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Caderno de Questões
Português
Questão 600: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto I
 
O silêncio é um grande tagarela
 
Acredite se quiser. O silêncio tem voz. O silêncio fala. O que é perfeitamente normal no universo humano. Ou você pensa que só ou nosso falar, comunica? O silêncio
também comunica. E muito. O silêncio pode dizer muita coisa sobre um líder, uma organização, uma crise, uma relação.
 
Mesmo que a nudez  seja uma ação estratégica, não adianta.  Logo mais, alguém vai  criar uma versão sobre aquele  silêncio.  Interpretá­lo e  formar uma opinião. As
percepções serão múltiplas. As interpretações vão correr soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão comentários. O silêncio, coitado, que só queria se
preservar acabou alimentando uma rede de conversas a seu respeito. Porque não adianta fingir que ninguém viu, que passou despercebido. Não passou. Nada passa
despercebido ­ nem o silêncio.
 
A rádio corredor então, é imediata. Na roda do café, no almoço, no happy­hour. Todos os empregados vão comentar o que perceberam com aquele silêncio oficial, com o
que ficou sem uma resposta. Com o que ficou no ar. Com a falta da comunicação interna.
 
E as redes sociais, com suas vastidões de blogs, chats, comunidades e demais canais vão falar, vão comentar e construir uma imagem a respeito do silêncio. Porque o
silêncio, que não se defende porque não emite sua versão oficial ­ perde uma grande oportunidade de esclarecer, de dar volta por cima e mudar percepções, influenciar.
Porque se a palavra liberta, conecta, use; o silêncio perde, esconde, confunde, sonega.
 
Afinal, não existem relações humanas sem comunicação. Sem conversa. São as pessoas que dão vida e voz às empresas, aos governos e às organizações. Mesmo dois
mudos se comunicam por sinais e gestos. Portanto, o silêncio também fala. Mesmo que não queira dizer nada.
 
Por  isso,  é  preciso  conversar.  Sabe  o  quê,  quando,  como  falar.  Sabe  ouvir.  Saber  responder.  Interagir.  Este  é  um  mundo  que  clama  por  diálogo.  Que  demanda
transparência. Assim como os mercados, os clientes e os consumidores. Assim como os cidadãos e os eleitores, mais do que nunca! E o silêncio é uma voz ruidosa. nunca
foi bom conselheiro. Desde a briga de namorados. Até as suspeitas de escândalos financeiros, fraudes, desastres ambientais, acidentes de trabalho.
 
O silêncio é um canto de sereia. Só parece uma boa solução, por que a voz do silêncio é um grito com enorme poder de eco. E se você não gosta do que está ouvindo,
preste atenção no que está emitindo. Pois de qualquer maneira,  sempre vai comunicar alguma coisa. Quer queira, quer não. De maneira planejada, sendo previdente. Ou
apagando incêndios, com enormes custos para a organização, o valor da marca, a motivação dos empregados e o próprio futuro do negócio.
 
Enfim, o silêncio nem parece, mas é um grande tagarela.
 
(Luiz Antônio Gaulia) Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_veasp?ID_COLUNA=96&ID_COLUNISTA=27 Acesso em 19/07/2013
 
 
Texto II
 
Para Ver as Meninas
 
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
 
(Marisa Monte) Disponível em http://letras.mus.br/marisa­monte/47291/Acesso em 19/07/2013
 
Os textos I e II abordam a questão do silêncio. Assinale a opção que apresenta uma análise incorreta sobre o tratamento dispensado a esse.
 a)  O texto I apresenta uma reflexão crítica em relação ao silêncio.
 b)  O texto II apresenta uma representação mais subjetiva do silêncio.
 c)  No texto I, apresentam­se inúmeros benefícios sobre uso adequado do silêncio.
 d)  O texto II apresenta aspectos positivos do silêncio.
 e)  A “fala” do silêncio não é representada de modo explícito no texto II.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 601: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto I
Notícia de Jornal
                               (Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em
pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista
em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um
pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa ­ não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e
duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o
homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve­se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de  fome,  pedindo  providências  às  autoridades.  As  autoridades  nada mais  puderam  fazer  senão  remover  o  corpo  do  homem. Deviam  deixar  que  apodrecesse,  para
escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de  inanição,  tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro,   Estado da Guanabara, um
homem morreu de fome.
(Disponível em http://www.fotolog.com.br/spokesman_/70276847/: Acesso em 10/09/14)
 
A partir da leitura da crônica de Fernando Sabino, é possível afirmar que:
 a) Sabino inspira­se em uma notícia de jornal, mas o narrador faz de seu texto um espaço de críticas e reflexões acerca do fato narrado.
 b) a relação entre a crônica e a notícia limita­se ao título já que, ao longo do texto, Sabino desvia do assunto inicial, expandindo­o.
 c) o narrador preocupa­se em mostrar as reações causadas pelo homem que morria de fome, evidenciando a solidariedade de todos.
 d) o fato do homem que morre de fome não ter sido nomeado limita a reflexão já que, dessa forma, podemos vinculá­lo a um caso isolado.
 e) o narrador da crônica, tal qual em uma notícia de jornal, não se envolve com os fatos narrados, adotando uma postura imparcial.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 602: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto I
Notícia de Jornal
                               (Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em
pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulânciado Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista
em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um
pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa ­ não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e
duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o
homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve­se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de  fome,  pedindo  providências  às  autoridades.  As  autoridades  nada mais  puderam  fazer  senão  remover  o  corpo  do  homem. Deviam  deixar  que  apodrecesse,  para
escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de  inanição,  tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro,   Estado da Guanabara, um
homem morreu de fome.
(Disponível em http://www.fotolog.com.br/spokesman_/70276847/: Acesso em 10/09/14)
 
Ao longo do texto, com o objetivo de ratificar sua indignação diante do descaso pelo qual passou o homem que morreu de fome, o narrador usa, de forma recorrente, a
seguinte estratégia discursiva:
 a) Repetição
 b) Discurso indireto livre
 c) Intertextualidade
 d) Conotação
 e) Denotação
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 603: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto II
O Bicho
     (Manuel Bandeira)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho.htm, acesso em 10/09/2014)
 
Sobre a progressão temática do poema de Manuel Bandeira, NÃO se pode afirmar que:
 a) Busca despertar expectativa no leitor, que se surpreende ao final do texto com a constatação da animalização do homem.
 b) Ao informar a localização do bicho logo no início do poema, cria uma ambientação apartada do que se entende como universo humano.
 c) Utiliza negativas para marcar a diferença entre humanos e animais no que diz respeito à alimentação.
 d) Aumenta o efeito de suspense quando, ao invés de dizer quem era o bicho, opta por dizer quem ele não era.
  e)  Apresenta,  em  todas  as  estrofes,  pistas  claras  de  que  se  trata  de  um  ser  humano,  sobretudo nas  duas  primeiras,  o  que  se  comprova  pelas  formas  verbais
“catando” e “achava”.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 604: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto II
O Bicho
     (Manuel Bandeira)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho.htm, acesso em 10/09/2014)
 
Confrontando o primeiro verso do poema e seu título, nota­se que houve uma mudança do artigo que acompanha a palavra “bicho”. Isso se explica porque:
 a) o artigo definido do título justifica­se pela tentativa de evitar uma repetição desnecessária já que, no primeiro verso, ele se refere ao bicho novamente.
 b) o artigo indefinido do primeiro verso indica que o eulírico pretende criar um efeito de nostalgia em torno do bicho em questão.
 c) a mudança de artigo, do definido para o indefinido, reforça o efeito de surpresa causado no leitor pelo eulírico que, embora saiba de que bicho se trata desde o
título, opta por não revelá­lo de imediato.
 d) trata­se de um recurso gramatical que, embora não acarrete alterações semânticas, produz substanciais transformações sintáticas na estrutura do poema.
 e) o eu­lírico pretendia chamar atenção para a importância do tema central do poema, por isso recorreu às alterações morfossintáticas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 605: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto III
Corrida contra o ebola
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas
para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia está fora de controle.
O  vírus  encontrou  ambiente  propício  para  se  propagar. De um  lado,  as  condições  sanitárias  e  econômicas  dos  países  afetados  são  as  piores  possíveis. De  outro,  a
Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países­
membros – o restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões.
Os  cortes  obrigaram a OMS a  fazer  escolhas  difíceis.  A  agência  passou  a  dar mais  ênfase  à  luta  contra  enfermidades  globais  crônicas,  como doenças  coronárias  e
diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá­lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou­se crucial estabelecer um comando central
na África Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera­se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e
Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo
perdido conta a favor da doença.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104­ editorial­corrida­contra­o­ebola.shtml: Acesso em: 08/09/2014)
 
Pelo entendimento global do texto, só NÃO é possível inferir que:
 a) As condições sanitárias e econômicas dos países afetados pelo surto contribuíram para a propagação da doença.
 b) As proporções atingidas pela doença impedem que essa sejacontrolada apenas da cidade sede da OMS.
 c) Como apenas 20% dos recursos da OMS vêm de contribuições voluntárias, a questão financeira é uma grande debilidade.
 d) O fato de a OMS ter dado mais atenção a doenças crônicas contribuiu para um enfraquecimento dos setores de epidemias e pandemias.
 e) O número de contaminações vem aumentando nas últimas semanas do período registrado no texto.
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Questão 606: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto III
Corrida contra o ebola
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas
para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia está fora de controle.
O  vírus  encontrou  ambiente  propício  para  se  propagar. De um  lado,  as  condições  sanitárias  e  econômicas  dos  países  afetados  são  as  piores  possíveis. De  outro,  a
Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países­
membros – o restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões.
Os  cortes  obrigaram a OMS a  fazer  escolhas  difíceis.  A  agência  passou  a  dar mais  ênfase  à  luta  contra  enfermidades  globais  crônicas,  como doenças  coronárias  e
diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá­lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou­se crucial estabelecer um comando central
na África Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera­se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e
Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo
perdido conta a favor da doença.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104­ editorial­corrida­contra­o­ebola.shtml: Acesso em: 08/09/2014)
 
Ao  observar  que  o  texto  “Corrida  contra  o  ebola”  possui  caráter  argumentativo,  pode­se  afirmar  que  a  tese,  ou  seja,  a  ideia  central  apresentada  pelo  autor,  está
MELHOR explicitada no seguinte fragmento:
 a) “Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional” (1º§)
 b) “mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes” (1º§)
 c) “quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas” (2º§)
 d) “O vírus encontrou ambiente propício para se propagar.” (3º§)
 e) “a Organização Mundial da Saúde foi  incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas  localidades afetadas.”
(3º§)
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Questão 607: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto III
Corrida contra o ebola
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas
para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia está fora de controle.
O  vírus  encontrou  ambiente  propício  para  se  propagar. De um  lado,  as  condições  sanitárias  e  econômicas  dos  países  afetados  são  as  piores  possíveis. De  outro,  a
Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países­
membros – o restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões.
Os  cortes  obrigaram a OMS a  fazer  escolhas  difíceis.  A  agência  passou  a  dar mais  ênfase  à  luta  contra  enfermidades  globais  crônicas,  como doenças  coronárias  e
diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá­lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou­se crucial estabelecer um comando central
na África Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera­se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e
Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo
perdido conta a favor da doença.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104­ editorial­corrida­contra­o­ebola.shtml: Acesso em: 08/09/2014)
 
A afirmação do diretor do CDC, no segundo parágrafo, em relação ao posicionamento do autor do texto cumpre um papel de:
 a) retificação
 b) eufemismo
 c) enumeração
 d) contestação
 e) reafirmação
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Questão 608: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto IV
 
 
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/37597/charge+ebola+causa+c omocao+apos+risco+de+epidemi
Na charge, o continente africano e o mundo foram “personificados”. O comportamento que MELHOR sintetiza a postura inicial do mundo e que justifica sua reação no
segundo momento é:
 a) egoísmo
 b) futilidade
 c) euforia
 d) solidariedade
 e) desconfiança
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Questão 609: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto III
Corrida contra o ebola
 
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas
para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes. 
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nasúltimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia está fora de controle.
O  vírus  encontrou  ambiente  propício  para  se  propagar. De um  lado,  as  condições  sanitárias  e  econômicas  dos  países  afetados  são  as  piores  possíveis. De  outro,  a
Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas. 
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países
membros – o restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões. 
Os  cortes  obrigaram a OMS a  fazer  escolhas  difíceis.  A  agência  passou  a  dar mais  ênfase  à  luta  contra  enfermidades  globais  crônicas,  como doenças  coronárias  e
diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos. 
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados. 
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá­lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou­se crucial estabelecer um comando central
na África Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera­se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e
Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. 
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta a favor da doença.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104­editorial­corrida­contra­o­ebola.shtml: Acesso em: 08/09/2014)
 
 
Texto IV
 
 
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/37597/charge+ebola+causa+c omocao+apos+risco+de+epidemi
 
Embora pertençam a gêneros diferentes, os textos “Corrida contra o ebola” e a “charge” podem ser relacionados pois:
 a) apresentam identidade estrutural e, consequentemente, temática.
 b) evidenciam posicionamento sobre o tema abordado.
 c) revelam um olhar distanciado e isento sobre problemas considerados crônicos.
 d) exploram o humor para atingir seu objetivo de crítica social.
 e) complementam­se em função de abordagens divergentes sobre um mesmo tema.
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Questão 610: IBFC ­ Ag Seg Pen (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Emoções mapeadas
Estudo mostra quais regiões do corpo são ‘ativadas’ por
sentimentos como raiva e felicidade e conclui que sensações
têm caráter universal
(Monique Oliveira)
Aperto no peito, frio na barriga, cabeça quente. Quem nunca usou essas expressões para traduzir uma emoção?
A sabedoria popular já sabe que emoções causam alterações físicas. Os cientistas também: a rigor, emoção é o estímulo que afeta o sistema límbico [região do cérebro
que a processa] e é capaz de mudar o sistema periférico.
 
Faltava saber exatamente onde essas mudanças físicas ocorrem, o que pode ajudar a melhor definir as emoções e entender os transtornos afetados por elas.
 
No intuito de responder a essa questão, cientistas da Universidade de Aalto em parceria com a Universidade de Turku, ambas na Finlândia, pediram a 700 voluntários que
indicassem quais áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam uma determinada emoção.
 
Para incitar cada estado emocional, foram usadas palavras, músicas e filmes. As alterações sentidas podiam ser de qualquer ordem ­ dor e calor, por exemplo.
 
Com os dados, um software montou um único circuito para cada emoção ­ raiva, medo, desgosto, felicidade, tristeza e surpresa (chamadas de básicas) e ansiedade,
amor, depressão, desprezo e orgulho (tidas como correlatas).
 
“Tanto  o  computador  como  outras  pessoas  reconheceram  as  emoções  descritas,  o  que  denota  o  seu  aspecto  universal”,  disse  à  Folha  Riitta  Hari,  professora  da
Universidade Aalto e uma das autoras do estudo, publicado na revista da Academia de Ciências dos EUA, “PNAS”.
Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, foram associadas com ativações e calor dos membros superiores.
Já as emoções que indicam estado depressivo ou de tristeza foram relacionadas a menor atividade nos membros inferiores, como adormecimento das pernas e pés.
Sensações no sistema digestório e ao redor da garganta foram relacionadas a desgosto. Felicidade foi a única emoção associada com calor e ativações no corpo inteiro.
O estudo pode ajudar a identificar emoções nem sempre distinguíveis, como tristeza e desgosto. [...]
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/151651­emocoes­mapeadas.shtml. Acesso em: 11/02/2014)
De acordo com o texto, com a pesquisa, é possível concluir que as sensações têm caráter universal pois:
 a)  raiva e felicidade são sentimentos tipicamente humanos.
 b)  afirmaram isso na Universidade de Turku.
 c)  o computador e outras pessoas reconheceram as emoções descritas.
 d)  as emoções causam alterações físicas.
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Questão 611: IBFC ­ Ag Seg Pen (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Emoções mapeadas
Estudo mostra quais regiões do corpo são ‘ativadas’ por
sentimentos como raiva e felicidade e conclui que sensações
têm caráter universal
(Monique Oliveira)
Aperto no peito, frio na barriga, cabeça quente. Quem nunca usou essas expressões para traduzir uma emoção?
A sabedoria popular já sabe que emoções causam alterações físicas. Os cientistas também: a rigor, emoção é o estímulo que afeta o sistema límbico [região do cérebro
que a processa] e é capaz de mudar o sistema periférico.
 
Faltava saber exatamente onde essas mudanças físicas ocorrem, o que pode ajudar a melhor definir as emoções e entender os transtornos afetados por elas.
 
No intuito de responder a essa questão, cientistas da Universidade de Aalto em parceria com a Universidade de Turku, ambas na Finlândia, pediram a 700 voluntários que
indicassem quais áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam uma determinada emoção.
 
Para incitar cada estado emocional, foram usadas palavras, músicas e filmes. As alterações sentidas podiam ser de qualquer ordem ­ dor e calor, por exemplo.
 
Com os dados, um software montou um único circuito para cada emoção ­ raiva, medo, desgosto, felicidade, tristeza e surpresa (chamadas de básicas) e ansiedade,
amor, depressão, desprezo e orgulho (tidas como correlatas).
 
“Tanto  o  computador  como  outras  pessoas  reconheceram  as  emoções  descritas,  o  que  denota  o  seu  aspecto  universal”,  disse  à  Folha  Riitta  Hari,  professora  da
Universidade Aalto e uma das autoras do estudo, publicado na revista da Academia de Ciências dos EUA, “PNAS”.
Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, foram associadas com ativações e calor dos membros superiores.
Já as emoções que indicam estado depressivo ou de tristeza foram relacionadas a menor atividade nos membros inferiores, como adormecimento das pernas e pés.
Sensações no sistema digestório e ao redor da garganta foram relacionadas a desgosto. Felicidade foi a única emoção associada com calor e ativações no corpo inteiro.
O estudo pode ajudar a identificar emoções nem sempre distinguíveis, como tristeza e desgosto. [...]
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/151651­emocoes­mapeadas.shtml. Acessoem: 11/02/2014)
 
De acordo com o texto, o objetivo da pesquisa relatada era:
 a)  saber se as emoções provocam alterações físicas.
 b)  descobrir onde ocorrem as mudanças físicas provocadas pelas emoções.
 c)  impedir que o corpo humano seja afetado pelas emoções.
 d)  comprovar a importância da depressão em relação às demais emoções.
 
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 612: FUNCAB ­ AA (PRF)/PRF/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
A era do automóvel
E,  subitamente, é a era do Automóvel, O monstro  transformador  irrompeu, bufando, por entre os descombros da  cidade velha, e  como nas mágicas e na natureza,
aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
 
[...] Ruas arrasaram­se, avenidas surgiram, os  impostos aduaneiros caíram, e  triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de
automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
 
Vivemos  inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel  ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao  fim, os nossos sentimentos de
moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
 
[...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel
acabou com aquela modesta  felicidade nossa de bater palmas aos  trechos de  floresta,  [...] A natureza recolhe­se humilhada. Em compensação  temos palácios, altos
palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora­nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
 
João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57­60.
Vocabulário:
benfazejo: que é bem­vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável
 
Com relação ao fragmento da crônica de João do Rio, é correto afirmar que:
 a) esse novo artefato, mais do que injunções de natureza econômica, impõe uma reestruturação da forma de viver.
 b) há valorização do espaço público como locus privilegiado de vivências sociais, de estética e de prazer.
 c) nos centros urbanos, cresce o desejo de “ser moderno", estimulado pelas novas aspirações, pela busca de elementos de status e distinção.
 d) o carro é um poderoso libelo a denunciar os parâmetros artificiais da rua a que o homem estava submetido anteriormente.
 e) a chegada do automóvel ilustra a trajetória da mobilidade e da motorização da sociedade.
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Questão 613: FUNCAB ­ AA (PRF)/PRF/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
A era do automóvel
E,  subitamente, é a era do Automóvel, O monstro  transformador  irrompeu, bufando, por entre os descombros da  cidade velha, e  como nas mágicas e na natureza,
aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
 
[...] Ruas arrasaram­se, avenidas surgiram, os  impostos aduaneiros caíram, e  triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de
automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
 
Vivemos  inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel  ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao  fim, os nossos sentimentos de
moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
 
[...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel
acabou com aquela modesta  felicidade nossa de bater palmas aos  trechos de  floresta,  [...] A natureza recolhe­se humilhada. Em compensação  temos palácios, altos
palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora­nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
 
João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57­60.
Vocabulário:
benfazejo: que é bem­vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável
 
O desenvolvimento do tema da narrativa é atravessado pela experiência tanto coletiva quanto particular do autor. Essa característica, no texto de João do Rio, é irrefutável
em:
 a) “Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.” (§ 4)
 b) “Ruas arrasaram­se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvaíradamente uma catadupa de
automóveis.' (§ 2)
 c) “A natureza recolhe­se humilhada." (§ 4')
 d) “e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.” (§ 1)
 e) “Assim o Automóvel acabou com aquela modesta felicidade nossa de bater palmas aos trechos de floresta." (§ 4)
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Questão 614: CESPE ­ APF (DEPEN)/DEPEN/Área 1/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação, integridade física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros) adquiridos como
cidadão, uma vez que a perda  temporária do direito de  liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal  refere­se  tão somente à  liberdade de  ir e vir.  Isso,
geralmente, não é o que ocorre.
O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do que sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se sentindo um
nada.
Internet: <www.lfg.jusbrasil.com.br> (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.
 
Depreende­se das informações do texto que a sentença penal deveria realmente limitar apenas o direito de locomoção.
 Certo
 Errado
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Questão 615: CESPE ­ APF (DEPEN)/DEPEN/Área 1/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Os  condenados  no  Brasil  são  originários,  na  maioria  das  vezes,  das  classes  menos  favorecidas  da  sociedade.  Esses  indivíduos,  desde  a  mais  tenra  infância,  são
pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros, nas regiões mais pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto, à discriminação
social, à completa ausência de informações e de escolarização.
Sem o repertório de uma mínima formação educacional e social, o preso, mesmo antes de se tornar um delinquente, já ocupa uma posição social inferior.
O regime penitenciário deve empregar os meios curativos, educativos, morais, espirituais, e todas as formas de assistência de que possa dispor com o intuito de reduzir o
máximo possível as condições que enfraquecem o sentido de responsabilidade do recluso, o respeito à dignidade de sua pessoa e a sua capacidade de readaptação social.
Internet: <www.joaoluizpinaud.com> (com adaptações).
Julgue o próximo item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto.
 
De acordo com o texto, o regime penitenciário deve proporcionar condições que fortaleçam o sentido de responsabilidade do preso, o respeito à sua dignidade como
pessoa e a sua capacidade de reinserção social.
 Certo
 Errado
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Questão 616: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meioda leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livros mais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional.
Qualquer detento no Brasil tem direito à educação prisional e, consequentemente, à remição de pena por meio da leitura.
 Certo
 Errado
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Questão 617: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meio da leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livros mais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional.
 
O autor do texto defende a ideia de que a leitura possibilita a ampliação do universo do leitor e a percepção de novas dinâmicas de análise do mundo; por essa razão, o
texto pode ser caracterizado como essencialmente argumentativo.
 Certo
 Errado
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Questão 618: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meio da leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livros mais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
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Os  objetivos  do  projeto  de  remição  de  pena  por meio  da  leitura  são  a  recuperação  e  a  reinserção  social  dos  detentos  bem  como  a  diminuição  do  contingente  dos
presídios.
 Certo
 Errado
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Questão 619: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meio da leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livros mais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional.
 
O projeto de remição de pena por meio da leitura começou a viger no Brasil em 2012.
 CertoErrado
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Questão 620: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meio da leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livros mais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional.
 
