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Aula 02 Imunologia p/ EBSERH (Biomédico) Professor: Denise Rodrigues 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 35 AULA 02: Reações de Hipersensibilidade e Avaliação da Função Imune SUMÁRIO PÁGINA 1. Saudação Inicial 01 2. Hipersensibilidade 02 3. Avaliação da função imune 11 4. Lista de Questões 29 5. Gabarito 34 6. Referências Bibliográficas 35 Saudação Inicial Olá, pessoal! Como vão? Espero que estejam seguindo firme na preparação para o concurso da EBSERH. Em nossa última aula aprofundamos nossos conhecimentos sobre mecanismos de resposta do sistema imune e ficou combinado que veríamos em aula futura os demais assuntos do edital. Nessa aula, iremos estudar os tópicos “alergias” e “avaliação de função imune”. O que vai direcionar nosso estudo serão as questões que tem aparecido em concursos anteriores da EBSERH e, sempre que possível, da banca AOCP, para biomédico ou cargos afins. Então vamos lá!!! 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 35 Após estudar os principais mecanismos de resposta imune, vamos conhecer as reações de hipersensibilidade: HIPERSENSIBILIDADE DISTÚRBIOS CAUSADOS POR RESPOSTAS IMUNES As respostas imunes são capazes de causar lesão tecidual e doença. Essas reações imunes prejudiciais ou patológicas são chamadas de reações de hipersensibilidade. As reações de hipersensibilidade podem ocorrer em duas situações. 1) Podem surgir de respostas descontroladas ou anormais a antígenos estranhos, resultando em lesão tecidual; ou 2) Podem resultar da falha de mecanismos de auto tolerância, gerando respostas imunes contra antígenos próprios (autólogos), o que denominamos auto-imunidade (ocorre nas doenças auto- imunes). Tipos de reações de hipersensibilidade: As reações de hipersensibilidade são classificadas com base no principal mecanismo imunológico responsável pela lesão tecidual e pela doença. Podem ser dos tipos: Hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade tipo I: um tipo de reação patológica causada pela liberação de mediadores de mastócitos. É desencadeada após a produção de IgE e ligação da IgE aos mastócitos em diversos tecidos. Hipersensibilidade tipo II: também chamada hipersensibilidade citotóxica, ocorre quando anticorpos direcionados contra antígenos celulares ou teciduais danificam essas células ou tecidos, prejudicando sua função. Envolvimento de IgG ou IgM e complemento. Fagócitos e células NK também participam (ADCC); Hipersensibilidade tipo III: ocorre quando os anticorpos contra antígenos solúveis formam imunocomplexos com os antígenos, e esses 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Igor Realce Igor Realce Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 35 complexos podem se depositar nos vasos sanguíneos em vários tecidos e causar inflamação e lesão tecidual. Hipersensibilidade tipo IV: também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia. Resulta das reações dos linfócitos T (e também tem envolvimento de macrófagos), geralmente contra antígenos próprios nos tecidos. Vamos agora conhecer em mais detalhes cada um desses tipos de hipersensibilidade. HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA OU TIPO I Por motivos desconhecidos, alguns indivíduos quando expostos a certos antígenos (ex: alguns alimentos, proteínas do pólen, venenos de insetos, pelos de animais ou medicamentos) apresentam uma reação mediada pelo anticorpo IgE e por mastócitos, que causa um rápido vazamento vascular e secreções mucosas, geralmente acompanhados por inflamação. As reações de hipersensibilidade imediata são denominadas alergias, ou atopias. Tais reações podem afetar diversos tecidos e apresentam gravidade variável. Exemplos comuns são a febre do feno, alergias alimentares, asma brônquica e anafilaxia (forma sistêmica e mais grave de hipersensibilidade imediata). As alergias são os distúrbios mais frequentes do sistema imunológico e estima-se que afetem cerca de 20% da população. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 35 Atenção!!! Nos indivíduos propensos (atópicos), a exposição a alguns antígenos resulta na ativação de células Th2 e produção de anticorpos IgE, com a ligação da IgE a receptores de Fc dos mastócitos. Relembrando... Resposta Th2 é aquele perfil de resposta de linfócitos T CD4+ que promove a resposta humoral. Temos a produção de IL-4 (estimula produção de anticorpos IgE - que se fixa a mastócitos e em eosinófilos através da porção Fc), IL-5 (induz produção e ativação de eosinófilos), além de IL-10 (inibição de Th1) e IL-13 (levando à ativação de linfócito B e consequente liberação de anticorpos). As citocinas IL-4 e IL-10 secretadas pelas células Th2 inibem a ativação clássica dos macrófagos (a que estimula suas funções microbicidas) e estimulam a via alternativa de ativação dos macrófagos. A ativação alternativa dos macrófagos pode participar do reparo tecidual após uma lesão, mas também pode contribuir para a fibrose e os danos teciduais em pacientes com infecções parasitárias crônicas ou doenças alérgicas. Os mastócitos então são revestidos com anticorpo IgE específico para o(s) antígeno(s) ao(s) qual(is) o indivíduo é alérgico. Esse processo de revestimento dos mastócitos com IgE é denominado sensibilização, porque o revestimento com IgE específico de um antígeno torna os 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 35 mastócitos sensíveis à ativação pela exposição subsequente àquele antígeno. Então, em uma nova exposição ao antígeno, ocorre ligação da IgE ao antígeno e liberação de mediadores dos mastócitos. São três tipos de respostas no mastócito: 1) Liberação rápida de conteúdos granulosos (degranulação): os mediadores mais importantes produzidos pelos mastócitos, são as aminas vasoativas e proteases armazenadas nos grânulos e liberadas deles. A principal amina, a histamina, causa a dilatação de pequenos vasos sanguíneos, aumenta a permeabilidade vascular e estimula a contração temporária do músculo liso, resultando em muitos sintomas. Essa reação vascular e do músculo liso pode ocorrer minutos após a reintrodução do antígeno em um indivíduo pré-sensibilizado – por isso “hipersensibilidade imediata”. As proteases podem lesar tecidos locais. 