia, normodipsia e normofagia com alimentação natural do papidogbr, porem pós o atropelamento de hoje o animal ficou deitado em decúbito lateral com lambeduras constantes na região do cotovelo e do carpo. Trata-se de um animal castrado, vermifugado, vacinado e faz controle de endoparaistas e ectoparasitas. 
EXAME FÍSICO:
Animal apresenta –se frequência cárdica de 140bpm, frequência respiratória 34mrm, hidratação normal, mucosas pálidas com TPC de 2 segundos. Ao inspecionar o animal observamos que ele apresenta uma fratura exposta no membro torácico direito na região do cotovelo e do carpo, com um sangramento moderado e com muita sensibilidade a dor. 
TRATAMENTO FISIOTERAPICO: 
Em casos de fratura de rádio e ulna o protocolo terapêutico é muito delicado, pois a fratura ainda se encontra redutível, logo temos que tomar muito cuidado com a utilização de aparelhos pois eles aceleram o processo de cicatrização. 
O mais indicado em casos de fraturas seria a utilização da:
· Crioterapia: Aplicação de gelo no local da lesão de 10 a 20 minutos repetida a cada 2 a 4 horas 
· Limpeza da ferida, utilização de antibiótico terapia e coleta de material para cultura aeróbica e anaeróbica: Limpar com solução morna estéril de salina isotônica ou de ringer lactato e aplicação de Amoxilina + Clavulanato. 
· Estancar a hemorragia: Compressão direta no local. 
Logo após encaminhamento para realização do exame radiográfico para avaliação da fratura e um possível tratamento, podendo ser realizado com bandagens ou procedimento cirúrgico. 
No pós-operatório o tratamento terapêutico pode ser:
· Crioterapia: controle de edema de 10 a 25 minutos de 2 a 4 vezes por dia 
· Laserterapia: cicatrização 
· Ultrassom terapêutico: diminuição de espasmos 
· Eletroterapia: controle de dor 
· Massagens compressivas: diminuir contratura muscular 
· Cineseioterapia
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento.
Crioterapia: A aplicação de gelo no local da lesão sendo uma modalidade de tratamento que pode facilmente ser utilizada em qualquer clínica. A aplicação do gelo sobre uma fratura fechada por 10 a 20 minutos, que pode ser repetida a cada 2 a 4 horas se for conveniente, a crioterapia irá ativar o SNP, diminuindo o metabolismo, assim tendo menor liberação de histamina, assim contem menos dilatação, liberando fibras simpáticas provocando vasoconstrição e consequentemente, a produção de mediadores inflamatórios, sendo assim irá controlar o fluxo sanguíneo, o edema, a hemorragia e a inflamação de tecidos moles. Além disso provoca a redução de condução nervosa, levando a analgesia e, portanto, ocorre a redução de espasmos musculares, provocados pela dor.
Em fraturas expostas: É necessário receber cuidados imediatos como limpeza, desbridamento, realizar uma compressão direta para estacar a hemorragia, assim é feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano limpo ou curativo, manter a compressão até que ocorra a coagulação. Realizar a coleta de material para cultura aeróbica e anaeróbica. A antibioticoterapia de amplo espectro deve ser iniciada até o resultado da cultura e testes de sensibilidade estar disponíveis.
Laserterapia: A laserterapia atérmica leva à redução do edema, uma vez que as ondas pulsáteis fazem uma micromassagem (drenagem), e estimula a cicatrização, pois o pulso age como um estímulo mecânico que promove a cicatrização da fratura. 
Frequência de 1MHz 
Tempo de 8 minutos 
Intensidade de 0,5 a 0,7w/cm²
Utilização de 1 a 3 vezes na semana nas primeiras semanas, depois pode ocorrer espessamento entre as sessões 
Eletroterapia: Utilizar a eletroterapia de baixa frequência, então escolheria o TENS (Estimulação Nervosa Elétrica Transcutanea), para ajudar na analgesia e relaxamento. Assim se ultiliza uma frequência 90-120, comprimento de onda: 20-50 us, uma intensidade de formigamento intenso e tempo em torno de 30 a 60 minutos. Pode se realizar uma Iontoforese também junto com o eletro associar com uma medicação como hirudoid que colabora no tratamento e ajuda na redução dos sintomas de diversos processos inflamatórios localizados. 
Subida: 2 segundos 
Sustentação: 4 segundos
Descida: 2 segundos 
Pausa: 8 segundos 
Total de contração: 10 
Tempo a ser realizado: 16x10=160 
 160/60minutos = 2,5minutos 	
Ultrassom terapêutico: O ultrassom terapêutico é capaz de propagar o calor para áreas e tecidos mais profundos do corpo do animal, promovendo resultados similares aos da terapia por aplicação de calor, só que mais potentes e em regiões ainda mais específicas. Este método também não é indicado para casos em que haja inflamação, e é realizado por meio do uso de um condutor de frequência que pode ser ajustado em diferentes níveis. Então utilizaria o modo pulsado que ocorre pausas, assim não dá tempo de aquecer. Ele tem a função de diminuição do edema, ótimo para um paciente com pós-operatório e ajuda na cicatrização pois melhora a oxigenação e estimula células e a aceleração de reparo ósseo assim o animal apoia o membro e consequentemente reduz espasmo. 
Frequência de 1MHz 
Tempo de 8 minutos 
Intensidade de 0,5 a 0,7w/cm²
Utilização de 1 a 3 vezes na semana nas primeiras semanas, depois pode ocorrer espessamento entre as sessões 
Massagem compressivas: A função dessa massagem é liberar fibroses, aderência musculares e pontos de tensão. Podendo ser realizada de três formas diferentes como: 
1) Amassaamento: Porções maiores dos músculos que podem ser amassadas com as duas mãos, é como se fosse amassar pão
2) Pregueamento: Tecidos moles pegos entre os dedos e manipulados de forma alternada – geralmente usa dois dedos.