A produção de trabalho intelectual possibilita aos detentos a diminuição da pena a ser cumprida.
 Certo
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Questão 621: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Anúncio: Meu amigo, sente­se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os
seus  valores,  que  não  há mais  ética,  conceitos  estéticos,  nenhum objetivo mais  profundo  e mais  humano  a  atingir?  Sua  vista  está  obnubilada  por  uma permanente
poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone­nos  imediatamente e destruiremos  logo o  seu aparelho de
televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
 
(Millôr Fernandes, Definitivo, Porto Alegre, LP&M, 1994)
 
A marca predominante do texto publicitário que se encontra presente no texto é:
 a) a tentativa de convencimento do leitor;
 b) a tendência ao emprego de linguagem coloquial;
 c) a intenção clara de iludir o leitor;
 d) o tratamento do leitor como alguém a ser instruído;
 e) a visão positiva do mundo.
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Questão 622: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Anúncio: Meu amigo, sente­se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os
seus  valores,  que  não  há mais  ética,  conceitos  estéticos,  nenhum objetivo mais  profundo  e mais  humano  a  atingir?  Sua  vista  está  obnubilada  por  uma permanente
poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone­nos  imediatamente e destruiremos  logo o  seu aparelho de
televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
 
(Millôr Fernandes, Definitivo, Porto Alegre, LP&M, 1994)
 
Por meio do texto, o autor faz críticas à televisão como meio de comunicação. A crítica NÃO dedutível do segmento destacado é:
 a) “sente­se...com a consciência de que a vida não vale nada?” / protesto contra a violência exposta em filmes e noticiários;
 b) “Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética...?” / protesto contra a imoralidade de parte da programação;
 c) “...que não há mais ... conceitos estéticos?” / protesto contra o mau­gosto de alguns programas;
 d) “O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço?” / protesto contra a redução de tudo a produto comercial;
 e) “...nenhum objetivo mais profundo e mais humano a atingir?” / protesto contra o superficialismo do meio.
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Questão 623: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Anúncio: Meu amigo, sente­se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os
seus  valores,  que  não  há mais  ética,  conceitos  estéticos,  nenhum objetivo mais  profundo  e mais  humano  a  atingir?  Sua  vista  está  obnubilada  por  uma permanente
poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone­nos  imediatamente e destruiremos  logo o  seu aparelho de
televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
 
(Millôr Fernandes, Definitivo, Porto Alegre, LP&M, 1994)
 
O texto mostra um posicionamento contrário à televisão; sobre essa posição argumentativa, a estratégia empregada no texto é:
 a) discussão sobre pontos de vista contraditórios;
 b) refutação de teses opostas;
 c) apoio a ideias socialmente dominantes;
 d) eliminação de dúvidas sobre o tema;
 e) propostas de reflexão com encaminhamento de solução.
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Questão 624: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Anúncio: Meu amigo, sente­se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os
seus  valores,  que  não  há mais  ética,  conceitos  estéticos,  nenhum objetivo mais  profundo  e mais  humano  a  atingir?  Sua  vista  está  obnubilada  por  uma permanente
poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone­nos  imediatamente e destruiremos  logo o  seu aparelho de
televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
 
(Millôr Fernandes, Definitivo, Porto Alegre, LP&M, 1994)
 
Apesar de mostrar uma estrutura de texto publicitário, há características do texto que se opõem aos textos do mesmo tipo; assim, no texto:
 a) o serviço anunciado é inteiramente grátis;
 b) o público­alvo não é determinado no anúncio;
 c) a mensagem não conta com pontos de atratividade;
 d) o anunciante não é identificado;
 e) o anúncio não fornece pontos de contato.
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Questão 625: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto – Os bebés e a TV
 
Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da
televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches ­ cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a
Deco) usam­nas como “babysitters”.
 
A utilização excessiva da televisão pode comprometer a capacidade do bebé em explorar o ambiente, comunicar, aprender a distrair­se sozinho, acalmar­se de forma
autónoma,e aprender a brincar – o que mais tarde pode comprometer o desenvolvimento da capacidade simbólica, fundamental para a saúde mental da criança.
 
A  televisão é uma  fonte de hiperestimulação desajustada para os bebés, não só por alguns conteúdos mas principalmente pelos seus  ritmos bem mais acelerados e
estimulantes que o ritmo da vida real. O seu uso pode deixar o bebé agitado pela quantidade de informação que o seu cérebro terá de processar (pois cada imagem
televisiva é constituída por um conjunto de centenas de pontos luminosos). Um bebé pequeno não consegue acompanhar a velocidade da sequência de imagens, nem os
cortes  constantes de  luz  e de  som,  sendo estes  ansiogénicos. Os bebés  avaliam a  sua  segurança através dos  ritmos,  das  rotinas,  da  tranquilidade,  assim, qualquer
presença disrítmica, como a da televisão, será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono. (CAROLINA Albino, Sapolifestyle)
A televisão, segundo o texto, é prejudicial aos bebês, principalmente por:
 a) apresentar conteúdos incompreensíveis;
 b) provocar ansiedade pela aceleração rítmica;
 c) despertar curiosidade nos bebês;
 d) ser utilizada frequentemente como baby­sitter;
 e) distanciar o bebê do ambiente familiar.
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Questão 626: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto – Os bebés e a TV
 
Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da
televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches ­ cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a
Deco) usam­nas como “babysitters”.
 
A utilização excessiva da televisão pode comprometer a capacidade do bebé em explorar o ambiente, comunicar, aprender a distrair­se sozinho, acalmar­se de forma
autónoma, e aprender a brincar – o que mais tarde pode comprometer o desenvolvimento da capacidade simbólica, fundamental para a saúde mental da criança.
 
A  televisão é uma  fonte de hiperestimulação desajustada para os bebés, não só por alguns conteúdos mas principalmente pelos seus  ritmos bem mais acelerados e
estimulantes que o ritmo da vida real. O seu uso pode deixar o bebé agitado pela quantidade de informação que o seu cérebro terá de processar (pois cada imagem
televisiva é constituída por um conjunto de centenas de pontos luminosos). Um bebé pequeno não consegue acompanhar a velocidade da sequência de imagens, nem os
cortes  constantes de  luz  e de  som,  sendo estes  ansiogénicos. Os bebés  avaliam a  sua  segurança através dos  ritmos,  das  rotinas,  da  tranquilidade,  assim, qualquer
presença disrítmica, como a da televisão, será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono. (CAROLINA Albino, Sapolifestyle)
“..., será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono”.
Sobre as relações lógicas implícitas nessa sequência do texto, a afirmação correta é:
 a) a ansiedade provoca aumento do choro que, por sua vez, dificulta o sono;
 b) a dificuldade de dormir provoca aumento do choro e da ansiedade;
 c) o aumento do choro provoca aumento da ansiedade que, por seu lado, dificulta o sono;
 d) a ansiedade provoca aumento do choro e também a dificuldade de sono;
 e) a ansiedade é provocada pelo aumento do choro e pela dificuldade de dormir.
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Questão 627: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Estragou a televisão!!!
 
Luís Fernando Veríssimo
— Iiiih...
— E agora?
— Vamos ter que conversar.
— Vamos ter que o quê?
— Conversar. É quando um fala com o outro.
— Fala o quê?
— Qualquer coisa. Bobagem.
— Perder tempo com bobagem?
— E a televisão, o que é?
— Sim, mas aí é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
— Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
 
A frase do texto que NÃO contém uma crítica implícita à televisão é:
 a) Iiiih...
 b) Vamos ter que o quê?
 c) Fala o quê?
 d) E a televisão, o que é?
 e) Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
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Questão 628: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Estragou a televisão!!!
 
Luís Fernando Veríssimo
— Iiiih...
— E agora?
— Vamos ter que conversar.
— Vamos ter que o quê?
— Conversar. É quando um fala com o outro.
— Fala o quê?
— Qualquer coisa. Bobagem.
— Perder tempo com bobagem?
— E a televisão, o que é?
— Sim, mas aí é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
— Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
 
A pergunta do texto que NÃO mostra uma resposta no texto é:
 a) E agora?
 b) Vamos ter que o quê?
 c) Fala o quê?
 d) Perder tempo com bobagem?
 e) E a televisão, o que é?
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Questão 629: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
 
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a saúde
física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a
uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham sido relacionados. A ideia de que todas
as tecnologias são “neutras” e constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma
reforma da televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma tecnologia como a do armamento».
O texto defende a tese de que a televisão não pode ser melhorada; para sustentar esse ponto de vista o autor do livro citado apela predominantemente para:
 a) opiniões pessoais ligadas à sua experiência e investigação;
 b) depoimentos técnicos sobre a própria tecnologia;
 c) a refutação de opiniões alheias;
 d) a discussão de pontos nevrálgicos;
 e) a credibilidade de autoridades do setor.
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Questão 630: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
 
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a saúde
física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a
uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham sido relacionados. A ideia de que todas
as tecnologias são “neutras” e constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma
reforma da televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma tecnologia como a do armamento».
 
Como se trata de um texto publicitário do livro indicado, o texto traz algumas marcas do interesse de divulgar a obra a fim de incentivar sua compra; a principal qualidade
do livro, nesse caso, é:
 a) identificar claramente os males causados pela televisão;
 b) tratar originalmente do tema;
 c) provocar a curiosidade do leitor;
 d) apoiar­se em pesquisas de qualidade;
 e) indicar outras fontes de estudo do tema.
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Questão 631: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)Texto
 
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
 
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a saúde
física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a
uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham sido relacionados. A ideia de que todas
as tecnologias são “neutras” e constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma
reforma da televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma tecnologia como a do armamento».
 
“...é assim abertamente posta em causa nesta obra”; a expressão sublinhada significa que a ideia destacada vai ser:
 a) confirmada;
 b) corrigida;
 c) discutida;
 d) combatida;
 e) ampliada.
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Questão 632: FGV ­ TNS (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Quatro argumentos para acabar com a televisão” – Jerry Mander
 
Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a saúde
física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – que este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a
uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão raramente examinados e que nunca antes dele tinham sido relacionados. A ideia de que todas
as tecnologias são “neutras” e constituem instrumentos benignos que podem ser utilizados bem ou mal é assim abertamente posta em causa nesta obra. Falar duma
reforma da televisão segundo o autor é tão «absurdo como falar da reforma duma tecnologia como a do armamento».
 
“a ideia de que todas as tecnologias são ‘neutras’”; a frase, em sua estrutura, indica:
 a) uma opinião de caráter geral;
 b) um tom irônico;
 c) uma palavra de difícil compreensão;
 d) um termo muito importante no texto;
 e) uma palavra utilizada em sentido figurado.
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Questão 633: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que  lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está
visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você sabe com quem
está falando?”, identifica­se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
Segundo o texto, a esquina é perigosa, entre outros motivos, por:
 a) ocorrerem lá numerosas batidas;
 b) dispor de má sinalização;
 c) contar com fiscalização corrupta;
 d) ter provocado o acidente narrado;
 e) fazer parte de percurso de maus motoristas.
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Questão 634: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que  lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está
visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você sabe com quem
está falando?”, identifica­se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
 
A frase “Você sabe com quem está falando?” funciona, nesse caso do texto, como:
 a) repreensão de uma má conduta;
 b) chamada de atenção para um fato;
 c) demonstração de orgulho desmedido;
 d) intimidação do interlocutor;
 e) destaque de um detalhe despercebido.
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Questão 635: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Num posto de atendimento público, alguém espera na fila. Antes do horário regulamentar para o término do expediente, verifica­se que o guichê está sendo fechado e o
atendimento do público, suspenso. Correndo para o responsável, essa pessoa ouve uma resposta insatisfatória, e fica sabendo que o expediente terminaria mais cedo por
ordem do chefe. Manda chamar o chefe e,  identificando­se como presidente do órgão em pauta, despede todo o grupo”.  (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e
heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
O personagem é identificado inicialmente no texto como “alguém” e “essa pessoa”; esse procedimento se justifica porque:
 a) se trata de uma pessoa desconhecida;
 b) não há necessidade de identificação;
 c) só deve ocorrer a identificação ao final do texto;
 d) o narrador do texto não conhece a pessoa;
 e) a pessoa não se identificou no guichê.
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Questão 636: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Num posto de atendimento público, alguém espera na fila. Antes do horário regulamentar para o término do expediente, verifica­se que o guichê está sendo fechado e o
atendimento do público, suspenso. Correndo para o responsável, essa pessoa ouve uma resposta insatisfatória, e fica sabendo que o expediente terminaria mais cedo por
ordem do chefe. Manda chamar o chefe e,  identificando­se como presidente do órgão em pauta, despede todo o grupo”.  (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e
heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
“...identificando­se como presidente do órgão em pauta...”; a expressão “em pauta” significa:
 a) de que se está falando;
 b) que está sendo investigado;
 c) que possui má fama;
 d) que foi notificado judicialmente;
 e) onde se processou a investigação.
 
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Questão 637: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto
que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo­se o de não ser igual perante as leis
(nessa  suposta  “superioridade”  racial  ou  socioeconômica  também  vem  incluída  a  impunidade,  que  sempre  levou  um  forte  setor  das  elites  à  construção  de  uma
organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria
público­privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem
explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis
assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização
social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
Nesse  segmento  (texto)  há  uma  referência  aos  textos  anteriores  desta  prova,  que  constitui  uma  das marcas  de  caracterização  dos  textos  em  geral;  essa marca  é
denominada:
 a) polissemia;
 b) ambiguidade;
 c) intertextualidade;
 d) coesão;
 e) coerência.
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Questão 638: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)Texto
 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto
que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo­se o de não ser igual perante as leis
(nessa  suposta  “superioridade”  racial  ou  socioeconômica  também  vem  incluída  a  impunidade,  que  sempre  levou  um  forte  setor  das  elites  à  construção  de  uma
organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria
público­privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem
explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis
assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização
social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
“Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica...”; o texto é escrito na primeira pessoa do plural (construímos) e, nesse caso, o sujeito “nós” se refere a:
 a) organizadores de nossa estrutura política;
 b) historiadores de nossa pátria;
 c) políticos de nossa história;
 d) classe dominante em geral;
 e) todos os brasileiros em geral.
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Questão 639: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto
que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo­se o de não ser igual perante as leis
(nessa  suposta  “superioridade”  racial  ou  socioeconômica  também  vem  incluída  a  impunidade,  que  sempre  levou  um  forte  setor  das  elites  à  construção  de  uma
organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria
público­privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem
explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis
assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização
social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
 
O autor do texto considera um atraso a utilização do “Você sabe com quem está falando?” porque a expressão representa:
 a) um desrespeito à igualdade das leis;
 b) um hábito antigo de nossas elites;
 c) uma prova de corrupção;
 d) um atestado de corporativismo;
 e) uma volta à monarquia.
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Questão 640: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto
que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo­se o de não ser igual perante as leis
(nessa  suposta  “superioridade”  racial  ou  socioeconômica  também  vem  incluída  a  impunidade,  que  sempre  levou  um  forte  setor  das  elites  à  construção  de  uma
organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria
público­privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem
explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis
assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização
social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
 
“Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de baixo”.
 
Segundo esse segmento do texto:
 a) os “de cima” e os “de baixo” se igualam no desrespeito às leis;
 b) os “de baixo” são desconsiderados pelos “de cima”;
 c) os “de baixo” humilham e desconsideram as leis;
 d) os “de cima” possuem direitos desconhecidos pelos “de baixo”;
 e) os “de cima” possuem privilégios estabelecidos pela lei.
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Questão 641: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Já pensou? Já imaginou? 6 bilhões. Quem é você? Quem sou eu? Quem sou eu pra achar que o único modo de fazer as coisas é como eu faço? Quem sou eu pra achar
que a única cor de pele adequada é a que eu tenho? Quem sou eu pra achar que o único lugar bom pra nascer foi onde eu nasci? Quem sou eu pra achar que o único
sotaque correto é o que eu uso? Quem sou eu pra achar que a única religião certa é a que eu pratico? Quem sou eu? Quem és tu? Tu és o vice­treco, do sub­troço”
(Mario Sergio Cortella).
O texto defende:
 a) a humildade contra o orgulho;
 b) a justiça contra a injustiça;
 c) o conhecimento contra o desconhecimento;
 d) a cultura contra a ignorância;
 e) o direito contra o privilégio.
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Questão 642: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Já pensou? Já imaginou? 6 bilhões. Quem é você? Quem sou eu? Quem sou eu pra achar que o único modo de fazer as coisas é como eu faço? Quem sou eu pra achar
que a única cor de pele adequada é a que eu tenho? Quem sou eu pra achar que o único lugar bom pra nascer foi onde eu nasci? Quem sou eu pra achar que o único
sotaque correto é o que eu uso? Quem sou eu pra achar que a única religião certa é a que eu pratico? Quem sou eu? Quem és tu? Tu és o vice­treco, do sub­troço”
(Mario Sergio Cortella).
“Tu és o vice­treco, do sub­troço”; nesse segmento do texto a desvalorização do ser humano é obtida principalmente por meio do emprego de:
 a) prefixos que indicam substituição;
 b) gírias retiradas do vocabulário popular;
 c) substantivos que se referem a coisas;
 d) palavras compostas de forma equivocada;
 e) tratamento “tu” dado ao leitor.
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Questão 643: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
“Já pensou? Já imaginou? 6 bilhões. Quem é você? Quem sou eu? Quem sou eu pra achar que o único modo de fazer as coisas é como eu faço? Quem sou eu pra achar
que a única cor de pele adequada é a que eu tenho? Quem sou eu pra achar que o único lugar bom pra nascer foi onde eu nasci? Quem sou eu pra achar que o único
sotaque correto é o que eu uso? Quem sou eu pra achar que a única religião certa é a que eu pratico? Quem sou eu? Quem és tu? Tu és o vice­treco, do sub­troço”
(Mario Sergio Cortella).
“Quem sou eu pra achar que o único modo de fazer as coisas é como eu faço? Quem sou eu pra achar que a única cor de pele adequada é a que eu tenho? Quem sou eu
pra achar que o único lugar bom pra nascer foi onde eu nasci? Quem sou eu pra achar que o único sotaque correto é o que euuso? Quem sou eu pra achar que a única
religião certa é a que eu pratico?”
Nesse segmento do texto, o aspecto que NÃO se encontra entre os criticados é:
 a) o partidarismo político;
 b) a discriminação racial;
 c) o nacionalismo exagerado;
 d) a pureza de linguagem;
 e) as convicções de crença.
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Questão 644: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Ética e moral: que significam?
 
(Leonardo Boff)
     
Face à crise generalizada de ética e de moral, importa   resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a   mesma coisa? É e não é.
1. O significado de ética
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações  e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na  nossa própria humanidade. Que significa agir
humanamente?
 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de  regra de ouro, é esse: “não faças ao outro o que não queres que  te façam a ti". Ou positivamente: “faça ao
outro o que queres   que te façam a ti". Esse princípio áureo pode ser traduzido  também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as  religiões: “ama o próximo
como a ti mesmo". É o princípio do  amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado?  Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado  com fria
indiferença? Ninguém.
 
Outro princípio da humanidade essencial,  é o  cuidado.   Toda vida precisa de  cuidado. Um  recém­nascido deixado à    sua própria  sorte morre poucas horas após. O
cuidado é tão   essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem  acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos  também cuidamos.
 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos  do planeta Terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as  condições que permitem o projeto planetário
humano. A própria  política é o cuidado para com o bem do povo.
 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se  nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos  e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para
falar de  tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as normas  coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato
precisa sempre  ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem. A solidariedade se manifesta então como com­paixão.  Com­paixão quer dizer ter
a mesma paixão que o outro, alegrar­ se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só  em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.
 
Pertence  também  à  humanidade  essencial  a  capacidade    e  a  vontade  de  perdoar.  Todos  somos  falíveis,  podemos  errar    involuntariamente  e  prejudicar  o  outro
conscientemente. Como   gostaríamos de ser perdoados, devemos  também nós perdoar.   Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio  tenham a   última palavra.
Perdoar é conceder uma chance ao outro para  que possa refazer as relações boas.
 
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá­lo  humanamente. Sem tais valores a vida se
torna impossível.
 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para
que  todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa  individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o  planeta Terra como casa comum. Eis,
pois, o que é a ética.  Vejamos agora o que é moral.
2. O significado de moral
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a  solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de  moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes
como os seres humanos  organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter  uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí­la pode variar  (moral). Pode ser
simples, rústica, moderna, colonial, gótica,  contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.
 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que  nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz­se mister  uma ética comum, um consenso mínimo no qual
todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras  diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários
modos de organizar a  família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer  os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar   o perdão.
 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência  humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos  que é o Planeta Terra.
(Disponível em:  http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso em:07/10/2014)
 
Nota: Para resolver a questão, considere o primeiro parágrafo do texto como o trecho “Ética é um conjunto...”.
 
Ao explorar a capacidade e a vontade de perdoar, no sexto parágrafo, infere­se, por meio do posicionamento defendido por Boff, que:
 a) sendo falível, o homem deve considerar que o perdão é necessário.
 b) o erro involuntário pode acarretar prejuízos sem que estes sejam percebidos.
 c) a capacidade e a vontade de perdoar são um privilégio de poucos indivíduos.
 d) mesmo perdoando, o erro e o ódio devem ser preservados para que se crie maturidade.
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Questão 645: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Ética e moral: que significam?
 
(Leonardo Boff)
     
Face à crise generalizada de ética e de moral, importa   resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a   mesma coisa? É e não é.
1. O significado de ética
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações  e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na  nossa própria humanidade. Que significa agir
humanamente?
 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de  regra de ouro, é esse: “não faças ao outro o que não queres que  te façam a ti". Ou positivamente: “faça ao
outro o que queres   que te façam a ti". Esse princípio áureo pode ser traduzido  também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as  religiões: “ama o próximo
como a ti mesmo". É o princípio do  amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado?  Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado  com fria
indiferença? Ninguém.
 
Outro princípio da humanidade essencial,  é o  cuidado.   Toda vida precisa de  cuidado. Um  recém­nascido deixado à    sua própria  sorte morre poucas horas após. O
cuidado é tão   essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem  acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos  também cuidamos.
 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos  do planeta Terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as  condições que permitem o projeto planetário
humano. A própria  política é o cuidado para com o bem do povo.
 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se  nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos  e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para
falar de  tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as normas  coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato
precisa sempre  ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem. A solidariedade se manifesta então como com­paixão.  Com­paixão quer dizer ter
a mesma paixão que o outro, alegrar­ se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só  em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.
 
Pertence  também  à  humanidade  essencial  a  capacidade    e  a  vontade  de  perdoar.  Todos  somos  falíveis,podemos  errar    involuntariamente  e  prejudicar  o  outro
conscientemente. Como   gostaríamos de ser perdoados, devemos  também nós perdoar.   Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio  tenham a   última palavra.
Perdoar é conceder uma chance ao outro para  que possa refazer as relações boas.
 
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá­lo  humanamente. Sem tais valores a vida se
torna impossível.
 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para
que  todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa  individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o  planeta Terra como casa comum. Eis,
pois, o que é a ética.  Vejamos agora o que é moral.
2. O significado de moral
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a  solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de  moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes
como os seres humanos  organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter  uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí­la pode variar  (moral). Pode ser
simples, rústica, moderna, colonial, gótica,  contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.
 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que  nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz­se mister  uma ética comum, um consenso mínimo no qual
todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras  diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários
modos de organizar a  família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer  os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar   o perdão.
 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência  humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos  que é o Planeta Terra.
(Disponível em:  http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso em:07/10/2014)
 
Nota: Para resolver a questão, considere o primeiro parágrafo do texto como o trecho “Ética é um conjunto...”.
 
De acordo com o texto, a diferença básica entre ética e moral reside no fato de que:
 a) a primeira possui um caráter flutuante, adaptável às diversas culturas.
 b) a segunda deve ser entendida como um traço singular de cada povo.
 c) a primeira deve variar de acordo com as necessidades de cada época.
 d) a segunda assume um sentido de identidade entre os povos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 646: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Ética e moral: que significam?
 
(Leonardo Boff)
     
Face à crise generalizada de ética e de moral, importa   resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a   mesma coisa? É e não é.
1. O significado de ética
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações  e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na  nossa própria humanidade. Que significa agir
humanamente?
 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de  regra de ouro, é esse: “não faças ao outro o que não queres que  te façam a ti". Ou positivamente: “faça ao
outro o que queres   que te façam a ti". Esse princípio áureo pode ser traduzido  também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as  religiões: “ama o próximo
como a ti mesmo". É o princípio do  amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado?  Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado  com fria
indiferença? Ninguém.
 
Outro princípio da humanidade essencial,  é o  cuidado.   Toda vida precisa de  cuidado. Um  recém­nascido deixado à    sua própria  sorte morre poucas horas após. O
cuidado é tão   essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem  acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos  também cuidamos.
 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos  do planeta Terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as  condições que permitem o projeto planetário
humano. A própria  política é o cuidado para com o bem do povo.
 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se  nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos  e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para
falar de  tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as normas  coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato
precisa sempre  ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem. A solidariedade se manifesta então como com­paixão.  Com­paixão quer dizer ter
a mesma paixão que o outro, alegrar­ se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só  em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.
 
Pertence  também  à  humanidade  essencial  a  capacidade    e  a  vontade  de  perdoar.  Todos  somos  falíveis,  podemos  errar    involuntariamente  e  prejudicar  o  outro
conscientemente. Como   gostaríamos de ser perdoados, devemos  também nós perdoar.   Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio  tenham a   última palavra.
Perdoar é conceder uma chance ao outro para  que possa refazer as relações boas.
 
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá­lo  humanamente. Sem tais valores a vida se
torna impossível.
 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para
que  todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa  individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o  planeta Terra como casa comum. Eis,
pois, o que é a ética.  Vejamos agora o que é moral.
2. O significado de moral
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a  solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de  moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes
como os seres humanos  organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter  uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí­la pode variar  (moral). Pode ser
simples, rústica, moderna, colonial, gótica,  contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.
 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que  nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz­se mister  uma ética comum, um consenso mínimo no qual
todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras  diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários
modos de organizar a  família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer  os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar   o perdão.
 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência  humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos  que é o Planeta Terra.
(Disponível em:  http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso em:07/10/2014)
 
Nota: Para resolver a questão, considere o primeiro parágrafo do texto como o trecho “Ética é um conjunto...”..
Ao afirmar “A  solidariedade para existir de  fato precisa  sempre  ser  solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem.”(5°§), o autor assume uma
postura que só NÃO pode ser entendida como:
 a) indiferente
 b) generalizante
 c) empática
 d) engajada
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Questão 647: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 1:
Ética e moral: que significam?
 
