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ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DO CENTRO CIRURGICO O CENTRO CIRÚRGICO Setor hospitalar em que se realizam procedimentos cirúrgicos; Deve ficar livre da circulação de pessoas e materiais estranhos ao local; Deve possuir acesso livre aos demais setores (enfermarias, PA e UTI); Condições ambientais devem ser estáveis: mínimo de ruído, controle de temperatura e umidade e bem iluminado. ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO Para efeito de controle asséptico o Centro Cirúrgico é composto por três principais áreas, que possuem características diferentes, assim como, exigências próprias para circulação das pessoas, materiais e equipamentos. Sendo elas: ÁREA IRRESTRITA; ÁREA SEMIRESTRITA; ÁREA RESTRITA. ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO Área Irrestrita São áreas de circulação do Centro Cirúrgico de livre circulação, onde as pessoas podem circular sem nenhuma indicação especifica. EXEMPLO: Salas de espera, área de recepção do paciente e vestiários de funcionários e pacientes. ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO Área Semirrestrita São áreas de circulação onde as pessoas podem circular obedecendo sempre algumas restrições relacionadas com roupa privativa do local. Essas áreas normalmente ligam as áreas irrestritas das restritas, como também armazenam equipamentos, materiais administrativos da unidade cirúrgica. EXEMPLO: corredores, sala administrativa, sala de guarda de materiais, copa, rouparia, expurgo, sala de estar, sala de guarda de equipamentos, farmácia e sala de anestesia. ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO Área restrita São áreas onde as pessoas não podem circular sem conhecimento técnico especifico. Devem respeitar as restrições relacionadas com a roupa privativa do local. EXEMPLO: espaços onde acontecem os procedimentos do Bloco Cirúrgico (as cirurgias, a degermação das mãos, a recuperação pós-anestésica e áreas com manipulação de material estéril). ESTRUTURA FÍSICA Resolução-RDC nº50, de 21 de fevereiro de 2002 e Resolução-RCD nº307, de 14 de novembro de 2002: “Dispõem e alteram sobre o Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.” ESTRUTURA FÍSICA As dependências básicas do Centro Cirúrgico são: Vestiários masculino e feminino: acesso externo (por fora das instalações do CC) e interno (pelo corredor cirúrgico); como objetivo de funcionarem como barreiras físicas ao transito livre de pessoal; profissionais trocam a roupa pelo uniforme privativo da unidade; Armários, sanitários e chuveiros. Vestiários masculino e feminino Posto de Enfermagem Nesse local são feitos os controles administrativos da unidade; Deve conter mesas, cadeiras, telefone, interfone que permitam a comunicação efetiva entre os enfermeiros e componentes da equipe de enfermagem. Posto de Enfermagem Sala de espera para acompanhantes Destinada aos familiares e acompanhantes que aguardam o término da cirurgia e a alta do paciente da sala de recuperação pós-anestésica; Deve ficar próximo à secretaria do CC, e dispor de poltronas confortáveis, televisão, tomadas e sanitários. Sala de espera para acompanhantes Área de recepção e transferência Espaço onde o paciente é transferido para o CC e recepcionado para o procedimento ao qual necessita. Área de recepção e transferência Lavabos Tanques, de aço inoxidável, onde a equipe cirúrgica realiza a degermação das mãos e antebraços antes da cirurgia; Devem ser localizados próximos as salas de operação (um lavabo para cada duas salas) e possuir torneiras e recipientes com antisséptico que funcionem sem a utilização das mãos. Lavabos Sala de medicamentos e materiais estéreis descartáveis Local onde são armazenados medicamentos diversos, soluções antissépticas, desinfetantes e materiais estéreis descartáveis como seringas, agulhas, equipos de soro, luvas, laminas de bisturi e fios de sutura. Sala de medicamentos e materiais estéreis descartáveis Sala para estocagem de material esterilizado (Arsenal) Nela ficam guardados pacotes de campo, aventais cirúrgicos, compressas, gazes, bandejas com instrumentais e outros materiais que foram recebidos da Central de Materiais esterilizados e que serão utilizados na montagem das salas de operação. Sala para estocagem de material esterilizado (Arsenal) Rouparia Destinada à armazenagem da roupa limpa não estéril utilizada na unidade, como uniformes cirúrgicos, lençóis de mesa cirúrgica e de maca. Rouparia Copa Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico para lanches rápidos. Sala de guarda de aparelhos e equipamentos Nela ficam guardados os equipamentos que não estão em uso na sala de operação, e possivelmente onde ficam estocados cilindros de oxigênio e de oxido nitroso para qualquer emergência, mesmo quando o sistema de distribuição for centralizado; Também ficam estocados os cilindros de gases utilizados em determinadas técnicas cirúrgicas como o nitrogênio e o gás carbônico. Expurgo Local onde são desprezados sangue e outras secreções e onde se lavam os frascos dos aspiradores e outros utensílios; A sala deve possuir um vaso sanitário e um tanque, podendo estar acoplada ao deposito de material de limpeza (DML), sendo assim considerada uma área suja. Expurgo Sala de cirurgia Local onde acontecem as intervenções cirúrgicas e endoscópicas; As dimensões das salas devem ser de acordo com o tipo de procedimento a ser realizado. Sala de cirurgia PORTE M² Dimensões Mínimas Tipos de cirurgias Pequeno 20 m² 3,45 m Oftalmológicas e otorrinolaringológicas Médio 25 m² 4,65 m