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Aula 01 - Direito Empresarial - Aula 00

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PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
 
Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Aula Demonstrativa – Direito Empresarial – (Auditor Fiscal – RF) 
Prof. Antonio Nóbrega 
 
 
Estimados concurseiros e futuros servidores públicos, apresentamos para 
vocês, nas linhas a seguir, o nosso Curso de Exercícios de Direito Empresarial, 
voltado para o concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. 
O edital foi publicado no último dia 09 de julho, com previsão de 200 
vagas. Trata-se de uma excelente oportunidade para ingressar no serviço público 
em uma carreira sólida e com a excelente remuneração inicial de R$ 13.600,00. 
Ressalte-se que, ao fim da carreira, a remuneração pode alcançar o valor de R$ 
19.451,00. 
A matéria de Direito Empresarial encontra-se prevista na parte de 
conhecimentos gerais, junto com as disciplinas de Direito Civil e Penal. De acordo 
com o edital, serão cobradas vinte questões acerca destes temas, sendo 
recomendável ao candidato dedicar parte de seu cronograma de estudo a tais 
matérias. 
Para melhor prepará-los para este desafio, nosso curso irá discutir diversas 
questões inseridas em concursos anteriores e que tratam dos temas previstos no 
edital relativos à matéria de Direito Empresarial. Iremos dar ênfase às questões 
da ESAF, banca organizadora do concurso. Contudo, como forma de 
complementar o estudo e abarcar todo o conteúdo previsto no edital, também 
serão apresentadas questões de outras bancas ou por mim elaboradas, no estilo 
múltipla escolha ou certo/errado. 
Além disso, é oportuno destacar que, na explicação dos gabaritos, será 
dado grande enfoque à parte teórica. Ou seja, além da grande quantidade de 
exercícios, serão apresentados todos os fundamentos legais e doutrinários que 
dão sustentação à resposta apontada pela banca, ainda que seja necessária uma 
explicação mais aprofundada sobre alguns conceitos e regras. 
Após estas breves palavras introdutórias, gostaria de me apresentar. Alguns 
talvez já me conheçam, uma vez que fui professor da matéria referente à 
Legislação Básica de Seguros para o concurso da SUSEP, Direito Empresarial para 
o concurso de Auditor Fiscal do DF e de MG, bem como de Direito do Consumidor 
para o Procon-DF. 
Meu nome é Antonio Carlos Vasconcellos Nóbrega, 35 anos, tenho 
formação jurídica e moro em Brasília desde 2008. 
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Ingressei no serviço público em 10 de outubro de 2008, quando tomei 
posse no cargo de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União (CGU), umas das chamadas Carreiras Típicas de Estado, após aprovação 
no respectivo concurso público. Atualmente exerço minhas atribuições no 
Gabinete do Corregedor-Geral da União. 
Dois anos antes, já havia obtido êxito na aprovação no concurso público 
para provimento do cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de 
Telecomunicações da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). 
Na carreira jurídica, durante cinco anos fiz parte dos quadros de um 
renomado escritório de advocacia que atua no mercado de seguros, quando tive 
a oportunidade de defender grandes empresas do ramo junto à esfera judicial e 
administrativa, além de trabalhar na área de Direito do Consumidor. 
Atuei, ainda, no combate à fraude contra o seguro, tendo sido responsável 
pela coordenação do Departamento Jurídico Criminal do escritório, cuja principal 
ocupação era identificar possíveis pleitos indenizatórios irregulares e a 
consequente aplicação da lei ao caso analisado. 
Diante da necessidade de constante atualização, cursei e concluí duas 
pós-graduações, uma em Direito do Consumidor, na Escola de Magistratura do 
Rio de Janeiro (EMERJ), e outra em Direito Empresarial, na Fundação Getúlio 
Vargas (FGV), ainda na cidade do Rio. 
Além disso, participei de diversos cursos na Escola Nacional de Seguros - 
FUNENSEG, por onde publiquei um ensaio sobre o Contrato de Seguro e o 
Código de Defesa do Consumidor. 
Na área acadêmica, tive a oportunidade de coordenar um curso de 
combate à fraude contra o seguro no Rio de Janeiro, ocasião em que lecionei 
matérias ligadas ao Direito Civil, Direito e Processo Penal e legislação específica 
atinente ao universo do seguro. 
Amigo candidato, todos sabemos das dificuldades de aprovação em um 
concurso público, tal como esse que você está prestes a enfrentar. A grande 
concorrência pelas vagas resulta, inicialmente, em certa apreensão e ansiedade 
por parte do candidato. Mas você não está sozinho nesta jornada. 
Já é hora de pensar que a aprovação é um sonho possível, e que o êxito 
em um concurso público será a recompensa final pela perseverança e dedicação 
daqueles que não hesitarem em transpor os obstáculos naturais deste caminho. 
Este é o nosso objetivo. 
Então, vamos aos trabalhos? 
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O curso que iremos iniciar será dividido em seis aulas com os seguintes 
temas: 
 
