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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA
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Portaria MEC de Recredenciamento Nº. 1.199, de 18/06/2019, D.O.U. de 21/06/2019.
Curso de BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
	
INFLUENZA A (H1N1)
ARIQUEMES - RO
2019
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INFLUENZA A (H1N1)
Caso clínico de Estágio Supervisionado II do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Requisito parcial para avaliação.
Supervisão: Profª. Esp. Jessica Castro dos Santos / Profº Esp. Luiz Fernando Schnneider e Profª Ms. Patricia Caroline Santana
ARIQUEMES - RO
2019
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
2. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO	9
2.1. Descrição do paciente e o seu diagnóstico clínico	9
2.2. Avaliação fisioterapêutica	9
2.3. Diagnóstico cinético funcional	10
2.4. Ojetivos do tratamento	10
2.5. Conduta proposta	11
2.6. Prognóstico fisioterapêutico 	11
2.7. Descrição da evolução geral do paciente (real ou provável)	11
3.	REFERÊNCIAS 	12
1. INTRODUÇÃO
	A influenza ou gripe A (H1N1) é considerada a infecção que mais causou doenças e mortes até a atualidade. E uma doença aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus Influenza, tendo alta capacidade de transmissão e distribuição global, e pode resultar em síndrome respiratória aguda grave (SRAG). (COSTA e MERCHAN-HAMANN, 2016).
	 A transmissão do vírus Influenza entre humanos ocorre pela via respiratória por meio de secreções como aerossóis, gotículas ou por contato direto da mucosa1. O vírus Influenza, de característica zoonótica, afeta muitas espécies de aves e mamíferos. Algumas vezes a transmissão ultrapassa as barreiras entre as diferentes espécies e pode criar um cenário promissor para geração de uma cepa com potencial pandêmico. A cada ano, a influenza é causa significativa de doença e óbitos humanos e produz importante impacto na saúde e na produção animal. E uma contínua ameaça à saúde pública veterinária e humana. (ZAMBON, 2014)
	O vírus causa os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse. A diferença estaria no risco de complicações. Ele é um pouco mais virulento. Ou seja, multiplica-se rapidamente no organismo e provoca mais casos graves em jovens, asmáticos e gestantes.
	O novo vírus influenza A de origem suína surgiu no México no início de 2009 e se espalhou rapidamente pelo mundo, dando origem a uma pandemia em fase 6, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de junho do mesmo ano(34). Em seu primeiro ano de circulação, esse vírus, denominado influenza A H1N1 2009, causou cerca de 12.800 óbitos no mundo, sendo que a maior taxa de mortalidade ocorreu no continente americano, com 76,9 mortes a cada 10 mil habitantes. No Brasil, 2.051 óbitos e mais de 44 mil casos da doença foram confirmados no mesmo ano e a maior incidência ocorreu nas regiões Sul e Sudeste, em crianças menores de 2 anos e adultos com idade entre 20 e 29 anos.
	O grupo de indivíduos de maior risco para complicações por infecção pelo vírus influenza A H1N1 2009 é semelhante ao já conhecido para o influenza sazonal e inclui crianças menores de 5 anos, crianças e adolescentes de até 18 anos recebendo tratamento com aspirina, gestantes, idosos com mais de 65 anos, imunossuprimidos e doentes crônicos (doenças pulmonares, cardiovasculares, neurológicas, metabólicas, hepáticas, hematológicas e renais).
	Diante de caso suspeito, deve-se colher amostras de secreção respiratória. Os espécimes ideais para diagnóstico são os swabs nasofaríngeo, aspirado nasofaríngeo e lavado nasal, mas também são aceitáveis swabs nasais e/ou de garganta. O swab deve ser sintético (poliéster, dacron) com cabo de plástico ou alumínio. Não são recomendados swabs de algodão, com alginato de cálcio ou hastes de madeira. Para aqueles pacientes com infecção respiratória do trato inferior, podem ser coletados aspirados endotraqueais ou aspirados obtidos mediante broncoscopias.
	Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar:
· Febre alta, acima de 38ºC, 39ºC, de início repentino;
· Dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações;
· Irritação nos olhos;
· Tosse;
· Coriza;
· Cansaço;
· Inapetência;
· Vômitos;
· Diarreia.
 	O que leva ao agravo da doença ou mesmo ao óbito são as complicações decorrentes da influenza A H1N1. As principais complicações estão diretamente ligadas à resposta orgânica frente a uma infecção, que pode abranger desde uma leve infecção vira=[Al até um quadro de resposta inflamatória sistêmica, ou seja, sepse. As complicações respiratórias podem se apresentar no início da doença, como a insuficiência respiratória aguda (IRpA), e evoluir rapidamente para síndrome da doença respiratória aguda (SDRA). Dessa forma, para qualquer disfunção orgânica aguda relacionada ao quadro gripal em que se tenha comprometimento respiratório e cardiovascular está indicada a internação em uma 2 unidade de terapia intensiva .
