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AO DOUTO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LOURENÇO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Lojão Chalé Ltda, EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ ___, com sede no endereço __, e-mail ___, neste ato representada por seu administrador Fabriciano Murta, nacionalidade, estado civil, administrador, CPF, RG, endereço __, e-mail__, vem por seu advogado __, endereço profissional__, que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 700 do CPC, propor AÇÃO MONITÓRIA pelo rito especial, em face de Peçanha, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF_, RG_, residente e domiciliado na Rua X, casa Y, nº 1, na cidade de São Lourenço, Minas Gerais, pelos fatos e fundamentos a seguir DOS FATOS Em 31/10/2012, Peçanha adquiriu, do Lojão Chalé Ltda, um eletrodoméstico no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), tendo sido emitida, na mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo, com vencimento para o dia 25/01/2013, sexta-feira, dia útil. Entretanto, chegada a data acordada para o pagamento verifica-se que não fora realizado. Dessa forma, pretende-se a cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280,000, 00 (duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação na data de vencimento, bem como por terem sido infrutíferas as tentativas de cobrança anteriores. DA TEMPESTIVIDADE A empresa é credora da importância descrita na nota promissória, que venceu em 25/01/2013, portanto não decorreu o prazo o prazo de 5 anos, tendo a ação sido proposta tempestivamente, conforme artigo 206, § 5º, inciso I do Código Civil e Súmula 504 do STJ. DOS FUNDAMENTOS O crédito da credora originou-se pela aquisição de um eletrodoméstico pelo réu, tal crédito está devidamente representado pela nota promissória emitida pelo réu, constituindo assim a prova escrita hábil a instruir a ação monitória, por se tratar de indício de existência do débito e por ser despido de eficácia executiva. Constata-se que não houve novação da obrigação pois a nota promissória foi emitida em caráter pro solvendo. Ainda, observe-se que ocorreu a prescrição da pretensão executória, pois do dia seguinte ao do vencimento da nota promissória até a data da propositura da ação decorreu mais de 3 anos, conforme art. 77, art. 78 e art. 70 do Decreto nº 57.663/66. Dessa forma, nos termos do art. 700, inciso I, do CPC, a autora requer o pagamento de quantia em dinheiro, com base em título sem eficácia executiva. Nesse sentido é a Doutrina: Costuma a doutrina afirmar que a característica principal do procedimento monitório é a oportunidade concedida ao credor, de uma prova literal representativa de seu crédito, abreviar o iter processual para a obtenção de um título executivo. Assim, aquele que possui uma prova documental de um crédito, desprovida de eficácia executiva, pode ingressar com demanda monitória e, se verificada ausência de manifestação defensiva por parte do réu – embargos ao mando monitório – obterá seu título executivo em menor lapso temporal do que o exigido pelo processo/fase procedimental de conhecimento. (NEVES, Daniel Amorim Assumpção -Manual de Direito Processual Civil- volume único- 9.ed. – Salvador- Ed. Jus Podvm, 2017- pg. 1011). A jurisprudência do Egrégio Tribunal comunga deste entendimento: Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO MONITÓRIA. EMBARGOS MONITÓRIOS. AUSÊNCIA DE APONTAMENTO DO VALOR CORRETO E DEMONSTRATIVO. EMBARGOS REJEITADOS LIMINARMENTE. A ação monitória tem por objetivo o pagamento de quantia em dinheiro com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, nos termos do art. 700, inciso I, do Código de Processo Civil. A prova escrita hábil a instruir a ação monitória, portanto, é constituída por documento que apresente indícios da existência do débito e seja despido de eficácia executiva. No caso em exame, a parte autora da ação monitória obteve êxito em demonstrar, por meio de contrato e planilhas de cálculos, o valor devido, comprovando assim fato constitutivo do seu direito, conforme preceitua o art.373, I, do CPC. Não cobertos valores disponibilizados em conta corrente, gerando um montante de R$ 140.935,89, conforme evolução do débito, sendo aplicado juros de 1,031% ao mês e capitalização mensal (fls. 16-22). Os embargantes não apresentaram o valor que entendem correto ou demonstrativo, razão pela qual deve ser mantida a sentença. À UNANIMIDADE, NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.(Apelação Cível, Nº 70082869538, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em: 24-10-2019) DOS PEDIDOS Face ao exposto requer: a) A expedição de mandado de citação e pagamento para que o réu pague ao autor a quantia de R$ 280.000.00 (duzentos e oitenta mil reais), no prazo de 15 dias. b) Condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios de 5% do valor de R$ 280.000.00 (duzentos e oitenta mil reais). c) Condenação do réu ao pagamento das custas processuais, em caso de não cumprimento de mando monitório. d) A procedência do pedido, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial, caso não realizado o pagamento e não apresentados embargos pelo réu. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme art. 369 do CPC, notadamente a prova documental ora apresentada, a nota promissória e memória de cálculo. DO VALOR DA CAUSA Dá se à causa o valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). Nestes termos, pede deferimento. Local e data Adv. OAB
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