Cirurgias gerais, ginecológicas e urológicas Grande 30 m² 5 m Neurológicas, cardíacas e torácicas Sala de cirurgia Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) Anexa ao CC; Localização de fácil acesso; Sistema de suporte respiratório de fácil acesso (oxigênio, ar comprimido e vácuo); Possui posto de enfermagem; Equipamentos para monitorização do paciente (monitor cardíaco, oxímetro de pulso, estetoscópio, esfigmomanômetro). Sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA) INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Portas: Devem ser largas para facilitar a passagem de macas e equipamentos. É indicado que seja do modelo “vai e vem” que facilite sua abertura se o uso das mãos. Que tenha visor de separação de ambientes. Deve ser lavável e possuir metal na altura das macas para evitar seu estrago. INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Portas: INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Corredores: Precisam ter uma largura que permita a passagem de duas macas simultaneamente (aproximadamente 2 m), e não devem ser deixados objetos, macas ou carrinhos estacionados, já que é uma área de trânsito no CC. INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Corredores: INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Piso: Devem ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos, impermeável, sem fendas ou fissuras, de cor clara para realçar a sujeira, não refletir a luz. Devem ser utilizados cantos arredondados na junção com as paredes (rodapé). INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Piso: INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, não refletor de luz. Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes na junção com o piso (rodapé). INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Paredes: INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Teto: Deve ser de material resistente e lavável. Não deve conter ranhuras e não deve ser poroso para facilitar a limpeza e impedir a retenção de micro-organismos.INSTALAÇÕES DO CENTRO CIRÚRGICO Teto: VESTIMENTAS ADEQUADAS E COMPORTAMENTO NA SALA DE CIRURGIA PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA Conjunto de barreiras contra a invasão de microrganismos nos sítios cirúrgicos dos pacientes e proteção dos profissionais aos materiais biológicos. USO ADEQUADO No vestiário: Gorro Uniforme privativo Propés VESTIMENTAS NÃO devem ser usados fora do Centro Cirúrgico; Os demais componentes da paramentação são colocados quando se inicia a cirurgia, conforme função do profissional – LUVAS ESTÉREIS, AVENTAL ESTÉRIL. GORRO/ TOUCA Barreira de proteção contra microrganismos do cabelo e couro cabeludo; Não deve conter rasgos. UNIFORME PRIVATIVO Evita liberação de microrganismos da pele, tronco e membros; Devido riscos de contato dos braços com fluidos orgânicos, deve ter manga mais longa, isso também protege contra a liberação de microrganismos das axilas. MÁSCARA CIRÚRGICA Evita a liberação de microrganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais, protegendo o paciente de contaminação na incisão cirúrgica; Para o profissional, protege suas mucosas de respingos de sangue e outros fluídos dos pacientes. LUVAS Servem como barreira tanto para proteger o paciente da flora microbiana das mãos da equipe cirúrgica, como para evitar infecção ocupacional pelo contato com sangue do paciente. PROPÉS ou SAPATO PRIVATIVO Atua na prevenção de contaminação do chão de áreas críticas por microrganismos que são carreados nas solas dos sapatos e podem ser liberados ao ambiente. COMPORTAMENTO Profissionais com uniformes privativos, gorro e máscara, não devem tocar/encostar/debruçar-se em superfícies contendo material esterilizado; Devem evitar caminhar o mínimo possível ao redor do material. COMPORTAMENTO Profissionais que estão vestidos com aventais e luvas estéreis, nunca devem ficar de costas para a mesa cirúrgica, e sempre virar de frente quando passar por outra pessoa na sala; Falar somente o necessário e trocar a máscara sempre que ocorrência de sujidade ou excesso de umidade. VESTIMENTAS ADEQUADAS E COMPORTAMENTO NA SALA DE CIRURGIA RECURSOS Os maiores recursos materiais e financeiros de todo hospital estão locados no Centro Cirúrgico (alto custo); Os itens de uma sala de operação podem ser classificados em dois grandes grupos: Fixos; Móveis. EQUIPAMENTOS FIXOS São aqueles que fazem parte da estrutura física da sala, adaptados a ela e que não podem ser retirados do local: Sistema canalizado de ar comprimido, vácuo e gases (oxigênio e oxido nitroso); Tomadas para 110 e 220 volts e especificas para os diversos equipamentos; Foco central; Ar condicionado; Negatoscópio. EQUIPAMENTOS MÓVEIS Aparelho de anestesia; Aparelho de Raio-X; Aspirador portátil; Balde para lixo com suporte de rodinhas; Banco giratório; Coxin; Eletrocardiógrafo; Eletrotermocautério; Escadinha com dois degraus; Esfigmomanômetro; Estetoscópio; Estrado; Extensão; Foco auxiliar; Material para videocirurgia; Maquina de circulação extracorpórea; Mesa de mayo com rodas; Mesa para roupas estéreis (sem rodas); Mesas auxiliares para instrumental (com rodas); Mesas cirúrgicas e acessórias: perneiras, suporte de ombro, etc.; Monitor multiparamétrico; Microscópios; Suporte de hamper; Suporte de soro; Suporte e bacia; Tala de suporte para braço; Entre outros. São os que podem ser deslocados ou acrescidos na sala cirúrgica dependendo da especialidade cirúrgica. ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DO CENTRO CIRURGICO
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