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HIDRÁULICA II MIRVALDO MORAES DE SOUZA ENGº CIVIL – CREA/SP Nº 5060331051-D PÓS-GRADUAÇÃO: oANÁLISE AMBIENTAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA (UNIR); o ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO (UFPB).; ATUALMENTE: o PROF. ESP. DA PÓS-GRADUAÇÃO/UNIRON; o PROF. ESP. DA GRADUAÇÃO/UNIRON; o COORD. DO GRUPO DE TRAB. DE ENGª - GTE/SEPOG; o PROPRIETÁRIO – MORAES ESCRIT. DE ENGENHARIA ESCOAMENTO EM CONDUTORES LIVRES INTRODUÇÃO: O escoamento em condutos livres é caracterizado por apresentar uma superfície livre na qual reina a pressão atmosférica. • Estes escoamentos tem um grande número de aplicações práticas na engenharia, estando presente em áreas como saneamento, a drenagem urbana, irrigação, hidro- eletricidade, navegação e conservação do meio ambiente. • Os problemas apresentados pelos escoamentos livres são mais complexos de serem resolvidos, uma vez que a superfície livre pode variar no espaço e no tempo e, como conseqüência, a profundidade do escoamento, a vazão, a declividade do fundo e a do espelho líquido são grandezas independentes. Desta forma, dados experimentais sobre os condutores livres são, usualmente, de difícil apropriação. • De modo geral, a seção transversal dos condutos livres pode assumir qualquer forma e a rugosidade das paredes internas tem grande variabilidade, podendo ser lisas ou irregulares, como a dos canais naturais. • Além disso, a rugosidade das paredes pode variar com a profundidade do escoamento e, conseqüentemente, a seleção do coeficiente de atrito é cercada de maiores incertezas em relação à dos condutos forçados. CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS: a) Naturais: são os cursos d’água xistentes na natu- reza (córregos, rios, estu- ários, etc). b) Artificiais: construídos pelo homem, de seção aberta ou fechada (canais de irrigação, de navegação, galerias, etc). Apresenta-se a seguir outros exemplos clássicos e outros usuais do emprego dos condutos livres: “Aqueduto Romano no Mediterrâneo, do séc. III (d.c.).” Canal de adução do Sistema produtor Alto Tietê – Sabesp São Paulo, 1999. Canal de adução à casa de Bombas do sistema de irri- gação do Baixo Nilo – Egito, 1999. Calha do Córrego Pirajussara, São Paulo. Rio Tietê São Paulo, 1988. Canal Pereira Barreto, unindo Reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos, no Complexo Urubupunga, São Paulo. Canalização regular do Córrego dos Meninos, São Bernardo - São Paulo. REFORÇANDO O CONCEITO: • Compreendem-se como condutos livres os recipientes, abertos ou fechados, naturais ou artificiais, independentes da forma, sujeitos à pressão atmosférica. Os rios são o melhor exemplo de condutores livres. • A designação de conduto ou canal tanto se pode aplicar a cursos d’água natural como aos artificiais. No escoamento em condutos livres a distribuição de pressão pode ser considerada como hidrostática e o agente que proporciona o escoamento é a gravidade. • A compreensão, interpretação e o dimensionamento de condutos livres são importantes nos aspectos econômicos, ecológico e social em atividades do diagnósticos e estudos de impacto ambiental, modelagem, navegação, transporte e tratamento de esgoto, proteções, entre outras. • O escoamento de fluídos em condutos livres pode ser classificado segundo o seu comportamento: • No escoamento permanente não há mudança de algumas de suas propriedades: principalmente vazão e massa específica • No escoamento permanente uniforme, além da vazão e a massa específica, são necessários seção, profundidade e velocidade constante: • No escoamento permanente variado, além da vazão e massa específica constantes, admite-se um gradiente de velocidades devido à aceleração ou retardação, que