2) Síntese e secreção de mediadores lipídicos: produtos recém- gerados e secretados do metabolismo do ácido araquidônico. Os metabólitos do ácido araquidônico incluem as prostaglandinas, que causam dilatação vascular, e os leucotrienos, que estimulam a contração prolongada do músculo liso. 3) Síntese e secreção de citocinas: induzem inflamação local (recrutam neutrófilos e eosinófilos ao local da reação durante muitas horas. Esse componente inflamatório da hipersensibilidade imediata é denominado reaçãode fase tardia, e é responsável principalmente pela lesão tecidual que resulta de ataques repetidos de hipersensibilidade imediata. Duas das citocinas secretadas pelas células Th2, IL-4 e IL-13, estimulam linfócitos B específicos para os antígenos estranhos a mudarem para plasmócitos produtores de IgE. Assim, os indivíduos atópicos produzem grandes quantidades de anticorpos IgE em resposta a antígenos que não produzem respostas da IgE em outras pessoas. Assim, os mediadores dos mastócitos são responsáveis por reações agudas vasculares e do músculo liso e pela inflamação, os principais atributos da hipersensibilidade imediata. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 35 Esse tipo de hipersensibilidade também pode ter o envolvimento de basófilos, que são células circulantes com muitas das características dos mastócitos, mas o papel dos basófilos na hipersensibilidade imediata não está tão bem estabelecido como o papel dos mastócitos. A propensão ao desenvolvimento de Th2, produção de IgE e hipersensibilidade imediata tem uma forte base genética. O principal risco conhecido para o desenvolvimento de alergias é um histórico familiar de doença atópica. O tratamento das alergias visa inibir a produção e antagonizar as ações dos mediadores e combater seus efeitos nos órgãos terminais. Alergia ou reação de hipersensibilidade: é uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno e que ocorre em indivíduos suscetíveis (geneticamente) e previamente sensibilizados. 1. (IADES/2014/EBSERH/Médico – Alergia e Imunologia) Qual é a principal célula responsável pelas reações de hipersensibilidade imediata? A) Eosinófilo. B) Mastócito. C) Linfócito. D) Basófilo. E) Célula dendrítica. Comentário: ao pensar em hipersensibilidade imediata devemos lembrar que é também chamada tipo I, é mediada por anticorpos IgE e principalmente por mastócitos, que sofrem degranulação liberando aminas vasoativas como a histamina, além da secreção de mediadores inflamatórios como as prostaglandinas e leucotrienos e de citocinas. Esse 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 35 tipo de hipersensibilidade pode envolver os basófilos, mas o papel desse tipo celular não está tão bem estabelecido como o papel dos mastócitos. Gabarito: B. HIPERSENSIBILIDADE TIPO II Ocorre quando anticorpos direcionados contra antígenos celulares ou teciduais danificam essas células ou tecidos, prejudicando sua função. Os antígenos são normalmente endógenos, embora agentes químicos exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares também sejam capazes de levar a hipersensibilidade tipo II. Anemia hemolítica induzida por drogas, granulocitopenia e trombocitopenia são exemplos. O tempo de reação é de minutos a horas. Os anticorpos IgM e IgG promovem a fagocitose das células a que se ligam, induzindo inflamação pelo recrutamento de leucócitos mediado por receptor de Fc e complemento, e podem interferir nas funções das células ao se ligarem a moléculas e receptores essenciais. Células NK também participam causando ADCC, sigla do termo em inglês para citotoxidade celular ou mediada por células dependente de anticorpo. É um mecanismo efetor de resposta imune onde o receptor Fc das células NK liga-se aos anticorpos IgG ligados as células e o resultado é a lise das células revestidas de anticorpo. O Fc┛RIII é um receptor de baixa afinidade que se liga as moléculas de IgG agregadas a superfície célular causando a ADCC. Ele age ativando as células NK para sintetizarem e secretarem citocinas, tais quais IFN-┛ e descarregarem o conteúdo dos seus grânulos que são mediadores da função citotóxica desse tipo de célula, isso pode ser facilmente demonstrado in vitro. HIPERSENSIBILIDADE TIPO III Ocorre quando os anticorpos contra antígenos solúveis formam imunocomplexos com os antígenos, e esses complexos se depositam nos vasos sanguíneos em vários tecidos e causam inflamação e lesão tecidual. São as chamadas doenças de complexo imune. Os complexos 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 35 imunológicos depositam-se principalmente nos vasos pelos quais o plasma é filtrado em alta pressão (p. ex., glomérulos renais e sinóvia articular). Portanto, as doenças de complexo imune tendem a ser sistêmicas e geralmente se manifestam como vasculite difusa, artrite e nefrite. A inflamação na parede do vaso (vasculite) provoca ainda, de maneira secundária, a lesão tecidual em função do fluxo sanguíneo comprometido. São muitos os distúrbios de hipersensibilidade crônicos em seres humanos causados ou associados a anticorpos anti-teciduais e complexos imunes. Anticorpos causadores de doenças são com mais frequência anticorpos contra antígenos próprios e menos comumente específicos de antígenos estranhos (p. ex., microbianos). A produção de autoanticorpos resulta de falhas de autotolerância, ainda não muito bem elucidadas. O tratamento dessas doenças visa principalmente limitar a inflamação e as suas consequências negativas, com agentes como os corticosteroides. Nos casos graves, utiliza-se plasmaférese para reduzir os níveis de anticorpos ou complexos imunes circulantes. Plasmaférese: Aférese é o procedimento de retirada do sangue total, com separação dos seus componentes, por meio de centrifugação ou filtração e devolução do remanescente ao doador ou paciente. De acordo com o componente removido, a aférese pode ser classificada em plasmaférese (remoção de plasma), leucaférese (remoção de granulócitos e ou linfócitos), eritrocitaférese (remoção de eritrócitos) e plaquetaférese (remoção de plaquetas). HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV É também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia. Resultam de reações mediadas por linfócitos T, macrófagos e neutrófilos, geralmente contra antígenos próprios nos tecidos (doenças autoimunes), mas também em doenças infecciosas (tuberculose, hanseníase, toxoplasmose etc..). Ocorre inflamação causada 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 35 por citocinas produzidas por células T CD4+ TH1 e TH17, levado a ativação e recrutamento de macrófagos e neutrófilos e também ocorre lesão pelo extermínio de células do hospedeiro por linfócitos T citotóxicos CD8+. Diferentes doenças podem ser associadas à ativação de células TH1 e TH17. As células TH1 são a fonte de interferon-┛ (IFN-┛), a principal citocina ativadora de macrófagos, e as células TH17 são responsáveis pelo recrutamento de leucócitos, incluindo neutrófilos. A lesão tecidual verdadeira nessas doenças é causada, principalmente, por macrófagos e neutrófilos. As células T CD8+ específicas para antígenos em células do hospedeiro também podem causar lesão por destruir diretamente essas células. A reação típica mediada pelas citocinas da célula T é a hipersensibilidade de tipo tardio (HTT), assim chamada porque ocorre de 24 a 48 horas após um indivíduo anteriormente exposto a um antígenoproteico ser desafiado com o antígeno (a reação é tardia). O exemplo clássico dessa hipersensibilidade é a reação de Mantoux ou tuberculínica, que atinge um pico em 48 horas após a injeção do antígeno (PPD ou antiga tuberculina). A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. Reações de HTT são frequentemente utilizadas para determinar se indivíduos foram expostos previamente ao antígeno e responderam a ele. Por exemplo, a já citada reação de HTT para o antígeno micobacteriano PPD (derivado de proteína purificada, do inglês, purified protein derivative), é indicativa de uma resposta de célula T para micobactéria. Esta é a base para o teste epidérmico de PPD usado para detectar infecções micobacterianas prévias ou ativas. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 35 Relembrando... Resposta Th1 é aquele perfil de resposta de linfócitos T CD4+ que promove resposta imune do tipo celular. Ocorre com grande produção de IL-2 (induz proliferação e potencializa Linfócitos T CD8+), IFN- ┛ (ativa fagócitos para destruição de micro-organismos e estimula produção de opsonizantes) e IL-12, originando uma resposta mediada por células e inibindo a Th2. Em geral, é produzida em resposta a micro- organismos intracelulares ou que estão infectando células, principalmente protozoários, bactérias intracelulares, vírus e fungos. Os linfócitos T CD4+ do subgrupo Th1 aumentam a capacidade dos fagócitos em destruir micro-organismos. Resumo: citocinas produzidas pelas células Th1 ativam macrófagos e participam na geração de células T citotóxicas, resultando em uma resposta imune mediada por células Resposta Th17 ocorre com produção de IL-17 pelas células T CD4+, uma citocina proinflamatória, importante por seu efeito de recrutamento de macrófagos e neutrófilos para o sítio da infecção, ou seja, inflamação. As células Th17 também induzem outras células a secretar citocinas que são importantes para o recrutamento de neutrófilos e, em menor escala, de monócitos. A inflamação é uma das principais reações da imunidade inata, porém, quando são as células T (imunidade adquirida) que estimulam inflamação, a reação é mais forte e mais prolongada do que quando ela é evocada por respostas imunes inatas. Além da inflamação, as células Th17 estimulam a produção de substâncias antimicrobianas, designadas como defensinas, que funcionam como antibióticos endógenos localmente produzidos. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 35 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 35 A classificação dos tipos de hipersensibilidade é útil para fins didáticos, porém, temos que ter em mente que o dano causado em doenças imunológicas humanas pode resultar de uma combinação de reações mediadas por anticorpos e de reações mediadas por células T, muitas vezes não sendo possível classificar perfeitamente em um único tipo de hipersensibilidade. Vejam uma questão recente de concurso EBSERH sobre isso: 2. (IBFC/2015/EBSERH/Médico-Alergia e Imunologia Pediátrica) Embora na resposta alérgica os mecanismos iniciais estejam relacionados às reações de hipersensibilidade do tipo I, as demais reações de hipersensibilidade também podem ocorrer. Escolha a alternativa que relaciona erroneamente o tipo de reação ao seu mecanismo efetor. a) Reação do tipo II: mediada por anticorpos IgE específicos. b) Reação tipo I: mediada pela ativação de mastócitos e liberação de mediadores inflamatórios. c) Reação do tipo I: mediada por anticorpos IgE específicos. d) Reação tipo III: complexos imunes depositados nos tecidos. e) Reação do tipo IV: células T sensibilizadas, pelo antígeno, liberam interleucinas após segundo contato. Comentário: a única descrição de mecanismo efetor de reação de hipersensibilidade que não condiz é a da letra A, uma vez que é a reação imediata ou tipo I que é mediada por anticorpos IgE específicos. Gabarito: A. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 35 3. (AOCP/2014/UFC/Biomédico) Considerando aspectos do sistema imune e da resposta imunológica, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa correta. ( ) A IgM é a classe de imunoglobulinas que aparece em maior concentração no soro. ( ) As IgG, IgM e IgE são carboidratos. ( ) O sistema imune compreende a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo as células B responsáveis pela imunidade celular e as células T, pela produção de anticorpos. ( ) As reações de hipersensibilidade do tipo I são mediadas pelas IgE, ativando inicialmente mastócitos. ( ) Reações de hipersensibilidade tardia podem ser evidenciadas em muitas doenças autoimunes e infecciosas, como lepra e tuberculose. a) V – V – F – F – V. b) F – F – F – F – V. c) V – F – V – V – V. d) V – F – F – V – V. e) F – F – V – V – F. Comentário: Uma questão da banca AOCP! A resposta correta seria F,F,F,V,V , a qual não estava em nenhuma das alternativas, por isso a questão foi anulada. A IgG é a imunoglobulina mais abundando no soro, as Igs são proteínas e as células B são responsáveis pela imunidade humoral (produção de anticorpos) e as células T pela imunidade celular. Gabarito: ANULADA. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO IMUNE Veremos as principais provas utilizadas na avaliação imunológica de pacientes. Avaliação de Imunodeficiências: as deficiências predominantemente humorais representam cerca de 60% das imunodeficiências primárias, em seguida temos as deficiências celulares e de fagócitos responsáveis por cerca de 20 e 18%, respectivamente. As mais raras são as do Sistema 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 35 Complemento. A avaliação da competência imunológica geralmente requer laboratório especializado e o custo financeiro é elevado. Na investigação de imunodeficiência, vejamos o que pode ser verificado através de exames (de acordo com a história clínica do paciente): Infecções de repetição por bactérias extra-celulares: sugerem deficiência predominantemente de anticorpos ou deficiência de proteínas do sistema Complemento. Infecções por bactérias intra-celulares e germes oportunistas: sugerem deficiência da imunidade celular. História de abscessos de repetição: comum nas deficiências de fagócitos, tendo, principalmente, o Staphilococcus aureus como agente etiológico. O diagnóstico de algumas doenças pode ser afastado, com pequeno custo, se forem utilizadas provas de triagem bem selecionadas: Hemograma Completo: é um dos exames mais informativos e de maior relação custo- benefício. Estando a contagem de neutrófilos normal, pode- se afastar a hipótese de neutropenias