Disciplinas Data da divulgação das 
apostilas 
Aula demonstrativa: estabelecimento empresarial. - 
Fundamentos do direito empresarial e teoria da 
empresa: empresa e empresário; conceitos de 
microempresa e empresa de pequeno porte (Lei 
Complementar nº 123/2006); institutos complementares do 
Direito Empresarial: nome empresarial, prepostos e 
Escrituração; registro de empresa. 
24/07/12 
Direito societário — parte I: sociedade empresária, 
conceito, terminologia, ato constitutivo; sociedades simples e 
empresárias; personalização da sociedade empresária; 
classificação das sociedades empresárias; sociedade 
irregular; teoria da desconsideração da personalidade 
jurídica; desconsideração inversa; regime jurídico dos sócios; 
sociedade limitada; sociedade cooperativa. 
31/07/12 
Direito Societário — parte II: sociedade anônima, Lei nº 
6.404/1976; operações societárias: transformação, 
incorporação, fusão e cisão; relações entre sociedades: 
coligações de sociedades, grupos societários, consórcios, 
sociedade subsidiária integral, sociedade de propósito 
específico; dissolução, liquidação e extinção das sociedades. 
07/08/12 
Títulos de crédito: conceito de título de crédito; 
características e princípios informadores; classificação dos 
títulos de crédito, letra de câmbio, nota promissória, cheque, 
duplicata. 
14/08/12 
Direito falimentar: Lei nº 11.101/2005; teoria geral do 
direito falimentar; processo falimentar; pessoa e bens do 
falido; classificação creditória; regime jurídico dos atos e 
contratos do falido; regime jurídico dos credores do falido; 
recuperação judicial; recuperação extrajudicial. 
21/08/12 
 
Levando em consideração a abrangência da matéria cobrada, as aulas 
também poderão ser de alguma utilidade para aqueles que desejam iniciar 
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os estudos em Direito Empresarial ou recordar seus principais pontos, e 
igualmente servir como material de referência para outros exames em que 
este tema seja exigido. 
Nosso objetivo aqui não é esgotar o assunto, e sim prepará-lo de modo 
objetivo para a prova da Receita Federal. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que dominar, 
é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e refaça quantos 
exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos 
apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após a realização de uma leitura atenta e 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e 
aí dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?”. 
Nestes casos, o aluno aprende, mas, com frequência, a sua visãoe 
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de prática 
e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Os EXERCÍCIOS propiciam exatamente isto aos alunos, lapidarem seus 
conhecimentos teóricos para atentarem para aspectos não percebidas ao 
longo do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a 
teoria. 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos é a 
abordagem específica de TODOS OS PONTOS PREVISTOS NOS EDITAIS, 
fechando as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas pelo 
examinador, mas com um aliado fundamental: EXERCÍCIOS COMENTADOS. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Ao contrário, como já dito, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, 
tentam levar ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com 
base em cada item do edital. 
Predispomo-nos a sermos orientadores dos estudos, e não Professores 
que meramente passam o conhecimento técnico. 
 
Acreditamos que, com a exaustiva resolução de questões e com uma 
metodologia mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de 
Direito EMPRESARIAL do Edital Auditor Fiscal – Receita Federal! 
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E então candidato, vamos começar nosso caminho em direção à 
aprovação? 
 