3) Fricção: Mais usada em pré competição pois aquece a musculatura, movimentos circulares com pressão profunda. Aquece a musculatura.
Entretanto em caso pós-operatório de fratura de rádio e ulna utilizaremos a conduta de amassamento com o intuito de diminuição da contratura muscular e reduzir fibrose no local acometido. 
Cinesioterapia: Sendo um conjunto de exercícios terapêuticos que ajudam na reabilitação de diversas situações, fortalecendo ealongando os músculos, e também podem servir para otimizar o estado de saúde geral e prevenir alterações motoras. Assim começamos realizando exercícios passivos no pós-operatório imediato com a utilização de disco, bolas e prancha, ajudando no equilíbrio do animal, pode ser realizada 3 séries com tempo de descanso que varia de 30 segundos há 1 minuto entre cada uma delas.  Depois de algumas semanas, pode passar para exercícios ativo assistindo como alongamentos, flexão e extensão do membro e quando o animal estiver na fase final da recuperação pode realizar exercícios ativo que animal realiza sozinho, como sentar e levantar, obstáculos para aumentar amplitude e adquirir hipertrofia. 
PROTOCOLO TERAPEUTICO NA SINDROME DO FILHOTE NADADOR
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com síndrome do filhote nadador? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distância do local afetado pela patologia).
Os sinais clínicos iniciam entre 16 e 21 dias de vida, quando começam a se movimentar mais e adotam uma posição de total abdução dos membros, principalmente dos membros pélvicos, mas que pode também afetar os membros torácicos e até mesmo os quatros membros, fazendo com que o animal não consiga se levantar para caminhar normalmente. 
Na tentativa de se locomover adota um movimento que se assemelha a nadar (remada) com incapacidade de ficar em estação e caminhar, permanecendo em decúbito esternal. 
Como consequência ao mau posicionamento dos membros o paciente desenvolve complicações nas angulações articulares dos joelhos conhecida como gene recuvartum, além das luxações de patela e hiperflexação coxofemoral. 
Nos membros pélvicos é possível observar também a hiperflacidez de articulações, rotação externa nas extremidades posteriores e hiperextensão das articulações de joelho e tarso. 
O filhote desenvolve uma deformação torácica com achatamento dorsoventral das costelas conhecida como pectus excavatum, podendo provocar dispnéia, sopro cardíaco e cianose, assim como vômitos e regurgitações. Só que estudos confirmaram que a síndrome do cão nadador e o pectus excavatum são duas condições completamente diferentes e podem ocorrer concomitantes ou independentes.
2) Monte um caso clínico contendo: Nome do paciente, raça, idade, qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citando na questão 1 Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clínico – Exemplo: Para analgesia- 1 exemplo... para atrofia: 1 exemplo...) – Coloquem de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação)
· Nome: Floquinho
· Raça: Bulldogue Inglês
· Idade: 4 semanas de vida
Qual tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citado na questão acima? 
· Bandagens de esparadrapos 
Utilizado devido á abdução e hiperextensão dos membros pélvicos. 
· Deve ser colocada em forma de 8 ou algema mantendo os membros em posição anatômica dando maior estabilidade para se movimentar e conduzindo o crescimento ósseo com a troca de bandagens em dias alternados.
· Compressão regular lateral do tórax 
Deve ser feito devido ao achatamento dorsoventral das costelas.
· O tratamento consiste em uma compressão regular lateral do tórax nesses filhotes e deve estimular os proprietários a realizar regularmente uma compressão medial a lateral do peito nesses filhotes.
· Cinesioterapia 
Assim que o paciente desenvolver a força muscular pode começar a realizar a cinesioterapia.
· Movimento articular passivo: em casa o tratamento seria colocar no ambiente em que o animal vive um piso antiderrapante de preferência macio para evitar que o esterno seja achatado ainda mais.
Depois de algumas sessões quando paciente melhorar a amplitude de movimento faz movimento assistido: 
· Bola: coloca em cima da bola e mexe a bola por 30 segundos. 
· Disco de propriocepção
· Alongamento estático: Aumenta a extensibilidade muscular e permitir a extensão máxima da musculatura realizado através do movimento fisiológico por 15 a 30 segundos.
Quando o paciente estiver melhorado a coordenação e função do membro podemos fazer o movimento ativo:
· Esteira aquática: para encorajar o apoio do membro, treinando a propriocepção, coordenação e equilíbrio e por ser filhote tem que ser introduzido com cautela, uma frequência pequena umas 1 vezes na semana por 5 minutos, porque se introduzir de maneira rápida pode causar algum transtorno sistêmico. 
· Obstáculos
· Eletroterapia (FES): 
· Frequência de 30 a 40 para recrutar fibras vermelhas de contração mais lenta 
· Largura do pulso: 150-250 us 
· Colocação dos eletrodos: origem do musculo e no ponto motor (junção neuromuscular) por ser um filhote. 
· Tempo de aplicação: 
· Tempo de subida: 2 segundos 
· Tempo de sustentação da onda: 4 segundos 
· Tempo de descida: 2 segundos 
· Tempo de pausa: 8 segundos
Então uma contração inteira demora 16 segundos (2+4+2+8) 
Queremos 10 contrações durante o tempo de aplicação: 16 x 10 contrações= 160 divido por 60 segundos= 2,5 minutos é o tempo de aplicação para fazer 10 contrações.
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento
· Bandagens de Esparadrapos
Paciente apresentará o gene recurvatum, onde há abdução e hiperextensão dos membros pélvicos. Assim com essa bandagem de esparadrapo manterá os membros em posição anatômica proporcionando uma maior estabilidade para se movimentar e conduzir o crescimento ósseo.
· Compressão regular lateral do tórax
Paciente apresentará o pectus exacavatum, onde há o achatamento dorsoventral dascostela, e com essa compressão irá evitar de o pectus exacavatum evolua.
