COMÉRCIO EXTERIOR NTI 5

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THAMIRES DA SILVA MEATO
COMÉRCIO EXTERIOR NTI
RIO DE JANEIRO
2020
COMÉRCIO EXTERIOR NTI  5
Resenha crítica – Sonho Grande
Cristiane Corrêa
Sonho Grande é um livro escrito por Cristiane Corrêa nele autora nos conta como o homem mais rico do Brasil Jorge Paulo Lemann, que juntamente com Marcel Telles e Beto Sucupira aplicaram seu estilo de gestão baseado na Meritocracia e controle de custo para criar uma multinacional no Brasil e posteriormente alcançar o mundo.
O livro começa contando as características familiares de Jorge Paulo Lemann. Seu pai abandonou a Suíça para se estabelecer no Brasil e depois de alguns anos abriu uma fábrica de laticínios que era uma tradição da familia, essa empresa foi batizada de Leco e vendida posteriormente para o irmão do fundador do Unibanco. Lemann gostava muito de praticar esportes: surfe e tênis da qual chegou a disputar dois Grand Slam como profissional. Seus pais sempre fizeram questão de que Lemann tivesse uma boa educação, entrou na escola Americana do Rio de Janeiro, uma das melhores da cidade e sua formação universitária foram em Harvard onde concluiu o curso de Economia
O livro não é apenas uma história de 3 empreendedores de sucesso, ou a história de um empreendedor que colocou o Brasil no cenário corporativo mundial, ou a história de como jovens banqueiros investiram pesado para comprar grandes multinacionais e torná-las máquinas de geração de dinheiro. Logo recém-formado iniciou suas atividades no mercado de capitais da qual lhe proporcionou grande experiência, porém insatisfeito com a forma de hierarquia das empresas, decidiu deixar seu emprego e se tornou dono do Banco Garantia, um banco de investimentos, jovem e bastante audacioso que gerou muitos milionários entre sua equipe inicial. Onde juntamente com Beto Sucupira e Marcel Telles programaram a cultura baseada na meritocracia: os melhores funcionários deveriam ser recompensados e os piores deveriam ser dispensados, abrindo espaço para a contratação de pessoas que eram compatíveis com essa filosofia.
Após se estabelecerem no mercado, o trio resolveu embarcar na economia real, comprando ações de empresas em que pudessem influenciar na administração. Um dos primeiros alvos foi a Lojas Americanas, que vinha apresentando péssimos resultados, e para gerenciar a empresa, foram em busca de modelos de empresas bem-sucedidas que estavam dispostas a recebê-los, sendo uma delas o Walmart. Feito isso há tornaram a potência que é hoje no varejo, inclusive criando as famosas gôndolas suspensas de ovos de Páscoa que hoje são padrão nacional. Beto Sicupira foi o encarregado de reestruturar a empresa, e era feroz com o controle de despesas. Ele costumava dizer que “custo é como unha, tem que cortar sempre”. Não deu outra. A empresa foi colocada nos eixos e logo saiu de prejuízos milionários para lucros recordes e cada vez mais crescentes.
Outra investida do Banco Garantia se deu na cervejaria Brahma, que como a Lojas Americanas, tinha uma forte marca, porem era mal administrada. Marcel Telles, que assumiu o comando da companhia, que passou por um período utilizando a fórmula meritocracia e de controle de custos consolidando como uma empresa lucrativa e que foi responsável por decretar a aquisição da rival Antártica dando origem a AmBev, em seguida a Ambev se fundiu à cervejaria belga Interbrew, dando origem à Inbev e por último AB Inbev com a fusão da cervejaria americana da Budweiser.
Por fim eles acabaram criando a própria fundação, a Fundação Estudar, destinada a ajudar pessoas a buscarem qualificação nas melhores universidades, tanto dentro do Brasil, quanto fora do Brasil, que envia jovens para estudar no exterior com tudo pago, com a promessa de voltarem e fazerem algo de bom pelo país. Nos últimos anos, o trio de brasileiros resolveu expandir seus negócios no mundo, através da firma 3G, adquirindo alguns dos maiores ícones do mundo empresarial norte-americano, como a rede de fast food Burger King e a empresa de alimentos Heinz que foi a maior transação da história, no setor de alimentos, sendo que essa última compra foi realizada em parceria com o seu amigo e também investidor Warren Buffet, maior acionista individual da Coca-Cola.