altera as profundidades: • No escoamento permanente variado gradualmente, além da vazão e massa específica constantes, admite-se um moderado gradiente de velocidades devido à aceleração ou retardação, que altera as profundidades; • No escoamento permanente variado rapidamente, além da vazão e massa específica constantes, admite-se um significativo gradiente de velocidades devido à aceleração ou retardação, que altera sensivelmente as profundidades. • O escoamento não permanente ou transitório ocorre com mudanças nas suas propriedades, ou seja, a profundidade numa dada posição varia ao longo do tempo, constituindo-se, assim, a forma de representação próxima da realidade. Apenas em alguns casos interpreta-se o escoamento como um transitório devido a sua complexidade, como: enchimento e esvaziamento de eclusas, golpe de ariete, ondas de maré, ondas de vento, pororoca, etc.: FONTE: Universidade Federal de Alagoas CONCLUSÃO: • Que os cursos de água naturais constituem o melhor exemplo de condutos livres; • Mas funcionam também como condutos livres de esgoto, as galerias de águas pluviais, os túneis-canal, as calhas, canaletas, etc; • São pois, considerados canais todos os condutos que conduzem águas com uma superfície livre, com seção aberta ou fechada. Conclusão: Os condutos de pequenas proporções geralmente são executados com a forma circular A seção em forma de ferradura é comumente adotada para os grandes aquedutos. Os canais escavados em terra normalmente apresentam uma seção trapezoidal que se aproxima tanto quanto possível da forma semi-hexagonal. O talude das paredes laterais depende da natureza do terreno (condições de estabilidade). Os canais abertos em rocha são, aproximadamente, de forma retangular, com a largura igual a cerca de duas vezes a altura. As calhas de madeira ou aço são, em geral semicirculares, ou retangulares. RELAÇÕES PARA A VELOCIDADE MÉDIA: O Serviço Geológico dos Estados Unidos apresenta as relações dadas a seguir, que são de grande utilidade nas determinações e estimativas de vazão. a) A velocidade média numa vertical geralmente equivale de 80% a 90% da velocidade superficial; b) A velocidade a seis décimos de profundidade é, geralmente, a que mais se aproxima da velocidade média; c) Com maior aproximação do que na relação anterior, tem-se: d) A velocidade média também pode ser obtida partindo- se de : (essa última expressão é mais precisa) ÁREA MOLHADA E PERÍMETRO MOLHADO: Como os condutos livres podem apresentar as formas mais variadas, podendo ainda funcionar parcialmente cheios, torna-se necessária a introdução de dois novos parâmetros para o EXERCÍCIO: Calcular a seção, o perímetro molhado e o raio hidráulico para o canal de terra com as seguintes características: Largura do fundo= 0,30 m, indicação do talude 1:2. e profundidade de escoamento é 0,40 m. Sendo: b= 0,30 m Solução: m= 2,00 m h= 0,40 Am= h(b + m.h) Pm= ? = 0,40(0,30 + 2,00 x 0,40) Rh=? = 0,44m² Pm= b + 2h √ 1 + m² = 0,30 + 2(0,40) √ 1 + 2,00² = 2,09 m0,30 0,40 2,00 EQUAÇÃO GERAL DE RESISTÊNCIA: Torna-se um trecho de comprimento unitário. O movimento sendo uniforme, a velocidade mantém-se à custa da declivi- dade dofundo do canal, declividade essa que será a mesma para a superfície livre das águas. Sendo ɣ o peso específico da massa líqui da, a força que produz o movimento será a componente tangencial do peso do líquido. Desde que o movimento seja uniforme, devem haver equilíbrio entre as forças aceleradoras e retardadoras, de modo que a força F deve contrabalançar a resistência oposta ao escoamento pela resultante dos atritos. Essa resistência ao escoamento pode ser considerada proporcional aos seguintes fatores: ILUSTRAÇÃO DE UM CANAL CIRCULAR (?) (?)
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