AULA DEMONSTRATIVA – EXERCÍCIOS SOBRE ESTABELECIMENTO 
 
1. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) Com relação ao estabelecimento 
empresarial, assinale a afirmativa incorreta: 
a) é o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por 
empresário ou por sociedade empresária. 
b) refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. 
c) desponta a noção de aviamento. 
d) inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis. 
e) é integrado pela propriedade intelectual. 
 
2. (ESAF – Procurador/DF, 2004) A alienação do estabelecimento 
empresarial: 
a) transfere automaticamente ao adquirente as obrigações regularmente 
contabilizadas, exonerando o alienante de qualquer responsabilidade. 
b) impede o alienante de exercer a mesma atividade que exercia anteriormente 
pelo prazo de cinco anos, em qualquer ponto do território nacional. 
c) não importa sub-rogação no contrato de locação comercial. 
d) não implica a cessão dos créditos relativos à atividade exercida no 
estabelecimento. 
e) equivale à alienação do imóvel utilizado para o exercício de atividade 
empresarial. 
 
3. (FUNIVERSA – Analista Pleno/APEX-Brasil, 2006) O adquirente do 
estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência: 
a) nas hipóteses em que a transferência for onerosa. 
b) desde que regularmente contabilizados. 
c) se manifestar sua concordância expressa. 
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d) em toda e qualquer circunstância. 
e) após o devido pronunciamento judicial nesse sentido. 
 
4. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Fiscal de Rendas) Quanto ao estabelecimento 
empresarial, marque a opção incorreta. 
a) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios 
jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua 
natureza. 
b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados. 
c) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá 
efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação 
da transferência, mas o devedor fi cará exonerado se de boa-fé pagar ao 
cedente. 
d) Salvo disposição expressa em contrário, o alienante do estabelecimento pode 
fazer concorrência ao adquirente. 
e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. 
 
5. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) A respeito do trespasse do 
estabelecimento empresarial, analise as afirmativas a seguir: 
I - O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos 
quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de 
publicado na imprensa oficial. 
II - Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do 
contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles 
solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação 
do contrato de trespasse na imprensa oficial. 
III - Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o 
imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de 
atividades e na mesma zona geográfica. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
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c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
6. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) A respeito das regras 
previstas no Código Civil, marque a alternativa incorreta: 
a) Para que uma sociedade empresarial possa alienar um de seus 
estabelecimentos sempre é necessária a autorização de todos os seus credores, 
de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir da notificação. 
b) O adquirente de um estabelecimento responde pelos débitos anteriores ao 
negócio, desde que regularmente contabilizados. 
c) Não há impedimento legal para que o estabelecimento seja objeto unitário de 
direitos e negócios jurídicos. 
d) De acordo com o Código Civil, havendo autorização expressa, é possível ao 
alienante do estabelecimento fazer concorrência ao adquirente, logo após a 
transferência, não sendo necessário respeitar o prazo de cinco anos. 
e) Conforme a definição apresentada no Código Civil, estabelecimento é todo 
complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou 
por sociedade empresária. 
 
7. (FGV – Fiscal de Rendas/MS, 2006) Em que consiste o trespasse? 
a) Direito de retirada de sócio ou acionista. 
b) Cessão gratuita de cotas sociais. 
c) Cessão onerosa de cotas sociais. 
d) Alienação de estabelecimento comercial. 
e) Abdicação, pelo sócio, do direito ao recebimento de dividendos em prol de 
outrem. 
 
8. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) O alienante do 
estabelecimento comercial continua solidariamente obrigado pelos débitos 
anteriores: 
 
a) pelo prazo de cinco anos, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
b) pelo prazo de um ano em relação a todos os créditos, vencidos ou não. 
c) pelo prazo de cinco anos a partir da data do vencimento. 
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d) pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, 
e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
e) pelo prazo de dois anos, a partir da publicação, quanto aos créditos vencidos, 
e pelo prazo de um ano, quanto aos outros, da data do vencimento. 
9. (Cespe – Defensor Público Ceará, 2008) Integra o estabelecimento 
empresarial os débitos da sociedade. 
 