· Cinesioterapia 
Deve ser feito para controle da dor porque vai estimular os músculos afetados além de melhorar a amplitude de movimento e reduzir a probabilidade de hipertrofia ou rigidez muscular.
· Movimento articular passivo em piso antiderrapante evitar que o esterno seja achatado ainda mais.
· Movimento articular assistido: para melhorado a coordenação e função do membro
Bola: o paciente ganha força no abdômen, e melhora os tônus esternal e dos membros pélvicos 
Disco de propriocepção: Para ganhar equilíbrio junto com a bandagem para conduzir o crescimento ósseo na posição correta. 
Alongamento estático: Aumenta a extensibilidade muscular e permitir a extensão máxima da musculatura realizado através do movimento fisiológico.
· Movimento articular ativo 
Esteira aquática: para encorajar o apoio do membro, treinando a propriocepção, coordenação e equilíbrio e por ser filhote tem que ser introduzido com cautela. 
Obstáculos: estimulas todos movimentos e melhorar a amplitude.
· Eletroterapia 
Por conta do animal ficar em decúbito esternal e não caminhar ele pode ter uma hipotrofia muscular, com isso, a eletroterapia pode auxiliar nesse processo, evitando a hipertrofia muscular.
PROTOCOLO TERAPEUTICO DE OBESIDADE EM CAES E GATOS E SUAS COMPLICAÇÕES
1- Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com distúrbio de obesidade? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos que ocorrerão por compensação)
Os principais sinais clínicos apresentados por um paciente obeso, além do evidente sobrepeso, são: dermatopatias, dispnéia, dificuldade em se locomover, cansaço fácil, comportamento sonolento, problemas cardíacos, vertebrais e articulares, além da maior predisposição ao desenvolvimento de tumores.
2- Monte um caso clínico contendo: nome do paciente, raça, idade e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria no caso citado na questão1 (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clinico). Coloque de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando for aplicável, cuidados na aplicação)
Tempestade, labrador, 8 anos, fêmea, castrada, 60,2 Kg, encaminhada ao veterinário para iniciar o protocolo de perda de peso. Em sua anamnese, tutor relatou como queixa principal, dermatopatias recorrentes, dificuldade do animal em se locomover (descer/ subir escadas) que acarretou em um episódio de cistite por reter urina devido à dificuldade/dor em levantar, animal dormia muito durante o dia, buscando sempre a luz do sol. Durante anamnese nutricional foi constatado que animal recebia alimento comercial para cães adultos (Ad. Libitum) e também diversos petiscos (queijo branco, mussarela, presunto, banana, maça e cenoura), tutor relatou que às vezes oferecia alimento caseiro misturado com a ração comercial. Ao realizar o exame físico, animal apresentava um ECC 9/9, EMM 2/3, sensibilidade à palpação das vertebras torácicas, dor em membros torácicos, diversas lesões na pele e pelame opaco. Após realização dos exames complementares, foi encontrado Hiperlipidemia (somente por Hipercolesterolemia) e aumento da atividade sérica das enzimas ALT e FA. Apesar de grande acúmulo de gordura hepática, não foi encontrado nenhuma alteração em USG abdominal. 
Para o tratamento, inicialmente foi prescrito apenas restrição alimentar/manejo alimentar, porém animal não atingia taxa de perda de peso semanal ideal durante os retornos. Baseado na evolução do tratamento e nos exames complementares foi solicitado uma dosagem hormonal de TSH, T4total + T4 livre por diálise de equilíbrio com intuito de buscar uma causa base, ao final diagnosticando que o animal tinha hipotireoidismo. Com o consentimento e apoio do tutor foi introduzido ao protocolo de tratamento, o tratamento fisioterápico, que consistia em:
- Cinesioterapia (passiva e ativa): Indicada para a dificuldade de locomoção.
Exercícios passivos (Alongamento estático)= Durante a realização do alongamento a articulação deve ser estabilizada, uma das mãos deve estar próxima à articulação no osso proximal e a outra mão no osso distal, aplicando-se suave tração. O ideal é ser realizado de 3-4 vezes por semana. A duração de cada alongamento deve ser de 15-30 segundos. 
Exercícios ativos (Sustentação assistida) = Em raças grandes, a realização do exercício deve ser feita com auxilio de toalha ou sling (tipóia), podendo posicionar em baixo do tórax, na parte caudal do abdômen ou em ambos, o animal deve ser posicionado da forma mais próxima possível à postura normal de estação (atenção ao espaçamento entre membros e distribuição de peso). Deve-se permitir que o animal sustente seu peso sozinho o máximo possível. O ideal é esse exercício ser feito de 2-3 vezes por dia por período de 3-5 minutos (este período pode ser aumentado gradualmente de acordo com a resposta do paciente).
- Hidroterapia (esteira aquática) = Indicada para a perda de peso. A modalidade mais indicada para tratamento de obesidade é a técnica de imersão total (apenas cabeça e parte do pescoço para fora da água, sem apoio no solo). O animal nunca deve ser deixado sozinho dentro da água e devem ser utilizados dispositivos de flutuabilidade. A temperatura da água deve ser morna, para estimular a circulação sanguínea e a drenagem linfática. O ideal é fazer 2-3 vezes por semana, com sessões de 5-10 minutos com intervalos de descanso a cada 2-3 minutos. 
- Acupuntura= Indicada para analgesia. No caso da Tempestade pode ser utilizado o método de acupressão, agulhamento ou eletroacupuntura. Mas especificamente nos seguintes acupontos: E36 (analgesia, doenças endócrinas e metabólicas), R3 (patologias urogenitais, cistite) e IG4 (é o mais importante promove analgesia e é benéfico para qualquer tipo de dor). A aplicação pode ser feita 1 vez por semana com duração de 20 minutos, no período de 4-8 semanas.
3- Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento
- Cinesioterapia (passiva e ativa) = a passiva é ideal para animais que apresentam redução da mobilidade devido à dificuldade de locomoção ajudando a aumentar a flexibilidade articular e extensibilidade de músculos e tendões. A ativa é ideal para animais que apresentem dificuldades em suportar o próprio peso e se manter em estação, além de aumentar a força e vigor dos músculos de sustentação. No caso da Tempestade ajuda na sua dificuldade em levantar e se manter em estação.
Hidroterapia (esteira aquática) = é indicada quando o objetivo é aumentar a massa e força muscular, além de auxiliar na perda de peso, sem exercer força direta sobre as estruturas ósseas e articulações, diminuindo a pressão sobre os membros doloridos.
Acupuntura = restabelece o equilíbrio de estados funcionais alterados, atingindo a homeostase através da influência sobre determinados processo fisiológicos, pode ser indicada com o objetivo de analgesia além de oferecer benefícios em diversos sistemas como, por exemplo, nas alterações do sistema urinário e endócrino.
PROTOCOLO TERAPEUTICO SÍNDROME DA CAUDA EQUINA
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com síndrome da cauda equina? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos que ocorrerão por compensação)
Os sinais clínicos da Síndrome da Cauda Equina podem variar de acordo com o segmento da medula e o nervo acometido. De um modo geral, os principais sinais e sintomas são dor na região dorsal do sacro, cifose, relutância em correr, sentar, saltar, subir escadas ou abanar a cauda, claudicação e fraqueza dos membros pélvicos que se agravam com exercícios, distúrbios dos esfíncteres anal e urinário (retenção urinária passivas de transbordações), lentidão para se levantar de uma posição inclinada, debilidade da cauda, automutilação da cauda e parestesias. Os principais sinais clínicos por   compensação são atrofia musculares dos membros pélvicos, perda da propriocepção consciente, perda permanente do controle dos esfíncteres devido a lesão permanente do nervo, levando a incontinência fecal e urinária, paresia progressiva e até mesmo abrasões dermatológicas pelo o arrastar dos membros pélvicos.
2) Monte um caso clínico contendo: nome do paciente, raça, idade e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria no caso citado na questão 1 (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clinico). Coloque de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando for aplicável, cuidados na aplicação)
Ozzy, um Pastor Alemão macho de 6 anos de idade, foi atendido no Hospital Veterinário apresentando dificuldades de locomoção causada por paresia progressiva dos membros pélvicos. A tutora relata que o animal já possuía um histórico de dor na região dorsal, claudicação dos membros pélvicos e relutância ao correr, brincar e sentar. Há 1 mês, tutora relata que o animal tem perdido a força nos membros posteriores. Relatou também incontinência urinária e fecal.
No exame físico e neurológico, animal apresentou dor na palpação profunda da região dorsal do sacro, dor na dorsoflexão da cauda e dor na hiperextensão da região lombo sacra, tônus diminuído, atrofia dos músculos pélvicos de grau leve á moderado, reflexos reduzidos dos membros pélvicos, paresia ambulatória, reflexo perineal diminuído e déficit proprioceptivo. Foi observado também lesões dermatológicas superficiais na cauda por automutilação.
Animal foi encaminhado para realizar uma tomografia, onde foi confirmada a Síndrome da Cauda Equina.
Antes de tentar um tratamento invasivo (laminectomia), foi indicado um tratamento conservativo com corticóide de depósito por via epidural e Fisioterapia. 
Para a dor crônica do animal, foi indicado o uso da eletroterapia TENS (estimulação nervosa elétrica transcutânea) na frequência de 6HZ, pulso de 200us e tempo de estimulação de 30 minutos. Aumentandoa intensidade a cada 5-10 minutos para a pele não se acostumar. Repetir o tratamento a cada 2 dias.
Para melhorar o tônus e a atrofia muscular dos membros pélvicos, foi indicado o FES (estimulação elétrica funcional) em dias alternados com a TENS.
Na configuração dos parâmetros, foi usado 2 segundos de subida, 4 segundos de sustentação (pois animal não é condicionado), descida de 2 segundos e pausa de 10 segundos. Foi utilizada frequência de 30 HZ (fibras vermelhas) e pulso de 170 us e 10 contrações. Como se trata de um cão de porte grande os eletrodos serão colocados na origem e inserção dos músculos. Se o músculo parar de contrair é porque fadigou, então encerrar a sessão e continuar na próxima sessão com o número de contrações diminuídas.
Para as lesões superficiais na cauda do animal, foi recomendado fazer o uso de laserterapia de baixa potência de 670nm (luz vermelha), um dia sim e um dia não. Sempre tomando cuidado para o animal não olhar para a luz. O ideal é tanto o veterinário quanto o animal usar óculos.
Para a melhora da propriocepção e locomoção (após melhora da atrofia), foi indicado exercício ativos e assistidos tais como pranchas de equilíbrio, sentar e levantar, cavaletes/cones e aclive e declive.
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento
O TENS em frequência baixa (para dor crônica), foi escolhido para proporcionar analgesia e seu efeito analgésico tem duração de até 48hrs devido à liberação de opióides endógenos.
O FES, foi indicado para melhorar o tônus e a atrofia muscular pois trabalha os músculos através de contrações e relaxamento, assim exercitando e fortalecendo o músculo.
 A laserterapia com luz vermelha foi indicada pois tem poder cicatrizante, anti-inflamatório e analgésico sobre a ferida.
A prancha de equilíbrio foi indicada para o animal voltar a ter equilíbrio, propriocepção e reaprender a utilizar o membro.
Sentar e levantar, fortalece os músculos do quadril e todos os músculos extensores do joelho.
 
Cavaletes/cones ajuda no equilíbrio, coordenação e amplitude de movimento, além de melhorar a exatidão ao caminhar.
