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Peça - Recurso Especial - 2bim

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE (1º VICE PRESIDENTE- caput do artigo 1.029 do CPC) 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. 
 
 
 
 
 
 
RECURSO ESPECIAL 
NOS AUTOS N° ...... 
 
 
 
 
JOÃO DE SOUZA, já qualificado nos autos, por 
meio de seu advogado que ao final subscreve, não se conformando, data 
vênia, com o Ven. acórdão da Egrégia 30º Câmara Cível desse C. Tribunal 
proferido nos autos da Apelação interposta contra sentença proferida nos 
autos da Ação de Indenização movida por MANOEL DA SILVA, 
qualificação, interpor 
 
RECURSO ESPECIAL 
 
para que seja encaminhado ao COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA, o que faz com fulcro no art. 105, III, alíneas a e c, da 
Constituição Federal, arts. 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil, 
demais legislação aplicável à espécie e pelos motivos de fato e direito que 
a seguir passa a expor. 
 
 
Requer a intimação do recorrido para que apresente contrarrazões, no 
prazo de 15 dias, conforme artigo 1.030, do CPC. 
 
 
Termos que, 
P. Deferimento. 
 
 
Curitiba, ... de junho de 2020. 
 
 
ADVOGADO 
OAB 
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
 
RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL. 
 
Pelo Recorrente: JOÃO DE SOUZA. 
Recorrido: MANOEL DA SILVA. 
 
 
 
 
Eméritos Julgadores! 
 
 
 
I- A EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DO 
DIREITO. 
 
Inicialmente, o recorrido propôs ação de 
indenização em face do recorrente, alegando que o requerido teria 
ocasionado lesões corporais, pleiteando danos materiais e morais em 
reparação ao ocorrido. 
 
A sentença julgou parcialmente procedente os 
pedidos da petição inicial, acolhendo reparação dos danos morais, fixando 
no montante de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O recorrente interpôs 
Recurso de Apelação, pleiteando, em síntese, a exclusão da condenação 
em danos morais, e sucessivamente, a minoração do valor. 
 
Apreciando o recurso interposto, a Egrégia 30º 
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná negou 
provimento ao recurso de apelação interposto, mantendo a decisão 
proferida, em acórdão assim ementado: 
 
"DANO MORAL. LESÕES CORPORAIS. VALOR 
DA INDENIZAÇÃO CORRETAMENTE FIXADO 
EM PRIMEIRO GRAU. APELAÇÃO NÃO 
PROVIDA". 
 
Ocorre que a decisão está equivocada e deve ser 
reformada, como a seguir passa a expor. 
 
 
II- A DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO 
DO RECURSO INTERPOSTO. 
 
A decisão recorrida violou dispositivos de lei 
federal, motivo pelo qual deve ser reformada. 
 
Da análise dos autos restaram as seguintes 
conclusões: 
 
1. O acórdão recorrido foi julgado em última 
instancia pelo Tribunal Regional; 
 
2. Isto posto, a luz do Art. 105, III, alíneas a e c 
da Constituição Federal, e, também, do Art. 1.029, II do NCPC, é cabível o 
presente RECURSO ESPECIAL como meio de alcançar o fim desejado, 
qual seja, a reforma do acórdão para determinar a nulidade da sentença de 
primeiro grau. 
 
Constituição Federal: 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
(...) 
 
III - julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a 
decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-
lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado 
em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da 
que lhe haja atribuído outro tribunal. 
 
 
Código de Processo Civil: 
 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso 
especial, nos casos previstos na Constituição 
Federal, serão interpostos perante o presidente ou o 
vice-presidente do tribunal recorrido, em petições 
distintas que conterão: 
 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso 
interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de 
invalidação da decisão recorrida. 
 
a) DA TEMPESTIVIDADE. 
 
Salienta-se que o presente recurso é tempestivo, 
haja vista que o prazo para sua apresentação é de 15 (quinze) dias, 
contados do primeiro dia útil seguinte ao da publicação, nos moldes do art, 
1.003, §5º do Código de Processo Civil: 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso 
conta-se da data em que os advogados, a 
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a 
Defensoria Pública ou o Ministério Público são 
intimados da decisão. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo 
para interpor os recursos e para responder-lhes é de 
15 (quinze) dias. 
 
b) DO PREPARO. 
 
O recorrente comprova o recolhimento do 
preparo, conforme guias de recolhimento em anexo, conforme o artigo 
1.007 do CPC. 
 
c) PREQUESTIONAMENTO. 
 
A matéria alegada no presente recurso foi 
devidamente prequestionada no acórdão recorrido. 
 
Este requisito foi cumprido, já que no julgamento 
da Apelação, o competente Tribunal “a quo” manifestou-se sobre a 
matéria, decidindo manter a decisão da 
 
Em sentença, o pedido de danos morais fora 
acolhido, fixado no valor de R$100.000,00 (cem mil reais) e nega 
deferimento ao pedido de exclusão da condenação em danos morais, e 
sucessivamente, a redução do valor. 
 
d) DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. 
 
