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Pesca de peixes cartilaginosos

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE 
 
 
 
 
 
 
Pesca de peixes 
cartilaginosos 
 
 
 
 
Juliana Dallabona 
Sabrina Maria Cardozo 
 
 
 
 
 
 
 
Joinville - SC 
2020 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO…………………………………………...2 
2. DESENVOLVIMENTO…………………………………..2 
3. CONCLUSÃO………………………….………………....3 
4. ANEXOS…………………………………………….........3 
5. REFERÊNCIAS……………………………………….….5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para compreensão do tema é importante destacar o 
que são os peixes cartilaginosos. Estes formam a classe 
Chondrichthyes, e vivem principalmente em águas marinhas, 
porém, existe uma espécie de arraias que vivem em água 
doce. Eles apresentam mortalidade natural reduzida e vida 
longa, mas possuem baixa fecundidade e pouca capacidade 
de reposição populacional. Os peixes cartilaginosos são 
geralmente representados por tubarões, arraias e quimeras. 
O tópico “peixes cartilaginosos” exibe um leque de 
itens a serem desenvolvidos. Entre eles estão as ameaças à 
esses animais, o perigo da pesca não-regulamentada, a falsa 
propaganda de produto, as práticas cruéis de finning, as 
contradições no consumo da carne de arraia e de tubarão, e 
outros que serão abordados neste trabalho. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Histórico 
No inicio do século XX, os tubarões eram mortos por 
causa de seu coro e do fígado rico em óleo. Porém, no final 
deste século, com o advento da pesca industrial, e exploração 
de águas mais profundas, foram criados novos mercados 
para peixes. Por causa disso, tubarões e arraias começaram 
a serem vendidos em grande quantidade, sob o nome de 
‘cação’, para que não assustasse os consumidores. 
 
De acordo com uma avaliação feita pelo Instituto Chico 
Mendes cerca de um terço dos peixes cartilaginosos 
brasileiros estão ameaçados. Isso representa cerca de 35% 
das 169 espécies encontradas no Brasil. A pesca excessiva e 
não regulamentada é sem dúvidas a maior causa de todo este 
problema, já que com a dificuldade de reprodução, as 
populações destes peixes tendem a diminuir gradualmente. 
Outro tópico interessante é o “finning”, onde para que 
se parasse a matança de tubarões, quando eram fisgados, 
lhe cortavam as barbatanas. Porém, esta prática foi proibida 
internacionalmente em 1998. 
 
Cenário Brasileiro 
Uma pesquisa demonstrou que 38% da população 
brasileira consome carne de tubarão sem conhecimento. A 
pesquisa foi feita pelo Projeto Tubarões no Brasil, ouvindo 
cerca de 1339 pessoas em supermercados, feiras e peixarias 
em nove estados brasileiros. Além disso, 55,8% dos 
entrevistados não sabiam que a pesca de tubarões está 
pondo nossas espécies em risco, das cerca de 90 espécies 
presentes no litoral brasileiro, 38 estão ameaçadas de 
extinção. 
Essa falta de informação se deve em grande parte aos 
próprios supermercados e peixarias, que não deixam claro 
que “cação” é na verdade um tubarão, ele acaba sendo 
 
consumido e vendido como um peixe comum, pela falta de 
espinhos acaba sendo muito bem aceito. 
Uma pesquisa feita no Centro de Estudos do Mar da 
Universidade Federal do Paraná (UFPR), feita pelo professor 
Hugo Bornatowski, mostrou que mais de 70% dos 
consumidores não sabem que o cação é na verdade um 
tubarão, os entrevistados disseram que já haviam consumido 
cação, mas não haviam ingerido nenhuma espécie de 
tubarão. 
A ANVISA permite que os rótulos sejam postos como 
“cação” invés de “tubarão-cação”, desse modo essa 
má-rotulação não está ilegal, apenas não dá ao consumidor a 
total verdade sobre o que ele está consumindo. 
 