Aclive e declive para também ajudar no fortalecimento da musculatura pélvica do animal.
PROTOCOLO TERAPEUTICO DE DISPLASIA DE COTOVELO
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com displasia de cotovelo? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distância do local afetado pela patologia).
ANAMNESE: Manifestações de dor; Claudicação (coxear) uni ou bilateral (geralmente no frio e principalmente após exercício); caminhar característico com rotação externa do cotovelo; Rigidez após repouso; Rejeição da atividade física.
EXAME FÍSICO: Crepitação articular, Atrofia muscular, Dor, Diminuição da amplitude de movimento (flexão e extensão), Efusão articular devido ao aumento da produção de liquido sinovial. 
2) Monte um caso clínico contendo: nome do paciente, raça, idade e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citado na questão 1. (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clínico – Exemplo: Para analgesia- 1 exemplo... para atrofia: 1 exemplo...) – Coloquem de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação)
Histórico/Anamnese
Zeus, Can, Macho, Labrador Retriver, 6 meses idade.
Tutor relata que tem costume de levar o animal para passear e fazer exercícios todos os dias no condomínio, mas há 1 mês tem notado claudicação dos membros torácicos, e que se intensifica após a caminhada. Notou que em dias mais frios a claudicação é mais intensa. Notou animal menos ativo nos últimos dias. Não teve histórico de quedas. Não convive com outros animais. É vacinado, vermifugado e não castrado. Alimentado com ração seca (Premier) 3x ao dia. Não apresenta outra alteração aparente. 
Exame Físico
FC: 100bpm
FR: 25mrm
TEMP: 38,5°
TPC: 3s
MUCOSAS: normocoradas
HIDRATAÇÃO: turgor cutâneo normal
No exame físico específico dos membros torácicos notou-se dor a palpação, crepitação da articulação do cotovelo, diminuição da amplitude de movimento em flexão e extensão. 
A suspeita foi de displasia de cotovelo e foi indicado a realização do exame radiográfico para fechar diagnostico. As projeções utilizadas foram Médio-Lateral Flexionado, crânio-caudal com pronação a 15° e médio-lateral em extensão ligeiramente supinado.
Nos achados radiográficos tivemos visualização de uma linha radiotransparente irregular entre o processo ancôneo e a ulna, que caracteriza a não união do processo ancôneo (NUPA) e estreitamento entre o processo ancôneo e o côndilo umeral e alargamento entre a incisura troclear da ulna, o côndilo umeral e a cabeça do rádio, caracterizando uma incongruência articular (IA). Assim foi fechado o diagnóstico para displasia de cotovelo.
O tratamento para esse caso, por ser um cão jovem e sem sinal de osteoartrose grave o mais indicado é a cirurgia e associação com fisioterapia para melhores resultados. 
Para o pré cirúrgico indicamos TENS (eletroterapia com frequência baixa) que irá promover analgesia. Frequência 6Hz, Comprimento de onda 200us, Intensidade: contração visível, Tempo: por 30 minutos. Realizar a sessão a cada dois dias. Colocação dos eletros em volta do ombro ou nos dermatodos. 
No pós cirúrgico a indicação é FES para auxiliar no recrutamento muscular e evitar atrofia. Frequênca 30Hz, Largura do pulso 180us. Tempo: subida 2seg, sustentação 4seg, descida 2seg e pausa de 8seg. = 1 contração dura 16seg. Iniciar com 10 contrações para evitar fadiga. Duração total de 2,5minutos. Colocação do eletrodo na origem e inserção do músculo do ombro. 
Associado ao FES, indicamos crioterapia no ínicio e no fim da sessão, nos primeiros dias pós cirúrgico para melhorar resposta inflamatória, edema e dor. Podendo ser feita com bolsas de gel durante 20 minutos. 3 vezes ao dia, sendo uma antes da aplicação do fez e uma após a aplicação, a terceira feita a critério do tutor. 
A partir do quarto dia de cirurgia e durante as próximas semanas é indicado a introdução de cinesioterapia, iniciando com exercícios mais simples como caminhada com obstáculos e discos de equilíbrio, e na última fase depois de aproximadamente duas semanas complementar com exercícios mais avançados e ativos como de propriocepção, pistas com diferentes superfícies, elásticos ou faixa de tensão, subir e descer rampas etc.
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento 
Cinesio: A caminhada com obstáculos é utilizada para que o animal retorne com coordenação e propriocepção normais, sabendo que muitos animais se recusam a encostar o membro afetado por conta da dor, quanto maior a irregularidade do exercício proposto, melhor será a concentração do animal.
Para melhorar a amplitude de movimento, o movimento passivo ajuda a manter a mobilidade do quadril, causando áreas de tensão entre os flexores e/ou extensores lesionados e saudáveis. Melhoraremos a musculatura do quadril usando os discos de equilíbrio a fim de encorajar o animal a usar o membro que sofreu a intervenção e postura.
Usaremos elásticos para fornecer algum apoio e/ou sustentação de peso durante o exercício. Também pode ser usado para puxar o animal para fora do equilíbrio para um lado, e, ao mesmo tempo, oferecer suporte para o paciente, a fim de ele não cair durante o exercício. Para proporcionar resistência durante a marcha, podemos usar elástico (ou faixa de tensão) que podem ser ligados a arreio.
Exercícios da cinesioterapia também ajudam na formação de calo ósseo estimulando as células através da força física do animal.
Crioterapia: A escolha da crioterapia em pós-operatórios de pacientes com displasia de cotovelo se da por conta do efeito de vasoconstrição que ela proporciona, ativando o sistema nervoso simpático. Há queda do metabolismo, ocasionandodiminuição da permeabilidade capilar e com isso menos liberação de histamina causando a melhora do edema. 
Além disso, a crioterapia permite efeito de analgesia, uma vez que diminui a velocidade de condução nervosa das fibras de dor. 