 	No pulmão, o vírus influenza pode causar alterações no parênquima, levando o paciente a um quadro de IRpA do tipo hipoxêmica, incluindo sinais e sintomas de taquicardia, dispneia, taquipneia e algumas vezes cianose, 8,9 podendo levar a obnubilação mental . Em geral, esses sintomas iniciais levarão o indivíduo a buscar atendimento ambulatorial de onde deverá ser encaminhado para hospital, a fim de que sejam realizados exames de maior acurácia. A IRpA pode ser diagnosticada pelos sintomas clínicos e por exames gasométricos que, em geral, detectarão uma 9,10 PO250 mmHg . Uma vez CO2 diagnosticada a IRpA, a equipe multidisciplinar deve monitorar os sinais clínicos e administrar frações de oxigênio progressivamente elevadas até que se atinja nível 2 de saturação acima de 90% .
	A ventilação mecânica não invasiva (VMNI) é uma terapêutica de suporte ventilatório utilizada a fim de melhorar as trocas gasosas e diminuir a probabilidade de complicações secundárias referentes a um suporte 11 invasivo. Em pacientes com IRpA sem causa conhecida pode-se usar a VMNI a fim de corrigir a hipoxemia, por meio de CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), PEEP (pressão positiva no final da expiração) e manobras 12 de recrutamento alveolar .
	 O tempo de sintomas deve ser questionado para a viabilidade do teste. Em geral, a recomendação da coleta é de até cinco dias do início dos sintomas para a realização da imunofluorescência, e testes rápidos em sete dias para a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Os pacientes imunodeprimidos e as crianças podem excretar vírus por períodos prolongados e, eventualmente, esses testes são positivos por períodos maiores.
	Até agora, o vírus A H1N1 2009 não sofreu mutações que lterassem sua letalidade e seu comportamento de resposta aos antivirais. Recomenda-se que o monitoramento de casos de síndrome gripal e as medidas preventivas continuem sendo realizados, principalmente nos grupos de risco.
	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC (Center for Diseases Control), um centro de controle de enfermidades nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).
	A Tabela apresenta os principais métodos diagnósticos da infecção por influenza. É importante ressaltar que resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção. Nesses casos, deve-se avaliar o período da coleta em relação ao início dos sintomas, o armazenamento, o sítio anatômico da infecção no trato respiratório e o uso prévio de antivirais. Principalmente no caso da utilização de testes rápidos, o exame deve ser realizado nos primeiros cinco dias de infecção, quando a carga viral é mais elevada.
	De acordo com as recomendações internacionais, o tratamento antiviral é recomendado, o mais precocemente possível, para qualquerpaciente com quadro suspeito ou confirmado de infecção por H1N1 2009 que apresente doença grave, complicada ou em progressão. Também devem ser tratados todos aqueles indivíduos anteriormente listados como pertencentes ao grupo de maior risco para complicação por influenza, inclusive as gestantes e mulheres no puerpério (até duas semanas). 
	O maior benefício do tratamento é alcançado se utilizado em até 48 horas após o início dos sintomas, mas em pacientes graves, hospitalizados, do grupo de risco e naqueles com sinais de progressão para a doença o tratamento deve ser iniciado mesmo depois desse período.
2. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO
2.1. DESCRIÇÃO DO PACIENTE E O SEU DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 O paciente P.S.M. do sexo masculino, 45 anos, Sitiante, natural da cidade de Rio Crespo, hipertenso e diabético foi a uma unidade básica de saúde (UBS), foi feito uma avalição em seus sinais vitais, onde foi possível observar que estava com Febre alta, acima de 37ºC, 38ºC, tosse rendosa, cefaleia, dispneia e dor de torácica de começo súbito. Assim o paciente foi encaminhado para o hospital municipal de Rio Crespo, no início foi feito tratamento como sepse de foco pulmonar com os seguintes medicamentos: Ceftriaxona e Azitromicina. Mesmo sendo medicado, o enfermo explicitou um quadro de depressão respiratória significante precisando de ventilação mecânica. À frente do agravo clínico, foi suspeitada conjectura de infecção viral aguda e foram solicitados exames para o diagnóstico de H1N1, sendo iniciado o Tamiflu. Depois de 19 dias de internado veio à confirmação do diagnóstico com a reação em cadeia da polimerase (PCR) da secreção nasofaríngea. O enfermo obteve alta da UTI por ter ocorrido uma melhora clínica. Percebe-se, à vista disso, a imprescindibilidade do conhecimento da exibição sintomatológica típica de infecções comuns, autolimitadas e da terapia ligeira e intrínseca dessas, pois progredir para situações de SRAG e a óbito, se não curadas corretamente. Além do mais, o diagnóstico laboratorial é de suma magnitude nesses contextos, devido ao fato do mesmo poder comprovar ou eliminar o diagnostico clínico.
2.2. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Nome: P.S.M.
Idade: 45 anos
Endereço: Linha C80, Lote 27
Cidade: Rio Crespo- RO
Profissão: Agricultor
 PA 90/60 mmHg; FC 120 bpm; FR 25 irpm.
Temperacura: 37ºC, 38ºC 
Queixa principal: Paciente relata sentir dispnéia, cefalei, tosse rendosa e dor de torácica de começo súbito. 