 
Culinária e Modos de Preparo 
Na Islândia, um dos pratos típicos é feito com carne de 
tubarão, o prato é chamado de Hákarl, consiste em uma 
carne de espécies de tubarões populares da região que fica 
aproximadamente 3 meses “apodrecendo” a céu aberto. O 
prato é servido cru, como petisco em forma de cubinhos, 
geralmente acompanhado de uma bebida típica chamada 
Brennivin, um tipo de cachaça. A forma de comer, é mastigar 
o cubo de tubarão por três vezes e então tomar um gole de 
Brennivin. 
Ainda na Islândia, o tubarão também é consumido no 
Natal, o prato se chama Porramatur e inclui uma variedade de 
carnes, como o próprio tubarão, escroto de ovelha, salsicha 
de fígado de ovelha, cabeça de ovelha, barbatana de foca, 
peixe seco, entre outros. 
Porém não precisamos ir tão longe para acharmos 
diversas receitas utilizando a carne de tubarão, com uma 
rápida pesquisa no Google encontramos pratos como tubarão 
grelhado, ensopado, frito e em outras diversas formas. 
Um prato muito apreciado é o cação ao molho, que 
leva além do ingrediente principal, pimentões, cebolas, 
tomates e temperos prontos. 
Os animais têm preços variados: o kilo da arraia custa 
em média R$ 8,99 kg, já o tubarão-cação está em torno de 
R$24,99 o kilo (dados coletados na Peixaria da Barra, Itaum, 
Joinville) 
 
Riscos da Alimentação 
A carne de tubarão, bem como de arraias, tem 
acúmulo de metais pesados, como mercúrio e arsênio. Em 
nosso organismo essas substâncias podem causar danos 
cerebrais, a Food and Drug Administration (FDA) proibiu o 
consumo de carne de tubarão para grávidas, mulheres em 
estágio de amamentação e crianças. Além disso, a carne de 
arraia pode conter altos níveis de ureia e um sabor forte de 
amônia. 
Outro problema é que por causa da má rotulação do 
produto, no Brasil, pode-se vender qualquer peixe com o 
nome de ‘cação’, então, na maior parte das vezes, o 
 
consumidor nem sabe o que está comprando, é muito comum 
vermos o tubarão-martelo sendo vendido como carne de 
cação, o que apresenta ainda maior risco de extinção para um 
dos mais temidos predadores dos oceanos 
 
CONCLUSÃO 
​Apesar de serem muito apreciados, esses animais 
encontram-se em grande perigo. A exploração indevida, que 
não acontece apenas com esses peixes, está acabando com 
a fauna marinha brasileira e mundial. É importante que os 
órgãos de proteção consigam intervir, para que as leis sejam 
cumpridas e que a fiscalização aconteça. O comércio pode e 
deve acontecer, pois estes peixes garantem a vida de muitas 
famílias, mas deve acontecer de forma regulamentada e 
controlada, de modo que, o período de reprodução e 
nascimento seja devidamente respeitado. 
 
 
ANEXOS 
Anexo 1 - Arraia 
Anexo 2- Tubarão-cação 
Anexo 3- Carne ‘Hákarl’ 
Anexo 4- Prato ‘Cação ao molho’ 
Anexo 5- Tubarões após a prática de ‘finning’ 
Anexo 6- Barbatanas de tubarão 
 
1- Arraia 
 
 
2- Tubarão-cação 
 
3- Hákarl
 
4- Cação ao molho 
 
 
5- Tubarões após terem suas barbatanas cortadas, exemplo 
da modalidade “finning” 
 
 
6- Barbatanas de tubarão 
 
REFERÊNCIAS 
 
Um terço dos peixes cartilaginosos do Brasil estão 
ameaçados. Vandré Fonseca. 2011. Disponível em 
<https://www.oeco.org.br/noticias/25170-um-terco-dos-peixes-
cartilaginosos-do-brasil-estao-ameacados/#:~:text=Os%20pei
xes%20cartilaginosos%20formam%20a,pouca%20capacidad
e%20de%20reposi%C3%A7%C3%A3o%20populacional.> 
 
Ministério do Meio Ambiente. Avaliação do risco de extinção 
dos elasmobrânquios e quimeras no Brasil: 2010-2012. 
Disponível em 
<https://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/biblioteca/d
ownload/trabalhos_tecnicos/pub_2016_avaliacao_elasmo_20
10_2012.pdf> 
 
Cação: a maiormentira da vitrine da peixaria 
Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/ciencia/cacao-a-maior-mentira-da-v
itrine-da-peixaria/>

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