10. (Cespe - Advogado da União, 2009) O estabelecimento empresarial, 
definido como todo complexo de bens materiais ou imateriais organizado por 
empresário ou sociedade empresária, para o exercício da empresa, classifica-se 
como uma universalidade de direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
Questão 1 – b Questão 2 - c 
 
Questão 3 – b Questão 4 - d 
 
Questão 5 – c Questão 6 - a 
 
Questão 7 – d Questão 8 - d 
 
Questão 9 – F Questão 10 - F 
 
Comentários 
 
1. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) Com relação ao estabelecimento 
empresarial, assinale a afirmativa incorreta: 
a) é o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por 
empresário ou por sociedade empresária. 
b) refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. 
c) desponta a noção de aviamento. 
d) inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis. 
e) é integrado pela propriedade intelectual. 
 
Questão 1: A questão exige do candidato o conhecimento preciso do texto legal. 
Assim, a opção “a”, está de acordo com o art. 1.142 do Código Civil. 
A alternativa “b” é incorreta, pois nada impede que uma empresa tenha 
vários estabelecimentos para o exercício de sua atividade. 
A opção “c” faz alusão ao conceito de aviamento, que é o valor agregado 
aos bens organizados no estabelecimento, de acordo com a noção de fundo de 
comércio. 
A alternativa “d” apresenta um elenco de bens que integra o 
estabelecimento, enquanto que a opção “e” refere-se à propriedade intelectual, 
que também faz parte do conjunto de elementos do estabelecimento. 
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Vamos nos aprofundar no conceito de estabelecimento empresarial. 
Inicialmente, cabe indagar: o que é estabelecimento empresarial? 
De acordo com o texto lapidado no art. 1.142 do Código Civil, infere-se 
que estabelecimento é “todo complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”. 
Assim, a universalidade ou somatório dos bens reunidos pelo empresário 
para exploração de determinada atividade econômica poderão ser chamados de 
estabelecimento empresarial, constituindo a base física do empreendimento. 
O estabelecimento compõe-se de elementos corpóreos e incorpóreos, tais 
como veículos, materiais em estoque, tecnologia desenvolvida, equipamento 
necessário para a realização da atividade econômica etc. 
Todos esses bens reunidos e devidamente organizados passam a ter um 
sobrevalor, que é devidamente tutelado pelo direito, conforme será visto 
adiante. Pode-se afirmar que tais bens, nesta forma de organização, adquirem 
um valor superior à soma de cada um deles em separado, chamando-se de 
fundo de comércio. 
Para exemplificar, vamos imaginar que determinada pessoa tenha 
interesse em montar uma oficina de carros. Para tanto, ela pode isoladamente 
adquirir cada máquina e utensílio ou pode simplesmente comprar uma oficina já 
pronta. Diante do que discutido, é certo que pagará um valor maior caso 
escolha a segunda opção, em virtude justamente do sobrevalor mencionado. 
É fácil perceber que o conceito legal de estabelecimento distancia-se 
daquele admitido no senso comum, segundo o qual estabelecimento seria 
somente o local onde se realiza a atividade empresarial. Na realidade, o 
conceito de estabelecimento engloba todos os bens necessários ao desempenho 
daquela atividade. 
 
ESTABELECIMENTO É O CONJUNTO DE BENS QUE O 
EMPRESÁRIO ORGANIZA PARA O EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE. 
 
Neste passo, é necessário esclarecer que os estabelecimentos 
empresariais podem ser considerados unidades de uma empresa. Explicando 
melhor, uma empresa de carros pode ter várias filiais para realizar a sua 
atividade comercial. Pois bem, cada uma dessas diferentes sucursais será 
considerada um estabelecimento distinto, sendo que a principal agência poderá 
ser chamada de sede 
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É oportuno trazer à baila a lição de José Edwaldo Tavares Borba, quando, 
ao tratar da distinção entre subsidiária – uma sociedade que é controlada por 
outra - e estabelecimento, afirma que “o estabelecimento é parte, parcela, 
unidade de ação da sociedade; a subsidiária não integra a sociedade, visto ser 
uma outra sociedade, da qual aquela participa.” 
Para exemplificar, o renomado mestre faz menção à refinaria Duque de 
Caxias, que é um estabelecimento da Petrobrás, enquanto a Petrobrás 
Distribuidora S.A. seria uma subsidiária. Continua afirmando que “a refinaria é, 
portanto, uma unidade da Petrobrás, não tendo personalidade jurídica. A 
distribuidora, embora controlada pela Petrobrás, é uma outra pessoa jurídica 
(…) ”. 
O fato de o estabelecimento não ter personalidade jurídica, 
conforme mencionado acima, e, consequentemente, não ser sujeito de direitos 
e obrigações, é um dos três pontos marcantes de sua natureza. Além dessa 
característica, registre-se que o estabelecimento deve ser considerado 
um bem e integrar o patrimônio de uma sociedade empresária. 
Não obstante a existência de diversos entendimentos doutrinários acerca 
da natureza jurídica do estabelecimento, o que deve ser considerado pelo 
candidato é justamente a presença destas três características. 
 