A diminuição do metabolismo permite também, a queda dos efeitos deletérios da isquemia. 
Temos também a diminuição do espasmo muscular. A crioterapia permite a quebra do ciclo espasmo-dor, diminuindo a sensibilidade dos fusos musculares.
Eletroterapia (TENS): Escolhemos a eletroterapia TENS, pois como um dos sintomas é dor, ajuda na analgesia do pré-operatório. Frequência baixa de 6 Hz, porque incomoda menos, o animal não tem muito tecido adiposo e é usado em dores crônicas. A escolha do comprimento de onda de 200 us, a intensidade de contração visível e o tempo de 30 min foram pensados pois como o animal já está há 1 mês com claudicação, se trata de uma dor crônica. 
Eletroterapia (FES): A eletroterapia FES, é importante pois auxilia no recrutamento muscular e ainda evita atrofia, já que na displasia de cotovelo o animal tende a ter atrofia dos músculos adjacentes. Usamos a frequência de 30 Hz, pois confere resistência recrutando as fibras vermelhas, largura do pulso de 180 us para recrutamento do músculo bíceps femoral. E colocamos tempo de repouso de 8 segundos que também é importante para o ganho muscular. Para evitar que o animal tenha fadiga é melhor iniciar com somente 10 contrações.
PROTOCOLO TERAPEUTICO DA DOENÇA DO DISCO INTERVETEBRAL (DDIV)
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com DDIV? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distância do local afetado pela patologia).
Possui sintomatologia muito ampla, pelo fato de os sintomas estarem relacionados ao local do sitio de herniação e da quantidade de material dentro do canal. Para facilitar o diagnóstico, os sinais clínicos são divididos por segmento de coluna que está comprometido.
Síndrome cervical acomete o segmento de C1-C5. Animal apresenta dor intensa no pescoço, podendo levar a uma hiperestesia cervical, relutância em movimentar o pescoço, dificuldade de se alimentar, um dos membros torácios pode estar flexionado ao andar e bastante dor (vocaliza) a manipulação (que não costuma a cessa com medicação). Síndrome cérvico-torácica (C6-T2), o paciente apresenta fraqueza, paresia ou plegia dos membros toracios e pélvicos, reflexo do panículo ausente ipsilateral ou bilateral a lesão, dor na região cervical, propriocepção pode estar comprometida, ataxia, comprometimento dos reflexos e do tônus muscular nos membros torácicos. A manifestação dos sinais nervosos é mais severa nos membros torácicos. Pode haver atrofia dos pélvicos por desuso e a dor profunda pode ou não estar presente. Síndrome toracolombar (T3-L3), o animal apresenta dor no local da extrusão, posição de cifose, reflexo do panículo diminuído ou ausente, ataxia, paresia ou plegia dos membros pélvicos depende da intensidade da compressão nervosa. Os reflexos dos 4 membros estão presentes, mas propriocepção normal apenas nos membros torácicos. Se há uma compressão mais intensa, pode apresentar perda de dor profunda nos pélvicos. A bexiga costuma estar comprometida em quadros que há paraplegia ou paraparesia não ambulatória (incontinência). Em casos que o animal apresenta extrusão do tipo III, podem adotar a posição de Schiff-Sherrington. Síndrome Lombossacral (L4-S3), nessa síndrome não há acometimento dos membros torácicos. Nos pélvicos, podem apresentar paresia ou paralisia, disfunção da bexiga e paralisia ou paresia do esfíncter anal. Os reflexos anais podem estar diminuídos ou ausentes (incontinência fecal). Na síndrome multifocal, acontece a Mielomalácia (necrose medular). Os sinais progridem de cranial para caudal, ocorrendo flacidez e perda do reflexo dos membros torácicos que evolui para paralisia respiratória e morte. Um sintoma característico desta síndrome é a perda progressiva do reflexo do panículo.
Os sinais que podem aparecer devido compensação serão contraturas musculares, anquiloses (rigidez completa ou parcial de uma articulação devido à aderência e rigidez dos ossos da articulação) atrofia muscular,
2) Monte um caso clínico contendo: nome do paciente, raça, idade e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citado na questão 1. (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clínico – Exemplo: Para analgesia- 1 exemplo... para atrofia: 1 exemplo...) – Coloquem de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação)
No dia 21 de maio de 2020 foi atendida no Hospital Veterinário uma fêmea da espécie canina e raça Dachshund, castrada com 8 kg e oito anos de idade, com vacinação e vermifugação em dia. 
Tutor relatou que animal apresenta ataxia dos membros pélvicos, posição de cifose e dor a cerca de 3 dias. 
No exame clínico, animal se apresentava em estado mental de alerta, hidratado, mucosas rosadas, FC 184 bpm, FR 60 mpm, TPC = 2, T °39 C, sem dor a palpação abdominal e linfonodos não reativos. 
No exame neurológico, apresentou reflexo do panículo diminuído, reflexos dos quatro membros estão presentes, mas propriocepção normal apenas nos membros torácicos.
Foi feito exame radiográfico simples do segmento toracolombar da coluna do paciente, sendo nas projeções laterolateral e ventrodorsal. Com base nos achados radiográficos, DDIV entre T12-T13 era o principal diagnostico diferencial, onde foi visibilizado diminuição do espaço intervertebral e aumento da radiopacidade no forame intervertebral, sem presença de sinais de osteoartrose, sendo que para um diagnóstico com maior acurácia era indicado o uso da ressonância magnética ou tomografia computadorizada, que não foram feitas no caso citado.
Dor: 
Eletroterapia: TENS, com frequência de 120Hz, comprimento de 20 ms durante 30 minutos. A aplicação dos eletrodos é ao redor do local onde há dor.
Ataxia/propriocepção: 
Pranchas de equilíbrio: a prancha deve ser posicionada sob os pés do animal e permitem uma movimentação variada, melhorando equilíbrio e propriocepção. A medida que o quadro do animal vai melhorando e diminuindo a dor, pode ser utilizado a terapia com a bola.
