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1 Ester Ratti ATM 25 Reações de Hipersensibilidade REAÇÕES DE HIPERSSENSIBILIDADE TIPO I, II, III E IV Reações exacerbadas do sistema imune ➢ Erros de ativação e direcionamento Dificuldade de controle da resposta iniciada ➢ Mecanismos de amplificação Lesão tecidual -> doença CAUSAS DAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE: ➢ AUTOIMUNIDADE: reações contra autoantígenos - falha dos mecanismos normais de autotolerância resulta em reações de células T e células B contra as próprias células e tecidos do indivíduo. ➢ REAÇÕES CONTRA MICRORGANISMOS, podem causar doença se as reações forem excessivas ou se os microrganismos forem anormalmente persistentes. ➢ REAÇÕES CONTRA ANTÍGENOS AMBIENTAIS NÃO MICROBIANOS CLASSIFICAÇÃO TIPO DE RESPOSTA IMUNE • Mediadas por IgE • Não mediadas por IgE • Mistas Classificação pelo Mecanismo efetor responsável pela lesão celular e tecidual 2 Ester Ratti ATM 25 Algumas literaturas mais recentes trazem a tipo V, em que há a ligação de uma Ig a um receptor causando sua estimulação ou inibição, antes entrava na tipo II. E também existem alguns distúrbios específicos de disfunções de receptores de imunidade inata Diferentes mecanismos imunológicos produzem distúrbios com características clínicas e patológicas distintas REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I Ou reações imediatas ou alergia ou atopia Resposta a antígenos ambientais não-microbianos após a exposição repetida (no primeiro contato acontece a sensibilização contra aquele antígeno e numa exposição repetida acontece uma exarcebação da resposta de forma imediata-minutos) Mecanismo imune: diferenciação favorecida de LTh2 que leva a liberação de IL-4, IL-5 e IL-13 e com o favorecimento da produção de IgE Mecanismo de lesão tecidual e doença: envolve células efetoras inatas, como mastócitos, eosinófilos, basófilos e seus mediadores inflamatórios SENSIBILIZAÇÃO DE MASTÓCITOS: REVESTIMENTO POR IgE: ATIVAÇÃO ESPECÍFICA PELO ANTÍGENO ALÉRGENOS são antígenos inócuos ao organismo que por alguma razão levam a uma resposta imune exacerbada em indivíduos atópicos, indivíduos que tem essa propensão a desenvolver uma resposta imune mais proeminente contra esses epítopos • PROTEÍNAS COMUNS DO AMBIENTE • PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (maior parte deles) • PRODUTOS QUÍMICOS QUE MODIFICAM PROTEÍNAS • Baixo a médio peso molecular (5-70kDa) • Estáveis • Glicosiladas • Alta solubilidade em fluidos corporais Alérgenos mais comuns: • PÓLEN • ÁCAROS DOMÉSTICOS • PELOS DE ANIMAIS • ALIMENTOS • MEDICAMENTOS: PENICILINA Algumas reações de hipersensibilidade imediata podem ser deflagradas por estímulos não imunológicos, como exercício, temperaturas baixas e diversos fármacos. Estes estímulos induzem desgranulação de mastócitos e liberação 3 Ester Ratti ATM 25 de mediadores na ausência de exposição antigênica ou de produção de IgE. Essas reações são ditas não atópicas. Maioria são enzimas Como as reações de hipersensibilidade imediata dependem de células T CD4+, antígenos independentes de célula T, como os polissacarídeos, somente podem elicitar essas reações quando se fixam a alguma proteína. Algumas substâncias não proteicas, como a penicilina, podem elicitar fortes respostas de IgE. As moléculas reagem quimicamente com resíduos de aminoácidos em autoproteínas para formar conjugados hapteno-carreador indutores de respostas de célula T auxiliar produtoras de IL-4 e produção de IgE. Na hipersensibilidade imediata ou tipo 1 tem proeminência dos LTh2 (tecidos) e dos LT foliculares (linfonodos), ambas possuem a capacidade de liberar IL-4, que nos tecidos participa da recrutação de eosinófilos e liberação de IL-5 e IL-13, já nos linfonodos a IL-4 junto a IL-21, vão ter a função de fazer a maturação de linfócitos B, a troca de isotipo para formar a IgE