Historia da Moléstia Pregressa: As manifestações clínicas surgirão após terceiro e quinto dia do contágio (período de incubação). Os sinais de agravamento, permanência com evolução do quadro clínico, iniciará a partir do terceiro dia, com os sintomas de febre, tosse e dispneia, paciente relata também que começou a sentir cansado ao realizar exercícios leves.
Historia da moléstia Atual: atualmente a paciente não exerce mais suas atividades agrícolas devidos o cansaço ao realizar as atividades.
2.3. DIAGNÓSTICO CINÉTICO FUNCIONAL 
O pacinte possui diagnóstico de Influenza H1N1 positiva, Síndrome Respiratória Aguda Grave, diminuição da força muscular, fraqueza. 
2.4. OBJETIVOS DO TRATAMENTO
· Diminuir a dor e o desconforto
· Melhorar a qualidade de vida
· Melhorar a independência funcional
· Controle da pressão arterial
· Controle do diabete
· Fortalecimento
· Reduzir o cansaço 
2.5. CONDUTA PROPOSTA
	Devido ao maior comprometimento pulmonar que esse tipo de doença causa, a atuação da fisioterapia é importantíssima no tratamento, pois as complicações respiratórias geram necessidade de ventilação mecânica (Não Invasiva e Invasiva).
· Aplicação de manobras de higiene brônquica;
· Manobras de reexpansão pulmonar;
· Exercícios respiratórios; 
· Exercícios ativos e resistidos para ganho de força muscular.
2.6. PROGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO (real ou provável)
É esperado que o paciente apresente bom diagnóstico para melhora da Influenza H1N1 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave, ganho de força muscular. 
2.7. Descrição da Evolução Geral do Paciente (real ou provável)
Os exercícios motores eram realizados três vezes por semana (Segunda, quarta e sexta), com duração de 45min cada sessão. Já os demais eram realizados todos os dias, sendo 1vez ao dia. 
1° semana: Foi realizada a ficha de anamnese, ficha de avaliação e orientações ao paciente e aos seus familiares sobre a importância de estar realizando periodicamente a inspeção e a observando do paciente para qualquer alteração que possa ocorrer. Orientação sobre a importância de procurar profissionais que o auxilie no controle da glicemia, hipertensão e da alimentação, para que não haja novas complicações.
2° semana: foi aplicada o exercicíos de ventilação mecânica, aplicação de manobras de higiene brônquica e de reexpansão, trocas de decúbitos e posicionamento no leito e feito alongamento passivo dos dedos dos pés realizado 3 séries de 10 repetições, alongamento ativo dos dedos dos pés realizado 3 séries de 10 repetições.
3°semana: foi feita a, exercícios metabólicos de extremidades, Higiene Brônquica, exercícios de alongamento passivo e ativo do tornozelo para ganho de ADM em dorsiflexão, realizado 5 séries mantido por 30 segundos cada exercício, mobilização passivas em membros superiores e inferiores.
4° semana: obteve alta da UTI devido seu quadro de melhora e continua sua medicação de Tamiflu de 75 mg, duas vezes ao dia, por cinco dias, podendo ser prolongado o mesmo. Exercícios de fortalecimento da musculatura intrínseca do pé com auxilio de uma toalha, paciente faz movimento de puxar a toalha com os dedos, realizado 3 séries de 15 repetições. 
As manobras de fisioterapia relacionadas aos cuidados respiratórios consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas dos componentes tóracoabdominais com o objetivo de eliminar as secreções pulmonares e melhorar a mecânica do aparelho respiratório para acelerar a recuperação do paciente. A escolha da técnica realizada pelos fisioterapeutas explica-se diante dos sinais e sintomas apresentados, momento da evolução clínica e fisioterapeuta que assistiu o paciente. 
3. REFERÊNCIAS 
COSTA, L.M.C; MERCHAN-HAMANN, E. Pandemias de influenza e a estrutura sanitária brasileira: breve histórico e caracterização dos cenários. Revista Pan-Amazonica de Saúde, v. 7. 2016.
PORTAL DA SAÚDE. SUS. Ministério anuncia estratégia de vacinação contra a gripe. 2011. Disponível em: . Acesso em: 1 abr. 2011.
REVISTA SAÚDE. Disponível em: https://rsaude.com.br/rondonopolis/materia/gripe-h1n1-o-susto-da-saude. Acesso em: 21 de setembro de 2019.
SAÚDE. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-a-gripe-h1n1-sintomas-diagnostico-vacina-e-tratamento/. Acesso em: 23 de setembro de 2019.
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Influenza pandêmica (H1N1) 2009 – monitoramento da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em hospitalizados. Informe Técnico Quinzenal de Influenza. 2010.
ZAMBON, M. Influenza and other emerging respiratory viruses. Medicine, 2014.
PRETTO, M, L. Et al. Atendimento Fisioterapêutico em um caso de suspeita de Influzenza: emergência de um hospital de referência. Relato de experiência no Hospital São Vicente de Paulo - Passo Fundo 2016. 
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