congênitas ou adquiridas e defeitos de adesão leucocitária. Número de linfócitos normal para idade exclui aimunodeficiência grave combinada e defeitos graves de células T. Na síndrome de Wiskott-Aldriclh, temos presença de plaquetopenia com presença de microplaquetas. Dosagens das imunoglobulinas séricas IgA, IgG e IgM: na suspeita de deficiência de anticorpos, as dosagens dessas imunoglobulinas fornecem informações úteis. Testes Cutâneos de Hipersensibilidade Tardia: método mais barato e e ao mesmo tempo eficiente, para se avaliar a resposta imune celular, podendo ser realizados com o maior número possível de antígenos. Uma boa bateria de antígenos deve incluir PPD, SK-SD (varidase), tétano e candidina, por serem antígenos contra os quais a maioria da população está sensibilizada. Desta forma, torna-se altamente improvável que um indivíduo normal seja negativo a todos estes antígenos por falta de contato prévio. No caso de crianças, entretanto, essa chance é muito 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 35 elevada e, nesse caso, o teste com a Candidina é o que tem maior probabilidade de dar resultado positivo. No Brasil, devido a obrigatoriedade de vacinação precoce com BCG, o teste com o PPD é a melhor escolha. Se o teste for positivo, caracterizado por eritema e nódulo após 24-48 horas, estarão praticamente afastadas as suspeitas de deficiências graves de células T. O tamanho do nódulo não tem importância. Resumindo... Os exames iniciais a serem solicitados em uma avaliação de função imune são: Exames Iniciais na Suspeita de Imunodeficiência 1.Hemograma 2.Níveis séricos de Imunoglobulinas : IgA, IgM e IgG 3.Teste cutâneo de Hipersensibilidade Tardia (PPD) Vamos exercitar: 4.(IBFC/2013/EBSERH/Biomédico) Na avaliação das imunodeficiências, a dosagem das imunoglobulinas séricas é muito utilizada, sendo indicada como avaliação inicial a dosagem das imunoglobulinas: a) IgE, IgD e Subclasses de IgG b) Linfócitos T, IgD e Subclasses de IgG. c) Quantificação de linfócitos B, IgA e IgM d) IgA, IgM e IgG Comentário: Lembrem-se, na avaliação das imunodeficiências, ao realizar a investigação sobre imunoglobulinas, é feita a dosagem da IgG 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 35 (principal Ig sérica, principal defesa sorológica, imunidade vacinal), IgM (resposta primária) e IgA (defesa de mucosas). Gabarito: D. Avaliação de Hipersensibilidade: O diagnóstico de alergia é realizado por meio de avaliação cuidadosa da história clínica, exame físico e exames complementares como teste cutâneo de leitura imediata (Prick Test ou puntura), teste cutâneo de leitura tardia (Intradérmico e Testes de Contato), determinação da IgE sérica (testes in vitro), dentre outros. Testes Cutâneos de Alergia Os testes cutâneos podem ser úteis como meios de confirmação diagnóstica nos vários tipos de alergias. Os testes ideais devem ser rápidos, de fácil execução, de baixo custo, com boa sensibilidade e especificidade, eficientes e com boa reprodutibilidade. No entanto, a limitação principal dos testes alérgicos é que por vários motivos que veremos a seguir, estes testes podem dar resultados falso-positivos ou falso-negativos e ser interpretados de forma inadequada. Um teste alérgico positivo não significa, necessariamente, a presença de doença alérgica, visto que pacientes não alérgicos podem ter testes positivos, do mesmo modo que um teste negativo não exclui uma etiologia alérgica. Deste modo, os testes cutâneos devem sempre ser relacionados com a história clínica. Vamos conhecer os principais testes: Teste de punctura (prick-test) O teste de punctura ou puntura (“prick-test”) é o mais utilizado na prática clínica diária e sofreu pequenas modificações desde a sua introdução. Na realidade, o que ocorreu foi a melhoria da qualidade dos extratos alergênicos. O teste de punctura é seguro e de fácil execução, tem boa reprodutibilidade e é considerado o melhor para uso na prática clínica diária de alergia. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 35 Resumo da técnica do teste de punctura: Material: extratos alergênicos padronizados, Controle positivo (Histamina), Controle negativo (veículo do extrato ou soro fisiológico), Lancetas Método: usar uma gota para cada alérgeno, na superfície volar (face interna) do antebraço. Perfurar a pele com a lanceta. Tempo de leitura 15 a 30 minutos. Interpretação: pápula de 3mm de diâmetro, com pelo menos a metade do diâmetro da histamina e sem resposta do controle negativo. Cuidados: anafilaxia é rara, mas não deve ser negligenciada. O paciente deve ser acompanhado por 30 minutos após o teste. Algumas condições que inviabilizam esse teste são: Uso de anti-histamínicos (devem ser suspensos 5 dias antes do teste) Uso de antidepressivos Uso de beta-bloqueadores Presença de lesões de pele extensas (ex: Dermatite atópica) Dermografismo (um tipo de alergia de pele) Distúrbios de coagulação História pregressa de anafilaxia com o alérgeno testado. Teste intradérmico – TID O teste intradérmico pode ser utilizado para avaliação da hipersensibilidade mediada por anticorpos IgE (reação imediata, 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 35 anafilática ou Tipo I), hipersensibilidade mediada por anticorpos IgG (reação por imunocomplexos ou reação tipo III) ou por células (reação tardia ou Tipo IV) a um determinado antígeno, que é injetado na derme superior com seringa e agulha apropriada. Durante a avaliação da hipersensibilidade imediata, os antígenos testados pela via intradérmica devem estar em concentrações 25 a 50 vezes menores daquelas usadas nos testes de punctura. O teste intradérmico está indicado quando o teste de punctura for negativo. O teste intradérmico tem melhor reprodutibilidade que o teste de punctura, tem alta sensibilidade com extratos de baixa potência sendo utilizado para avaliação da potência e padronização de extratos alergênicos e dão mais reações adversas que os testes de punctura, ao redor de 2%. O TID permite que se faça uma titulação “in vivo” de um determinado antígeno, por exemplo, para se achar o “end point” antes do início de uma imunoterapia específica e pode ser usado na avaliação da imunidade tardia. A via intradérmica não é recomendada para testes com alimentos pelo maior risco de reações anafiláticas, os alimentos devem ser testados pela via epidérmica através dos testes de punctura. Resumo da técnica do teste intradérmico: Material: extratos alergênicos padronizados, controle positivo (histamina), controle negativo (veículo extrato ou soro fisiológico), seringa tipo alergia (tuberculina) de 1mL, agulha hipodérmica 10 x 5. Método: Injeta-se 0,05 a 0,1ml do alérgeno via intradérmica. Face volar do antebraço. Tempo de leitura: 15 a 30 minutos, 4 a 8 horas e 24 a 48 horas. Interpretação: Eritema e edema após 15 a 30 minutos é sugestivo de reação Tipo I. Eritema e edema com induração após 4 a 8 horas, que progride para necrose é sugestiva de reação Tipo III. Eritema, edema e nódulode pelo menos 5mm após 24 a 48 horas indica reação Tipo IV (Reação de Mantoux). 