(Leonardo Boff)
     
Face à crise generalizadade ética e de moral, importa   resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a   mesma coisa? É e não é.
1. O significado de ética
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações  e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na  nossa própria humanidade. Que significa agir
humanamente?
 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de  regra de ouro, é esse: “não faças ao outro o que não queres que  te façam a ti". Ou positivamente: “faça ao
outro o que queres   que te façam a ti". Esse princípio áureo pode ser traduzido  também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as  religiões: “ama o próximo
como a ti mesmo". É o princípio do  amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado?  Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado  com fria
indiferença? Ninguém.
 
Outro princípio da humanidade essencial,  é o  cuidado.   Toda vida precisa de  cuidado. Um  recém­nascido deixado à    sua própria  sorte morre poucas horas após. O
cuidado é tão   essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem  acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos  também cuidamos.
 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos  do planeta Terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as  condições que permitem o projeto planetário
humano. A própria  política é o cuidado para com o bem do povo.
 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se  nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos  e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para
falar de  tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as normas  coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato
precisa sempre  ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem. A solidariedade se manifesta então como com­paixão.  Com­paixão quer dizer ter
a mesma paixão que o outro, alegrar­ se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só  em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.
 
Pertence  também  à  humanidade  essencial  a  capacidade    e  a  vontade  de  perdoar.  Todos  somos  falíveis,  podemos  errar    involuntariamente  e  prejudicar  o  outro
conscientemente. Como   gostaríamos de ser perdoados, devemos  também nós perdoar.   Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio  tenham a   última palavra.
Perdoar é conceder uma chance ao outro para  que possa refazer as relações boas.
 
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá­lo  humanamente. Sem tais valores a vida se
torna impossível.
 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para
que  todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa  individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o  planeta Terra como casa comum. Eis,
pois, o que é a ética.  Vejamos agora o que é moral.
2. O significado de moral
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a  solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de  moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes
como os seres humanos  organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter  uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí­la pode variar  (moral). Pode ser
simples, rústica, moderna, colonial, gótica,  contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.
 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que  nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz­se mister  uma ética comum, um consenso mínimo no qual
todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras  diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários
modos de organizar a  família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer  os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar   o perdão.
 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência  humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos  que é o Planeta Terra.
(Disponível em:  http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso em:07/10/2014)
 
Texto 2:
 
O texto abaixo é um fragmento da letra da música “Na Moral”, da banda Cidade Negra.
“Há de se respeitar a minha moral
O meu visual
E tudo que eu digo
Pra alguém me escutar
Mesmo a tal cibernética
..........
Ah, ah, ah, ah, e ser imortal
Não é natural
Eu não sou capacho
Eu sei os meus passos
Pra não vacilar
..........
É que eu insisto transparecer
No que eu acredito,
Sem ressentimentos.
E há tanta gente pra convencer
E que sei que sentem
O mesmo o que eu sinto.”
 
Sobre a ideia de “moral” representada na música, é correto afirmar que:
 a)  nega o conceito de “moral” apresentado por Leonardo Boff.
 b) se aproxima do conceito de “moral” apresentado por Leonardo Boff.
 c) retifica o conceito de “moral” apresentado por Leonardo Boff.
 d) inviabiliza o conceito de “moral” apresentado por Leonardo Boff.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 648: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
O texto abaixo é um fragmento da letra da música “Na Moral”, da banda Cidade Negra.
“Há de se respeitar a minha moral
O meu visual
E tudo que eu digo
Pra alguém me escutar
Mesmo a tal cibernética
..........
Ah, ah, ah, ah, e ser imortal
Não é natural
Eu não sou capacho
Eu sei os meus passos
Pra não vacilar
..........
É que eu insisto transparecer
No que eu acredito,
Sem ressentimentos.
E há tanta gente pra convencer
E que sei que sentem
O mesmo o que eu sinto.”
A partir da compreensão global do texto “Na moral”, só NÃO é correto afirmar que:
 a) O respeito seria conseqüência da preservação da própria identidade.
 b) O enunciador tem consciência de seus objetivos, de seus passos.
 c) A moral do enunciador pode ser percebida por meio de traços físicos e comportamentais.
 d) A necessidade de convencer o outro é exclusiva do enunciador.
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Questão 649: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava
nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice­rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de
seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice­rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando­se
unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o
grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice­ rei Li­Huang­Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar­lhe o moral e tirar de sua força
armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita
com a força militar do vice­reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que
pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano ­ tipo dos mais característicos daquela babilônicacidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar­lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu­Wei­Hu ­ o que
quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu­
Wei­Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu­Shi­Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong­Kong. Fizera­se tão
destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu­lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam,
entretanto,  de  ter  um  respeito  temeroso  por  eles,  de  sentir  o  prestígio  sobre   humano  dos  “diabos  vermelhos”,  como  os  chinas  chamam os  europeus  e  os  de  raça
europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong­ Kong,Fu­Shi­Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice­rei de
Cantão. E assim foi ele feito, mostrando­se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com
o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns
bilhões de  taels* que repartiu com o vice­rei. Os  franceses do Canet queriam  lhe dar um pouco menos, por  isso ele  julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em
comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex­fâmulo do governador de Hong­Kong.
O exército de Li­Huang­Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveu a ir assistir­lhe as manobras, antes de passar­lhe a
revista final.
O vice­rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi­Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro
exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de
Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti­lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu­Shi­Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de
quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
­ Como? perguntou o vice­rei.
­ É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo­lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.
Li­Huang­Pô pôs­se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e,
sobretudo,  os  taels  que  recebeu  de  sociedade  com o  seu  general  Fu­ShiPô...  Seria  uma  ingratidão; mas...  Pensou  ainda  um pouco;  e,  por  fim,  num  repente,  disse
peremptoriamente:
­ Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados
No conto de Lima Barreto, o vice­rei LI­HU ANG­PÔ exerce, na fictícia província de Cantão, um governo:
 a) democrático
 b) tirano
 c) oligárquico
 d) teocrático
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Questão 650: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava
nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice­rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de
seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice­rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando­se
unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o
grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice­ rei Li­Huang­Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar­lhe o moral e tirar de sua força
armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita
com a força militar do vice­reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que
pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano ­ tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar­lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu­Wei­Hu ­ o que
quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu­
Wei­Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu­Shi­Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong­Kong. Fizera­se tão
destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu­lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam,
entretanto,  de  ter  um  respeito  temeroso  por  eles,  de  sentir  o  prestígio  sobre   humano  dos  “diabos  vermelhos”,  como  os  chinas  chamam os  europeus  e  os  de  raça
europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong­ Kong,Fu­Shi­Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice­rei de
Cantão. E assim foi ele feito, mostrando­se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com
o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns
bilhões de  taels* que repartiu com o vice­rei. Os  franceses do Canet queriam  lhe dar um pouco menos, por  isso ele  julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em
comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex­fâmulo do governador de Hong­Kong.
O exército de Li­Huang­Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveua ir assistir­lhe as manobras, antes de passar­lhe a
revista final.
O vice­rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi­Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro
exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de
Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti­lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu­Shi­Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de
quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
­ Como? perguntou o vice­rei.
­ É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo­lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.
Li­Huang­Pô pôs­se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e,
sobretudo,  os  taels  que  recebeu  de  sociedade  com o  seu  general  Fu­ShiPô...  Seria  uma  ingratidão; mas...  Pensou  ainda  um pouco;  e,  por  fim,  num  repente,  disse
peremptoriamente:
­ Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados
“Eficiência militar” é uma narrativa centrada no descontentamento do vice­rei de Cantão, com o desempenho de seu exército. A respeito das atitudes tomadas pelo vice­
rei para reverter a situação, assinale a alternativa correta.
 a) Ele muda a alimentação dos soldados, contando com o apoio incondicional e incentivo financeiro da população, além de promover uma rotina de treinamentos.
 b) Além de mudar a alimentação dos soldados, ele conseguiu o apoio do rei, que estava em Pequim, motivando os soldados e a população
 c) Ele sentenciou os soldados a vivenciaram um regime rigoroso e também inseriu em rotina diária uma carga excessiva de remédios e vitaminas.
 d) Ele dobrou a quantidade de alimentação dos soldados, tomando medidas impopulares para arcar com os custos desse aumento.
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Questão 651: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava
nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice­rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de
seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice­rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando­se
unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o
grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice­ rei Li­Huang­Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar­lhe o moral e tirar de sua força
armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita
com a força militar do vice­reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que
pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano ­ tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar­lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu­Wei­Hu ­ o que
quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu­
Wei­Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu­Shi­Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong­Kong. Fizera­se tão
destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu­lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam,
entretanto,  de  ter  um  respeito  temeroso  por  eles,  de  sentir  o  prestígio  sobre   humano  dos  “diabos  vermelhos”,  como  os  chinas  chamam os  europeus  e  os  de  raça
europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong­ Kong,Fu­Shi­Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice­rei de
Cantão. E assim foi ele feito, mostrando­se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com
o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns
bilhões de  taels* que repartiu com o vice­rei. Os  franceses do Canet queriam  lhe dar um pouco menos, por  isso ele  julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em
comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex­fâmulo do governador de Hong­Kong.
O exército de Li­Huang­Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveu a ir assistir­lhe as manobras, antes de passar­lhe a
revista final.
O vice­rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi­Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro
exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de
Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti­lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu­Shi­Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de
quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
­ Como? perguntou o vice­rei.
­ É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo­lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.
Li­Huang­Pô pôs­sea pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e,
sobretudo,  os  taels  que  recebeu  de  sociedade  com o  seu  general  Fu­ShiPô...  Seria  uma  ingratidão; mas...  Pensou  ainda  um pouco;  e,  por  fim,  num  repente,  disse
peremptoriamente:
­ Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados
Analise as alternativas a seguir sobre a trajetória profissional do general Fu­Shi­Tô e o seu desempenho no comando do exército de Cantão, assinalando a correta.
 a) Os serviços prestados ao governo inglês legitimam o sucesso obtido.
 b) Sua experiência profissional não o credencia ao comando de um exército já que os serviços prestados ao governo inglês não eram da esfera militar; daí o fracasso.
 c) Seu sucesso deve­se aos estudos da Arte da Guerra empreendidos pelo general quando de sua participação no exército inglês
 d) A popularidade do general e o seu prestígio na esfera militar evidenciam sua ascensão profissional por meio esforço pessoal e do apoio dos governos da China e
da Inglaterra
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Questão 652: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava
nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice­rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de
seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice­rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando­se
unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o
grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice­ rei Li­Huang­Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar­lhe o moral e tirar de sua força
armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita
com a força militar do vice­reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que
pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano ­ tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar­lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu­Wei­Hu ­ o que
quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu­
Wei­Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu­Shi­Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong­Kong. Fizera­se tão
destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu­lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam,
entretanto,  de  ter  um  respeito  temeroso  por  eles,  de  sentir  o  prestígio  sobre   humano  dos  “diabos  vermelhos”,  como  os  chinas  chamam os  europeus  e  os  de  raça
europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong­ Kong,Fu­Shi­Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice­rei de
Cantão. E assim foi ele feito, mostrando­se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com
o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns
bilhões de  taels* que repartiu com o vice­rei. Os  franceses do Canet queriam  lhe dar um pouco menos, por  isso ele  julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em
comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex­fâmulo do governador de Hong­Kong.
O exército de Li­Huang­Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveu a ir assistir­lhe as manobras, antes de passar­lhe a
revista final.
O vice­rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi­Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro
exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de
Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti­lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu­Shi­Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de
quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
­ Como? perguntou o vice­rei.
­ É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo­lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.
Li­Huang­Pô pôs­se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e,
sobretudo,  os  taels  que  recebeu  de  sociedade  com o  seu  general  Fu­ShiPô...  Seria  uma  ingratidão; mas...  Pensou  ainda  um pouco;  e,  por  fim,  num  repente,  disse
peremptoriamente:
­ Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados
Durante a substituição do aparato bélico, empreendida pelo general Fu­Shi­Tô e pelo vice­rei (9o §),revelam­se comportamentos que mostram:
 a) compromisso exclusivo com a província de Cantão;
 b) necessidade de lucrar a despeito de valores éticos e patrióticos;
 c) admiração pelas potências militares;
 d) valorização das estratégias militares de reforço bélico.
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Questão 653: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava
nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice­rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa aprovíncia como reino seu que houvesse herdado de
seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice­rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando­se
unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o
grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice­ rei Li­Huang­Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar­lhe o moral e tirar de sua força
armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita
com a força militar do vice­reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que
pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano ­ tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar­lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu­Wei­Hu ­ o que
quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu­
Wei­Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu­Shi­Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong­Kong. Fizera­se tão
destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu­lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam,
entretanto,  de  ter  um  respeito  temeroso  por  eles,  de  sentir  o  prestígio  sobre   humano  dos  “diabos  vermelhos”,  como  os  chinas  chamam os  europeus  e  os  de  raça
europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong­ Kong,Fu­Shi­Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice­rei de
Cantão. E assim foi ele feito, mostrando­se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com
o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns
bilhões de  taels* que repartiu com o vice­rei. Os  franceses do Canet queriam  lhe dar um pouco menos, por  isso ele  julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em
comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex­fâmulo do governador de Hong­Kong.
O exército de Li­Huang­Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveu a ir assistir­lhe as manobras, antes de passar­lhe a
revista final.
O vice­rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi­Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro
exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de
Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti­lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu­Shi­Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de
quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
­ Como? perguntou o vice­rei.
­ É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo­lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.
Li­Huang­Pô pôs­se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e,
sobretudo,  os  taels  que  recebeu  de  sociedade  com o  seu  general  Fu­ShiPô...  Seria  uma  ingratidão; mas...  Pensou  ainda  um pouco;  e,  por  fim,  num  repente,  disse
peremptoriamente:
­ Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados
O trecho abaixo transcrito revela a insatisfação de LI­HU ANG­PÔ, vice­rei de Cantão, com o seu exército. Utilize­o para responder à questão.
“O vice­rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos
comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá­lo do cômodo e rendoso lugar
de vice­rei de Cantão.
 
Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
 
­ É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.”
Ao revelar suas intenções com o exército, o vice­rei contraria o que se espera de um líder. Sobre isso, só NÃO se pode afirmar que:
 a) Ele deseja utilizar a força militar em causa própria.
 b) Ele deseja fazer do seu exército uma força de combate à própria China, se preciso for.
 c) Ele, apesar não ocupar o cargo máximo da hierarquia política do Cantão, considera a sua posição imutável.
 d) Ele está acomodado em seu cargo, que além de rentável, propicia­lhe grandes alegrias e honras militares.
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Questão 654: IBFC ­ Esc (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
 
 
*Último quadro: "Bem vindo a REDUZA"
 
O humor da tirinha é provocado pela
 a) polissemia do vocábulo “reduza”
 b) incoerência das informações das placas.
 c) pressa do motorista.
 d) má sinalização da estrada
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Questão 655: IBFC ­ Ag Seg Soc (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
Cidadão
(Zé Ramalho)
Compositor: Lúcio Barbosa
 
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
 
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Porque que é que eu deixei o norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novenaE o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
 
De acordo com o texto, a grande frustração do sujeito poético do texto é:
 a)  ser um operário.
 b)  não ter sido bem remunerado.
 c)  não poder visitar o que ajudou a construir.
 d)  não poder educar sua filha.
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Questão 656: IBFC ­ Ag Seg Soc (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
Cidadão
(Zé Ramalho)
Compositor: Lúcio Barbosa
 
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
 
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Porque que é que eu deixei o norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
 
Na última parte do texto, estabelece­se uma importante comparação entre:
 a)  o operário e Cristo
 b)  o padre e Cristo
 c)  o operário e a Igreja
 d)  o padre e a Igreja
 
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Questão 657: IBFC ­ Ag Seg Soc (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
Cidadão
(Zé Ramalho)
Compositor: Lúcio Barbosa
 
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
 
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Porque que é que eu deixei o norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
 
O texto propõe uma reflexão e, em sua análise global, evidencia­se uma crítica em relação:
 a)  à diversidade no emprego de uma mesma Língua.
 b)  à religiosidade dos homens.
 c)  à realidade do sistema educacional brasileiro.
 d)  ao fato de todos os homens não receberem o mesmo tratamento.
 
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Questão 658: FUNCAB ­ GPTI (SINESP)/SINESP/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto para responder à questão.
 
Chove chuva
 
Água, água e mais água. É tudo o que eu tenho a oferecer. Escrever o maior número de vezes a palavra mágica, na certeza de que águas passadas não movem moinhos,
mas podem, de tanto serem sugeridas, sensibilizar os céus e fazer com que elas desabem sobre nós. E que depois se faça o arco­íris. Que depois apareça,  toda de
branco, toda molhada e despenteada, que maravilha!, a coisa linda que é o meu amor.
 
Eu gostaria de repetir a dança da chuva, a coreografia provocativa dos cheyennes, tantas vezes vista nos filmes. Falta­me o requebro. Temo também que o ridículo da
cena faça feitiço ir água abaixo. Eu gostaria de subir aos ares, como Santos Dumont tardio, bombardear as nuvens com cloreto de sódio. Se não desse certo, pelo menos
chegaria perto do ouvido de São Pedro e, com piadas do tipo "afogar o ganso" e "molhar o biscoito", faria com que o santo relaxasse e abrisse as torneiras.
 
De nada disso, no entanto, sou capaz. Fico aqui, no limite do meu oceano, jacaré no seco anda, escrevendo e evocando as águas que passaram pela ponte da memória.
Lembro, vizinha à minha casa, na Vila da Penha dos rios transbordantes, a compositora Zilda do Zé, de " As águas vão rolar". A sua força ancestral, grande sambista, eu
evoco agora, mesmo sabendo que a letra da música se refere à água que passarinho não bebe.
 
Todas as águas devem ser provocadas nesta imensa onda de pensamento positivo, e eu agora molho reverente os pés do balcão com o primeiro gole para o santo. Finjo­
se pau d' água e sigo em frente. Nem aí para os incréus, nem aí para os que zombam da fé, esses insensatos. A todos peço que leiam na minha camisa e não desistam: "
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura".
 
[...]
 
O  sonho  acabou  há  tempo,  e  lá  se  foi  John  Lennon morto.  Agora  chegou  a  nostalgia  da  água,  de  torcer  pelo  volume morto  e  sentir  saudade  de  ver  um  arco­íris
emoldurado o Pão de Açúcar de pois da pancada de verão. Como explicar a uma explicar a uma criança que sol e chuva é casamento de viúva? Como explicar a deliciosa
aflição de dormir se perguntando "será  que vai dar praia?", se agora todo dia é dia de sol?
 
A propósito, eu li o grande poeta sentado no banco da praia e sei que a sede é infinita, que na nossa secura de amar é preciso buscar a água implícita, o beijo tácito ­
mas acho que é poesia demais para uma hora dessas. Urge, como queria Benjor, que chova chuva. Canivetes. Gatos e cachorros. Se Joseph Conrad traduziu a guerra
com " o horror, o horror, o horror", chegou a vez de resumir o nosso tempo com " a seca, a seca, a seca" ­ e bater os tambores na direção contrária. Saúdo para que se
faça nuvem, e a todos cubra com seu divino manto líquido, a saudosa Maria, a santa carioca que a incomparável Marlene viu subindo o morro com a lata d´ água na
cabeça.
 
2015 promete ser terrível, mas há quem ache bom negócio refletir sobre os valores básicos da sobrevivência, que o homem está fazendo com o meio ambiente. Vai ser o
ano de valorizar como bem de consumo insuperável não o chanel nº 5, mas o cheiro da terra molhada depois do toró de fim de tarde. Que assim seja. Que se cumpra a
felicidade de ouvir Tom Jobim ao piano, tecla, gota a gota, celebrando a cena real de, lá fora, estar chovendo na roseira.
 
Ah,  quem me  dera  ligar  o  rádio  e  escutar  o  formidável  português  ruim  da  edição  extraordinária.  Aumentar  o  som para  deixar  o  locutor  gritar  ­  os  clichês  boiando
molhadinhos pelo tesãoda notícia ­ que chove a cântaros em todos os quadrantes da Cidade Maravilhosa.
 
(SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Chove chuva. In: O Globo, 26/01/2015.)
 
O texto ao longo de seu desenvolvimento, apresenta um campo semântico principal bem demarcado. O fragmento que se afasta de tal campo semântico é:
 a)  "Eu gostaria de repetir a dança da chuva..."
 b) " O sonho acabou há tempo, e lá se foi John Lennon morto."
 c) "... com piadas do tipo 'afogar o ganso' e ' molhar o biscoito' ..."
 d) "... toda de branco, toda molhada e despenteada..."
 e) "Saúdo para que se faça nuvem, e a todos cubra com seu divino manto líquido..."
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Questão 659: FUNCAB ­ GPTI (SINESP)/SINESP/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto para responder à questão.
 
Chove chuva
 
Água, água e mais água. É tudo o que eu tenho a oferecer. Escrever o maior número de vezes a palavra mágica, na certeza de que águas passadas não movem moinhos,
mas podem, de tanto serem sugeridas, sensibilizar os céus e fazer com que elas desabem sobre nós. E que depois se faça o arco­íris. Que depois apareça,  toda de
branco, toda molhada e despenteada, que maravilha!, a coisa linda que é o meu amor.
 
Eu gostaria de repetir a dança da chuva, a coreografia provocativa dos cheyennes, tantas vezes vista nos filmes. Falta­me o requebro. Temo também que o ridículo da
cena faça feitiço ir água abaixo. Eu gostaria de subir aos ares, como Santos Dumont tardio, bombardear as nuvens com cloreto de sódio. Se não desse certo, pelo menos
chegaria perto do ouvido de São Pedro e, com piadas do tipo "afogar o ganso" e "molhar o biscoito", faria com que o santo relaxasse e abrisse as torneiras.
 
De nada disso, no entanto, sou capaz. Fico aqui, no limite do meu oceano, jacaré no seco anda, escrevendo e evocando as águas que passaram pela ponte da memória.
Lembro, vizinha à minha casa, na Vila da Penha dos rios transbordantes, a compositora Zilda do Zé, de " As águas vão rolar". A sua força ancestral, grande sambista, eu
evoco agora, mesmo sabendo que a letra da música se refere à água que passarinho não bebe.
 
Todas as águas devem ser provocadas nesta imensa onda de pensamento positivo, e eu agora molho reverente os pés do balcão com o primeiro gole para o santo. Finjo­
se pau d' água e sigo em frente. Nem aí para os incréus, nem aí para os que zombam da fé, esses insensatos. A todos peço que leiam na minha camisa e não desistam: "
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura".
 
[...]
 
O  sonho  acabou  há  tempo,  e  lá  se  foi  John  Lennon morto.  Agora  chegou  a  nostalgia  da  água,  de  torcer  pelo  volume morto  e  sentir  saudade  de  ver  um  arco­íris
emoldurado o Pão de Açúcar de pois da pancada de verão. Como explicar a uma explicar a uma criança que sol e chuva é casamento de viúva? Como explicar a deliciosa
aflição de dormir se perguntando "será  que vai dar praia?", se agora todo dia é dia de sol?
 
A propósito, eu li o grande poeta sentado no banco da praia e sei que a sede é infinita, que na nossa secura de amar é preciso buscar a água implícita, o beijo tácito ­
mas acho que é poesia demais para uma hora dessas. Urge, como queria Benjor, que chova chuva. Canivetes. Gatos e cachorros. Se Joseph Conrad traduziu a guerra
com " o horror, o horror, o horror", chegou a vez de resumir o nosso tempo com " a seca, a seca, a seca" ­ e bater os tambores na direção contrária. Saúdo para que se
faça nuvem, e a todos cubra com seu divino manto líquido, a saudosa Maria, a santa carioca que a incomparável Marlene viu subindo o morro com a lata d´ água na
cabeça.
 
2015 promete ser terrível, mas há quem ache bom negócio refletir sobre os valores básicos da sobrevivência, que o homem está fazendo com o meio ambiente. Vai ser o
ano de valorizar como bem de consumo insuperável não o chanel nº 5, mas o cheiro da terra molhada depois do toró de fim de tarde. Que assim seja. Que se cumpra a
felicidade de ouvir Tom Jobim ao piano, tecla, gota a gota, celebrando a cena real de, lá fora, estar chovendo na roseira.
 
Ah,  quem me  dera  ligar  o  rádio  e  escutar  o  formidável  português  ruim  da  edição  extraordinária.  Aumentar  o  som para  deixar  o  locutor  gritar  ­  os  clichês  boiando
molhadinhos pelo tesão da notícia ­ que chove a cântaros em todos os quadrantes da Cidade Maravilhosa.
 
(SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Chove chuva. In: O Globo, 26/01/2015.)
 
Encontra­se crítica aos valores da sociedade atual no fragmento:
 a) " A sua força ancestral, grande sambista, eu evoco agora, mesmo sabendo que a letra da música se refere à água que passarinho não bebe"
 b) " Como explicar a uma criança que sol e chuva é casamento de viúva? Como explicar a deliciosa aflição de dormir se perguntando 'será que vai dar praia?'"
 c) " A todos peço que leiam na minha camisa e não desistam: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura' ".
 d) " chegou a vez de resumir o nosso tempo com 'a seca, a seca, a seca..."
 e) " Vai ser o ano de valorizar como bem de consumo insuperável não o Chanel nº 5, mas o cheiro da terra molhada depois do toró de fim de tarde."
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Questão 660: CESPE ­ Ag Pol (PC PE)/PC PE/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto CG1A01AAA
 
O crime organizado não é um fenômeno recente. Encontramos indícios dele nos grandes grupos contrabandistas do antigo regime na Europa, nas atividades dos piratas e
corsários e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do século XVIII. A diferença dos nossos dias é que as organizações criminosas se tornaram mais precisas,
mais profissionais.
 