2. (ESAF – Procurador/DF, 2004) A alienação do estabelecimento 
empresarial: 
a) transfere automaticamente ao adquirente as obrigações regularmente 
contabilizadas, exonerando o alienante de qualquer responsabilidade. 
b) impede o alienante de exercer a mesma atividade que exercia anteriormente 
pelo prazo de cinco anos, em qualquer ponto do território nacional. 
c) não importa sub-rogação no contrato de locação comercial. 
d) não implica a cessão dos créditos relativos à atividade exercida no 
estabelecimento. 
e) equivale à alienação do imóvel utilizado para o exercício de atividade 
empresarial. 
 
Questão 2: A questão trata da alienação do estabelecimento empresarial, 
contrato conhecido como trespasse. 
A alternativa correta é a letra “c”, tendo em vista que a sub-rogação 
ocorre somente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento e 
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se não tiverem caráter pessoal, afastando-se tal fenômeno jurídico no caso de 
contrato de locação comercial. 
 A opção “a” conflita com a regra lapidada no art. 1.146 do Código Civil, 
ao dispor que o alienante se exonera de qualquer responsabilidade. 
A alternativa “b” refere-se a “qualquer ponto do território nacional”. Como 
vimos, o art. 1.147 do Código Civil não apresentou um limite geográfico para o 
impedimento lá previsto, sendo necessária a análise casual daquela regra. 
 A cessão de créditos é prevista no art. 1.148 do Código Civil que dispõe 
que tal fenômeno “produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde 
o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se 
de boa-fé pagar ao cedente”. Destarte, é certo que a cessão de crédito irá 
ocorrer na alienação do estabelecimento empresarial, o que indica o erro da 
alternativa “d”. 
Por fim, a letra “e” afirma que a alienação do imóvel utilizado para o 
exercício de atividade empresarial equivale à alienação do estabelecimento. Ora, 
como discutido, no trespasse são alienados os diversos elementos integrantes 
do estabelecimento, não se confundido com o imóvel onde a atividade é 
exercida, que se trata de um bem único. 
Continuando os comentários teóricos traçados na última questão, a 
afirmação de que o estabelecimento é um bem permite que o mesmo seja 
alienado (providência que será debatida mais a frente), penhorado ou onerado, 
nos termos do art. 1.143 do Código Civil, que reza que o estabelecimento pode 
“ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza”. 
A alienação do estabelecimento comercial é conhecida pelo nome de 
TRESPASSE. 
Não se deve confundir o trespasse com a alienação do controlede 
determinada sociedade. Ambos os negócios podem ter consequências 
semelhantes, já que o estabelecimento comercial aparentemente mudará de 
proprietário. 
Todavia, enquanto no trespasse o estabelecimento deixa de integrar o 
patrimônio de uma sociedade (alienante) e passa para outra empresa 
(adquirente), na cessão de controle acionário o que muda é a composição 
societária da empresa. Nesta última hipótese, não há modificação na 
titularidade do estabelecimento, que continua a pertencer a mesma sociedade. 
Para exemplificar, imagine que a empresa “X” compre o principal 
estabelecimento da empresa “Y”. Neste caso, o objeto do negócio foi o complexo 
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de bens que compõe o estabelecimento, o qual passou a fazer parte do 
patrimônio da empresa “X”. 
Situação diversa ocorreria se os sócios João e Pedro vendessem sua 
participação na empresa “X” para Marcos e Paulo, os quais passariam a deter o 
controle da referida sociedade. Deste modo, o estabelecimento continuaria a 
fazer parte do patrimônio da empresa “X”, não obstante a empresa estar agora 
sob o comando de diferentes sócios. 
Ressalte-se, ainda, que a alienação de somente parte dos bens que 
integram o estabelecimento empresarial não poderá ser chamada de trespasse. 
 