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 35 Cuidados: O risco de anafilaxia é maior do que no teste de punctura. O risco é maior nos pacientes asmáticos. O paciente deve ser acompanhado por 30 minutos após os testes. Teste com auto-soro (TAS) O teste com auto-soro foi introduzido por Greaves em 1999. O TAS é usado na prática clínica na investigação das urticárias crônicas ou doenças auto-imunes. Este teste clínico pode ser usado com um razoável valor preditivo, quando positivo indica a presença de auto-anticorpos funcionais circulantes contra o receptor de IgE (Fc┴RI) e/ou IgE. Resumo da técnica do teste com auto-soro (TAS): Material: Soro do paciente, controle positivo (histamina), controle negativo (veículo extrato ou soro fisiológico), seringa tipo alergia (tuberculina) de 1ml, agulha hipodérmica 10 x 5. Método: Injeta-se 0,05 a 0,1ml do soro via intradérmica na face volar do antebraço. Tempo de leitura: 30 minutos e 1 hora. Interpretação: TAS-positivo é definido quando induz um eritema e edema com diâmetro maior ou igual a 1,5mm ao do controle negativo quando este ocorrer. Cuidados: Os mesmos dos testes intradérmicos. Teste “in vitro” de Alergias IgE total A IgE é uma imunoglobulina cuja concentração no sangue depende da idade. Indivíduos com asma brônquica, rinite, dermatite atópica e outras doenças alérgicas apresentam valores maiores do que pessoas não atópicas. A ocorrência de níveis elevados pode indicar alergia, mas sem investigação de IgE específica (teste que veremos logo mais) não se tem referência ao alérgeno. E além dos quadros alérgicos, existem outras causas de aumento de IgE total, como por exemplo as parasitoses, doenças malignas (mieloma, linfoma de Hodgkin), imunodeficiências 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 35 primárias (síndrome hiper-IgE, de Wiskott-Aldrich, de Nezelof), doenças infecciosas (aspergilose broncopulmonar alérgica) e doenças inflamatórias (síndrome de Churg-Strauss, doença de Kawasaki). A mensuração dessa imunoglobulina está indicada no tratamento da asma brônquica grave com utilização de anticorpo monoclonal. Imunoensaio IgE específico São testes complementares, uma opção aos testes cutâneos. Quando comparada a esses, a medida da IgE específica possui a vantagem de ser isenta de risco e de não sofrer interferência de medicamentos em uso pelo paciente (ex:anti-histamínicos). A medida dessa imunoglobulina é utilizada nos casos de suspeita de anafilaxia e de risco de reação sistêmica, de história de reação grave minutos após o contato com o alérgeno suspeito, de lesões cutâneas extensas que impossibilitam a realização dos testes cutâneos, e de suspeitas de sensibilização em pessoas com prick test negativo. Também tem aplicação em extremos de idade e na gestação, podendo ainda ser usada para substâncias sem extratos padronizados disponíveis para o teste cutâneo. Essa categoria de testes é corriqueiramente referida como RAST®, mas esse é apenas o teste de primeira geração de tais exames. Radio Allergo Sorbent Test – RAST: Teste para detecção in vitro da IgE plasmática. O RAST (Radio Allergo Sorbent Test) é um radioimunoensaio para detectar anticorpos IgE específicos, onde se utiliza marcadores com isótopos radioativos (com emissão de raios gama) para a detecção de reações sorológicas positivas entre anticorpos IgE e alérgenos covalentemente ligados a esferas de celulose ou discos de papel. O soro do paciente a ser testado é adicionado e incubado com essas partículas. Durante esse período, os anticorpos IgE e de outras classes se combinam ao alérgeno. Após a lavagem, é adicionado um anticorpo monoclonal anti- IgE radioativo. As partículas são lavadas novamente e, então, é determinada a quantidade de radioatividade fixa a elas. O 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 35 radioimunoensaio é capaz de detectar níveis de anticorpos de concentrações de picogramas. Atenção: com o tempo, os marcadores radioativos foram substituídos por marcação com fluorocromos ou enzimas, sendo, portanto, mais utilizados modernamente testes ELISA para essa finalidade. Frequentemente, nos ensaios enzimáticos o anticorpo de detecção é biotinilado (conjugado com biotina, uma vitamina com alta afinidade por estreptoavidina). Essa metodologia serve para ampliar o sinal gerado, tornando o método mais sensível. Nesses testes são usados curvas de referência construídas às custas da utilização de ensaios com alérgenos padrões com concentrações de anticorpos IgE cujos resultados são expressos em títulos ou classe de reatividade, geralmente com intervalo entre 0,35 kUI/l e 35 kUI/l. É utilizado tanto para confirmar que um paciente pode ser alérgico como para melhorar o tratamento das doenças alérgicas, como asma e rinite alérgica, quando os testes cutâneos não estão disponíveis ou não são adequados, como em caso de pacientes com eczema/dermatite atópica, urticária. Em razão das lesões cutâneas prejudicarem a leitura dos testes cutâneos deve-se optar pelo RAST ou em caso da pessoa estar tomando anti-histamínico que interferem com o teste cutâneo e não é apropriado parar de tomar a medicação temporariamente. RAST falso-positivo é raro e decorre da reatividade cruzada entre carboidratos existentes em alguma estruturas celulares e alguns alimentos que podem ocasionar RAST positivos ou entre glicoproteínas existentes também no pólen de grama, látex e frutas, mas as dosagens apresentam sempre baixa concentração. As reações cruzadas entre diferentes alérgenos são mais freqüentes do que suspeitamos e a reatividade pode ser contra múltiplos alérgenos. Como por exemplo, podemos citar a reatividade cruzada que ocorre entre tropomiosina da barata e antígenos de ácaros, epitélio de cão, gato, caranguejo e camarão. Inúmeras outras reatividades cruzadas são descritas. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 35 Os imunoensaios para anticorpos IgE são mais vantajosos que os testes cutâneos por não apresentarem nenhum risco para o paciente, oferecendo melhor padronização em termos de qualidade dos antígenos usados, e alta sensibilidade além de utilizar uma única amostra de sangue. Pode ser feita a pesquisa de anticorpos específicos contra diferentes painéis de alérgenos ou isoladamente para diferentes alérgenos, porém, são menos específicos que os testes cutâneos, exigem maior tempo para a realização do diagnóstico, tem maior custo para realização, além de não estarem disponíveis para todo alérgeno em potencial. Na prática, os imunoensaios estão disponíveis para alimentos, veneno de inseto, alérgenos ambientais (polens, fungos, animais, ácaros e barata), látex e alguns medicamentos. Atenção! Esse assunto (testes cutâneos x imunoensaios) é cobrado com certa frequência. 