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo é crime organizado. Mesmo quando se trata de uma pequena apreensão de crack em um local remoto, alguns
órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos casos, o varejo do tráfico é um dos crimes mais desorganizados que existe. É praticado por um usuário que
compra de alguém umas poucas pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem chefe, parceiros, nem capital de giro. Possui apenas a necessidade de suprir o vício. No
outro extremo, fica o grande traficante, muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga. Só utiliza seu dinheiro para financiar o tráfico ou seus contatos para
facilitar as transações. A organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas fica, na maior parte das vezes, entre esses dois extremos. É constituída de pequenos e
médios traficantes e uns poucos traficantes de grande porte.
 
Nas outras atividades criminosas, a situação é a mesma. O crime pode ser praticado por um indivíduo, uma quadrilha ou uma organização. Portanto, não é a modalidade
do crime que identifica a existência de crime organizado.
 
Guaracy Mingardi. Inteligência policial e crime organizado. In: Renato Sérgio de Lima e Liana de Paula (Orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo seu papel? São Paulo: Contexto,
2006, p. 42 (com adaptações).
 
De acordo com o texto CG1A01AAA,
 a) poucas são as modalidades de crime que podem ser tipificadas como crime organizado.
 b) nem sempre o que o senso comum supõe ser crime organizado é de fato crime organizado.
 c) há registros da associação de pessoas para o cometimento de crimes desde a Antiguidade.
 d) as primeiras organizações criminosas estruturavam­se de modo totalmente impreciso e amador, em comparação com as organizações criminosas da atualidade.
 e) o conceito da expressão crime organizado foi distorcido porque a imprensa passou a empregá­la para tratar de qualquer crime que envolva entorpecentes.
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Questão 661: CESPE ­ Ag Pol (PC PE)/PC PE/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto CG1A01BBB
 
Não são muitas as experiências exitosas de políticas públicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continuidade. O
Pacto pelaVida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identificado como uma política pública exitosa.
 
O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de
eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se
considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar­se ao assunto
como também o tratam de modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
 
O  Pacto  pela  Vida,  entendido  como um grande  concerto  de  ações  com o  objetivo  de  reduzir  a  violência  e,  em especial,  os  crimes  contra  a  vida,  foi  apresentado  à
sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram a construção da política de segurança, a prioridade
do combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
 
Desse modo, definiu­se, no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em disputa tanto
do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate
com a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de
2013.
 
José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014. Internet: <https://igarape.org.br> (com adaptações).
 
O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB como uma política exitosa porque
 a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco.
 b) tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade.
 c) definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência.
 d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade.
 e) resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco.
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Questão 662: COPS UEL ­ Del Pol (PC PR)/PC PR/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
 
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no
Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista?
 
Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado”
em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da
Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que
aparentemente não enfrenta conflitos raciais.
 
A disparidade entre o nível de escolaridade é outro  indicador  importante. De acordo com o Censo 2010,  realizado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não
terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos.
 
“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca
despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial.
 
Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo­se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.
 
Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados,
acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.
 
Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de
reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo
volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes
de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano.
 
Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se
reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria
no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa.
 
“Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”.
 
(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)
 
A respeito dos números das estatísticas apresentados no 2º e no 3º parágrafos, considere as afirmativas a seguir.
 
I. Entre os jovens assassinados no Brasil, há um número maior de vítimas negras do que de vítimas brancas.
 
II. A disparidade entre os números apresentados sobre nível de escolaridade e homicídios de jovens é exibida como surpreendente.
 
III. A inversão dos números de negros com nível superior completo e com Ensino Fundamental incompleto dificulta a interpretação dos dados.
 
IV. Os  números  permitem  a  leitura  segundo  a  qual,  em  termos  de  critérios  raciais,  quem  tem melhor  formação  escolar  corre menos  risco  de  ser  vítima  de
homicídio.
 
Assinale a alternativa correta.
 a)  Somente as afirmativas I e II são corretas.
 b)  Somente as afirmativas I e IV são corretas.
 c)  Somente as afirmativas III e IV são corretas.
 d)  Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
 e)  Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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Questão 663: COPS UEL ­ Del Pol (PC PR)/PC PR/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
 
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no
Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista?
 
Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado”
em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da
Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídiosno Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que
aparentemente não enfrenta conflitos raciais.
 
A disparidade entre o nível de escolaridade é outro  indicador  importante. De acordo com o Censo 2010,  realizado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não
terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos.
 
“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca
despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial.
 
Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo­se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.
 
Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados,
acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.
 
Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de
reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo
volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes
de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano.
 
Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se
reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria
no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa.
 
“Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”.
 
(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)
 
 
Sobre as referências, no texto, ao ministro Joaquim Barbosa e ao presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, assinale a alternativa correta.
 a)  O presidente dos EUA, Barack Obama, é citado como uma das vítimas de discriminação racial que chegou ao poder para contornar as vicissitudes dos negros.
 b)  O ministro Joaquim Barbosa é apontado como um exemplo de que o racismo no Brasil interfere pouco sobre as possibilidades de ascensão social dos negros.
 c)  O ministro Joaquim Barbosa e o presidente dos EUA, Barack Obama, são referidos como exemplos malogrados da inacessibilidade dos negros a cargos poderosos.
 d)  O ministro Joaquim Barbosa e o presidente dos EUA, Barack Obama, são mencionados como exemplos de que a ascensão social dos negros é uma marca da
contemporaneidade.
 e)  O ministro Joaquim Barbosa e o presidente dos EUA, Barack Obama, são expostos como negros que atingem altos postos nas esferas do poder, estimulando uma
espécie de orgulho racial.
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Questão 664: COPS UEL ­ Del Pol (PC PR)/PC PR/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
 
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no
Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista?
 
Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado”
em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da
Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que
aparentemente não enfrenta conflitos raciais.
 
A disparidade entre o nível de escolaridade é outro  indicador  importante. De acordo com o Censo 2010,  realizado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não
terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos.
 
“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca
despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial.
 
Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo­se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.
 
Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados,
acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.
 
Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de
reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo
volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes
de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano.
 
Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se
reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria
no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa.
 
“Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”.
 
(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)
 
 
Sobre os termos “evidente” e “evidências”, usados nos dois últimos parágrafos, e seus significados relacionados ao texto, assinale a alternativa correta.
 a)  A ideia de “evidência” é muito próxima do sentido presente na expressão “subjetividade do racismo”.
 b)  A noção de “evidência” é corroborada pelo número de denúncias registradas na Polícia Civil entre 2007 e 2012.
 c)  O sentido de “evidência” é reiterado pela eficácia da lei, que, desde 1989, pune crimes de preconceito racial.
 d)  A referência aos preconceitos raciais como “evidentes” está apoiada na ideia da perpetuação do contexto de discriminação racial.
 e)  A evidência do racismo está representada pela natureza inequívoca e subjetiva das manifestações de preconceito que caracterizam os crimes.
Esta questão possui comentáriodo professor no site. www.tecconcursos.com.br
Questão 665: COPS UEL ­ Del Pol (PC PR)/PC PR/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
 
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no
Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista?
 
Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado”
em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da
Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que
aparentemente não enfrenta conflitos raciais.
 
A disparidade entre o nível de escolaridade é outro  indicador  importante. De acordo com o Censo 2010,  realizado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não
terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos.
 
“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca
despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial.
 
Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo­se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.
 
Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados,
acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.
 
Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de
reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo
volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes
de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano.
 
Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se
reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria
no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa.
 
“Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”.
 
(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)
 
 
Sobre as referências à história que aparecem a partir do sexto parágrafo, assinale a alternativa correta.
 a)  O sociólogo faz referência a dois momentos da história brasileira: o período do tráfico de escravos e a  libertação de negros com a implementação da lei que
entrou em vigor em 1989, extinguindo o racismo.
 b)  O sociólogo faz alusões a períodos da história brasileira para contrastar passagens de séculos anteriores ao atual com a situação contemporânea, em que os
problemas raciais já arrefeceram muito.
 c)  O sociólogo reconhece um momento central da história brasileira – a abolição da escravatura – como acontecimento expressivo do final paulatino do racismo,
consolidado cerca de cem anos depois com a implementação da lei de 1989.
 d)  O sociólogo faz menção a momentos da história brasileira em que atos de violência e preconceitos persistem mesmo quando há iniciativas tidas como favoráveis
aos negros, como a abolição da escravatura e a implementação da lei de 1989.
 e)  O sociólogo cita três passagens da história brasileira – o tráfico de escravos, a abolição da escravatura e a lei em vigor desde 1989 – para ilustrar como tais
acontecimentos geraram episódios de violência dos quais os negros ainda são vítimas.
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Questão 666: CESPE ­ Esc Pol (PC DF)/PC DF/2013
Assunto: Clareza e Correção
No item a seguir, será apresentado um trecho, adaptado, de texto publicado em jornal de grande circulação. Julgue­o de acordo com a prescrição gramatical.
 
É importante consolidar, por meio da educação, principalmente da educação básica, além do domínio das letras e dos números, o cultivo, entre os estudantes, de laços de
amizades  genuínas,  da  cooperação,  da  solidariedade,  do  espírito  comunitário  e  do  exercício  da  plena  cidadania,  como  contraponto  à  hipertrofia  do  ego,  à  violência
generalizada e à banalização da vida.
 Certo
 Errado
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Questão 667: CESPE ­ Esc Pol (PC DF)/PC DF/2013
Assunto: Clareza e Correção
No item a seguir, será apresentado um trecho, adaptado, de texto publicado em jornal de grande circulação. Julgue­o de acordo com a prescrição gramatical.
 
No  Brasil,  as  diferentes  formas  de  violência  provém  de  fenômeno  histórico:  da  catequização  dos  índios  a  escravidão  africana,  seguir­se­ão  com  a  colonização
mercantilista, o coronelismo, as oligarquias, amparado por um Estado autoritário e burocrático, e manifesta por meio da tirania, da opressão, do abuso de força e da
criminalidade.
 Certo
 Errado
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Questão 668: VUNESP ­ Med Leg (PC SP)/PC SP/2014
Assunto: Clareza e Correção
Leia a manchete (Texto I), a faixa dos manifestantes (Texto II) e a tirinha (Texto III).
Texto I
Projeto de Campos está parado há 2 anos
Obra de presídio anunciada pelo governador de PE como modelo de parceria público­privada já tem problemas estruturais.
(Folha de S.Paulo, 10 jan. de 2014)
Texto II
 
(Folha de S.Paulo, 10 jan. de 2014)
 
Texto III
 
 
(Browne, Cris. Hagar. Folha de S.Paulo. São Paulo, 2 abr. 2003. Adaptado)
 
De acordo com a norma­padrão da língua portuguesa, analise as afirmações e assinale a alternativa correta.
 a) O texto I está incorreto. Com a correção, seria: Projeto de Campos está parado a dois anos.
 b) O texto III merece três correções: haverá momentos…, em que você terá… e de que o mundo… .
 c) O texto II está correto: ... obra paralisada a quase 2 anos.
 d) Os textos I e II estão corretos; os empregos de há e a apresentam, respectivamente, tempo decorrido e tempo futuro.
 e) Os textos I e III possuem incorreções.
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Questão 669: VUNESP ­ Ag EVP (SAP SP)/SAP SP/2015
Assunto: Clareza e Correção
Leia a tira.
 
 
(Dik Browne. “Hagar”. Folha de S.Paulo, 20.12.2014. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase preenche corretamente o balão da fala da personagem no primeiro quadrinho, em conformidade com a norma­padrão da língua
portuguesa.
 a) Irmão Hagar deponha sua espada e pegue aquela pena.
 b) Irmão Hagar, deponha sua espada e pegue esta pena.
 c) Irmão Hagar deponha sua espada e pega essa pena.
 d) Irmão Hagar deponha sua espada e pega esta pena.
 e) Irmão Hagar, deponha sua espada e pegue essa pena.
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Questão 670: CESPE ­ PRF/PRF/2013
Assunto: Tipologia Textual
Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se supera a
si mesma a cada dia... Não indaguemos para que, já que a própria ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de objetividade de que dispomos.
Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até
hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90. Ora, isso é desagradável: pode mesmo
acontecer que o próprio país que lançou a bomba venha a sofrer, a longo prazo, as consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma sujeira.
Pois bem, essas bombas indisciplinadas, mal­educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que cumprirão sua missão com lisura: destruirão o inimigo, sem
riscos para o atacante. Trata­se, portanto, de uma fabulosa conquista, não?
 
Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 109.
No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
O objetivo do texto, de caráter predominantemente dissertativo, é informar o leitor a respeito do surgimento da “bomba limpa”.
 Certo
 Errado
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Questão 671: CESPE ­ APF/PF/2014
Assunto: Tipologia Textual
Imigrantes ilegais, os homens e as mulheres vieram para Prato, na Itália, como parte de snakebodies liderados por snakeheads na Europa. Em outras palavras, fizeram a
perigosa  viagem  da  China  por  trem,  caminhão,  a  pé  e  por mar  como  parte  de  um  grupo  pequeno,  aterrorizado,  que  confiou  seu  destino  a  gangues  chinesas  que
administram as maiores redes de contrabando de gente no mundo. Nos locais em que suas viagens começaram, havia filhos, pais, esposas e outros que dependiam deles
para que enviassem dinheiro. No destino, havia paredes cobertas com anúncios de mau gosto de empregos que representavam a esperança de uma vida melhor.
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse como tinha sido sua viagem. Ele objetou. Membros do snakebody têm de jurar segredo aos snakeheads que
organizam sua viagem. Tive de  convencê­lo,  concordando em usar um nome  falso e  camuflar outros aspectos de  sua  jornada. Depois de uma série de encontros e
entrevistas, pelos quais paguei alguma coisa, a história de como Huang chegou a Prato emergiu lentamente.
James Kynge. A China sacode o mundo. São Paulo: 2007 (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.
 
O texto é narrativo e autobiográfico, o que se evidencia pelo uso da primeira pessoa do singular no segundo parágrafo, quando é contado um fato acontecido ao narrador.
 Certo
 Errado
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Questão 672: FUNIVERSA ­ Ag SP (SAPeJUS GO)/SAPeJUS GO/2015
Assunto: Tipologia Textual
Texto para responder à questão.
Considerando­se a  construção histórica do Direito Penal,  a  figura do  criminoso personifica­se na  figura do homem delinquente da Escola Positiva no  século 19. Essa
corrente  de  pensamento  trazia  para  o  centro  do  debate  a  figura  do  criminoso,  deixando  a  problemática  da  criminalidade  em  segundo  plano  e  invertendo  a  análise
realizada, até então, pela Escola Clássica, que não individualizava as causas do crime. Na análise do delito realizada pela Escola Clássica, o crime surgiria da livre vontade
do indivíduo, não de causas patológicas; por isso, do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade moral pelas próprias ações, o delinquente não era diferente do
indivíduo normal. O que justificava essa inversão era o fato de o delinquente revelar uma personalidade perigosa, de modo que era necessário o uso de uma defesa social
apropriada,  com  uma  dupla  função:  proteger  a  sociedade  do  mal  produzido  por  ele  e  coibir  a  prática  de  delitos  latentes.  Buscava­se,  então,  entre  outras  coisas,
estabelecer uma divisão entre o “bom” e o “mau” cidadão, em uma concepção patológica sobre a criminalidade, que visava justificar a pena como meio de defesa social e
com fins socialmente úteis. Estabeleceu­se dessa forma uma  linha divisória entre o mundo da criminalidade — composto por uma minoria de sujeitos potencialmente
perigosos e anormais — e o mundo da normalidade — representado pela “maioria” na sociedade.
Ao longo do século 20, sobretudo a partir dos anos 60, observa­se a desconstrução desse paradigma etiológico com a introdução das teorias do labelling approach. O
paradigma positivo (etiológico) já vinha sofrendo uma revisão desde o início daquele século pela criminologia norte­americana, com influências da sociologia cultural e de
correntes de origem fenomenológicas, bem como por reflexões históricas e sociológicas sobre o fenômeno criminal. Como tese central, modelada pelo  interacionismo
simbólico  e  o  construtivismo  social,  o  labelling  approach  afirma  que  o  desvio —  e  a  criminalidade —  não  é  uma  qualidade  intrínseca  da  conduta  ou  uma  entidade
ontológica pré­constituída, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de complexos processos de interação social.
Arnaldo Xavier. A construção do conceito de criminoso na sociedade
capitalista: um debate para o Serviço Social. In: Revista Katálysis, vol. 11, n.º 2, Florianópolis, jul.­dez./2008 (com adaptações).
 
No que se refere à tipologia textual, o texto acima classifica­se como
 a) descritivo, pois nele se apresentam a Escola Positiva e o labbeling approach.
 b) narrativo, sendo o criminoso seu personagem principal.
 c) dissertativo, uma vez que expõe teorias a respeito do criminoso e da criminalidade.
 d) argumentativo, pois defende a ideia apresentada pelo labbeling approach.
 e) instrucional, cuja finalidade é instruir o leitor.
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Questão 673: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Tipologia Textual
Texto I
 
Lágrimas e testosterona
Ele vivia furioso com a mulher. Por, achava ele, boas razões. Ela era relaxada com a casa, deixava faltar comida na geladeira, não cuidava bem das crianças, gastava
demais. Cada vez, porém, que queria repreendê­la por uma dessas coisas, ela começava a chorar. E aí, pronto: ele simplesmente perdia o ânimo, derretia. Acabava
desistindo da briga, o que o deixava furioso: afinal, se ele não chamasse a mulher à razão, quem o faria? Mais que isso, não entendia o seu próprio comportamento.
Considerava­se um cara durão, detestava gente chorona.
 
Por que o pranto da mulher o comovia tanto? E comovia­o à distância, inclusive. Muitas vezes ela se trancava no quarto para chorar sozinha, longe dele. E mesmo assim
ele se comovia de uma maneira absurda.
 
Foi então que  leu sobre a relação entre  lágrimas de mulher e a testosterona, o hormônio masculino. Foi uma verdadeira revelação. Finalmente tinha uma explicação
lógica,  científica,  sobre o que estava acontecendo. As  lágrimas diminuíam a  testosterona em seu organismo, privando­o da natural agressividade do sexo masculino,
transformando­o num cordeirinho,
 
Uma ideia lhe ocorreu: e se tomasse injeções de testosterona? Era  que o seu irmão mais velho fazia, mas por carência do hormônio. Com ele conseguiu duas ampolas
do hormônio. Seu plano era muito simples: fazer a injeção, esperar alguns dias para que o nível da substância aumentasse em seu organismo e então chamar a esposa à
razão.
 
Decido, foi à farmácia e pediu ao encarregado que lhe aplicasse a testosterona, mentindo que depois traria a receita. Enquanto isso era feito, ele, de repente, caiu no
choro, um choro tão convulso queo homem se assustou: alguma coisa estava acontecendo?
 
É que eu tenho medo de injeção, ele disse, entre soluços. Pediu desculpas e saiu precipitadamente. Estava voltando para casa. Para a esposa e sua lágrimas.
 
(Moacyr Scliar)
 
Texto II
 
Atenção, mulheres, está demonstrado pela ciência: chorar é golpe baixo. As lágrimas femininas liberam substâncias, descobriram os cientistas, que abaixam na hora do
nível de testosterona do homem que estiver por perto deixando o sujeito menos agressivo.
 
Os cientistas queriam ter certeza de que isso acontece em função de alguma molécula liberada ­ e não, digamos, pela cara de sofrimento feminina, com sua reputação de
derrubar até o mais insensível dos durões. Por isso, evitaram que os homens pudessem ver as mulheres chorando. Os cientistas molharam pequenos pedaços de papel
em lágrimas de mulher e deixaram que fossem cheirados pelos homens. O contato com as lágrimas fez a concentração da testosterona deles cair quase 15%, em certo
sentido, deixando­os menos machões.
 
(Publicado no caderno Ciência, da Folha de São Paulo, em 7 de janeiro de 2011) Textos disponíveis em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2802201105.htm,;acesso dia 16/07/2013)
 
Sobre o tipo de narrador presente no texto I, podemos classificá­lo como:
 a)  narrador personagem (protagonista)
 b)  narrador personagem (secundário)
 c)  narrador observador
 d)  narrador protagonista
 e)  narrador onisciente
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Questão 674: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Tipologia Textual
Texto I
 
Lágrimas e testosterona
Ele vivia furioso com a mulher. Por, achava ele, boas razões. Ela era relaxada com a casa, deixava faltar comida na geladeira, não cuidava bem das crianças, gastava
demais. Cada vez, porém, que queria repreendê­la por uma dessas coisas, ela começava a chorar. E aí, pronto: ele simplesmente perdia o ânimo, derretia. Acabava
desistindo da briga, o que o deixava furioso: afinal, se ele não chamasse a mulher à razão, quem o faria? Mais que isso, não entendia o seu próprio comportamento.
Considerava­se um cara durão, detestava gente chorona.
 
Por que o pranto da mulher o comovia tanto? E comovia­o à distância, inclusive. Muitas vezes ela se trancava no quarto para chorar sozinha, longe dele. E mesmo assim
ele se comovia de uma maneira absurda.
 
Foi então que  leu sobre a relação entre  lágrimas de mulher e a testosterona, o hormônio masculino. Foi uma verdadeira revelação. Finalmente tinha uma explicação
lógica,  científica,  sobre o que estava acontecendo. As  lágrimas diminuíam a  testosterona em seu organismo, privando­o da natural agressividade do sexo masculino,
transformando­o num cordeirinho,
 
Uma ideia lhe ocorreu: e se tomasse injeções de testosterona? Era  que o seu irmão mais velho fazia, mas por carência do hormônio. Com ele conseguiu duas ampolas
do hormônio. Seu plano era muito simples: fazer a injeção, esperar alguns dias para que o nível da substância aumentasse em seu organismo e então chamar a esposa à
razão.
 
Decido, foi à farmácia e pediu ao encarregado que lhe aplicasse a testosterona, mentindo que depois traria a receita. Enquanto isso era feito, ele, de repente, caiu no
choro, um choro tão convulso que o homem se assustou: alguma coisa estava acontecendo?
 
É que eu tenho medo de injeção, ele disse, entre soluços. Pediu desculpas e saiu precipitadamente. Estava voltando para casa. Para a esposa e sua lágrimas.
 
(Moacyr Scliar)
 
Texto II
 
Atenção, mulheres, está demonstrado pela ciência: chorar é golpe baixo. As lágrimas femininas liberam substâncias, descobriram os cientistas, que abaixam na hora do
nível de testosterona do homem que estiver por perto deixando o sujeito menos agressivo.
 
Os cientistas queriam ter certeza de que isso acontece em função de alguma molécula liberada ­ e não, digamos, pela cara de sofrimento feminina, com sua reputação de
derrubar até o mais insensível dos durões. Por isso, evitaram que os homens pudessem ver as mulheres chorando. Os cientistas molharam pequenos pedaços de papel
em lágrimas de mulher e deixaram que fossem cheirados pelos homens. O contato com as lágrimas fez a concentração da testosterona deles cair quase 15%, em certo
sentido, deixando­os menos machões.
 