Hidroesteira: treinando a propriocepção, coordenação e equilíbrio. Cuidado em manter o nível da água adequado para o animal.
Alongamento Estático: permite a extensão máxima da musculatura, é realizado através do movimento fisiológico ampliado com duração de 15-30 segundos.
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento.
Cinesioterapia: feita para melhoras a amplitude de movimento, reduz inflamação e lesão tecidual, ajuda prevenir atrofia e contraturas musculares por fibrose. Os exercícios ativo-assistidos atuam no fortalecimento muscular, auxiliam a locomoção e na melhora da propriocepção. Já os exercícios ativos, estimulam a coordenação e a função do membro acometido, influenciam também no fortalecimento muscular e a melhorar a amplitude de movimento.
Eletroterapia: é a aplicação de uma corrente elétrica para estimular nervos sensoriais e/ou motores e divide-se em estimulação elétrica nervosa transcutânea. Os músculos paréticos reagem a impulsos elétricos com intensidade inferior aos músculos são, consequentemente, podem ser estimulados seletivamente. Por outro lado, a atrofia muscular pode ser prevenida, reduzida ou, no mínimo, mantida, a fibrose muscular minorada e a capacidade de regeneração muscular preservada. A TENS atua a nível sensorial, ativando os sistemas de controlo neuronal da dor e libertando opioides endógenos. Conduz à analgesia de músculos e articulações, havendo redução do tónus muscular e aumento da circulação sanguínea. Os elétrodos podem ser aplicados diretamente na pele ou com um gel que melhore o contato.
PROTOCOLO DA DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com doença articular degenerativa? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distância do local afetado pela patologia).
Claudicação, dor, crepitação, relutância ao exercício, mudança de comportamento, lambedura ou mordedura da articulação, disfunção articular, edema articular, fibrose periarticular, atrofia muscular, amplitude articular diminuída, alterações na marcha.
2) Monte um caso clínico contendo: nome do paciente, raça, idade e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citado na questão 1. (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clínico – Exemplo: Para analgesia- 1 exemplo... para atrofia: 1 exemplo...) – Coloquem de forma detalhada (forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação)
HISTÓRICO/ ANAMNESE: Serena, felina, fêmea, SRD, 14 anos, castrada, 6kg Tutor relata que o Animal apresenta discreta claudicação de membro pélvico direito. Faz 2 meses que o animal mudou de comportamento, evita pular e correr, passa a maior parte do tempo deitado dormindo. Ontem o animal reclamou de dor e tentou morder o tutor quando o pegou no colo. 
Descarta trauma ou queda, animal não tem acesso à rua, sem contactantes no local. Habitat com escadas e piso frio. Ração premium, normofagia, normodipsia, urina de coloração normal (as vezes a animal urina fora da caixa de areia), normoquesia. Controle de endoparaistas e ectoparasitas desatualizados. Não tem vacinas.
EXAME FÍSICO: Ao exame físico nota-se pelame opaco e sem brilho, animal escore 3-4 (sobrepeso), dor na palpação do membro pélvico direito, taquicardia e taquipnéia por dor após exame físico, demais parâmetros (temperatura, hidratação, mucosas, TPC) sem alterações dignas de nota.
Crepitação da articulação do joelho direito ao realizar exames ortopédicos com animal sedado. No exame radiográfico foi confirmado o diagnóstico de Doença Articular Degenerativa da articulação femorotibial, com edema articular caracterizando inflamação secundária.
Foram solicitados outros exames (hemograma, perfil bioquímico, coleta de liquido sinovial para avaliar função renal, descartar processo infeccioso devido a presença de oasteoartrite na articulação) para melhor esclarecimento do quadro e conduta terapêutica.
TRATAMENTOS:
· DOR AGUDA
Para analgesia: realizar crioterapia através da aplicação de toalhas de gelo por 15-20 minutos, 3 vezes ao dia, por um dia se o animal permitir. A aplicação de crioterapia deve ser evitada em feridas abertas, queimaduras, fraturas e zonas com perda de sensibilidade, devendo ser envolvidos em panos, de forma a evitar o risco de queimadura. 
Para a inflamação aguda e edema ocasionado pela osteoartrite secundária a DAD: ultrassom frequência 3MHZ, modo atérmico, por 5 minutos, intensidade 0,7 W/CM² todos os dias durante 5 dias.
· DOR CRÔNICA
Na segunda semana de tratamento para produzir relaxamento muscular, analgesia, melhorar a viscosidade do liquido sinovial e melhorar aporte sanguíneo e de oxigênio na articulação, realizar ultrassom frequência 1 MHZ, térmico, tempo 4 minutos, intensidade 1,2 W/CM² a principio por duas semanas.
A intenção é que sessando a dor e a inflamação o animal retorne a apoiar o membro e volte a ter o comportamento habitual.
3) Justificativa: como as modalidades escolhidas auxiliam o tratamento.
A doença articular não tem cura porém com o uso das modalidades da fisioterapia podemos minimizar a dor e inflamação da articulação. Melhorando a qualidade de vida do animal.
CRIOTERAPIA: esta modalidade é mais utilizada nas fases aguda. Promove analgesia, diminuição da inflamação e previne os espasmos musculares. Auxiliando no controle da dor aguda e inflamação para conforto do animal.
ULTRASSOM: permite a redução do edema, o aumento da mobilidade articular e a redução da inflamação. Analgesia, relaxamento muscular, melhora na viscosidade do liquido sinovial e melhora aporte sanguíneo e de oxigênio na articulação. Isso fará com que aumente o metabolismo da cartilagem para retorno da função articular para que o animal passe a apoiar o membro e deixe de claudicar. Com isso podemos diminuir a dor e inflamação do animal permitindo que o felino volte ao comportamento habitual.
