Buscar

AV2 PROC IV TURMA 2001 (1)novo

Prévia do material em texto

1 
 
Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Matrícula: XXXXXXXXXX 
Disciplina: CC / DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV Data: / 0 / 2020 
Período: 2020.1 / AV2 Turma: XXXXXXXX 
 
 
 
1. _______ de 2,00 
Quais os remédios processuais para os casos de fraude a credores e fraude à 
execução, respectivamente? 
 
Resposta: Antes de adentrarmos no que diz respeito aos remédios processuais 
para os casos de fraude contra credores e fraude à execução, veremos as 
diferenças entre eles. Fraude a credores é quando o devedor atua de forma 
ardilosa, estando ele em insolvência ou na iminência de se tornar insolvente, 
começa a dispor de seu patrimônio com o objetivo de não se responsabilizar 
com as obrigações adquiridas anteriormente a transmissão, ou seja, se 
caracteriza antes que haja demanda judicial. Já a fraude à execução é quando 
o devedor, já insolvente ou que por razão deste passa a ser, já existindo uma 
demanda judicial em relação ao débito, busca prejudicar o credor, impedindo 
que este tenha seu crédito satisfeito. 
O remédio para o caso de fraude contra credores é a ação pauliana. 
Sendo assim, o remédio para o caso fraude à execução é mediante sentença 
em ação incidental, os atos fraudulentos serão declarados ineficazes perante 
os exequentes. 
 
 
2. _______ de 2,00 
Em sendo um Título executivo judicial proferido de forma ilíquida, antes de 
seguir para a fase de cumprimento temos uma fase intermediária que seria a 
fase de liquidação. Assim, em face de tal fato pergunta-se: é possível haver a 
fase de liquidação para um título executivo extrajudicial? Explique. 
 
Resposta: Não há fase de liquidação de sentença para títulos executivos 
extrajudiciais, pois é para sentença ilíquida e os extrajudiciais já devem ser 
certo, exigível e líquido. Mediante a isso se sabe que a execução se iniciará 
com a existência de título executivo. 
 
3. _______ de 2,00 
Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título 
executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente 
representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não 
foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou 
interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por 
alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um 
lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no 
auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, 
2 
 
postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o 
bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de 
acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido 
perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
 
Resposta: O preço vil é quando o valor da arrematação é muito baixo, quando 
o bem é vendido no leilão por um preço inferior a 50% do valor de mercado do 
imóvel. Dito isso, o magistrado, ao determinar a expropriação por alienação em 
leilão judicial, ao receber um lance de 75% do valor da avaliação, não gerando, 
assim, a anulação do leilão ou a ineficácia de arrematação. Sendo assim, está 
em consonância com o art. 891, parágrafo único, do CPC, sendo o lance não 
chegando a ser inferior a 50%. 
 Porém, no art. 896 do CPC diz “quando o imóvel de incapaz não 
alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento do valor da avaliação, o juiz o 
confiará à guarda e à administração de depositário idôneo, adiando a alienação 
por prazo não superior a 1 (um) ano” como o caso envolve um menor incapaz, 
a decisão do magistrado deve ser direcionada pela invalidação, levando em 
consideração que não foi atingido o preço mínimo exigido pelo artigo 896 . 
 
4. _______ de 2,00 
Aponte ao menos 03 diferenças entre a expropriação por meio de adjudicação 
e a expropriação por meio de alienação por leilão público. 
 
Resposta: Expropriação por meio de adjudicação: 
 O credor recebe os bens móveis ou imóveis do executado (devedor), ao 
invés de dinheiro, sendo assim, há a transferência do bem, sem ocorrer a 
alienação; 
 O exequente ou o coproprietário tem em seu favor a avaliação do bem, 
oferecendo preço não inferior ao da avaliação; 
 Não pode ser de ofício determinada pelo juiz, porque este não pode impor 
um pagamento de forma diversa daquela que foi pretendida pelo credor; 
 Depende de provocação da parte interessada. 
 
Já na expropriação por meio de alienação por leilão público: 
 É preciso transformar os bens penhorados do executado em dinheiro que 
servirá de pagamento da quantia devida ao exequente; 
 A licitação é feita por um leiloeiro público; 
 Não ocorre por iniciativa particular. 
 
5. _______ de 2,00 
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, 
apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não 
Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), 
denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos 
Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida 
peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
 
Resposta: Poderá ser proposta a qualquer momento. Conforme o art.803, I e 
parágrafo único, do CPC que diz “É nula a execução se: I - o título executivo 
extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; Parágrafo 
3 
 
único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício 
ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.” 
Tendo em conta que traz matéria de ordem pública. 
 
Resposta: Não possui como regra efeito suspensivo. Tendo em vista em se 
feita através de uma simples petição juntada aos autos, não tendo previsão 
legal expressa.

Continue navegando