(Publicado no caderno Ciência, da Folha de São Paulo, em 7 de janeiro de 2011) Textos disponíveis em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2802201105.htm,;acesso dia 16/07/2013)
 
De acordo com o segundo parágrafo do texto II, para comprovar sua tese, os cientistas estruturam sua pesquisa a partir do seguinte tipo de raciocínio:
 a)  Dedutivo, partindo de dados colhidos ao acaso no cotidiano.
 b)  Indutivo, pressupondo a existência de situações conflituosas entre homens e mulheres.
 c)  Dialético, opondo ideias contratantes acerca da excessiva sensibilidade feminina.
 d)  Dedutivo, pois observaram a analisaram as reações de um grupo tendo em vista a comprovação de uma ideia preexistentes.
 e)  Indutivo, pois é próprio do método científico partir de ideias particulares para difundir postulados gerais,
 
 
 
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Questão 675: CESPE ­ APF/PF/2012
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Imagine que um poder absoluto ou um texto sagrado declarem que quem roubar ou assaltar será enforcado (ou terá a mão cortada). Nesse caso, puxar a corda, afiar a
faca ou assistir à execução seria simples, pois a responsabilidade moral do veredicto não estaria conosco. Nas sociedades tradicionais, em que a punição é decidida por
uma autoridade superior a todos, as execuções podem ser públicas: a coletividade festeja o soberano que se encarregou da justiça − que alívio!
A coisa é mais complicada na modernidade, em que os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda autoridade jurídica e moral. Hoje, no mundo ocidental, se
alguém é executado, o braço que mata é, em última instância, o dos cidadãos − o nosso. Mesmo que o condenado seja indiscutivelmente culpado, pairam mil dúvidas.
Matar um condenado à morte não é mais uma festa, pois é difícil celebrar o triunfo de uma moral tecida de perplexidade. As execuções acontecem em lugares fechados,
diante de poucas testemunhas: há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada como um progresso: os povos civilizados não executam seus condenados nas
praças. Mas o dito progresso é, de fato, um corolário da incerteza ética de nossa cultura.
Reprimimos em nós desejos e  fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo,  frustrados, zelamos pela prisão daqueles que não se  impõem as mesmas
renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em
nós. Nesse caso, a execução do condenado é usada para limpar nossa alma. Em geral, a justiça sumária é isto: uma pressa em suprimir desejos inconfessáveis de quem
faz justiça. Como psicanalista, apenas gostaria que a morte dos culpados não servisse para exorcizar nossas piores fantasias − isso, sobretudo, porque o exorcismo seria
ilusório. Contudo é possível que haja crimes hediondos nos quais não reconhecemos nada de nossos desejos reprimidos.
Contardo Calligaris. Terra de ninguém − 101 crônicas. São Paulo: Publifolha, 2004, p. 94­6 (com adaptações).
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item.
 Suprimindo­se o emprego de termos característicos da linguagem informal, como o da palavra "coisa" e o do trecho "(como você e eu)", o primeiro período do segundo
parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte forma: Essa prática social apresenta­se mais complexa na modernidade, onde a autoridade jurídica
e moral submete­se à opinião pública.
 Certo
 Errado
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Questão 676: CESPE ­ Insp PC CE/PC CE/2012
Assunto: Reescriturade Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto para o item
Em um momento  em  que  os  Estados­nação  se  dobram diante  das  forças  do mercado,  os  dirigentes  políticos  sonham  com  estabilidade. Ora,  as  formas  de  governo
utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes.
Por que nos interessar pela noção de império? Não vivemos hoje em um mundo de Estados­nação? São eles, por exemplo, que têm seus assentos na ONU, com suas
bandeiras,  seus  selos  postais  e  suas  instituições.  No  entanto,  o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo  contemporâneo  e
aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político, ontem, hoje e − por que não? − amanhã.
O conceito de Estado­nação baseia­se em uma ficção, a da homogeneidade: um povo, um território, um governo. Os impérios nascem da extensão do poder através do
espaço e se assentam na diversidade: eles governam de maneiras diferentes povos diferentes, sob uma dupla tensão. Por um lado, a vontade dos líderes políticos de
estender seu controle territorial, em um contexto em que os povos vivem realidades socioculturais variadas, alimenta o expansionismo. Por outro, o fato de o  império
absorver povos diferentes faz que alguns de seus componentes desejem destacar­se do conjunto. Isso explica por que os impérios perduram, racham, reconfiguram­se e
caem.
Pensar o império não significa ressuscitá­lo dos mundos passados. Trata­se de considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço. Se
pudermos considerar a história como algo diferente da  inexorável transição da forma império para a forma Estado­nação, talvez possamos apreender o futuro de um
ponto  de  vista mais  vasto.  E  considerar  outras  formas  de  soberania  que  respondam melhor  a  um mundo  caracterizado  ao mesmo  tempo  pela  desigualdade  e  pela
diversidade.
Jane Burbank e Frederick Cooper. De Roma a Constantinopla, pensar o império para entender o mundo. In: Le Monde Diplomatique. Brasil, 2011, ano 5, n.º 53, p. 24­5 (com adaptações).
No  item  a  seguir,  é  apresentada  proposta  de  reescrita  do  trecho  "No  entanto,  o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo
contemporâneo e aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político". Julgue­o com relação à correção gramatical.
Entretanto, com o estudo dos impérios − de épocas antigas ou modernas −, podemos adentrar as raízes do mundo contemporâneo e compreender, com profundidade,
como se organiza o poder político.
 Certo
 Errado
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Questão 677: CESPE ­ Insp PC CE/PC CE/2012
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto para o item
Em um momento  em  que  os  Estados­nação  se  dobram diante  das  forças  do mercado,  os  dirigentes  políticos  sonham  com  estabilidade. Ora,  as  formas  de  governo
utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes.
Por que nos interessar pela noção de império? Não vivemos hoje em um mundo de Estados­nação? São eles, por exemplo, que têm seus assentos na ONU, com suas
bandeiras,  seus  selos  postais  e  suas  instituições.  No  entanto,  o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo  contemporâneo  e
aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político, ontem, hoje e − por que não? − amanhã.
O conceito de Estado­nação baseia­se em uma ficção, a da homogeneidade: um povo, um território, um governo. Os impérios nascem da extensão do poder através do
espaço e se assentam na diversidade: eles governam de maneiras diferentes povos diferentes, sob uma dupla tensão. Por um lado, a vontade dos líderes políticos de
estender seu controle territorial, em um contexto em que os povos vivem realidades socioculturais variadas, alimenta o expansionismo. Por outro, o fato de o  império
absorver povos diferentes faz que alguns de seus componentes desejem destacar­se do conjunto. Isso explica por que os impérios perduram, racham, reconfiguram­se e
caem.
Pensar o império não significa ressuscitá­lo dos mundos passados. Trata­se de considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço. Se
pudermos considerar a história como algo diferente da  inexorável transição da forma império para a forma Estado­nação, talvez possamos apreender o futuro de um
ponto  de  vista mais  vasto.  E  considerar  outras  formas  de  soberania  que  respondam melhor  a  um mundo  caracterizado  ao mesmo  tempo  pela  desigualdade  e  pela
diversidade.
Jane Burbank e Frederick Cooper. De Roma a Constantinopla, pensar o império para entender o mundo. In: Le Monde Diplomatique. Brasil, 2011, ano 5, n.º 53, p. 24­5 (com adaptações).
No  item  a  seguir,  é  apresentada  proposta  de  reescrita  do  trecho  "No  entanto,  o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo
contemporâneo e aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político". Julgue­o com relação à correção gramatical.
O estudo dos impérios, porém, sejam eles antigos, sejam recentes, permite chegarmos às raízes do mundo atual e tornarmos mais profunda nossa compreensão das
formas de organização do poder político.
 Certo
 Errado
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Questão 678: CESPE ­ Insp PC CE/PC CE/2012
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto para o item
Em um momento  em  que  os  Estados­nação  se  dobram diante  das  forças  do mercado,  os  dirigentes  políticos  sonham  com  estabilidade. Ora,  as  formas  de  governo
utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes.
Por que nos interessar pela noção de império? Não vivemos hoje em um mundo de Estados­nação? São eles, por exemplo, que têm seus assentos na ONU, com suas
bandeiras,  seus  selos  postais  e  suas  instituições.  No  entanto,  o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo  contemporâneo  e
aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político, ontem, hoje e − por que não? − amanhã.
O conceito de Estado­nação baseia­se em uma ficção, a da homogeneidade: um povo, um território, um governo. Os impérios nascem da extensão do poder através do
espaço e se assentam na diversidade: eles governam de maneiras diferentes povos diferentes, sob uma dupla tensão. Por um lado, a vontade dos líderes políticos de
estender seu controle territorial, em um contexto em que os povos vivem realidades socioculturais variadas, alimenta o expansionismo. Por outro, o fato de o  império
absorver povos diferentes faz que alguns de seus componentes desejem destacar­se do conjunto. Isso explica por que os impérios perduram, racham, reconfiguram­se e
caem.
Pensar o império não significa ressuscitá­lo dos mundos passados. Trata­se de considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço. Se
pudermos considerar a história como algo diferente da  inexorável transição da forma império para a forma Estado­nação, talvez possamos apreender o futuro de um
ponto  de  vista mais  vasto.  E  considerar  outras  formas  de  soberania  que  respondam melhor  a  um mundo  caracterizado  ao mesmo  tempo  pela  desigualdade  e  pela
diversidade.
Jane Burbank e Frederick Cooper. De Roma a Constantinopla, pensar o império para entender o mundo. In: Le Monde Diplomatique. Brasil, 2011, ano 5, n.º 53, p. 24­5 (com adaptações).
No  item  a  seguir,  é  apresentada  proposta  de  reescrita  do  trecho  "No  entanto,o  estudo  dos  impérios,  antigos  ou  recentes,  permite  acessar  as  raízes  do  mundo
contemporâneo e aprofundar nossa compreensão das modalidades de organização do poder político". Julgue­o com relação à correção gramatical.
Contudo, estudar os  impérios, antigos ou recentes, proporciona­nos o acesso às raízes do mundo contemporâneo e  leva­nos à aprofundar a compreensão dos modos
conforme aos quais organiza­se o poder político.
 Certo
 Errado
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Questão 679: CESPE ­ PRF/PRF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que
consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da história
e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o
Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legítimo espancarem­se mulheres e crianças, escravizarem­se povos. Hoje em dia,
embora ainda se saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses comportamentos são publicamente condenados na maior parte do
mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da
consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam.
E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo espancarem­se mulheres e crianças, escravizarem­se povos” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Há
tempos, considerava­se legítimo que se espancassem mulheres e crianças, que se escravizassem povos.
 Certo
 Errado
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Questão 680: CESPE ­ PRF/PRF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que
consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da história
e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o
Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legítimo espancarem­se mulheres e crianças, escravizarem­se povos. Hoje em dia,
embora ainda se saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses comportamentos são publicamente condenados na maior parte do
mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da
consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam.
E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
Sem prejuízo para o  sentido original  do  texto,  o  trecho  “esses  comportamentos  são publicamente  condenados na maior parte do mundo”   poderia  ser  corretamente
reescrito da seguinte forma: publicamente, esses comportamentos consideram­se condenados em quase todo o mundo.
 Certo
 Errado
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Questão 681: CESPE ­ EPF/PF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
O que  tanta gente  foi  fazer do  lado de  fora do  tribunal onde  foi  julgado um dos mais  famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela  justiça,  sim: as
evidências permitiam uma  forte  convicção  sobre os  culpados, muito  antes do encerramento das  investigações. Contudo,  para  torcer  pela  justiça,  não era necessário
acampar na porta do  tribunal, de onde ninguém podia pressionar os  jurados. Bastava  fazer abaixo­assinados via  Internet pela  condenação do pai e da madrasta da
vítima. O que foram fazer lá, ao vivo? Penso que as pessoas não torceram apenas pela condenação dos principais suspeitos. Torceram também para que a versão que
inculpou o pai e a madrasta fosse verdadeira.
O relativo alívio que se sente ao saber que um assassinato se explica a partir do círculo de relações pessoais da vítima talvez tenha duas explicações. Primeiro, a fantasia
de que em nossas famílias isso nunca há de acontecer. Em geral temos mais controle sobre nossas relações íntimas que sobre o acaso dos maus encontros que podem
nos vitimar em uma cidade grande. Segundo, porque o crime familiar permite o  lenitivo da construção de uma narrativa. Se toda morte violenta, ou súbita, nos deixa
frente a frente com o real traumático, busca­se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que terrível, capaz de produzir sentido para o que não
tem tamanho nem nunca terá, o que não tem conserto nem nunca terá, o que não faz sentido.
 
Maria Rita Khel. A morte do sentido. Internet: <www.mariaritakehl.psc.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item.
Sem prejuízo  das  relações  sintático­semânticas  do  texto,  os  dois  últimos  períodos  do  primeiro  parágrafo  do  texto  poderiam  ser  corretamente  reescritos  da  seguinte
forma:  Penso  que  as  pessoas  não  torceram apenas  pela  condenação  dos  principais  suspeitos,  tendo  torcido  também — e  principalmente — para  que  a  versão  que
inculpou o pai e a madrasta fosse verdadeira.
 Certo
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Questão 682: CESPE ­ EPF/PF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que
os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direito que lhes cabem e a suportar os ônus
que a lei lhes impõe.
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
No que se refere ao texto acima, julgue o item seguinte.
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar o litígio” fosse substituído por Afim de dar solução à
demanda  e  o  trecho  “tomem conhecimento  dos  atos  acontecidos  no  correr  do  procedimento”  fosse,  por  sua  vez,  substituído  por conheçam os  atos  havidos  no
transcurso do acontecimento.
 Certo
 Errado
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Questão 683: CESPE ­ EPF/PF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que
os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direito que lhes cabem e a suportar os ônus
que a lei lhes impõe.
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
No que se refere ao texto acima, julgue oitem seguinte.
O  trecho  “os  sujeitos  (...)  lhes  impõe”  (l.2­3) poderia  ser  corretamente  reescrito da seguinte  forma: cada um dos sujeitos do processo  tome conhecimento dos atos
acontecidos no correr do procedimento e se habilite a exercer os direitos que lhes cabe e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.
 Certo
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Questão 684: CESPE ­ EPF/PF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
O  processo  penal  moderno,  tal  como  praticado  atualmente  nos  países  ocidentais,  deixa  de  centrar­se  na  finalidade meramente  punitiva  para  centrar­se,  antes,  na
finalidade investigativa. O que se quer dizer é que, abandonado o sistema inquisitório, em que o órgão julgador cuidava também de obter a prova da responsabilidade do
acusado  (que  consistia,  a maior  parte  das  vezes,  na  sua  confissão),  o  que  se  pretende  no  sistema  acusatório  é  submeter  ao  órgão  julgador  provas  suficientes  ao
esclarecimento da verdade.
Evidentemente, no primeiro  sistema, a  complexidade do ato decisório haveria de  ser bem menor, uma vez que a  condenação está atrelada à  confissão do acusado.
Problemas de consciência não os haveria de ter o julgador pela decisão em si, porque o seu veredito era baseado na contundência probatória do meio de prova “mais
importante” — a confissão. Um dos motivos pelos quais se pôs em causa esse sistema foi justamente a questão do controle da obtenção da prova: a confissão, exigida
como prova plena para a condenação, era o mais das vezes obtida por meio de coações morais e físicas.
Esse fato revelou a necessidade, para que haja condenação, de se proceder à reconstituição histórica dos fatos, de modo que se investigue o que se passou na verdade e
se a prática do ato ilícito pode ser atribuída ao arguido, ou seja, a necessidade de se restabelecer, tanto quanto possível, a verdade dos fatos, para a solução justa do
litígio. Sendo esse o fim a que se destina o processo, é mediante a instrução que se busca a mais perfeita representação possível dessa verdade.
 
Getúlio Marcos Pereira Neves. Valoração da prova e livre convicção do juiz. In: Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n.º 401, ago./2004 (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item que se segue.
O segundo período do primeiro parágrafo do texto estaria gramaticalmente correto se fosse reescrito da seguinte forma: Quer­se dizer que, não mais vigorando o sistema
inquisitório (no qual o órgão julgador cuidava também de obter a prova da responsabilidade do acusado — a qual consistia, no mais das vezes, na sua confissão), o que
se almeja no sistema acusatório é fornecer ao órgão julgador provas bastantes ao esclarecimento da verdade.
 Certo
 Errado
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Questão 685: FGV ­ AP (SEJAP MA)/SEJAP/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto a seguir:
 
Tendências para as cadeias no futuro?
 
Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção bastante diferente. O projeto consiste em um complexo prisional suspenso
no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na
parte de baixo.
 
A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento
produzido para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também serviriam a esse propósito.
 
Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas
em  um  local  circular,  de  forma  que  fiquem  expostas  simultaneamente.  Dessa  forma,  apenas  alguns  poucos  guardas  posicionados  na  torre  no  centro  do  prédio  já
conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
 
Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias em navios
modificados para servir como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
 
Entretanto, o conceito  tem causado muita polêmica, pois as condições das celas em containers seriam desumanas — o que  temos que  levar em consideração em se
tratando de um país tão quente. “Morar” em uma caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável.
 
(Fernando Daquino, 04/11/2012 – Arquitetura)
 
“A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento
produzido para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também serviriam a esse propósito”.
 
Assinale a alternativa em que o fragmento do texto reescrito teve seu significado original alterado.
 a) “A cadeia ainda teria espaços” / A cadeia ainda disporia de espaços.
 b) “para manter um campo de agricultura” / para que mantesse um campo de agricultura.
 c) “para se autossustentar” / para seu autossustento.
 d) “e até distribuir o excesso” / e mesmo distribuir o excesso.
 e) “serviriam a esse propósito” / serviriam a essa finalidade.
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Questão 686: CESPE ­ Esc Pol (PC DF)/PC DF/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
O  problema  intercultural  não  se  resolve,  como  pretendem  os  multiculturalistas,  pelo  simples  reconhecimento  da  isonomia  axiológica  entre  culturas  distintas,  mas,
fundamentalmente, pelo diálogo interpessoal entre indivíduos de culturas diferentes e, mais ainda, pelo acesso individual à própria diversidade cultural, como condição
para o exercício da liberdade de pertencer a uma cultura, de assimilar novos valores culturais ou, simplesmente, de se reinventar culturalmente. Aliás, o reconhecimento
da  isonomia  axiológica  entre  culturas  é  importante  não  porque  limita  a  individualidade  a  uma  estrita  visão  antropológica  que  projeta  a  condição  humana  ao  círculo
concêntrico da cultura do agrupamento familiar e social a que pertence o indivíduo, mas porque o liberta, ao lhe dar amplitude de opção cultural, que, transcendendo a
esfera da identidade individual como simples parte de uma cultura, dimensiona a individualidade no campo da liberdade — da liberdade de criar a si mesmo. Por fim, a
passagem para a democracia não totalitária, ou seja, democracia na e para a diversidade, decorre,  justamente, da sensibilização do político e da democratização do
espaço pessoal, antes preso à teia  indizível do monismo cultural ocidental,  tornando­se papel do Estado o oferecimento das condições de acessibilidade à diversidade
cultural, ambiente imprescindível à autogestão da identidade pessoal.
Miguel Batista de Siqueira Filho. Democracia, direito e liberdade. Goiânia: Editora da PUC Goiás, 2011, p. 95­6 (com adaptações).
 
Em relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
 
A última oração do texto poderia ser reescrita, sem prejuízo das ideias veiculadas e da correção gramatical, da seguinte forma: o que torna papel do Estado oferecer às
condições de acessibilidade da diversidade cultural o ambiente indispensável de autogestão da identidade pessoal.
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Questão 687: CESPE ­ Ag Adm (PF)/PF/2014
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Acho que, se eu não fosse tão covarde, o mundo seria um lugar melhor. Não que a melhora do mundo dependade uma só pessoa, mas, se o medo não fosse constante,
as pessoas se uniriam mais e incendiariam de entusiasmo a humanidade. Mas o que vejo no espelho é um homem abatido diante das atrocidades que afetam os menos
favorecidos.
Se tivesse coragem, não aceitaria crianças passarem fome, frio e abandono. Elas nos assustam com armas nos semáforos, pedem esmolas, são amontoadas em escolas
que não ensinam, e, por mais que chorem, somos imunes a essas lágrimas.
Sou um covarde diante da violência contra a mulher, do homem contra o homem. E porque os índios estão tão longe da minha aldeia e suas flechas não atingem meus
olhos nem o coração, não me importa que tirem suas terras, sua alma. Analfabeto de solidariedade, não sei ler sinais de fumaça. Se tivesse um nome indígena, seria
“cachorro medroso”. Se fosse o tal ser humano forte que alardeio, não aceitaria famílias sem terem onde morar.
Sérgio Vaz. Antes que seja tarde. In: Caros Amigos, mai./2013, p. 8 (com adaptações).
Com base na leitura do texto, julgue o item seguinte.
 
A coerência e a coesão do texto não seriam prejudicadas se o trecho “se o medo não fosse constante, as pessoas (...) a humanidade.” (l.1­2) fosse reescrito da seguinte
forma: se o medo não for constante, as pessoas se unirão mais e incendiarão de entusiasmo a humanidade.
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Questão 688: FUNIVERSA ­ Per Cri (SPTC GO)/SPTC GO/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto para responder à questão.
A utilização de técnicas específicas voltadas para a elucidação de crimes e para o indiciamento de criminosos remonta a épocas pré­científicas. Um exemplo do uso da
habilidade e imaginação individual relacionado à resolução de crimes pode ser vislumbrado em Daniel: no século VI a.C., Daniel, com grande perícia, foi capaz de provar
ao rei da Babilônia, Ciro, o Persa, que as oferendas prestadas ao ídolo Bel eram, na verdade, consumidas pelos sacerdotes e seus familiares; para tanto, Daniel fez que
espalhassem cinzas por  todo o piso do  templo, onde eram colocadas diariamente oferendas; no dia posterior,  verificaram que, apesar de a porta  continuar  lacrada,
pegadas compatíveis com a dos sacerdotes eram observadas no chão e que as oferendas haviam sido consumidas. Já no século III a.C., há a clássica história do Princípio
de Arquimedes. Conta Vitrúvio que o rei Hierão de Siracusa mandou fazer uma coroa de ouro. Entretanto, quando a coroa foi entregue, o rei suspeitou que o ouro fora
trocado por prata. Para solucionar tal dúvida, o rei pediu que Arquimedes investigasse o fato. Arquimedes pegou uma vasilha com água e, mergulhando pedaços de ouro
e prata do mesmo peso da coroa, verificou que o ouro não fazia a água subir tanto quanto a prata. Por fim, inseriu a coroa, que, por sua vez, elevou o nível da água até a
altura intermediária, tendo constatado então que a coroa havia sido feita com uma mistura de ouro e prata. Assim, desvendou­se a fraude e desmascarou­se o artesão.
Outro caso que ilustra a fase pré­científica da criminalística é encontrado em informes da antiga Roma descritos por Tácito: Plantius Silvanus, sob suspeita de ter jogado
sua mulher, Aprônia, de uma janela, foi  levado à presença de César, que, por sua vez, foi examinar o quarto do suposto local do evento e encontrou sinais certos de
violência. O relato deixa claro que, desde a Antiguidade, foram desenvolvidos técnicas e exames com o intuito de solucionar crimes.
Rodrigo Grazinoli Garrido e Alexandre Giovanelli. Criminalística: origem, evolução e descaminhos. In: Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas, n.º 5/6, Vitória da Conquista: Bahia, 2009 (com
adaptações).
 
 
Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o período “Para solucionar tal dúvida, o rei pediu que Arquimedes investigasse o fato” poderia ser
reescrito da seguinte forma:
 a)  O rei, com o objetivo de solucionar tal dúvida, pediu a Arquimedes que investigasse o fato.
 b)  Para Arquimedes solucionar tal dúvida, o rei pediu­o para investigar o fato.
 c)  Para que se solucionasse a dúvida, o rei pediu­lhe para Arquimedes investigar o fato.
 d)  O rei pediu à Arquimedes, visando solucionar tal dúvida, que o fato fosse investigado.
 e)  Foi pedido a Arquimedes pelo rei que o fato se investigasse para solucionar tal dúvida.
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Questão 689: FUNIVERSA ­ Papis (PC GO)/PC GO/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto para responder à questão.
Os novos Sherlock Holmes trocaram as lupas por luzes forenses. São lanternas portáteis ou lâmpadas de maior porte que emitem luzes de diferentes comprimentos de
onda,  ajudando  a  revelar  coisas  que  normalmente  passariam  despercebidas.  As  fibras  sintéticas  ficam  fluorescentes  na  maioria  dos  comprimentos  de  onda,
especialmente nos 300 nanômetros da luz ultravioleta. Já materiais orgânicos, como fibras de algodão, saliva, urina, sêmen e ossos, ficam opacos e esbranquiçados sob a
luz negra. “Investigando um caso de estupro, analisei o banco de um carro sem sinais evidentes. Com a luz, pude ver e coletar uma amostra de sêmen e identificar o
material genético que incriminou um suspeito”, diz uma perita da Polícia Científica de São Paulo.
Mas isso não é nada perto do que já é possível fazer com impressões digitais. Sim, porque a coleta dessas provas essenciais não é tão simples quanto parece. A maioria
delas não é visível a olho nu, e, muitas vezes, era impossível identificá­las.
Superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos. Problema resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas
em um pó que reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois, é só iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital, brilhante,
está pronta para ser registrada numa foto.
O próximo desafio é tirar impressões digitais de pele humana, tarefa que está sendo pesquisada por cientistas norte­americanos. Eles desenvolveram um equipamento
portátil  que  realiza uma  técnica  conhecida por espectroscopia de  superfície aumentada. O método  já mostrou que  funciona, mas o  instrumento é  feito  com nanofios
revestidos de prata que ainda não dão resultados muito nítidos. O grupo trabalha para melhorar esse revestimento e chegar a uma impressão digital mais evidente, que
possa ser revelada com uma fotografia na própria cena do crime.
Ao mesmo tempo, segundo a revista Science, impressões digitais em superfícies molhadas e em pele humana estão prestes a ser reveladas por um único equipamento,
que vaporiza uma mistura de moléculas de metanol e água carregadas eletricamente sobre a área investigada. Em contato com a mistura, cada superfície emite  íons
específicos. Captados por um aparelho, esses sinais são transformados em unidades de imagem, como se fossem pixels. O resultado é uma versão digital da marca dos
dedos, produzida em poucos segundos. E o mais incrível é que o aparelho também distingue substâncias em que o autor da marca tenha tocado antes, como drogas,
pólvora, metais e substâncias químicas em geral. O kit básico de trabalho de campo de um perito criminal ainda vai ganhar mais um forte aliado nos próximos anos, com
a chegada ao mercado de um gravador portátil de  imagens em 3 dimensões, apresentado por cientistas de um centro de pesquisas alemão. Com ele, os peritos não
precisarão mais esperar o gesso secar para conseguir um molde de uma pegada ou marca de pneu. Bastará tirar uma foto com o equipamento e a  imagem em 3D
poderá ser passada para um computador para comparações. O gravador também poderá ser útil para filmar cenas de crime em locais públicos, onde não se tem chance
de preservar a cena por muito tempo: bastará reconstruir o ambiente virtualmente e estudá­lo com mais calma no laboratório.
Tarso Araújo. Ciência contra o crime. Internet: <www.super.abril.com.br>(com adaptações).
 