É CHAMADO DE TRESPASSE O CONTRATO DE COMPRA E 
VENDA DE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. 
 
O negócio jurídico envolvendo a alienação do estabelecimento comercial 
apresenta algumas regras, insculpidas no Código Civil, que merecem uma 
atenção especial em nosso estudo. 
O art. 1.144 do Código Civil dispõe que a alienação de estabelecimento 
comercial “só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem 
da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de 
Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial”. Trata-se de 
condicionante legal para que o contrato adquira eficácia perante terceiros, sendo 
necessário ocorrer a averbação e a publicação na imprensa oficial. 
Em seguida, a norma lapidada no art. 1.145 apresenta outra regra que 
condiciona a eficácia da alienação do estabelecimento. Nos termos da lei, “se ao 
alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou 
do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de 
sua notificação”. 
Como exemplo, imagine que uma grande sociedade empresarial, 
proprietária de um vigoroso e sólido patrimônio, decida alienar um de seus 
estabelecimentos. Neste caso, é necessário o consentimento, expresso ou 
tácito, de seus credores? 
Supondo-se que a empresa tem bens suficientes para arcar com suas 
dívidas, é evidente que tal consentimento será dispensado. 
Contudo, imaginemos agora uma empresa de pequeno porte, proprietária 
de um único estabelecimento e devedora de vultosas quantias, superiores a seu 
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patrimônio. Se a aludida empresa decidir alienar o estabelecimento a um 
terceiro, há duas opções: obter o consentimento, expresso ou tácito, dos 
credores ou pagar a todos eles. 
Caso tais medidas não sejam devidamente encetadas pelo alienante, o 
adquirente do estabelecimento poderá ser prejudicado, pois poderá perder o 
estabelecimento para a coletividade de credores, na hipótese de falência do 
primeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adiante, a letra do art. 1.146 faz incidir a regra da solidariedade na 
alienação do estabelecimento comercial. Destarte, o alienante também pode ser 
acionado por eventuais credores até um ano depois da publicação do negócio no 
caso de créditos vencidos. No tocante aos créditos não vencidos, a 
responsabilidade do alienante irá perdurar até um ano após o vencimento. 
Além disso, é patente que o adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à celebração do trespasse, desde que tais 
valores estejam regularmente contabilizados. 
A norma do art. 1.147 nos apresenta uma limitação para o exercício do 
comércio por parte da sociedade que alienou o estabelecimento. Assim, o 
alienante “não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subseqüentes à transferência.” 
É relevante notar que a norma não prevê um limite geográfico deste 
impedimento, limitando-se a mencionar o prazo de cinco anos. Assim, tal 
A EFICÁCIA DA ALIENAÇÃO DO 
ESTABELECIMENTO DEPENDE DE: 
Averbação e a publicação na 
imprensa oficial. 
Consentimento, expresso ou 
tácito, dos credores ou 
pagamento de todos eles (caso 
o alienante não tenha bens 
suficientes para o pagamento 
de seu passivo). 
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matéria deverá ser analisada pontualmente ou tratada no próprio contrato de 
trespasse. 
Repare, candidato, que não há vedação para que o alienante venha a se 
estabelecer novamente. A regra tem como escopo somente impedir a 
concorrência com o antigo estabelecimento comercial pelo prazo de cinco anos. 
Por fim, o último texto legal que merece atenção nesta oportunidade é 
aquela consequência positivada no seguinte art. 1.148. Conforme a redação 
daquele dispositivo denota-se que, não havendo estipulação em contrário, “a 
transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados 
para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal.” 
Portanto, os contratos celebrados com o antigo proprietário do 
estabelecimento continuam a vigorar normalmente, desde que não tenham 
caráter pessoal. 
Como exemplo, podemos imaginar um contrato celebrado com o antigo 
proprietário para manutenção das máquinas de um estabelecimento. Ocorrendo 
a alienação, o contrato continuará válido, com a mudança em um dos pólos do 
contrato. 
Perceba, contudo, que a norma em comento permite que os terceiros 
contratantes rescindam o contrato, sendo necessária a observância de certos 
requisitos para tanto. Deste modo, ocorrendo a alienação do estabelecimento, é 
possível que os antigos contratos celebrados pelo alienante com terceiros sejam 
rescindidos, desde que haja justa causa e que tal medida seja realizada no 
prazo de noventa dias após a publicação do negócio. 
 Nestas duas primeiras questões, vimos os dois aspectos principais 
cobrados em questões sobre o estabelecimento empresarial: sua 
conceitualização e contrato de trespasse. As questões seguintes servem para 
consolidar o aprendizado destes conceitos. 
 