5.(IADES/2014/EBSERH/Biomédico) Acerca dos testes utilizados para detecção de alergias, assinale a alternativa correta. a) Ostestes cutâneos são mais vantajosos que os imunoensaios para anticorpos IgE por não apresentarem nenhum risco para o paciente. b) Os imunoensaios para anticorpos IgE permitem a investigação de pacientes que apresentam dermografismo e são mais confiáveis quanto à introdução da imunoterapia. c) Os testes cutâneos são menos específicos que os imunoensaios para anticorpos IgE. d) Os imunoensaios para anticorpos IgE são menos dispendiosos que os testes cutâneos. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 35 e) Uma das principais vantagens dos imunoensaios para anticorpos IgE é a não ocorrência de resultados falso positivos. Comentário: Os testes cutâneos, embora seguros, apresentam sim risco ao paciente (Ex: reação anafilática), enquanto os imunoensaios são testes in vitro, portanto, letra A incorreta. Os testes cutâneos são mais específicos que os imunoensaios, conforme acabamos de ver, portanto, letra C incorreta. A letra D está errada porque os imunoensaios são testes in vitro com tecnologia que torna a técnica mais dispendiosa do que os testes cutâneos. E finalmente, letra E também está incorreta porque, de acordo com o que estudamos, os imunoensaios para IgE podem sim apresentar resultados falso positivos, especialmente devido à reações cruzadas. Lembrem-se, os imunoensaios tem maior sensibilidade e menor especificidade que os testes cutâneos. Restou a letra B como alternativa correta! Dermografismo é um tipo de urticária e vimos que em casos de lesão na pele os testes cutâneos podem não ser adequados devido à dificuldade de leitura, devendo-se utilizar os imunoensaios. Gabarito: B. 6. (IDECAN/2014/EBSERH-HUPAA-UFAL) A imunoglobulina E é sintetizada no pulmão e no fígado do feto a partir de onze semanas de gestação e, ao contrário da IgG, esta proteína não atravessa a placenta. Portanto, a concentração de IgE sérica dos neonatos resulta, exclusivamente, de sua própria síntese, observando-se um aumento gradativo desses níveis com o desenvolvimento, atingindo valores referenciais para adultos ao redor dos 15 anos, que, em indivíduos não atópicos, se situam abaixo de 150 unidades internacionais por mililitro. Uma unidade internacional de IgE corresponde a 2,4 ng. Essa classe de anticorpo está diretamente relacionada com as reações alérgicas de hipersensibilidade do tipo I. Sobre os testes complementares para o diagnóstico das alergias, assinale a alternativa INCORRETA. A) Testes cutâneos são efetuados no dorso ou na região do antebraço distante da fossa cubital e do punho. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 35 B) Para detecção in vitro da IgE, utiliza-se ensaios de fase sólida com alérgenos adsorvidos ou covalentemente ligados. C) Atualmente, a técnica mais utilizada para detecção de IgE é o RAST (radioallergosorbent test), que usa marcadores isotópicos emissores de radiação gama. D) Nos testes cutâneos, são considerados puncturas positivas aquelas em que o diâmetro das pápulas são superiores a 3 mm àquela verificada com o uso apenas do diluente dos extratos alérgenos. E) É possível a detecção de IgE por ensaios que capturam complexos imunes formados de alérgenos covalentemente ligados a matrizes líquidas de polissacarídeos biotinilados e anticorpos IgE em solução. Comentário: atualmente são mais utilizados os métodos quantitativo enzimáticos (não radioativos) e não RAST, pois além de não utilizar isótopos radioativos, é mais sensível e específico. Letra C portanto é a incorreta. Gabarito: C. 7. (AOCP/2014/UFGD/Biomédico) Na urticária crônica são encontrados autoanticorpos funcionais contra IgE aderidos a basófilos e mastócitos cutâneos. A presença destes anticorpos pode ser avaliada in vivo através de um teste cutâneo. Assinale a alternativa que aponta qual é este teste. a) Teste de aglutinação direta (TAD). b) Teste com soro de Mantoux. c) Teste do Soro Cruzado (TSC). d) Teste Intradérmico com plasma (TIP) e) Teste do Soro Autólogo (TSA). Comentário: vimos que o Teste com auto-soro (TAS) ou Teste do Soro Autólogo, como está na questão, é usado na prática clínica na investigação das urticárias crônicas ou doenças auto-imunes. O teste verifica a presença de auto-anticorpos funcionais circulantes contra o receptor de IgE e/ou IgE. Gabarito: E. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 35 8. (AOCP/2015/EBSERH/HC-UFG/ Biomédico) Quais são as células mais abundantes durante os processos alérgicos? A) Eritrócitos. B) Mastócitos. C) Miócitos. D) Lipócitos. E) Osteoblastos Comentário: vejam como isso cai em prova! Chamo atenção para o fato de ser uma questão da AOCP para EBSERH! Vocês iriam acertar, com certeza! Gabarito: B. 9. (AOCP/2015/EBSERH/HC-UFG/ Biomédico) Com base nas informações do caso clínico a seguir e na relação entre presença de IgE e processos alérgicos, responda às questões. Paciente de 21 anos, tabagista, foi levado ao serviço de emergência com sinais de quadro alérgico. Após levantamento do histórico clínico detalhado e exame físico, foi solicitado exame para demonstrar a presença de IgE, realizado por ensaio imunoenzimático (ELISA). 1) Níveis séricos de IgE total elevados são observados na maioria dos casos de A) psoríase, sinusite bacteriana e malária. B) elefantíase, brucelose e/ou rinite crônica. C) endocardite, polidpsia e tétano. D) anafilaxia, piloroptose e miastenia. E) dermatite/eczema atópico e/ou asma alérgica. Comentário: Nas alternativas foram misturadas doenças alérgicas e infecciosas. Mas não era necessário lembrar de todas, pois na alternativa “E” nos deparamos apenas com doenças alérgicas e, conforme vimos, nesses casos é comum encontrar níveis mais elevados de IgE. Gabarito: E. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 35 10. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) A Hipersensibilidade do tipo II é mediada: A) por IgG e IgE, ativando monócitos. B) por linfócitos T (Th1 e Th2 ou Tc) – Celular ou tardia. C) por IgG, fagócitos e complemento (citotóxico). D) pelas IgE ativando mastócitos (anafilática). E) por IgG, complexos imunes e fagócitos (complexos imunes). Comentário: na hipersensibilidade tipo II, anticorpos direcionados contra antígenos celulares ou teciduais danificam essas células ou tecidos, prejudicando sua função. O mecanismo envolve IgG, IgM e complemento, além de leucócitos e células NK, levando a citotoxidade dependente de anticorpo. Gabarito: C. 11. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) Em relação à Hipersensibilidade Imediata e seus mecanismos, assinale a alternativa correta. A) Mediada por células T efetoras específicas a antígenos exógenos inócuos, induzindo lesões no local onde o antígeno penetra. B) Decorrente do efeito citopático de anticorpos, dirigidos contra antígenos presentes na superfície ou matiz celular. C) Liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos mastócitos, havendo aumento na produção de muco e remodelagem tecidual.D) Causada pelo depósito de complexos antígeno-anticorpo em determinado tecido após a exposição ao alérgeno. E) Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas, havendo secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, contração da musculatura lisa (broncoconstrição) e exantema. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Igor Realce Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 35 Comentário: a alternativa que contem a descrição de eventos presentes na hipersensibilidade imediata é a letra E. Não vejo muito o que comentar, mas se surgir alguma dúvida, estou à disposição! Gabarito: E. 12. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) Como é mediada a hipersensibilidade do tipo IV? A) É mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento, sendo que fagócitos e células K também participam (ADCC). A lesão contém anticorpos, complemento e neutrófilos. B) É mediada por células ou reações de hipersensibilidade tardia – DTH. Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas e granulomas, devido a infecções e antígenos estranhos. C) É mediada por complexos imunes solúveis, são na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias) ou endógeno (autoimunidade não órgão-específica). D) É mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo e a reação é amplificada e/ou modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. E) É mediada por células e complexos autoimunes insolúveis, sendo na maioria IgA e IgE. Comentário: a hipersensibilidade tipo IV resulta de reações mediadas por linfócitos T, macrófagos e neutrófilos, geralmente contra antígenos próprios nos tecidos e em doenças infecciosas também (tuberculose, hanseníase etc..). Ocorre inflamação causada por citocinas produzidas por células T, levado a ativação e recrutamento de macrófagos e neutrófilos e também ocorre lesão pelo extermínio de células do hospedeiro por linfócitos T citotóxicos. Gabarito: B. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 35 13. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) São exemplos de medicamentos que podem causar Anemia Hemolítica Medicamentosa na Hipersensibilidade tipo II medicamentosa: A) Fenilbutazona, Penicilina e Aspirina. B) Penicilina e Cloranfenicol. C) Sulfonamidas e Aspirinas. D) Sulfonamidas e Fenilbutazona. E) Aspirinas, Penicilina e Fenacetina. Comentário: questão decoreba. Vamos torcer para que não caia uma questão dessas hein? Mas o grupo das penicilinas, aspirina e a fenacetina vale a pena memorizar como sendo importantes causadoras de anemia hemolítica por conta de reação de hipersensibilidade tipo II. Gabarito: E. Então, chegamos ao fim de nossa aula 02! Espero que tenham aprendido bastante, pessoal! O conteúdo do curso é selecionado em função do que tem maiores chances de ser cobrado, de acordo com o órgão que fará seleção de novos servidores para o quadro. Esse direcionamento permite um melhor aproveitamento do tempo, esse bem tão escasso! rs Dos assuntos que estudamos nessa aula, observei que os detalhes mais cobrados em questões de provas se referem aos mecanismos da hipersensibilidade imediata (IgE, mastócitos etc..), noções gerais sobre os demais tipos de hipersensibilidade e as características dos testes cutâneos e/ou in vitro empregados no diagnóstico de alergias. Não esqueçam que sempre podem tirar dúvidas por meio do nosso fórum, além de fazer sugestões e comentários também, ok? Excelentes estudos! Até a próxima aula, Denise Rodrigues 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 35 Lista de Questões 1. (IADES/2014/EBSERH/Médico – Alergia e Imunologia) Qual é a principal célula responsável pelas reações de hipersensibilidade imediata? A) Eosinófilo. B) Mastócito. C) Linfócito. D) Basófilo. E) Célula dendrítica. 2. (IBFC/2015/EBSERH/Médico-Alergia e Imunologia Pediátrica) Embora na resposta alérgica os mecanismos iniciais estejam relacionados às reações de hipersensibilidade do tipo I, as demais reações de hipersensibilidade também podem ocorrer. Escolha a alternativa que relaciona erroneamente o tipo de reação ao seu mecanismo efetor. a) Reação do tipo II: mediada por anticorpos IgE específicos. b) Reação tipo I: mediada pela ativação de mastócitos e liberação de mediadores inflamatórios. c) Reação do tipo I: mediada por anticorpos IgE específicos. d) Reação tipo III: complexos imunes depositados nos tecidos. e) Reação do tipo IV: células T sensibilizadas, pelo antígeno, liberam interleucinas após segundo contato. 3. (AOCP/2014/UFC/Biomédico) Considerando aspectos do sistema imune e da resposta imunológica, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa correta. ( ) A IgM é a classe de imunoglobulinas que aparece em maior concentração no soro. ( ) As IgG, IgM e IgE são carboidratos. ( ) O sistema imune compreende a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo as células B responsáveis pela imunidade celular e as células T, pela produção de anticorpos. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 35 ( ) As reações de hipersensibilidade do tipo I são mediadas pelas IgE, ativando inicialmente mastócitos. ( ) Reações de hipersensibilidade tardia podem ser evidenciadas em muitas doenças autoimunes e infecciosas, como lepra e tuberculose. a) V – V – F – F – V. b) F – F – F – F – V. c) V – F – V – V – V. d) V – F – F – V – V. e) F – F – V – V – F. 4. (IBFC/2013/EBSERH/Biomédico) Na avaliação das imunodeficiências, a dosagem das imunoglobulinas séricas é muito utilizada, sendo indicada como avaliação inicial a dosagem das imunoglobulinas:a) IgE, IgD e Subclasses de IgG b) Linfócitos T, IgD e Subclasses de IgG. c) Quantificação de linfócitos B, IgA e IgM d) IgA, IgM e IgG 5.(IADES/2014/EBSERH/Biomédico) Acerca dos testes utilizados para detecção de alergias, assinale a alternativa correta. a) Os testes cutâneos são mais vantajosos que os imunoensaios para anticorpos IgE por não apresentarem nenhum risco para o paciente. b) Os imunoensaios para anticorpos IgE permitem a investigação de pacientes que apresentam dermografismo e são mais confiáveis quanto à introdução da imunoterapia. c) Os testes cutâneos são menos específicos que os imunoensaios para anticorpos IgE. d) Os imunoensaios para anticorpos IgE são menos dispendiosos que os testes cutâneos. e) Uma das principais vantagens dos imunoensaios para anticorpos IgE é a não ocorrência de resultados falso positivos. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 35 6. (IDECAN/2014/EBSERH-HUPAA-UFAL) A imunoglobulina E é sintetizada no pulmão e no fígado do feto a partir de onze semanas de gestação e, ao contrário da IgG, esta proteína nãoatravessa a placenta. Portanto, a concentração de IgE sérica dos neonatos resulta, exclusivamente, de sua própria síntese, observando-se um aumento gradativo desses níveis com o desenvolvimento, atingindo valores referenciais para adultos ao redor dos 15 anos, que, em indivíduos não atópicos, se situam abaixo de 150 unidades internacionais por mililitro. Uma unidade internacional de IgE corresponde a 2,4 ng. Essa classe de anticorpo está diretamente relacionada com as reações alérgicas de hipersensibilidade do tipo I. Sobre os testes complementares para o diagnóstico das alergias, assinale a alternativa INCORRETA. A) Testes cutâneos são efetuados no dorso ou na região do antebraço distante da fossa cubital e do punho. B) Para detecção in vitro da IgE, utiliza-se ensaios de fase sólida com alérgenos adsorvidos ou covalentemente ligados. C) Atualmente, a técnica mais utilizada para detecção de IgE é o RAST (radioallergosorbent test), que usa marcadores isotópicos emissores de radiação gama. D) Nos testes cutâneos, são considerados puncturas positivas aquelas em que o diâmetro das pápulas são superiores a 3 mm àquela verificada com o uso apenas do diluente dos extratos alérgenos. E) É possível a detecção de IgE por ensaios que capturam complexos imunes formados de alérgenos covalentemente ligados a matrizes líquidas de polissacarídeos biotinilados e anticorpos IgE em solução. 7. (AOCP/2014/UFGD/Biomédico) Na urticária crônica são encontrados autoanticorpos funcionais contra IgE aderidos a basófilos e mastócitos cutâneos. A presença destes anticorpos pode ser avaliada in vivo através de um teste cutâneo. Assinale a alternativa que aponta qual é este teste. a) Teste de aglutinação direta (TAD). b) Teste com soro de Mantoux. 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 35 c) Teste do Soro Cruzado (TSC). d) Teste Intradérmico com plasma (TIP) e) Teste do Soro Autólogo (TSA). 8. (AOCP/2015/EBSERH/HC-UFG/ Biomédico) Quais são as células mais abundantes durante os processos alérgicos? A) Eritrócitos. B) Mastócitos. C) Miócitos. D) Lipócitos. E) Osteoblastos 9. (AOCP/2015/EBSERH/HC-UFG/ Biomédico) Com base nas informações do caso clínico a seguir e na relação entre presença de IgE e processos alérgicos, responda às questões. Paciente de 21 anos, tabagista, foi levado ao serviço de emergência com sinais de quadro alérgico. Após levantamento do histórico clínico detalhado e exame físico, foi solicitado exame para demonstrar a presença de IgE, realizado por ensaio imunoenzimático (ELISA). - Níveis séricos de IgE total elevados são observados na maioria dos casos de A) psoríase, sinusite bacteriana e malária. B) elefantíase, brucelose e/ou rinite crônica. C) endocardite, polidpsia e tétano. D) anafilaxia, piloroptose e miastenia. E) dermatite/eczema atópico e/ou asma alérgica. 10. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) A Hipersensibilidade do tipo II é mediada: A) por IgG e IgE, ativando monócitos. B) por linfócitos T (Th1 e Th2 ou Tc) – Celular ou tardia. C) por IgG, fagócitos e complemento (citotóxico). 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 35 D) pelas IgE ativando mastócitos (anafilática). E) por IgG, complexos imunes e fagócitos (complexos imunes). 11. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) Em relação à Hipersensibilidade Imediata e seus mecanismos, assinale a alternativa correta. A) Mediada por células T efetoras específicas a antígenos exógenos inócuos, induzindo lesões no local onde o antígeno penetra. B) Decorrente do efeito citopático de anticorpos, dirigidos contra antígenos presentes na superfície ou matiz celular. C) Liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos mastócitos, havendo aumento na produção de muco e remodelagem tecidual. D) Causada pelo depósito de complexos antígeno-anticorpo em determinado tecido após a exposição ao alérgeno. E) Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas, havendo secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, contração da musculatura lisa (broncoconstrição) e exantema. 12. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) Como é mediada a hipersensibilidade do tipo IV? A) É mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento, sendo que fagócitos e células K também participam (ADCC). A lesão contém anticorpos, complemento e neutrófilos. B) É mediada por células ou reações de hipersensibilidade tardia – DTH. Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas e granulomas, devido a infecções e antígenos estranhos. C) É mediada por complexos imunes solúveis, são na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias) ou endógeno (autoimunidade não órgão-específica). 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 35 D) É mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo e a reação é amplificada e/ou modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. E) É mediada por células e complexos autoimunes insolúveis, sendo na maioria IgA e IgE. 13. (AOCP/2015/EBSERH/HU-UFJF/Biomédico) São exemplos de medicamentos que podem causar Anemia Hemolítica Medicamentosa na Hipersensibilidade tipo II medicamentosa: A) Fenilbutazona, Penicilina e Aspirina. B) Penicilina e Cloranfenicol. C) Sulfonamidas e Aspirinas. D) Sulfonamidas e Fenilbutazona. E) Aspirinas, Penicilina e Fenacetina. 1-B 2-A 3-ANULADA 4-D 5-B 6-C 7-E 8-B 9-E 10-C 11-E 12-B 13-E 26274965572 26274965572 - roger mendonça Imunologia para EBSERH (Biomédico) Teoria e exercícios comentados Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 02 Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 35 Referências Bibliográficas - IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, S. Editora Elsevier 8a edição/2015. - IMUNOLOGIA BÁSICA Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, S. Editora Elsevier 4a edição/2013. - Teste do soro autólogo na urticária crônica Pires, A. H. S.; Valle, S.O.R., França, A.T.; Papi, J.A.S. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 32, Nº 3, 2009. - http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port- chapter17.htm Acesso em 15 de julho de 2016. 26274965572 26274965572 - roger mendonça
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