Assinale a alternativa em que a reescritura do terceiro parágrafo do texto, além de estar gramaticalmente correta e coerente com as  ideias apresentadas, atende às
exigências de formalidade de um relatório.
 a) A barreira das superfícies molhadas para os peritos, por exemplo, foi resolvida com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, que, usadas em um
pó, reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois desse processo, deve­se apenas iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a
digital, brilhante, estará pronta para ser registrada fotograficamente.
 b) Superfícies molhadas, por exemplo, que sempre representaram empecílio para os peritos, é resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco,
usadas em um pó que reage com a gordura que deixa as digitais ainda na presença de água. Depois disso, é suficiente iluminar a região desejada com luz ultravioleta,
estando a digital, brilhante, pronta a ser registrada numa foto.
 c) As superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos, mas o problema foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de
óxidos de zinco, usadas em um pó reajente com a gordura das digitais na presença de água, após o que é bastante iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a
digital brilhará, estando pronta para ser registrada numa foto.
 d) O problema que os peritos enfrentavam com superfícies molhadas, por exemplo, foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas
em um pó  que  reage  com  a  gordura  proveniente  das  digitais, mesmo  na  presença  de  água.  Após  a  utilização  desse  pó,  basta  iluminar  a  região  desejada  com  luz
ultravioleta, e a digital, brilhante, poderá ser fotografada.
 e) À exemplo das superfícies molhadas, que sempre foram uma barreira para os peritos, o problema foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos
de zinco, que são usadas em um pó que reage com a gordura produzida pelas digitais mesmo na presença de água. Depois disso, somente se ilumina a região desejada
com luz ultravioleta, podendo, então, a digital, brilhante, ser registrada numa fotografia.
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Questão 690: VUNESP ­ Ag SP (SAP SP)/SAP SP/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto para responder à questão.
 
Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo
 
Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá­lo em
roupas de animais.
 
O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o material é
similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.
 
“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
 
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas essa
diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio para fibras mais curtas.
 
Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há negociações com
três dessas cooperativas para possível parceria.
 
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas lojas.
“Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo.”
 
“A  procura  por  roupas  de  animais  é  grande,  principalmente  no  inverno.  Tenho  certeza  de  que  haverá  interesse,  porque  as  pessoas  adoram  uma  novidade”,  diz  o
veterinário Sergio Soares Júnior.
 
E roupas para humanos? Segundo Lobo, “Há viabilidade técnica para produzi­las, mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei se
aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.”
 
(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)
 
* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação
 
A ideia é que, após a coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais [...]
 
Assinale a alternativa em que o trecho destacado está corretamente substituído, sem alteração do sentido original e conforme a norma­padrão da língua portuguesa.
 a) se transforme à roupinhas.
 b) se resulte de roupinhas.
 c) se torne em roupinhas.
 d) se converta à roupinhas.
 e) se altere de roupinhas.
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Questão 691: VUNESP ­ Ag SP (SAP SP)/SAP SP/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto para responder à questão.
 
Desmantelo só quer começo
 
Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa alguma.
 
Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram foram partindo e deixando­os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.
 
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de urgência:
eram eles ou eu.
 
Meu finado tio­avô costumava dizer que “Desmantelo só quer começo”. O cronista Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez sobre
a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.
 
Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos e
abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.
 
Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da bica num copo da Itambé — “Desmantelo só quer começo”.
 
Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes, frutos, lançou
esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.
 
Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo de
organização.
 
Entro  em casa de queixo erguido,  peito  estufado e meu ânimo dura quatro  segundos:  só até  ver minha mulher  com as mãos enfiadas entre  as  almofadas do  sofá,
perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.
 
(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)
 
Terminada a arrumação, meti todos eles numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.
 
O trecho em destaque está corretamente substituído, com as relações de sentido originais preservadas e em conformidade com a norma­padrão da língua portuguesa,
por:
 a) Até terminar a arrumação.
 b) Enquanto ia terminando a arrumação.
 c) Quando terminei a arrumação.
 d) Embora terminava a arrumação.
 e) Se terminasse a arrumação.
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Questão 692: VUNESP ­ Ag EVP (SAP SP)/SAP SP/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto para responder à questão.
No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldadesnos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço. “Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os encaminham
para um centro de ensino de jovens e adultos”, explica a coordenadora da escola, Cristina Sá.
 
Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas­feiras para discutir
casos  específicos  dos  alunos  e  para  formar  os  educadores  na  filosofia  da  escola.  Neste  dia,  não  há  aula.  “É  um  trabalho  de  formiguinha”,  diz  a  diretora.  Vários
professores não se adaptaram e pediram transferência. “Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos”, afirma Cristina.
Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
“Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.
(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)
 
Mantendo­se os  sentidos do  texto, o período – Vários professores não se adaptaram e pediram  transferência. –  (segundo parágrafo) pode ser  reescrito da  seguinte
forma:
 a) Vários professores não se adaptaram, quando pediram transferência.
 b) Vários professores não se adaptaram, conforme pediram transferência.
 c) Vários professores não se adaptaram, então pediram transferência.
 d) Vários professores não se adaptaram, mas pediram transferência.
 e) Vários professores não se adaptaram ou pediram transferência.
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Questão 693: VUNESP ­ Ag EVP (SAP SP)/SAP SP/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto para responder à questão.
Ela tem alma de pomba
Que a  televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla­Flu, ou a um Inter x
Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir baixinho,
enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa.
 
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma
bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer
doido dormir.
(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)
 
De acordo com a norma­padrão, o trecho – Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um
livro. –, transposto para a primeira pessoa do plural, assume a seguinte redação.
 a) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão. Rádio, nós pudemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
 b) Nós mesmo confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão. Rádio, nós podemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
 c) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente podemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
 d) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão. Rádio, nós podemos ouvir baixinho, enquanto estamos lendo um livro.
 e) Nós mesmo confessamos que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro.
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Questão 694: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto
 
Para Ver as Meninas
 
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
 
(Marisa Monte) Disponível em http://letras.mus.br/marisa­monte/47291/Acesso em 19/07/2013
 
Assinale a opção que apresenta a reescritura de um verso do texto que provocaria alteração de sentido.
 a)  “sobre meu defeitos” (5º verso) / a respeito dos meus defeitos
 b)  “quem me deixou assim” (7º verso) / quem me deixou deste modo
 c)  “Quem sabe de tudo não fale” (14º verso) / Quem conhece de tudo não fale
 d)  “Porque hoje eu vou fazer” (17º verso) / já que hoje eu vou fazer
 e)  “Um samba sobre o infinito” (19º verso) / O samba sobre o infinito
 
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Questão 695: CESPE ­ APF (DEPEN)/DEPEN/Área 1/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação, integridade física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros) adquiridos como
cidadão, uma vez que a perda  temporária do direito de  liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal  refere­se  tão somente à  liberdade de  ir e vir.  Isso,
geralmente, não é o que ocorre.
O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do que sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se sentindo um
nada.
Internet: <www.lfg.jusbrasil.com.br> (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.
 
A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se constata”, no início do segundo parágrafo, fosse reescrito da seguinte forma: O que constata­se.
 Certo
 Errado
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Questão 696: CESPE ­ EAP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Educação prisional
No Brasil, a educação prisional está garantida por lei. Os mais de 500 mil detentos existentes no país têm direito a salas de aula dentro dos presídios e, a cada doze horas
de frequência escolar de qualquer nível (fundamental, médio, profissionalizante ou superior), o preso tem um dia de pena remido. Desde 2012, entre os projetos voltados
à recuperação e à reinserção social, está a remição de pena por meio da leitura.
O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada
aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena. Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as
leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
 
Após um ano de vigência da  lei que regulamentou o projeto, dados coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional  (DEPEN) revelaram os hábitos de  leitura nos
presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total de 7.508 dias remidos. Entre os dez livrosmais lidos e resenhados estavam A
Menina que Roubava Livros, em primeiro lugar, e O Pequeno Príncipe, em décimo.
Na visão do coletivo de incentivo cultural Perifatividade, o projeto é uma oportunidade de os detentos ampliarem seu universo e perceberem novas dinâmicas de como
analisar o mundo, além de ser um incentivo à educação.
Internet: <www.revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
 
No que diz respeito aos aspectos linguísticos do texto Educação prisional, julgue o seguinte item.
 
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso a expressão “de vinte e um a trinta” (l.5) fosse substituída por entre vinte e um a trinta.
 Certo
 Errado
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Questão 697: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto
 
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que  lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está
visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você sabe com quem
está falando?”, identifica­se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
 
“... identifica­se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida adequada, do seguinte
modo:
 a) quando prende o guarda;
 b) por isso prende o guarda;
 c) porém prendeu o guarda;
 d) portanto prendeu o guarda;
 e) e prende o guarda.
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Questão 698: CESPE ­ Ag Pol (PC PE)/PC PE/2016
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Texto CG1A01AAA
 
O crime organizado não é um fenômeno recente. Encontramos indícios dele nos grandes grupos contrabandistas do antigo regime na Europa, nas atividades dos piratas e
corsários e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do século XVIII. A diferença dos nossos dias é que as organizações criminosas se tornaram mais precisas,
mais profissionais.
 
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo é crime organizado. Mesmo quando se trata de uma pequena apreensão de crack em um local remoto(b),
alguns órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos casos, o varejo do tráfico é um dos crimes mais desorganizados que existe.(c) É praticado por um
usuário que compra de alguém umas poucas pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem chefe, parceiros, nem capital de giro. Possui apenas a necessidade de suprir
o vício. No outro extremo, fica o grande traficante, muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga(d). Só utiliza seu dinheiro para  financiar o  tráfico ou seus
contatos  para  facilitar  as  transações(e).  A  organização  criminosa  envolvida  com  o  tráfico  de  drogas  fica,  na  maior  parte  das  vezes,  entre  esses  dois  extremos.  É
constituída de pequenos e médios traficantes e uns poucos traficantes de grande porte.
 
Nas  outras  atividades  criminosas,  a  situação  é  a  mesma.  O  crime  pode  ser  praticado  por  um  indivíduo,  uma  quadrilha  ou  uma  organização(a).  Portanto,  não  é  a
modalidade do crime que identifica a existência de crime organizado.
 
Guaracy Mingardi. Inteligência policial e crime organizado. In: Renato Sérgio de Lima e Liana de Paula (Orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo seu papel? São Paulo: Contexto,
2006, p. 42 (com adaptações).
Em cada uma das opções a seguir, é apresentado um trecho do  texto CG1A01AAA, seguido de uma proposta de  reescritura. Assinale a opção em que a  reescritura
proposta mantém a correção gramatical do texto e o sentido original do trecho.
 a) “O crime pode ser praticado por um indivíduo, uma quadrilha ou uma organização”: O crime ser praticado por um indivíduo, uma quadrilha ou uma organização é
permitido
 b) “Mesmo quando se trata de uma pequena apreensão de crack em um local remoto”: Ainda que trata­se de uma pequena apreensão de crack em um local distante
 c) “o varejo do tráfico é um dos crimes mais desorganizados que existe”: o varejo do tráfico é um dos crimes mais desorganizados que existem
 d) “muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga”: muitas vezes um indivíduo que se quer enxerga a droga
 e) “Só utiliza seu dinheiro para financiar o tráfico ou seus contatos para facilitar as transações”: Só utiliza seu dinheiro ou seus contatos para financiar o tráfico ou
para facilitar as transações
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Questão 699: COPS UEL ­ Del Pol (PC PR)/PC PR/2013
Assunto: Reescritura de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Leia o texto, a seguir, e responda à questão.
 
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no
Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista?
 
Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado”
em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da
Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que
aparentemente não enfrenta conflitos raciais.
 
A disparidade entre o nível de escolaridade é outro  indicador  importante. De acordo com o Censo 2010,  realizado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não
terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos.
 
“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca
despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial.
 
Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo­se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.
 
Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados,
acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.
 
Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de
reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo
volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes
de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano.
 
Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se
reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria
no atendimentoem saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa.
 
“Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”.
 
(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)
 
 
Assinale a alternativa em que a primeira frase do 5º parágrafo é corretamente reescrita, sem alteração do sentido original.
 a)  Ele enfatiza que os negros que são vítimas da discriminação racial nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas relacionadas ao poder,
são minoria.
 b)  Ele enfatiza que a minoria dos negros é vítima de discriminação em função da cor da pele nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas
relacionadas ao poder.
 c)  Os negros são enfatizados por ele como vítimas de discriminação decorrente da cor da pele e como minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência
e outras esferas relacionadas ao poder.
 d)  A ênfase sobre os negros como vítimas da discriminação causada pela cor da pele é minoritária nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras
esferas relacionadas ao poder.
 e)  Nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas relacionadas ao poder, os negros são minoritariamente enfatizados por ele, como vítimas
da discriminação em função da cor da pele.
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Questão 700: FUNIVERSA ­ Ag SP (SAPeJUS GO)/SAPeJUS GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Considerando­se a  construção histórica do Direito Penal,  a  figura do  criminoso personifica­se na  figura do homem delinquente da Escola Positiva no  século 19. Essa
corrente  de  pensamento  trazia  para  o  centro  do  debate  a  figura  do  criminoso,  deixando  a  problemática  da  criminalidade  em  segundo  plano  e  invertendo  a  análise
realizada, até então, pela Escola Clássica, que não individualizava as causas do crime. Na análise do delito realizada pela Escola Clássica, o crime surgiria da livre vontade
do indivíduo, não de causas patológicas; por isso, do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade moral pelas próprias ações, o delinquente não era diferente do
indivíduo normal. O que justificava essa inversão era o fato de o delinquente revelar uma personalidade perigosa, de modo que era necessário o uso de uma defesa social
apropriada,  com  uma  dupla  função:  proteger  a  sociedade  do  mal  produzido  por  ele  e  coibir  a  prática  de  delitos  latentes.  Buscava­se,  então,  entre  outras  coisas,
estabelecer uma divisão entre o “bom” e o “mau” cidadão, em uma concepção patológica sobre a criminalidade, que visava justificar a pena como meio de defesa social e
com fins socialmente úteis. Estabeleceu­se dessa forma uma  linha divisória entre o mundo da criminalidade — composto por uma minoria de sujeitos potencialmente
perigosos e anormais — e o mundo da normalidade — representado pela “maioria” na sociedade.
Ao longo do século 20, sobretudo a partir dos anos 60, observa­se a desconstrução desse paradigma etiológico com a introdução das teorias do labelling approach. O
paradigma positivo (etiológico) já vinha sofrendo uma revisão desde o início daquele século pela criminologia norte­americana, com influências da sociologia cultural e de
correntes de origem fenomenológicas, bem como por reflexões históricas e sociológicas sobre o fenômeno criminal. Como tese central, modelada pelo  interacionismo
simbólico  e  o  construtivismo  social,  o  labelling  approach  afirma  que  o  desvio —  e  a  criminalidade —  não  é  uma  qualidade  intrínseca  da  conduta  ou  uma  entidade
ontológica pré­constituída, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de complexos processos de interação social.
Arnaldo Xavier. A construção do conceito de criminoso na sociedade
capitalista: um debate para o Serviço Social. In: Revista Katálysis, vol. 11, n.º 2, Florianópolis, jul.­dez./2008 (com adaptações).
 
O vocábulo “latentes” (linha 7)
 a) é, no texto, sinônimo de subentendidos.
 b) qualifica negativamente o vocábulo “delitos” (linha 7).
 c) foi empregado, no texto, em sentido conotativo.
 d) refere­se, no texto, aos criminosos fugitivos, escondidos.
 e) poderia ser suprimido do texto, sem prejuízo para sua coesão.
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Questão 701: FUNIVERSA ­ Aux Aut (SPTC GO)/SPTC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Tecnologia após a morte
Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de mortos são cada vez mais usados durante autópsias em países como Suíça, Alemanha, Reino Unido e Brasil. O
objetivo é incentivar e melhorar a qualidade do exame.
 
Uma dessas iniciativas está na Universidade de Zurique, onde o médico Michael Thali trabalha há 16 anos no projeto Virtopsy, um conjunto de aparelhos que cria modelos
3D para investigar as causas do óbito. O objetivo é “olhar para corpos sem o bisturi, de uma maneira não­sangrenta”, diz Thali.
O método, diz Thali,  continua o mesmo até hoje. Primeiro, um robô conhecido como “virtobot” escaneia a  superfície do corpo e cria um modelo em 3D do cadáver.
Depois, a tomografia e a ressonância mapeiam o  interior e ajudam os médicos a escolher os melhores pontos para a retirada dos tecidos necessários à  investigação
laboratorial. A seguir, em nova ação, o “virtobot” faz a incisão no local escolhido. “Usamos aparelhos industriais e clínicos, com algumas modificações”, afirma Thali. De
acordo com o médico, essa autópsia virtual é capaz de detectar de 60% a 80% das causas de morte. Os bons resultados levaram hospitais alemães a usar a técnica para
investigar seus óbitos. São três instituições usando o método.
No  Brasil,  uma  pesquisa  busca  entender  os  impactos  das  autópsias  virtuais.  Comandada  por  Paulo  Saldiva,  da  Universidade  de  São  Paulo  (USP),  e  financiada  pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo, que começou em novembro de 2013, pretende submeter 1.000 cadáveres a três tipos de
autópsias: a verbal,  a  convencional e a virtual.  “Faremos a verbal  [quando o médico aplica um questionário aos  familiares] e a autópsia minimamente  invasiva, que
consiste de um exame tomográfico ou de ressonância nuclear magnética. Depois, compararemos com a convencional”, diz Saldiva.
Além de criar bases científicas para verificar a eficácia da autópsia virtual, a ideia da pesquisa é aumentar o número de exames pós­morte no mundo.
Internet: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em 29/12/2014 (com adaptações).
 
Considerando o texto, assinale a alternativa correta.
 a)  Na linha 1, “Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de mortos” constituem um sujeito composto com três núcleos.
 b)  Na linha 3, “onde” poderia ser corretamente substituído por aonde sem prejuízo da estrutura e do significado do período.
 c)  Na linha 3, a estrutura “o médico Michael Thali trabalha há 16 anos” seria corretamente reescrita como o médico Michael Thali trabalha a 16 anos.
 d)  Estaria correta a inserção da vírgula imediatamente após o vocábulo “virtobot” na linha 6.
 e)  Na linha 8, o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo.
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Questão 702: FUNIVERSA ­ Aux Aut (SPTC GO)/SPTC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Tecnologia após a morte
Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de mortos são cada vez mais usados durante autópsias(a) em países como Suíça, Alemanha, Reino Unido e Brasil. O
objetivo é incentivar e melhorar a qualidade do exame.
 
Uma dessas iniciativas está na Universidade de Zurique, onde o médico Michael Thali trabalha há 16 anos no projeto Virtopsy, um conjunto de aparelhos que cria modelos
3D para investigar as causas do óbito.O objetivo é “olhar para corpos sem o bisturi, de uma maneira não­sangrenta”, diz Thali.
O método, diz Thali, continua o mesmo até hoje. Primeiro, um robô conhecido como “virtobot” escaneia a superfície(a) do corpo e cria um modelo em 3D do cadáver.
Depois, a tomografia e a ressonância mapeiam o  interior e ajudam os médicos a escolher os melhores pontos para a retirada dos tecidos necessários à  investigação
laboratorial. A seguir, em nova ação, o “virtobot” faz a incisão no local escolhido. “Usamos aparelhos industriais e clínicos, com algumas modificações”, afirma Thali. De
acordo com o médico, essa autópsia virtual é capaz de detectar de 60% a 80% das causas de morte. Os bons resultados levaram hospitais alemães a usar a técnica para
investigar seus óbitos. São três instituições usando o método.
No  Brasil,  uma  pesquisa  busca  entender  os  impactos  das  autópsias  virtuais.  Comandada  por  Paulo  Saldiva,  da  Universidade  de  São  Paulo  (USP),  e  financiada  pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo, que começou em novembro de 2013, pretende submeter 1.000 cadáveres a três tipos de
autópsias: a verbal, a convencional e a virtual. “Faremos a verbal [quando o médico aplica um questionário(a) aos familiares] e a autópsia minimamente invasiva, que
consiste de um exame tomográfico ou de ressonância(a) nuclear magnética. Depois, compararemos com a convencional”, diz Saldiva(e).
Além de criar bases científicas para verificar a eficácia(a) da autópsia virtual, a ideia da pesquisa é aumentar o número de exames pós­morte no mundo.
Internet: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em 29/12/2014 (com adaptações).
 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
 a)  Os vocábulos “autópsias”, “superfície”, “questionário”, “ressonância” e “eficácia” são paroxítonos.
 b)  Na linha 4, o vocábulo “3D” deveria estar grafado no plural para que concordasse com o vocábulo “modelos” ao qual se refere.
 c)  Na linha 9, a expressão “sem o bisturi” refere­se a “corpos”.
 d)  O texto é predominantemente narrativo.
  e)    O  trecho  “Depois,  compararemos  com  a  convencional,  diz  Saldiva.”  seria  corretamente  reescrito  como  Saldiva  disse  que  compararíamos  com  a
convencional depois no discurso direto.
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Questão 703: FUNIVERSA ­ Aux Aut (SPTC GO)/SPTC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Tecnologia após a morte
Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de mortos são(a) cada vez mais usados durante autópsias em países como Suíça, Alemanha, Reino Unido e Brasil. O
objetivo é incentivar e melhorar a qualidade do exame.
 
Uma dessas iniciativas está na Universidade de Zurique, onde o médico Michael Thali trabalha há 16 anos no projeto Virtopsy, um conjunto de aparelhos que cria modelos
3D para investigar as causas do óbito. O objetivo é “olhar para corpos sem o bisturi, de uma maneira não­sangrenta”, diz Thali.
O método, diz Thali,  continua o mesmo até hoje. Primeiro, um robô conhecido como “virtobot” escaneia a  superfície do corpo e cria um modelo em 3D do cadáver.
Depois, a tomografia e a ressonância mapeiam o  interior e ajudam os médicos a escolher os melhores pontos para a retirada dos tecidos necessários à  investigação
laboratorial. A seguir, em nova ação, o “virtobot” faz a incisão no local escolhido. “Usamos aparelhos industriais e clínicos, com algumas modificações”, afirma Thali. De
acordo com o médico, essa autópsia virtual é(a) capaz de detectar de 60% a 80% das causas de morte. Os bons resultados levaram hospitais alemães a usar a técnica
para investigar seus óbitos. São três instituições usando o método.
No  Brasil,  uma  pesquisa  busca  entender  os  impactos  das  autópsias  virtuais.  Comandada  por  Paulo  Saldiva,  da  Universidade  de  São  Paulo  (USP),  e  financiada  pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo, que começou em novembro de 2013, pretende submeter 1.000 cadáveres a três tipos de
autópsias: a verbal, a convencional e a virtual. “Faremos(e) a verbal [quando o médico aplica um questionário aos familiares] e a autópsia minimamente invasiva, que
consiste de um exame tomográfico ou de ressonância nuclear magnética. Depois, compararemos(e) com a convencional”, diz Saldiva.
Além de criar bases científicas para verificar a eficácia da autópsia virtual, a ideia da pesquisa é aumentar o número de exames pós­morte no mundo.
Internet: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em 29/12/2014 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a alternativa correta.
 a)  As formas verbais “são” e “é” são conjugações do verbo defectivo “ser”.
 b)  Na linha 8, “laboratorial” é adjunto adnominal de “investigação”.
 c)  Na linha 14, “pretende submeter” consiste numa locução verbal no futuro do presente do Indicativo.
 d)  Nas linhas 14 e 15, “Faremos a verbal [...]” é um caso de sujeito indeterminado.
 e)  “Faremos” e “compararemos” têm a mesma regência.
 