3. (FUNIVERSA – Analista Pleno/APEX-Brasil, 2006) O adquirente do 
estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência: 
a) nas hipóteses em que a transferência for onerosa. 
b) desde que regularmente contabilizados. 
c) se manifestar sua concordância expressa. 
d) em toda e qualquer circunstância. 
e) após o devido pronunciamento judicial nesse sentido. 
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Questão 3: A questão não demanda um conhecimento muito aprofundado da 
matéria, sendo necessário somente o conhecimento do texto legal insculpido no 
art. 1.146 do Código Civil, que dispõe que “o adquirente do estabelecimento 
responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados.” Evidencia-se, assim, que a alternativa correta é a 
letra “b”. 
 
4. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Fiscal de Rendas) Quanto ao estabelecimento 
empresarial, marque a opção incorreta. 
a) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, desde que regularmentecontabilizados. 
c) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito 
em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da 
transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. 
d) Salvo disposição expressa em contrário, o alienante do estabelecimento pode 
fazer concorrência ao adquirente. 
e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. 
 
Questão 4: A questão trata de vários assuntos vistos nas questões anteriores e, 
novamente, o conhecimento do texto legal facilita a elucidação da questão. 
 A primeira alternativa está obviamente correta, pois o estabelecimento é 
um bem não personalíssimo, podendo, por isso mesmo ser alienado. Mesmo já 
bastando este conhecimento teórico para a resolução da questão, esta 
permissão encontra-se positivada no art. 1.143 do Código Civil. 
 A segunda alternativa também é correta. Quando se aliena o 
estabelecimento, aliena-se também os direitos e deveres correspondentes. Isto 
estará refletido no preço da transação. Porém, obviamente, a transação não 
poderá ser fraudulenta e tudo deverá estar contabilizado. Isto está previsto no 
art. 1.146 do Código Civil. 
 Igualmente correta é a terceira alternativa. Um contrato é res inter alios, 
não podendo prejudicar terceiros de boa fé. Se algum destes pagar, de boa fé, 
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ao antigo proprietário, exonerar-se-á, devendo este repassar o valor para o 
adquirente. É o que manda o art. 1.149 do Código Civil. 
 A resposta errada é a “d”, o que a faz a solução da questão. O art. 1.147 
do Código Civil determina que, “não havendo autorização expressa, o alienante 
do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subseqüentes à transferência”. 
 A última alternativa é correta, por ser a própria definição de 
estabelecimento, constante no art. 1.142 do Código Civil. 
 
5. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) A respeito do trespasse do 
estabelecimento empresarial, analise as afirmativas a seguir: 
I - O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos 
quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de 
publicado na imprensa oficial. 
II - Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do 
contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles 
solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação 
do contrato de trespasse na imprensa oficial. 
III - Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o 
imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de 
atividades e na mesma zona geográfica. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
Questão 5: Em moldes semelhantes à questão anterior, são apresentadas três 
assertivas, para que o candidato aponte quais estão corretas. Novamente o 
tema tratado é a alienação do estabelecimento, tópico que desperta a atenção 
do examinador. 
 O primeiro item apresenta redação que se harmoniza com o texto 
estatuído no art. 1.144 e o segundo com o teor do art. 1.146 do Código Civil. 
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É recomendável ao candidato atenção ao prazo de um ano previsto neste último 
dispositivo legal, bem como ao fato de que tal lapso corre, quanto aos créditos 
vencidos, do momento da publicação. 
 O item III está incorreto, pois afirma que “mesmo por convenção 
expressa” a proibição do art. 1.147 do Código Civil deve ser observada. Ora, 
conforme a própria letra daquele artigo, a autorização expressa pode afastar a 
regra daquele dispositivo. 
 Assim, denota-se que a opção correta é a letra “c”. 
 
6. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) A respeito das regras 
previstas no Código Civil, marque a alternativa incorreta: 
a) Para que uma sociedade empresarial possa alienar um de seus 
estabelecimentos sempre é necessária a autorização de todos os seus credores, 
de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir da notificação. 
b) O adquirente de um estabelecimento responde pelos débitos anteriores ao 
negócio, desde que regularmente contabilizados. 
c) Não há impedimento legal para que o estabelecimento seja objeto unitário de 
direitos e negócios jurídicos. 
d) De acordo com o Código Civil, havendo autorização expressa, é possível ao 
alienante do estabelecimento fazer concorrência ao adquirente, logo após a 
transferência, não sendo necessário respeitar o prazo de cinco anos. 
e) Conforme a definição apresentada no Código Civil, estabelecimento é todo 
complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou 
por sociedade empresária. 
 
Questão 6: O enunciado da questão solicita a indicação de qual afirmativa está 
incorreta. 
 A afirmativa “b” encontra respaldo no art. 1.146, enquanto a letra “c” 
harmoniza-se com o texto legal do art. 1.143. O item “d” trata da questão da 
autorização expressa prevista no art. 1.147, debatida na questão anterior. A 
alternativa “E” versa sobre a definição de estabelecimento, conforme a redação 
do art. 1.142. 
 A opção incorreta é a letra “a”. Com efeito, a autorização dos credores 
para que ocorra a alienação do estabelecimento só é necessária se ao alienante 
não restarem bens suficientes para solver o seu passivo e desde que tais 
credores não tenham sido pagos, na esteira da redação do art. 1.145. 
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7. (FGV – Fiscal de Rendas/MS, 2006) Em que consiste o trespasse? 
a) Direito de retirada de sócio ou acionista. 
b) Cessão gratuita de cotas sociais. 
c) Cessão onerosa de cotas sociais. 
d) Alienação de estabelecimento comercial. 
e) Abdicação, pelo sócio, do direito ao recebimento de dividendos em prol de 
outrem. 
 
Questão 7: A questão demanda somente o conhecimento do conceito de 
contrato de trespasse. Tendo em vista o que já foi debatido, não há dificuldade 
em apontar a letra “d” como a opção correta. 
 
8. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) O alienante do 
estabelecimento comercial continua solidariamente obrigado pelos débitos 
anteriores: 
 
a) pelo prazo de cinco anos, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
b) pelo prazo de um ano em relação a todos os créditos, vencidos ou não. 
c) pelo prazo de cinco anos a partir da data do vencimento. 
d) pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, 
e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
e) pelo prazo de dois anos, a partir da publicação, quanto aos créditos vencidos, 
e pelo prazo de um ano, quanto aos outros, da data do vencimento. 
 
Questão 8: Novamente são demandados conhecimentos acerca do contrato de 
trespasse. Para apontar a alternativa correta, basta o conhecimento do 
conteúdo normativo do art. 1.146 do Código Civil, restando evidente que a 
opção correta é a letra “d”. 
 
9. (Cespe – Defensor Público Ceará, 2008) Integra o estabelecimento 
empresarial os débitos da sociedade. 
 
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Questão 9: Os débitos são da sociedade empresarial e não do estabelecimento, 
que é somente parte do patrimônio da empresa e não pode ser sujeito de 
obrigações, assim a assertiva é falsa.10. (Cespe - Advogado da União, 2009) O estabelecimento empresarial, 
definido como todo complexo de bens materiais ou imateriais organizado por 
empresário ou sociedade empresária, para o exercício da empresa, classifica-se 
como uma universalidade de direito. 
 
Questão 10: Concluindo esta etapa de exercícios, como vimos, o 
estabelecimento empresarial é uma universalidade de fato e não de direito, 
portanto assertiva falsa. 
 
 
Bibliografia 
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