PROTOCOLO TERAPEUTICO DE DISPLASIA COXOFEMORAL
1) Quais os sinais clínicos apresentados por um paciente com displasia coxofemoral? (Coloque todos os sinais apresentados por um animal que não realizou nenhum procedimento cirúrgico e não faz uso de nenhuma medicação. Inclua também quais os principais sinais clínicos ocorrerão por compensação, ou seja, a distancia do local afetado pela patologia).
Instabilidade da articulação, dificuldades para se levantar, diminuição das atividades físicas como pular, saltar, subir escadas, alteração na deambulação, atrofia do musculo do membro pélvico, dor, crescimento dos músculos do ombro (para compensar os membros traseiros), sentar-de-lado, claudicação uni ou bilateral, falta de coordenação nos quadris (andar rebolado), passos anormais recorrentes, dorso arqueado e estalos ao andar.
2) Monte um caso clinico contendo: nome do paciente, raça, idade, e qual o tratamento fisioterápico você utilizaria para o tratamento do caso citado na questão 1. (Escolha apenas um procedimento para o tratamento de cada sinal clinico – Exemplo: Para analgesia – 1 exemplo... para atrofia – 1 exemplo..) Coloquem de forma detalhada, forma de aplicação, tempo, parâmetros do aparelho quando esse parâmetro for aplicável, cuidados na aplicação. 
Histórico/ Anamnese:
Thor, canino, macho, Golden Retriver, 9 anos, foi diagnosticado a 2 anos com displasia coxofemoral. Apresenta dor e claudicação evidente. Convive com outros animais (cães) e mantem boa relação. É alimentado com ração Premium 3x ao dia e carteirinha de vacinação atualizada. 
Exame físico: parâmetros como temperatura, hidratação, FC, FR, mucosas e TPC sem alterações digna de nota. Foi observado crepitação de articulação coxofemoral bilateral e dos joelhos, houve desconforto ao realizar exames ortopédicos. 
Tratamento: 
· Eletro analgesia: utilizado a corrente interferencial, já que a displasia nesse animal é um problema crônico, e campo magnético estático. 
O estabelecimento conta com equipamentos de eletroterapia, usado para controle de dor, reducação motora e fortalecimento muscular utilizando correntes elétricas como Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) com frequência baixa e comprimento de onda (pois se trata de dor crônica). 
Aplicação: os eletrodos vão ao local onde esta dolorida. (cranial e caudal) e em algumas situações onde não da para colocar o eletrodo onde dói, é possível colocar no dermátomo correspondente. Os dermátomos são regiões da pele inervadas pelos diferentes pares de nervos que saem da coluna vertebral.
· Fortalecimento dos músculos do quadril através de exercícios com obstáculos.
· Terapia de laser de baixa potência para reparo tecidual e analgesia: ultrassom terapêutico para consolidação óssea ou mio relaxamento, campo magnético estático usado para relaxamento e analgesia. 
Além dessas modalidades, há outros auxiliares como a esteira seca que é utilizada quando o animal não pode entrar em contato com água; obstáculos com cones e bastões para montar circuitos de exercícios ativos visando o gasto energético, fortalecimento muscular, equilíbrio e propriocepção; bolas terapêuticas para alongamento e exercícios de equilíbrio; faixas elásticas e discos proprioceptivos usados em exercícios ativos com o objetivo de fortalecimento e equilíbrio. 
3) Justifique como as modalidades escolhidas podem auxiliar no seu tratamento.
· Eletroanalgesia - Quando falamos em eletroanalgesia, aplicamos corrente do TENS, que tem por objetivo bloquear as fibras nervosas responsáveis por levar a informação de dor ao cérebro.A consequência disso é aliviar a sensibilidade dolorosa percebida pelo animal, quando tem uma lesão, fazendo com que ele se sinta melhor, libere endorfinas e outras substâncias responsáveis pelo bem estar.
· Laser - É capaz de gerar efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, diminuindo consideravelmente o nível de dor dos animais e, em alguns casos, até mesmo acabando com a necessidade do uso de medicamentos alopáticos para o controle da dor. Auxilia, também, na consolidação óssea; acelerando o processo e na regeneração de nervos periféricos.
· Hidroterapia na esteira - Indicado para prevenir atrofias musculares, aumentar a capacidade cardiorrespiratória, estimular a circulação sanguínea, aliviar a dor, aumentar da flexibilidade, reeducar músculos paralisados, fortalecer a musculatura, manter e melhorar equilíbrio, coordenação e postura, além de aumentar a mobilidade.
· Cinesioterapia ativa assistida: O animal faz sozinho, mas precisa de ajuda. Animais
Paréticos, com claudicação, lesão de NMI, ataxia proprioceptiva – deixar o animal em pé melhora o tônus muscular, coordenação, equilíbrio e cria resistência. Exercícios em piso que não é liso (pedra, grama, areia, prancha de equilíbrio) melhoram a propriocepção. Tudo depende se o terapeuta ajuda ou não o animal, pode ser: esteira, bola, prancha de equilibro. 
· Acupuntura – é excelente no controle da dor e no retardamento da evolução da doença. Ela inibe a transmissão nociceptiva, melhora o fluxo sanguíneo, inibe a inflamação, reduz a tensão muscular e espasmo, redefine os mecanismos proprioceptivos e a postura estrutural. No ato da aplicação das agulhas, que permanecem por até 15 minutos em pontos específicos e predeterminados pelo médico-veterinário, ocorre liberação de substâncias como serotoninas, endorfinas e opioides, que contribuem para analgesia e relaxamento.
· Massagem relaxante - Um cachorro que apresenta displasia de quadril tenta não apoiar a pata afetada e, devido a isso, pode sofrer de atrofia muscular nessa pata. Massagear o cachorro favorece a recuperação do músculo e, corrige a má postura da coluna vertebral.

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