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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH Licenciatura em Pedagogia / EAD - LIPEAD UNIRIO /CEDERJ SEGUNDA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA- 2020.1 DISCIPLINA: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DO ENSINO DE ARTES Coordenação: Adrianne Ogêda/tutoria: Maritza Jurberg Nome: Matrícula: E-mail: Telefone: Pólo: Cidade que reside: Caro (a) aluno (a): Boa prova! TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DO ENSINO DE ARTES SEGUNDA AVALIAÇÃO Á DISTÂNCIA- AD2 – 2019.2 Questão única (10 pontos, dois pontos por item) Escolha um dos artistas indicados abaixo, pesquise, selecione um de seus trabalhos e desenvolva uma pesquisa sobre sua vida e obra. A partir de suas próprias opiniões e das pesquisas realizadas, comente nos itens abaixo os aspectos relacionados a cada um dos métodos da História da Arte discutidos na Aula 4 do módulo da disciplina. Diagrama de síntese: Método Questão Biográfico: Quem fez a obra? Formalista: Quais as características da obra? Histórico e sociológico: Quando e em que contexto social, político e econômico a obra foi produzida? Antropológico: Quais as macromotivações culturais da obra? Pós-moderno ou pósestruturalistas: Quais as micromotivações culturais da obra, envolvendo questões de classe social, idade, etnia, gênero, opção sexual e religiosa, entre outros aspectos? 1. Anita Malfatti, 2. Tarsila do Amaral 3. Djanira da Motta e Silva R: A artista TARSILA DO AMARAL foi escolhida para pesquisa. Artista nascida em 1886 que impressionou com a arte até o ano de 1973 e foi uma pintora e desenhista brasileira. Entre suas várias obras está o quadro "Abaporu" pintado em 1928, que é sua obra mais conhecida. Junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, lançou o movimento "Antropofágico", que foi o mais radical de todos os movimentos do período Modernista. Tarsila do Amaral nasceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior de São Paulo, no dia 1 de setembro de 1886. Filha de José Estanislau do Amaral Filho e Lydia Dias de Aguiar do Amaral tradicional e rica família de São Paulo. Era neta de José Estanislau do Amaral, proprietário de diversas fazendas no interior de São Paulo, apelidado de "milionário". Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência. Tarsila do Amaral estudou em São Paulo em colégio de freiras e no Colégio Sion. Completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos. Na sua volta ao Brasil casa-se com o noivo André Teixeira Pinto, com quem teve uma filha. A obra Abaporu: Abaporu (1928) Fase antropofágica Teve início em 1928, a partir da icônica obra Abaporu – cujo nome é a junção dos vocábulos “aba” e “poru”, significando “homem que come” em tupi-guarani. Pintado como presente de aniversário ao seu então marido, Oswald de Andrade, tornou-se muito mais do que isso: foi a inspiração principal para a redação do Manifesto Antropófago e para o início de um movimento artístico que teve expoentes em diversos segmentos da arte nacional. A ideia central do projeto antropófago era devorar as influências da cultura europeia, já que elas não se aplicavam às condições brasileiras, e a partir da deglutição, modificar o que foi devorado, produzindo arte genuinamente nacional. A pintura antropofágica de Tarsila mistura o aprendizado moderno do cubismo com um universo de densidade mística e onírica, bastante enraizado na cultura brasileira, fazendo uso de cores vivas, como o vermelho, o roxo, o verde e o amarelo. Fazem parte dessa fase, além do Abaporu (1928), as obras A Negra (1923), que antevia essa fase, O Ovo [Urutu] (1928), A Lua (1928), Floresta (1929), Sol Poente (1929), entre outras. Partidários de um primitivismo crítico, os antropófagos propunham que a cultura estrangeira fosse devorada, aproveitando dela suas inovações artísticas, porém sem perder nossa própria identidade cultural. A obra traz temáticas relacionadas ao proletariado, à desigualdade social, às opressões sofridas pelos trabalhadores, aos problemas do capitalismo industrial. As viagens de Tarsila pelo Brasil, especialmente pelo interior de São Paulo e de Minas Gerais, em 1923, renderam-lhe inspiração para suas primeiras composições de influência cubista, em formas geométricas estilizadas, fazendo uso das cores consideradas “caipiras” por seus mestres anteriores, ligados à pintura acadêmica. Alguns estudiosos ligam a gestualidade do Abaporu ao - O Pensador de Rodin. Nádia Regina Maffi Reckel, em sua tese "A tessitura da textualidade em Abaporu" afirma que no 'Abaporu' a re-escritura do 'Pensador' não se dá apenas pela posição corporal da personagem, mas também pela estética do fragmento e do bloco. E, se juntarmos à isso a re-escrituração de brasileiridade podemos compreender o texto por suas re-escriturações e, não apenas por sua forma ou conteúdo como é comumente lido pelos críticos de arte e educadores. Outra ligação entre as obras é exemplificada pelo fragmento de sol. No ambiente, a luz é externa, refletindo suas marcas no corpo da personagem e no cacto. O sol é uma referência ao sol brasileiro, à brasilidade da obra. Entre 1934 e 1951, Tarsila manteve um relacionamento com o escritor Luís Martins. De 1936 a 1952, trabalhou como colunista nos Diários Associados onde ilustrava retratos de grandes personalidades. Em 1951 participou da I Bienal de São Paulo. Em 1963 teve uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte teve participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Tarsila do Amaral faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.
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