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Questão 704: FUNIVERSA ­ Papis (PC GO)/PC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Os novos Sherlock Holmes trocaram as lupas por luzes forenses. São lanternas portáteis ou lâmpadas de maior porte que emitem luzes de diferentes comprimentos de
onda,  ajudando  a  revelar  coisas  que  normalmente  passariam  despercebidas.  As  fibras  sintéticas  ficam  fluorescentes  na  maioria  dos  comprimentos  de  onda,
especialmente nos 300 nanômetros da luz ultravioleta. Já materiais orgânicos, como fibras de algodão, saliva, urina, sêmen e ossos, ficam opacos e esbranquiçados sob a
luz negra. “Investigando um caso de estupro, analisei o banco de um carro sem sinais evidentes. Com a luz, pude ver e coletar uma amostra de sêmen e identificar o
material genético que incriminou um suspeito”, diz uma perita da Polícia Científica de São Paulo.
Mas isso não é nada perto do que já é possível fazer com impressões digitais. Sim, porque a coleta dessas provas essenciais não é tão simples quanto parece. A maioria
delas não é visível a olho nu, e, muitas vezes, era impossível identificá­las.
Superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos. Problema resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas
em um pó que reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois, é só iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital, brilhante,
está pronta para ser registrada numa foto.
O próximo desafio é tirar impressões digitais de pele humana, tarefa que está sendo pesquisada por cientistas norte­americanos. Eles desenvolveram um equipamento
portátil  que  realiza uma  técnica  conhecida por espectroscopia de  superfície aumentada. O método  já mostrou que  funciona, mas o  instrumento é  feito  com nanofios
revestidos de prata que ainda não dão resultados muito nítidos. O grupo trabalha para melhorar esse revestimento e chegar a uma impressão digital mais evidente, que
possa ser revelada com uma fotografia na própria cena do crime.
Ao mesmo tempo, segundo a revista Science, impressões digitais em superfícies molhadas e em pele humana estão prestes a ser reveladas por um único equipamento,
que vaporiza uma mistura de moléculas de metanol e água carregadas eletricamente sobre a área investigada. Em contato com a mistura, cada superfície emite  íons
específicos. Captados por um aparelho, esses sinais são transformados em unidades de imagem, como se fossem pixels. O resultado é uma versão digital da marca dos
dedos, produzida em poucos segundos. E o mais incrível é que o aparelho também distingue substâncias em que o autor da marca tenha tocado antes, como drogas,
pólvora, metais e substâncias químicas em geral. O kit básico de trabalho de campo de um perito criminalainda vai ganhar mais um forte aliado nos próximos anos, com
a chegada ao mercado de um gravador portátil de  imagens em 3 dimensões, apresentado por cientistas de um centro de pesquisas alemão. Com ele, os peritos não
precisarão mais esperar o gesso secar para conseguir um molde de uma pegada ou marca de pneu. Bastará tirar uma foto com o equipamento e a  imagem em 3D
poderá ser passada para um computador para comparações. O gravador também poderá ser útil para filmar cenas de crime em locais públicos, onde não se tem chance
de preservar a cena por muito tempo: bastará reconstruir o ambiente virtualmente e estudá­lo com mais calma no laboratório.
Tarso Araújo. Ciência contra o crime. Internet: <www.super.abril.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos mecanismos de coesão do texto apresentado, assinale a alternativa correta.
 a) O vocábulo “isso” (linha 7) é empregado como introdutor da ideia apresentada no período seguinte, ou seja, a de que “a coleta dessas provas essenciais não é tão
simples quanto parece” (linhas 7 e 8).
 b) A palavra “método” (linha 13) está empregada como sinônimo de “técnica” (linha 13).
 c) Após o vocábulo “grupo” (linha 14), está subentendida a expressão “de nanofios”.
 d) O pronome “ele” (linha 24) retoma a expressão “kit básico de trabalho de campo de um perito criminal” (linha 22).
 e) Em “estudá­lo com mais calma no laboratório” (linha 27), “lo” refere­se a “crime” (linha 26)
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Questão 705: FUNIVERSA ­ Papis (PC GO)/PC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
Os novos Sherlock Holmes trocaram as lupas por luzes forenses. São lanternas portáteis ou lâmpadas de maior porte que emitem luzes de diferentes comprimentos de
onda,  ajudando  a  revelar  coisas  que  normalmente  passariam  despercebidas.  As  fibras  sintéticas  ficam  fluorescentes  na  maioria  dos  comprimentos  de  onda,
especialmente nos 300 nanômetros da luz ultravioleta. Já materiais orgânicos, como fibras de algodão, saliva, urina, sêmen e ossos, ficam opacos e esbranquiçados sob a
luz negra. “Investigando um caso de estupro, analisei o banco de um carro sem sinais evidentes. Com a luz, pude ver e coletar uma amostra de sêmen e identificar o
material genético que incriminou um suspeito”, diz uma perita da Polícia Científica de São Paulo.
Mas isso não é nada perto do que já é possível fazer com impressões digitais. Sim, porque a coleta dessas provas essenciais não é tão simples quanto parece. A maioria
delas não é visível a olho nu, e, muitas vezes, era impossível identificá­las.
Superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos. Problema resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas
em um pó que reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois, é só iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital, brilhante,
está pronta para ser registrada numa foto.
O próximo desafio é tirar impressões digitais de pele humana, tarefa que está sendo pesquisada por cientistas norte­americanos. Eles desenvolveram um equipamento
portátil  que  realiza uma  técnica  conhecida por espectroscopia de  superfície aumentada. O método  já mostrou que  funciona, mas o  instrumento é  feito  com nanofios
revestidos de prata que ainda não dão resultados muito nítidos. O grupo trabalha para melhorar esse revestimento e chegar a uma impressão digital mais evidente, que
possa ser revelada com uma fotografia na própria cena do crime.
Ao mesmo tempo, segundo a revista Science, impressões digitais em superfícies molhadas e em pele humana estão prestes a ser reveladas por um único equipamento,
que vaporiza uma mistura de moléculas de metanol e água carregadas eletricamente sobre a área investigada. Em contato com a mistura, cada superfície emite  íons
específicos. Captados por um aparelho, esses sinais são transformados em unidades de imagem, como se fossem pixels. O resultado é uma versão digital da marca dos
dedos, produzida em poucos segundos. E o mais incrível é que o aparelho também distingue substâncias em que o autor da marca tenha tocado antes, como drogas,
pólvora, metais e substâncias químicas em geral. O kit básico de trabalho de campo de um perito criminal ainda vai ganhar mais um forte aliado nos próximos anos, com
a chegada ao mercado de um gravador portátil de  imagens em 3 dimensões, apresentado por cientistas de um centro de pesquisas alemão. Com ele, os peritos não
precisarão mais esperar o gesso secar para conseguir um molde de uma pegada ou marca de pneu. Bastará tirar uma foto com o equipamento e a  imagem em 3D
poderá ser passada para um computador para comparações. O gravador também poderá ser útil para filmar cenas de crime em locais públicos, onde não se tem chance
de preservar a cena por muito tempo: bastará reconstruir o ambiente virtualmente e estudá­lo com mais calma no laboratório.
Tarso Araújo. Ciência contra o crime. Internet: <www.super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Em relação à estrutura morfossintática do texto, assinale a alternativa correta.
 a) No segmento “trocaram as lupas por luzes forenses” (linha 1), a preposição “por” introduz termo subordinado que estabelece relação causal.
 b) Os termos “lanternas portáteis” (linha 1) e “lâmpadas de maior porte” (linha 1) estão coordenados por relação aditiva.
 c) Na linha 5 e 6, a oração “que incriminou um suspeito” restringe o sentido da expressão “material genético” (linha 5).
 d) Na linha 7, emprega­se o vocábulo “já” com a mesma função e o mesmo sentido que em “Já materiais orgânicos [...] ficam opacos e esbranquiçados sob a luz
negra” (linhas de 3 a 4).
 e) No trecho “era impossível identificá­las” (linha 8), há duas orações que se ligam por coordenação.
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Questão 706: FUNIVERSA ­ Papis (PC GO)/PC GO/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto para responder à questão.
O projeto Lupa Digital, acolhido pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), objetiva  implementar e validar um algoritmo científico para realizar pesquisas em
bancos  de  datilogramas  de  forma mais  rápida  que  as  obtidas  nos  procedimentos  de  papiloscopia  atualmente  em  uso.  Com  a  implantação  do  projeto,  será  possível
identificar rapidamente a que dedo e mão pertencem os fragmentos encontrados em  locais de crime, o que diminuirá o tempo de investigação policial. Desde 2004, a
Polícia Federal utiliza o sistema AFIS, programa que realiza, automaticamente, a  leitura e a comparação de impressões digitais. O novo algoritmo pode, por exemplo,
interagir  com o AFIS de  tal  forma que o  sistema,  em vez de pesquisar  por  todo o banco de dados,  faça uma varredura direcionada,  de  acordo  com as  estatísticas
apresentadas  pelo Lupa Digital.  Se,  hipoteticamente,  a  incidência  de  verticilo  (um  dos  tipos  de  impressões  digitais  existentes)  ocorrer,  com mais  intensidade,  em
polegares direitos, o sistema se concentrará, primeiramente, nessa tendência. Hoje, há cinco milhões de digitais cadastradas e, com essa base de dados, a identificação
de infratores aumentou 40%, desde a aquisição do AFIS.
Internet: <www.finep.gov.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto, assinale a alternativa correta.
 a) Em “a que dedo e mão pertencem os fragmentos encontrados em locais de crime” (linhas 3 e 4), a forma verbal “pertencem” está flexionada no plural porque o
sujeito da oração é composto de dois núcleos: “dedo” e “mão”.
 b) O vocábulo “automaticamente” (linha 5), por sua função adverbial, pode ser deslocado, sem alteração do sentido do período, para imediatamente após a forma
verbal “utiliza” (linha 4), desde que acompanhado das vírgulas que o isolam.
 c) Na linha 7, o vocábulo “Se” tem valor condicional, por isso, pode ser substituído por Caso, sem necessidade de ajuste verbal na oração subordinada.d) A forma verbal “há” (linha 8) pode ser substituída por existe sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do texto.
 e) Estaria mantida a correção gramatical do texto caso se suprimisse a vírgula empregada após o termo “40%” (linha 9).
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Questão 707: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto
 
O silêncio é um grande tagarela
 
Acredite se quiser. O silêncio tem voz. O silêncio fala. O que é perfeitamente normal no universo humano. Ou você pensa que só ou nosso falar, comunica? O silêncio
também comunica. E muito. O silêncio pode dizer muita coisa sobre um líder, uma organização, uma crise, uma relação.
 
Mesmo que a nudez  seja uma ação estratégica, não adianta.  Logo mais, alguém vai  criar uma versão sobre aquele  silêncio.  Interpretá­lo e  formar uma opinião. As
percepções serão múltiplas. As interpretações vão correr soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão comentários. O silêncio, coitado, que só queria se
preservar acabou alimentando uma rede de conversas a seu respeito. Porque não adianta fingir que ninguém viu, que passou despercebido. Não passou. Nada passa
despercebido ­ nem o silêncio.
 
A rádio corredor então, é imediata. Na roda do café, no almoço, no happy­hour. Todos os empregados vão comentar o que perceberam com aquele silêncio oficial, com o
que ficou sem uma resposta. Com o que ficou no ar. Com a falta da comunicação interna.
 
E as redes sociais, com suas vastidões de blogs, chats, comunidades e demais canais vão falar, vão comentar e construir uma imagem a respeito do silêncio. Porque o
silêncio, que não se defende porque não emite sua versão oficial ­ perde uma grande oportunidade de esclarecer, de dar volta por cima e mudar percepções, influenciar.
Porque se a palavra liberta, conecta, use; o silêncio perde, esconde, confunde, sonega.
 
Afinal, não existem relações humanas sem comunicação. Sem conversa. São as pessoas que dão vida e voz às empresas, aos governos e às organizações. Mesmo dois
mudos se comunicam por sinais e gestos. Portanto, o silêncio também fala. Mesmo que não queira dizer nada.
 
Por  isso,  é  preciso  conversar.  Sabe  o  quê,  quando,  como  falar.  Sabe  ouvir.  Saber  responder.  Interagir.  Este  é  um  mundo  que  clama  por  diálogo.  Que  demanda
transparência. Assim como os mercados, os clientes e os consumidores. Assim como os cidadãos e os eleitores, mais do que nunca! E o silêncio é uma voz ruidosa. nunca
foi bom conselheiro. Desde a briga de namorados. Até as suspeitas de escândalos financeiros, fraudes, desastres ambientais, acidentes de trabalho.
 
O silêncio é um canto de sereia. Só parece uma boa solução, por que a voz do silêncio é um grito com enorme poder de eco. E se você não gosta do que está ouvindo,
preste atenção no que está emitindo. Pois de qualquer maneira,  sempre vai comunicar alguma coisa. Quer queira, quer não. De maneira planejada, sendo previdente. Ou
apagando incêndios, com enormes custos para a organização, o valor da marca, a motivação dos empregados e o próprio futuro do negócio.
 
Enfim, o silêncio nem parece, mas é um grande tagarela.
 
(Luiz Antônio Gaulia) Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_veasp?ID_COLUNA=96&ID_COLUNISTA=27 Acesso em 19/07/2013
 
No  primeiro  parágrafo  do  texto,  utilizam­se  várias  estratégias  linguísticas  que  visam a  uma  aproximação  com o  leitor.  Assinale  a  única  que  não  foi  utilizada  em  tal
parágrafo.
 a)  predomínio de sujeitos desinenciais.
 b)  pergunta retórica
 c)  verbo no modo imperativo
 d)  pronome de tratamento explícito
 e)  repetição sintática expressiva
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Questão 708: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto 
 
Para Ver as Meninas
 
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
 
(Marisa Monte) Disponível em http://letras.mus.br/marisa­monte/47291/Acesso em 19/07/2013
 
Nos versos “E nada mais nos braços/ Só este amor”, ocorre um pronome demonstrativo que tem seu uso justificado por fazer referência:
 a)  temporal apontando para um fato passado.
 b)  textual substituindo uma palavra já citada anteriormente.
 c)  textual antecipando uma ideia que será apresentada.
 d)  temporal indicando um fato futuro.
 e)  especial referindo­se a uma proximidade do enunciador.
 
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Questão 709: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto I
Notícia de Jornal
                               (Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em
pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista
em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um
pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa ­ não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e
duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o
homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve­se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de  fome,  pedindo  providências  às  autoridades.  As  autoridades  nada mais  puderam  fazer  senão  remover  o  corpo  do  homem. Deviam  deixar  que  apodrecesse,  para
escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de  inanição,  tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro,   Estado da Guanabara, um
homem morreu de fome.
(Disponível em http://www.fotolog.com.br/spokesman_/70276847/: Acesso em 10/09/14)
 
Sobre o fragmento a seguir, considerando as afirmativas abaixo, assinale a alternativa correta:
“O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome”
(3º §)
I. Os comentários entre parênteses simbolizam o pensamento do comissário, que também ficou consternado com a morte do homem.
II. Nas duas ocorrências, o “que” não serve, exatamente, aos mesmos propósitos sintáticos.
III. A vírgula poderia ser suprimida, não havendo infração a nenhuma regra nem qualqueralteração de sentido.
IV. Essa passagem ilustra um caso de discurso direto, caracterizado pela presença de verbo dicendi ou de elocução e da conjunção integrante.
 a) Somente a afirmativa IV está correta.
 b) As afirmativas I, II e III estão corretas.
 c) Todas as afirmativas estão corretas.
 d) Somente a afirmativa II está correta.
 e) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
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Questão 710: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto IV
 
 
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/37597/charge+ebola+causa+c omocao+apos+risco+de+epidemi
 
Os dois balões de fala presentes no texto apresentam construções verbais que indicam respectivamente:
 a) possibilidade e imperatividade
 b) incerteza e certeza
 c) imperatividade e incerteza
 d) dúvida e certeza
 e) certeza e possibilidade
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Questão 711: IBFC ­ Ag Seg Pen (SEDS MG)/SEDS MG/2014
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Emoções mapeadas
Estudo mostra quais regiões do corpo são ‘ativadas’ por
sentimentos como raiva e felicidade e conclui que sensações
têm caráter universal
(Monique Oliveira)
Aperto no peito, frio na barriga, cabeça quente. Quem nunca usou essas expressões para traduzir uma emoção?
A sabedoria popular já sabe que emoções causam alterações físicas. Os cientistas também: a rigor, emoção é o estímulo que afeta o sistema límbico [região do cérebro
que a processa] e é capaz de mudar o sistema periférico.
 
Faltava saber exatamente onde essas mudanças físicas ocorrem, o que pode ajudar a melhor definir as emoções e entender os transtornos afetados por elas.
 
No intuito de responder a essa questão, cientistas da Universidade de Aalto em parceria com a Universidade de Turku, ambas na Finlândia, pediram a 700 voluntários que
indicassem quais áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam uma determinada emoção.
 
Para incitar cada estado emocional, foram usadas palavras, músicas e filmes. As alterações sentidas podiam ser de qualquer ordem ­ dor e calor, por exemplo.
 
Com os dados, um software montou um único circuito para cada emoção ­ raiva, medo, desgosto, felicidade, tristeza e surpresa (chamadas de básicas) e ansiedade,
amor, depressão, desprezo e orgulho (tidas como correlatas).
 
“Tanto  o  computador  como  outras  pessoas  reconheceram  as  emoções  descritas,  o  que  denota  o  seu  aspecto  universal”,  disse  à  Folha  Riitta  Hari,  professora  da
Universidade Aalto e uma das autoras do estudo, publicado na revista da Academia de Ciências dos EUA, “PNAS”.
Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, foram associadas com ativações e calor dos membros superiores.
Já as emoções que indicam estado depressivo ou de tristeza foram relacionadas a menor atividade nos membros inferiores, como adormecimento das pernas e pés.
Sensações no sistema digestório e ao redor da garganta foram relacionadas a desgosto. Felicidade foi a única emoção associada com calor e ativações no corpo inteiro.
O estudo pode ajudar a identificar emoções nem sempre distinguíveis, como tristeza e desgosto. [...]
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/151651­emocoes­mapeadas.shtml. Acesso em: 11/02/2014)
 
Sobre  o  trecho  “Para  incitar  cada  estado  emocional,  foram  usadas  palavras, músicas  e  filmes.”,  são  feitas  as  seguintes  afirmações.  Assinale  a  opção  que  traz  um
comentário incorreto.
 a)  A segunda oração encontra­se na voz passiva.
 b)  “emocional” é adjunto adnominal.
 c)  “palavras, músicas e filmes” representam um complemento verbal.
 d)  A preposição “para” introduz um valor semântico de finalidade.
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Questão 712: FGV ­ AO (SSP AM)/SSP AM/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto
 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto
que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo­se o de não ser igual perante as leis
(nessa  suposta  “superioridade”  racial  ou  socioeconômica  também  vem  incluída  a  impunidade,  que  sempre  levou  um  forte  setor  das  elites  à  construção  de  uma
organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria
público­privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem
explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis
assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização
social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
 
O primeiro parágrafo do texto mostra uma marca de construção desaconselhável, que é:
 a) uma grande extensão sem o emprego de ponto;
 b) uma repetição desnecessária de palavras;
 c) o emprego de palavras difíceis e raras;
 d) a mistura de linguagem culta e popular;
 e) a ocorrência de várias ambiguidades.
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Questão 713: FUNIVERSA ­ Ag SP (SAPeJUS GO)/SAPeJUS GO/2015
Assunto: Partícula "se"
Texto para responder à questão.
Considerando­se a  construção histórica do Direito Penal,  a  figura do  criminoso personifica­se na  figura do homem delinquente da Escola Positiva no  século 19. Essa
corrente  de  pensamento  trazia  para  o  centro  do  debate  a  figura  do  criminoso,  deixando  a  problemática  da  criminalidade  em  segundo  plano  e  invertendo  a  análise
realizada, até então, pela Escola Clássica, que não individualizava as causas do crime. Na análise do delito realizada pela Escola Clássica, o crime surgiria da livre vontade
do indivíduo, não de causas patológicas; por isso, do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade moral pelas próprias ações, o delinquente não era diferente do
indivíduo normal. O que justificava essa inversão era o fato de o delinquente revelar uma personalidade perigosa, de modo que era necessário o uso de uma defesa social
apropriada,  com  uma  dupla  função:  proteger  a  sociedade  do  mal  produzido  por  ele  e  coibir  a  prática  de  delitos  latentes.  Buscava­se,  então,  entre  outras  coisas,
estabelecer uma divisão entre o “bom” e o “mau” cidadão, em uma concepção patológica sobre a criminalidade, que visava justificar a pena como meio de defesa social e
com fins socialmente úteis. Estabeleceu­se dessa forma uma  linha divisória entre o mundo da criminalidade — composto por uma minoria de sujeitos potencialmente
perigosos e anormais — e o mundo da normalidade — representado pela “maioria” na sociedade.
Ao longo do século 20, sobretudo a partir dos anos 60, observa­se a desconstrução desse paradigma etiológico com a introdução das teorias do labelling approach. O
paradigma positivo (etiológico) já vinha sofrendo uma revisão desde o início daquele século pela criminologia norte­americana, com influências da sociologia cultural e de
correntes de origem fenomenológicas, bem como por reflexões históricas e sociológicas sobre o fenômeno criminal. Como tese central, modelada pelo  interacionismo
simbólico  e  o  construtivismo  social,  o  labelling  approach  afirma  que  o  desvio —  e  a  criminalidade —  não  é  uma  qualidade  intrínseca  da  conduta  ou  uma  entidade
ontológica pré­constituída, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de complexos processos de interação social.
Arnaldo Xavier. A construção doconceito de criminoso na sociedade
capitalista: um debate para o Serviço Social. In: Revista Katálysis, vol. 11, n.º 2, Florianópolis, jul.­dez./2008 (com adaptações).
 
A respeito do emprego da partícula “se” no texto, assinale a alternativa correta.
 a) Em “Considerando­se” (linha 1), a partícula “se” classifica­se como índice de indeterminação do sujeito.
 b) Em “personifica­se” (linha 1), a partícula “se” classifica­se como pronome apassivador.
 c) Em “Buscava­se” (linha 7), a partícula “se” classifica­se como pronome apassivador.
 d) Em “Estabeleceu­se” (linha 9), a partícula “se” classifica­se como pronome reflexivo.
 e) Em “observa­se” (linha 11), a partícula “se” classifica­se como pronome reflexivo.
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Questão 714: CESPE ­ Ag Pol (PC PE)/PC PE/2016
Assunto: Partícula "se"
Texto CG1A01BBB
 
Não são muitas as experiências exitosas de políticas públicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continuidade. O
Pacto pela Vida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identificado como uma política pública exitosa.
 
O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de
eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar(e) quando se pensa(a) em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando
se considera(b) o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar­se(c) ao
assunto como também o tratam de modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
 
O  Pacto  pela  Vida,  entendido  como um grande  concerto  de  ações  com o  objetivo  de  reduzir  a  violência  e,  em especial,  os  crimes  contra  a  vida,  foi  apresentado  à
sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram a construção da política de segurança, a prioridade
do combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
 
Desse modo, definiu­se(d), no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em disputa
tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso
debate com a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho
de 2013.
 
José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014. Internet: <https://igarape.org.br> (com adaptações).
 
No texto CG1A01BBB, a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito em
 a) “se pensa”.
 b) “se considera”.
 c) “associar­se”.
 d) “definiu­se”.
 e) “se deve destacar”.
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Questão 715: IBFC ­ Ag PJ (PC SE)/PC SE/2014
Assunto: Vocábulo "como"
Ética e moral: que significam?
 
(Leonardo Boff)
     
Face à crise generalizada de ética e de moral, importa   resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a   mesma coisa? É e não é.
1. O significado de ética
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações  e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na  nossa própria humanidade. Que significa agir
humanamente?
 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de  regra de ouro, é esse: “não faças ao outro o que não queres que  te façam a ti". Ou positivamente: “faça ao
outro o que queres   que te façam a ti". Esse princípio áureo pode ser traduzido  também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as  religiões: “ama o próximo
como a ti mesmo". É o princípio do  amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado?  Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado  com fria
indiferença? Ninguém.
 
Outro princípio da humanidade essencial,  é o  cuidado.   Toda vida precisa de  cuidado. Um  recém­nascido deixado à    sua própria  sorte morre poucas horas após. O
cuidado é tão   essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem  acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos  também cuidamos.
 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos  do planeta Terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as  condições que permitem o projeto planetário
humano. A própria  política é o cuidado para com o bem do povo.
 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se  nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos  e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para
falar de  tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as normas  coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato
precisa sempre  ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais  sofrem. A solidariedade se manifesta então como com­paixão.  Com­paixão quer dizer ter
a mesma paixão que o outro, alegrar­ se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só  em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.
 
Pertence  também  à  humanidade  essencial  a  capacidade    e  a  vontade  de  perdoar.  Todos  somos  falíveis,  podemos  errar    involuntariamente  e  prejudicar  o  outro
conscientemente. Como   gostaríamos de ser perdoados, devemos  também nós perdoar.   Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio  tenham a   última palavra.
Perdoar é conceder uma chance ao outro para  que possa refazer as relações boas.
 
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá­lo  humanamente. Sem tais valores a vida se
torna impossível.
 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para
que  todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa  individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o  planeta Terra como casa comum. Eis,
pois, o que é a ética.  Vejamos agora o que é moral.
2. O significado de moral
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o
cuidado, a  solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de  moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes
como os seres humanos  organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter  uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí­la pode variar  (moral). Pode ser
simples, rústica, moderna, colonial, gótica,  contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.
 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que  nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz­se mister  uma ética comum, um consenso mínimo no qual
todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras  diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários
modos de organizar a  família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer  os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar   o perdão.
 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência  humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos  que é o Planeta Terra.
(Disponível em:  http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso em:07/10/2014)
 
Nota: Para resolver a questão, considere o primeiro parágrafo do texto como o trecho “Ética é um conjunto...”.
 
Em “Como gostaríamos de ser perdoados, devemos também nós perdoar.” (6°§), a conjunção “como” assume o valorsemântico de:
 a) Oposição
 b) Causa
 c) Conclusão
 d) Conseqüência
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Questão 716: IBFC ­ Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Vocábulo "que"
Texto
 
O silêncio é um grande tagarela
 
Acredite se quiser. O silêncio tem voz. O silêncio fala. O que é perfeitamente normal no universo humano. Ou você pensa que só ou nosso falar, comunica? O silêncio
também comunica. E muito. O silêncio pode dizer muita coisa sobre um líder, uma organização, uma crise, uma relação.
 