Primeira exposição ao alérgeno leva a produção de anticorpos – há a apresentação de antígeno pelas células dendríticas ao LT e vai acontecer uma ativação favorecida de LTh2 ou LTfolicular. Esses LTH são produtores de IL-4, interleucina que favorecerá a troca de isotipo da célula B, tendo uma reação bem exacerbada à aquele alérgeno, levando a diferenciação da célula B em plasmócito produtor de IgE. Essa imunoglobulina vai para os tecidos e se fixa nos seus receptores Fc nos mastócitos, que ficarão esperando a próxima exposição a esse antígeno para degranularem (sensibilização) IL-4: produzida tanto pelo LTh2 e LFh, ativa fator de adesão endotelial (VCAM-1) que promove o recrutamento de eosinófilos e ajuda a recrutar mais LTH2 –> looping – > amplificação de sinal IL -13, também produzida pelo LTh2, estimula as células epiteliais a secretar muco, por isso que em reações no TGI tem diarreia, em rinites e outras reações respiratórias tem bastante secreção Il-5 produzida pelos LTh2 que ativa os eosinófilos da medula óssea Sistema imune inato também participa das reações de hipersensibilidade, através das ILC2(células linfoides inatas tipo2 - tecidos) que também produzem IL-5 e IL-13. Como os ILCs normalmente residem nos tecidos, suas citocinas podem contribuir para a inflamação alérgica inicial, antes de as células Th2 serem geradas e migrarem para os tecidos. Os ILCs do tipo 2 também podem atuar em conjunto com as células Th2, posteriormente, para sustentar a inflamação. 4 Ester Ratti ATM 25 A história natural de exposição antigênica é um determinante importante da quantidade produzida de anticorpos IgE específicos. A exposição repetida a um antígeno particular é necessária ao desenvolvimento de uma reação alérgica a esse antígeno, porque a troca para o isotipo IgE e a sensibilização de mastócitos com IgE deve acontecer antes de uma possível reação de hipersensibilidade imediata a algum antígeno. Um exemplo drástico da importância da exposição repetida ao antígeno na doença alérgica é visto em casos de ferroadas de abelha. As proteínas em venenos de insetos geralmente não são preocupantes no primeiro encontro, porque um indivíduo atópico não tem anticorpos IgE específicos preexistentes. Contudo pode haver produção de IgE após um único encontro com o antígeno, sem consequências danosas, enquanto uma segunda ferroada de um inseto da mesma espécie pode induzir anafilaxia fatal! REAÇÕES DEPENDENTES DE IGE Indivíduos atópicos produzem altos níveis de IgE em resposta a alérgenos ambientais, enquanto os indivíduos normais produzem IgM e IgG, e apenas pequenas quantidades de IgE A IgE tem importância central na atopia, porque este isotipo é responsável pela sensibilização dos mastócitos e também por reconhecer especificamente o antígeno para as reações de hipersensibilidade imediata. Ela se liga a receptores Fc específicos (eles tem alta afinidade) presentes nos mastócitos (e nos basófilos) e ativa as células mediante a ligação antigênica. A quantidade de IgE sintetizada depende da propensão de um indivíduo a gerar células Tfh alérgeno-específicas produtoras de IL-4 e IL-13, porque essas citocinas estimulam a troca de classe de anticorpo da célula B para IgE. Produção de IgE depende: genes herdados, a natureza dos antígenos e o histórico de exposição ao antígeno HIPÓTESE DA HIGIENE Imunidade neonatal: favorece TH2 em detrimento de LTH1 Exposição a patógenos: favorece TH1 Individuo exposto a patógenos no ambiente tem favorecimento de LTH1 e também de desenvolver LTreg que vão fazer um balanço das respostas de LTH1 e LTH2 gerando respostas imunes apropriadas dependendo do antígeno encontrado Quando o indivíduo tem uma exposição muito baixa a patógenos ambientais, esse processo de produção de LTreg não ocorre corretamente. Assim a resposta de LTH1 ocorre de maneira mais fraca, gerando um erro nesse balanço de LTH1/LTH2,