De acordo com as decisões proferidas por essa 
Corte, que serão elencadas abaixo, o recorrente demonstra, de plano, a 
divergência jurisprudencial. 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E 
MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS 
SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. 
DANOS MATERIAIS NÃO COMPROVADOS. 
AFASTAMENTO. DANOS MORAIS. VALOR 
EXAGERADO. REDUÇÃO DO QUANTUM 
INDENIZATÓRIO DE R$ 50.000,00 PARA R$ 
10.000,00 PARA CADA AUTOR. 1.- Para 
deferimento dos danos materiais pleiteados, 
necessária sua comprovação pelos Autores (CPC, 
art. 333, I). 2.- As circunstâncias da lide não 
apresentam nenhum motivo que justifique a fixação 
do quantum indenizatório em patamar 
especialmente elevado, devendo, portanto, ser 
reduzido para R$ 10.000,00, a cada um dos autore 
s, se adequar aos valores aceitos e praticados pela 
jurisprudência desta Corte. 3.- A orientação das 
Turmas que compõem a Segunda Seção deste 
Tribunal, nos casos de indenização por danos 
morais, é no sentido de que a correção monetária 
deve incidir a partir do momento em que fixado um 
valor definitivo para a condenação. Recurso 
Especial parcialmente provido. (Resp 1094444/PI, 
Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 24/04/2010, Dje 21/05/2010). 
 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
PROTESTO INDEVIDO. QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO PELO STJ. 
POSSIBILIDADE. VALOR EXORBITANTE. 
1. Excepcionalmente, pela via do recurso especial, 
o STJ pode modificar o quantum da indenização 
por danos morais, quando fixado o valor de forma 
abusiva ou irrisória. Precedentes. 2. Na espécie, o 
valor arbitrado pelas instâncias ordinárias, em R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais), mostra-se elevado, 
considerando os padrões adotados por esta Corte 
em casos semelhantes, devendo ser reduzido para 
R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 3. Agravo 
regimental a que se nega provimento. (AgRg no Ag 
1321630/BA, Rel. Ministro VASCO DELLA 
GIUSTINA (DESEMBARGADOR 
CONVOCADO TJ/RS), TERCEIRA TURMA, 
julgado em 15/02/2011, Dje 22/02/2011). 
 
 
Deste modo, estão presentes os fundamentos 
com relação a divergência jurisprudencial, nos termos do art. 255 do 
Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça: 
 
Art. 255. O recurso especial será interposto na 
forma e no prazo estabelecido na legislação 
processual vigente e recebido no efeito devolutivo, 
salvo quando interposto do julgamento de mérito 
do incidente de resolução de demandas repetitivas, 
hipótese em que terá efeito suspensivo. 
 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio 
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da 
divergência com a certidão, cópia ou citação do 
repositório de jurisprudência,oficial ou 
credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que 
houver sido publicado o acórdão divergente, ou 
ainda com a reprodução de julgado disponível na 
internet, com indicação da respectiva fonte, 
devendo-se, em qualquer caso, mencionar as 
circunstâncias que identificar quem ou assemelhem 
os casos confrontados. 
 
 
III- AS RAZÕES DO PEDIDO DE 
REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA. 
 
A decisão recorrida violou dispositivo de lei 
federal, motivo porque deve ser reformada. 
 
Conforme a sentença que julgou parcialmente 
procedente o pedido, acolhendo o pedido de danos morais, fixando no 
valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O recorrente interpôs Recurso de 
Apelação, pleiteando, em síntese, a exclusão da condenação em danos 
morais, e sucessivamente, a redução do valor. No entanto, a Egrégia 30º 
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná negou 
provimento ao recurso de apelação interposto. 
 
Fica claro que, essa decisão desrespeitou o artigo 
944 do Código Civil, segundo o qual a indenização deve ser medida pela 
extensão do dano. E, esta decisão não levou em consideração os critérios 
do princípio da proporcionalidade e o da razoabilidade. 
 
Estabelece o artigo 944, do Código Civil: 
 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do 
dano. Parágrafo único. Se houver excessiva 
desproporção entre a gravidade da culpa e 
o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização. 
 
Reforçando o entendimento supra esposado trago 
à colação posicionamento idêntico da Ilustre doutrinadora Maria Helena 
Diniz, em artigo extraído da Revista Consulex - Ano I nº 03 março/1997, 
pág. 31: 
 
Na reparação do dano moral o magistrado deverá 
apelar para o que lhe parecer equitativo ou justo, 
agindo sempre com prudente arbítrio, ouvindo as 
razões das partes, verificando os elementos 
probatórios, fixando moderadamente uma 
indenização. O valor do dano moral deve ser 
estabelecido com base em parâmetros razoáveis, 
não podendo ensejar uma fonte de enriquecimento, 
nem mesmo ser irrisório ou simbólico. 
 
Nesse mesmo sentido, são valiosos os 
ensinamentos de Caio Mário da Silva Pereira: 
 
É também princípio capital, em termo de liquidação 
das obrigações, que não pode ela transformar –se 
em motivo de enriquecimento. Apura-se o 
quantitativo do ressarcimento inspirado no critério 
de evitar o dano (damno vitando), não porem para 
proporcionar a vítima um lucro (lucro capiendo). 
 
Dessa forma, por tudo o que foi apresentado no 
decorrer deste recurso, é notório que a sentença deve ser reformada 
 
 
IV- REQUERIMENTO FINAL. 
 
Requer seja o presente recurso recebido e 
processado na forma da lei, seja conhecido, determinando Vossa 
Excelência a subida à Colenda Corte Superior, para que o aprecie como for 
de direito, o provendo, para o fim de reformar o acórdão proferido, 
reduzindo o valor arbitrado a título de danos morais, com a inversão dos 
ônus de sucumbência. 
 
Requer a condenação do recorrido ao pagamento 
de honorários advocatícios, nos termos do artigo 85, § 1º, do CPC. 
 
 
Temos que, 
P. Deferimento. 
 
 
Curitiba, ... de junho de 2020. 
 
 
ADVOGADO 
OAB

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