Mesmo que a nudez  seja uma ação estratégica, não adianta.  Logo mais, alguém vai  criar uma versão sobre aquele  silêncio.  Interpretá­lo e  formar uma opinião. As
percepções serão múltiplas. As interpretações vão correr soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão comentários. O silêncio, coitado, que só queria se
preservar acabou alimentando uma rede de conversas a seu respeito. Porque não adianta fingir que ninguém viu, que passou despercebido. Não passou. Nada passa
despercebido ­ nem o silêncio.
 
A rádio corredor então, é imediata. Na roda do café, no almoço, no happy­hour. Todos os empregados vão comentar o que perceberam com aquele silêncio oficial, com o
que ficou sem uma resposta. Com o que ficou no ar. Com a falta da comunicação interna.
 
E as redes sociais, com suas vastidões de blogs, chats, comunidades e demais canais vão falar, vão comentar e construir uma imagem a respeito do silêncio. Porque o
silêncio, que não se defende porque não emite sua versão oficial ­ perde uma grande oportunidade de esclarecer, de dar volta por cima e mudar percepções, influenciar.
Porque se a palavra liberta, conecta, use; o silêncio perde, esconde, confunde, sonega.
 
Afinal, não existem relações humanas sem comunicação. Sem conversa. São as pessoas que dão vida e voz às empresas, aos governos e às organizações. Mesmo dois
mudos se comunicam por sinais e gestos. Portanto, o silêncio também fala. Mesmo que não queira dizer nada.
 
Por  isso,  é  preciso  conversar.  Sabe  o  quê,  quando,  como  falar.  Sabe  ouvir.  Saber  responder.  Interagir.  Este  é  um  mundo  que  clama  por  diálogo.  Que  demanda
transparência. Assim como os mercados, os clientes e os consumidores. Assim como os cidadãos e os eleitores, mais do que nunca! E o silêncio é uma voz ruidosa. nunca
foi bom conselheiro. Desde a briga de namorados. Até as suspeitas de escândalos financeiros, fraudes, desastres ambientais, acidentes de trabalho.
 
O silêncio é um canto de sereia. Só parece uma boa solução, por que a voz do silêncio é um grito com enorme poder de eco. E se você não gosta do que está ouvindo,
preste atenção no que está emitindo. Pois de qualquer maneira,  sempre vai comunicar alguma coisa. Quer queira, quer não. De maneira planejada, sendo previdente. Ou
apagando incêndios, com enormes custos para a organização, o valor da marca, a motivação dos empregados e o próprio futuro do negócio.
 
Enfim, o silêncio nem parece, mas é um grande tagarela.
 
(Luiz Antônio Gaulia) Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_veasp?ID_COLUNA=96&ID_COLUNISTA=27 Acesso em 19/07/2013
 
No  trecho "Este é um mundo que clama por diálogo. Que demanda  transparência.", presente no 6º parágrafo, há duas ocorrências do vocábulo "que". Sobre elas, é
correto afirmar:
 a)  a primeira refere­se a "mundo" e a segunda, a "diálogo"
 b)  ambas fazem referência a "mundo".
 c)  ambas fazem referência a "diálogo".
 d)  a primeira refere­se ao pronome "este" e a segunda, à "transparência".
 e)  a primeira refere­se à "clama" e a segunda, à "demanda"
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Questão 717: IBFC ­ Papis (PC RJ)/PC RJ/2014
Assunto: Vocábulo "que"
Texto I
Notícia de Jornal
                               (Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em
pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista
em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um
pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa ­ não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e
duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o
homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve­se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de  fome,  pedindo  providências  às  autoridades.  As  autoridades  nada mais  puderam  fazer  senão  remover  o  corpo  do  homem. Deviam  deixar  que  apodrecesse,  para
escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de  inanição,  tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro,   Estado da Guanabara, um
homem morreu de fome.
(Disponível em http://www.fotolog.com.br/spokesman_/70276847/: Acesso em 10/09/14)
 
Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação morfossintática do termo em destaque no excerto a seguir:
“Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem,
que acabou morrendo de fome.” (2º §)
 a) Sujeito e conjunção integrante
 b) Objeto direto e pronome indefinido
 c) Sujeito e pronome relativo
 d) Complemento nominal e conjunção subordinativa
 e) Objeto direto e pronome relativo
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Questão 718: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
O novo regime automotivo anunciado pelo governo federal incorpora algumas boas práticas de política industrial, como o incentivo à inovação, à eficiência energética e ao
fortalecimento  da  cadeia  de  produção  local  —  mas  com  a  clara  intenção  de  não  privilegiar  acintosamente  a  indústria  nacional,  para  evitar  questionamentos  na
Organização Mundial do Comércio.
A nova política condiciona a  isenção da alíquota adicional de 30% no  imposto sobre produtos  industrializados a contrapartidas mensuráveis das empresas. Para obter
benefícios maiores, será obrigatório cumprir metas múltiplas. Exige­se, por exemplo, investimento crescente em pesquisa e desenvolvimento, até atingir 0,5% da receita
líquida entre 2015 e 2017, além de 1% para engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores.
Não se fala mais em percentual mínimo de conteúdo nacional, mas as montadoras terão de realizar no Brasil ao menos seis de doze etapas fabris já em 2013. Outro
requisito fundamental é a economia de combustível, com o objetivo de alinhar a produção às exigências de  países líderes, como os da Europa. A marca de 17,3 km/L
para os automóveis novos — uma redução de 12% do consumo atual — precisará ser atingida até 2017.
Editorial, Folha de S. Paulo, 5/10/2012(com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
Sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto, a expressão “ao menos” poderia ser substituída por pelo menos.
 Certo
 Errado
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Questão 719: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por
96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte.
Foi  a partir  da década de 30 do  século XX,  com a expansão do desenvolvimento econômico  também para o  interior do país, que  foram  feitos os primeiros grandes
investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade
de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões
em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias.  A empresa vencedora de
cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho
urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
O emprego de vírgula logo após “federais” justifica­se por isolar elementos explicativos em relação à oração anterior.
 Certo
 Errado
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Questão 720: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por
96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte.
Foi  a partir  da década de 30 do  século XX,  com a expansão do desenvolvimento econômico  também para o  interior do país, que  foram  feitos os primeiros grandes
investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade
de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões
em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias.  A empresa vencedora de
cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho
urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
De  acordo  com  a  linha  argumentativa  do  texto,  a  expressão  “Essa modalidade  de  transporte”  poderia,  sem  prejuízo  para  o  sentido  original,  ser  substituída  por O
transporte rodoviário.
 Certo
 Errado
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Questão 721: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por
96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte.
Foi  a partir  da década de 30 do  século XX,  com a expansão do desenvolvimento econômico  também para o  interior do país, que  foram  feitos os primeiros grandes
investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade
de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões
em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias.  A empresa vencedora de
cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho
urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
Em “se estabelecesse”, o pronome “se” indica que o sujeito da oração é indeterminado.
 Certo
 Errado
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Questão 722: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por
96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte.
Foi  a partir  da década de 30 do  século XX,  com a expansão do desenvolvimento econômico  também para o  interior do país, que  foram  feitos os primeiros grandes
investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade
de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões
em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias.  A empresa vencedora de
cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho
urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
O emprego de vírgula logo depois de “investimentos” tem a função de isolar adjunto adverbial anteposto à oração principal.
 Certo
 Errado
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Questão 723: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
O sítio da Polícia Rodoviária Federal disponibiliza uma ferramenta que mostra as condições das estradas federais. Ao clicar cada uma dessas estradas, o cidadão terá uma
visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local e da qualidade da sinalização.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o item consecutivo, a respeito do texto acima.
As palavras “Polícia”, “Rodoviária” e “existência” recebem acento gráfico porque são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
 Certo
 Errado
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Questão724: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
O sítio da Polícia Rodoviária Federal disponibiliza uma ferramenta que mostra as condições das estradas federais. Ao clicar cada uma dessas estradas, o cidadão terá uma
visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local e da qualidade da sinalização.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o item consecutivo, a respeito do texto acima.
No trecho “o cidadão terá uma visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local
e  da  qualidade”,  o  emprego  de  preposição  e  de  artigo  definido  em  “dos”  e  “da”  constitui  recurso  de  paralelismo  sintático  exigido  pela  regência  de  “visão”  e  pela
concordância com os complementos.
 Certo
 Errado
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Questão 725: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
O sítio da Polícia Rodoviária Federal disponibiliza uma ferramenta que mostra as condições das estradas federais. Ao clicar cada uma dessas estradas, o cidadão terá uma
visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local e da qualidade da sinalização.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o item consecutivo, a respeito do texto acima.
Depreende­se das informações do texto que a palavra “ferramenta” se refere a um recurso virtual da informática.
 Certo
 Errado
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Questão 726: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
O sítio da Polícia Rodoviária Federal disponibiliza uma ferramenta que mostra as condições das estradas federais. Ao clicar cada uma dessas estradas, o cidadão terá uma
visão completa da situação de pavimentação, dos trechos com curvas perigosas, da quantidade de tráfego, da existência de obras no local e da qualidade da sinalização.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o item consecutivo, a respeito do texto acima.
A correção gramatical do período ficaria prejudicada com a substituição de “Ao clicar” por Quando clicar.
 Certo
 Errado
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Questão 727: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante que o
condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento, até que
chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais próximo do
local do acidente e  solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É  importante alertar os outros motoristas de que existe um
veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da via se
antecipem e saibam que existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.
Em “se possível”, o termo “se” tem natureza condicional.
 Certo
 Errado
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Questão 728: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante que o
condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento, até que
chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais próximo do
local do acidente e  solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É  importante alertar os outros motoristas de que existe um
veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da via se
antecipem e saibam que existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.
A expressão “até que” confere ao período a noção de tempo.
 Certo
 Errado
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Questão 729: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante que o
condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento, até que
chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais próximo do
local do acidente e  solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É  importante alertar os outros motoristas de  que  existe  um
veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da via se
antecipem e saibam que existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.
Prejudica­se a correção gramatical do período ao se substituir o trecho “de que existe” por sobre o fato de existir ou por a respeito da existência de.
 Certo
 Errado
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Questão 730: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante que o
condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento, até que
chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais próximo do
local do acidente e  solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É  importante alertar os outros motoristas de que existe um
veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da via se
antecipem e saibam que existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.
A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “posicionado a alguns metros”, o termo “a” fosse substituído por há.
 Certo
 Errado
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Questão 731: CESPE ­ AA (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Além das condições das rodovias, a segurança nas estradas depende da conduta do motorista. Em caso de problemas mecânicos ou acidentes, é muito importante que o
condutor retire o veículo da via para não causar novas colisões. Motorista e passageiros devem se abrigar em um local seguro, se possível, além do acostamento, até que
chegue o socorro. A polícia rodoviária orienta o condutor ou passageiro a ligar para o número 190 da polícia militar, que pode localizar o posto policial mais próximo do
local do acidente e  solicitar ajuda. Muitas vezes, acidentes acabam provocando outros, até mais graves. É  importante alertar os outros motoristas de que existe um
veículo parado na estrada. O triângulo de sinalização deve ser posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais usuários da via se
antecipem e saibamque existe um problema à frente.
Idem, ibidem (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo ao texto acima.
Predomina no texto a estrutura narrativa.
 Certo
 Errado
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Questão 732: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
Trata­se de texto de divulgação científica em que se descreve um modelo de pavimentação de rodovias na região amazônica, com enfoque em seus aspectos positivos
relativamente a investimentos de infraestrutura, ainda bastante indeterminados na região.
 Certo
 Errado
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Questão 733: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos caso o trecho “o que poderá acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas” fosse reescrito
da seguinte forma: acarretando que os pastos cultivados e a agricultura convertam as florestas.
 Certo
 Errado
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Questão 734: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
Sem contrariar o sentido do texto e a norma gramatical, o trecho “Nessa perspectiva, (...) cobertura do solo” poderia ser assim reescrito: Nessa perspectiva, distingue­se,
na  comunidade  científica,  o  desafio  da  simulação  dos  efeitos  da  infraestrutura  de  transporte  nos  padrões  regionais  de mudanças  de  uso  e  cobertura  do  solo,  como
importante desafio.
 
 Certo
 Errado
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Questão 735: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
A expressão “ainda pouco conhecido” tem como referência o segmento “o que poderá acarretar”, o que explica o emprego da forma de particípio em “conhecido”.
 
 Certo
 Errado
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Questão 736: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
Seriam mantidos a correção e o sentido do texto se o trecho “para cientistas que estudam as mudanças climáticas” fosse reescrito da seguinte forma: para pesquisadores
que investigam as alterações do clima.
 Certo
 Errado
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Questão 737: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas, com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso  as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
O termo “isso” retoma a expressão “previsão de asfaltamento de rodovias”.
 Certo
 Errado
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Questão 738: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
Seriam mantidos  a  correção  gramatical  e  o  sentido  do  texto  caso  o  trecho  “é  de  particular  interesse  tanto  paraplanejadores  regionais  como  para  cientistas”  fosse
reestruturado do seguinte modo: são particularmente interessantes para planejadores regionais tanto como cientistas.
 Certo
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Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
O trecho “em conjunto com a economia e com o bem­estar da sociedade local” é complemento do termo nominal “compreensão”.
 Certo
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Questão 740: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no  meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
Infere­se do texto que as taxas atuais de emissão de gás carbônico brasileiras, na visão dos autores, deram origem a outras grandes mudanças ambientais.
 Certo
 Errado
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Questão 741: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A  previsão  de  asfaltamento  de  rodovias  na  região  amazônica  estimulará  ainda mais  a  expansão  da  fronteira  agrícola  e  a  da  exploração madeireira,  o  que  poderá
acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia —
ainda pouco conhecido — e  redução  regional das chuvas,  com resultante aumento da  flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam­se a  isso as
contribuições  dessas  mudanças  para  o  aquecimento  global,  tendo  em  vista  que  o  desmatamento  representa,  hoje,  cerca  de  75%  das  emissões  de  gás  carbônico
brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de
estiagem  no meio­oeste  americano.  Por  conseguinte,  grandes  mudanças  na  cobertura  florestal  têm  importantes  implicações  quanto  à  perda  de  biodiversidade  e  à
prosperidade  da  sociedade  da  Amazônia,  a  longo  prazo.  Nessa  perspectiva,  um  importante  desafio  para  a  comunidade  científica  consiste  em  simular  os  efeitos  da
infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos dessas mudanças é de particular interesse
tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de conservação para a floresta amazônica
dependerá  do  rápido  avanço  na  nossa  compreensão  das  conexões  da  floresta  com  seus  ecossistemas  nativos  e  vida  silvestre,  clima  regional,  em  conjunto  com  a
economia e com o bem­estar da sociedade local.
 
Britaldo Silveira Soares­Filho et al. Cenários de desmatamento para a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o item, relativo ao texto acima.
O período “Por conseguinte,  (...) a  longo prazo” estaria  igualmente correto se a expressão adverbial  “a  longo prazo”  fosse deslocada para o  início desse período, da
seguinte maneira: A longo prazo, por conseguinte, (...).
 Certo
 Errado
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Questão 742: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, vocêentrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Depreende­se  do  texto  que  a  atribuição  do  status  de  sociedade  anônima  ao  automóvel  é  uma  ironia  quanto  à  personalidade,  à  responsabilidade,  à  afeição  e  ao
envolvimento dos entes que seriam os associados.
 Certo
 Errado
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Questão 743: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
De acordo com os sentidos do texto, depreende­se que a “suprema descoberta” de Pascal é uma metáfora para razão e submissão, o que está evidenciado naquilo que
Pascal impõe: “ficar quietinho no quarto”.
 Certo
 Errado
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Questão 744: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo,  nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
A pontuação empregada no texto permaneceria correta e não haveria mudança nos sentidos se o trecho “setores produtivos, que podemos encolher, ao máximo, nos
seguintes itens” fosse reescrito da seguinte forma: setores produtivos que podemos encolher, ao máximo nos seguintes itens.
 Certo
 Errado
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Questão 745: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricasde relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Em “é um conforto admirável”, observa­se coesão lexical por hiperonímia, ou seja, o substantivo “conforto”, de sentido mais genérico, abrange o sentido, mais específico,
do adjetivo “admirável”.
 Certo
 Errado
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Questão 746: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
No período “Mas não o faça sem conhecimento de causa”, o elemento “o”, que estabelece coesão com os períodos anteriores, marca a elipse do sintagma nominal “um
carro”.
 Certo
 Errado
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Questão 747: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a oração “a fim de evitar desilusões futuras” fosse substituída pela seguinte: a fim de se evitarem desilusões futuras.
 Certo
 Errado
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Questão 748: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos,couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
O emprego do sinal indicativo da crase, obrigatório em “indústria às avessas” e em “à suprema descoberta”, deve­se à formação de locuções adverbiais.
 Certo
 Errado
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Questão 749: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
A coesão e os sentidos do texto seriam mantidos caso o trecho “tenho de tomar um táxi e ir à oficina” fosse substituído por tenho de tomar um táxi e de ir à oficina
ou por tenho de tomar um táxi e tenho de ir à oficina.
 Certo
 Errado
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Questão 750: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical da oração iniciada por “Desde que”, se a forma verbal “compra”, nessa mesma linha, fosse substituída por compre.
 Certo
 Errado
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Questão 751: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica;as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
No trecho “à suprema descoberta: a de que todos os males do homem “, o elemento “a” exerce a função de aposto.
 Certo
 Errado
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Questão 752: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro
passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para
distribuir  seu dinheiro.  Já na  compra do  carro,  você  contribui  para uma  infinidade de  setores produtivos,  que podemos encolher,  ao máximo, nos  seguintes  itens:  a
indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas
de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um
carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para­lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as
crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com
ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico
que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é
ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho
no  quarto.
 
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99­102 (com adaptações)
Com referência à ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Os  sentidos  do  texto  e  a  sua  correção  gramatical  seriam  mantidos  caso  o  trecho  “Como  proprietário  (...)  meio  metro”  fosse  reescrito  da  seguinte  forma:  Como
proprietário  de  automóvel,  outras  pessoas,  com os  colegas motoristas,  que  preferem bater  no  seu  para­lama,  a  dar  uma marcha  à  ré  de meio metro,  ainda  terão
relações com você.
 Certo
 Errado
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Questão 753: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
As formas “patrimônio” e “polícia” são acentuadas em decorrência da mesma regra de acentuação.
 Certo
 Errado
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Questão 754: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares. Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
O vocábulo “Dessas” restringe­se ao último elemento citado na enumeração, qual seja, “polícias militares e corpos de bombeiros militares”.
 Certo
 Errado
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Questão 755: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviáriafederal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
Na linha 6, se o pronome “lhes” fosse deslocado para depois da forma verbal “realizam”,  ligando­se a esta por meio de hífen, seriam mantidos o sentido original e a
correção gramatical do texto.
 Certo
 Errado
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Questão 756: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
A forma verbal “empreendem” poderia corretamente ser substituída por emprendem, visto que ambas as formas são abonadas na língua portuguesa como sinônimas.
 Certo
 Errado
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Questão 757: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
Haveria manutenção da  correção gramatical  e dos  sentidos originais do  texto  caso  se  substituísse a expressão  “aos governos estaduais  e distrital”  por ao  governo
estadual e distrital.
 Certo
 Errado
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Questão 758: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
Na  linha 4, o deslocamento do elemento “Dessas”, seguido de vírgula, para  logo depois de “primeiras”, mesmo com a devida adaptação de maiúsculas e minúsculas,
traria prejuízos à correção gramatical do período.
 Certo
 Errado
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Questão 759: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
Na linha 5, a expressão “infrações penais” exerce a função de complemento da forma verbal “afetam”.
 Certo
 Errado
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Questão 760: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União” fosse reescrito da seguinte forma:
quando bens, serviços e interesses da União são atingidos por infrações penais.
 CertoErrado
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Questão 761: CESPE ­ TNS (PRF)/PRF/2012
Assunto: 
A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal,
polícia  rodoviária  federal,  polícia  ferroviária  federal,  polícias  civis  e  polícias militares  e  corpos  de  bombeiros militares.  Dessas,  as  três  primeiras  são  organizadas  e
mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União,
as  forças policiais  federais realizam as funções que  lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as  forças policiais   estaduais e distrital
empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência.
 
Internet: <www.advogado.adv.br>. Acesso em 8/11/2012 (com adaptações).
No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue o item subsecutivo.
A inserção do segmento que é imediatamente antes da expressão “exercida” preservaria a correção gramatical do texto.
 Certo
 Errado
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Questão 762: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia a charge para responder à questão.
(Folha de S.Paulo, 30.09.2012)
 
Segundo a esposa de Hagar, na juventude ele era
 a) introspectivo.
 b) calmo.
 c) sensível.
 d) entusiasmado.
 e) carinhoso.
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Questão 763: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia a charge para responder à questão.
(Folha de S.Paulo, 30.09.2012)
 
Assinale a alternativa correta quanto à pontuação e à colocação pronominal.
 a) Infelizmente, se transformou, o ímpeto de Hagar, num passo lento depois que casamos.
 b) Depois que casamos, infelizmente se transformou, o ímpeto de Hagar num passo lento.
 c) Infelizmente se transformou o ímpeto de Hagar num passo lento, depois que casamos.
 d) Se transformou num passo lento, infelizmente, o ímpeto de Hagar depois que casamos.
 e) Depois que casamos infelizmente transformou­se num passo lento o ímpeto de Hagar.
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Questão 764: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia o texto para responder à questão.
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir sua
retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa  que  um  livro  sobre  D.  Pedro  1.º  pode  ser  embargado  por  algum  contraparente  da  família  real  que  discorde  de  um  possível  tratamento menos  nobre  do
imperador. Ou que uma tetra­tetra­tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e
na Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
 
As informações textuais mostram que, em determinados contextos, os preceitos da Constituição e os do Código Civil
 a) são deixados de lado, quando há o interesse em preservar personalidades políticas.
 b) resguardam as biografias de contestações judiciais para preservar o direito de imprensa.
 c) preservam o direito à liberdade de expressão para os historiadores e os biógrafos.
 d) impedem que personalidades sejam destratadas publicamente por seus atos pretéritos.
 e) entram em choque, opondo diferentes posicionamentos, como no caso das biografias.
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Questão 765: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia o texto para responder à questão.
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir sua
retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa  que  um  livro  sobre  D.  Pedro  1.º  pode  ser  embargado  por  algum  contraparente  da  família  real  que  discorde  de  um  possível  tratamento menos  nobre  do
imperador. Ou que uma tetra­tetra­tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e
na Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
 
O título, em harmonia e coerência com as informações textuais, reporta à
 a) liberdade de expressão nos EUA e na Europa.
 b) falta de publicização da vida das figuras públicas no Brasil.
 c) divulgação de fatos conhecidos, mas constrangedores.
 d) arcaica liberdade de expressão prevista na Constituição.
 e) soberania da liberdade de expressão no mundo.
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Questão 766: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia o texto para responder à questão.
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados paraos lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir sua
retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa  que  um  livro  sobre  D.  Pedro  1.º  pode  ser  embargado  por  algum  contraparente  da  família  real  que  discorde  de  um  possível  tratamento menos  nobre  do
imperador. Ou que uma tetra­tetra­tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e
na Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
 
Emprega­se a linguagem figurada na seguinte passagem do texto:
 a)  ... o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade.
 b) ... mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
 c) A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente...
 d) ... a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de imprensa e de acesso à informação.
 e) É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
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Questão 767: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia o texto para responder à questão.
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição prevê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir sua
retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa  que  um  livro  sobre  D.  Pedro  1.º  pode  ser  embargado  por  algum  contraparente  da  família  real  que  discorde  de  um  possível  tratamento menos  nobre  do
imperador. Ou que uma tetra­tetra­tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e
na Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
 
Considere as frases:
– A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao redor
de protagonistas e coadjuvantes.
– ... arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
Os termos em destaque têm como sinônimos, respectivamente,
 a) sugere, pensadas e invalidar.
 b) obriga, tecidas e acusar.
 c) dispõe, fechadas e contestar.
 d) antecipa, concluídas e impugnar.
 e) regulamenta, tramadas e argumentar.
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Questão 768: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
Leia o texto para responder à questão.
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir sua
retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa  que  um  livro  sobre  D.  Pedro  1.º  pode  ser  embargado  por  algum  contraparente  da  família  real  que  discorde  de  um  possível  tratamento menos  nobre  do
imperador. Ou que uma tetra­tetra­tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e
na Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
 
A frase dos estrangeiros – “Sério? Que ridículo!” – indica que eles
 a) discordam da proposta da Associação Nacional dos Editores de Livros.
 b) discordam do artigo 20 do Código Civil.
 c) concordam com a garantia ao cidadão do direito à privacidade.
 d) discordam das garantias constitucionais brasileiras.
 e) concordam com os embargos às publicações.
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Questão 769: VUNESP ­ Inv Pol (PC SP)/PC SP/2013
Assunto: 
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Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um  lado da mesa, a Constituição, que garante a  liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos  se  voltem para a história do país  e  reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao  redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu

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