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P á g i n a | 1 PNEUMOCONIOSES Das pneumoconioses, as mais conhecidas são a silicose, asbestose, pneumoconiose do carvão e grafite. As duas mais comuns são a silicose e a asbestose. Manifestações clínicas: Placas pleurais são o diagnóstico mais comum de doenças ocupacionais. Em segundo lugar está a asbetose e em terceiro a silicose. Isabela Terra Raupp P á g i n a | 2 SILICOSE Pneumoconiose por inalação de sílica livre Quartzo / Cristobalita/ Tridimita Extração mineral (garimpo) Beneficiamento de minerais (corte, lapidação, moagem) Produção de cerâmica e vidro Jateamento de areia Indústria de cosméticos Classificação: Aguda Rara Exposição maciça por alguns meses a menos de 5 anos Mais associada com jateamento de areia e moagem de pedras Dispneia progressiva e incapacitante Rx: consolidações TC: opacidades lineares bilaterais e assimétricas, com micronodulos. Crônica Forma mais comum Exposição prolongada a baixos níveis de sílica Mais de 10 anos. Formas: Simples ou evoluir com fibrose maciça progressiva. Assintomática durante longo período de tempo e quando apresenta sintomas é avançada. Dispneia progressiva nas formas complicadas Acelerada Forma pouco comum Exposição prolongada a altos níveis de sílica 5-10 anos Apresentação clínica e radiológica semelhantes à forma crônica Preferencialmente, a silicose prefere os lobos superiores que os inferiores (melhor ventilação) e na forma não complicada apresenta adenomegalias calcificadas. Com a evolução da forma crônica, aparecem nódulos centro-lobulares, querendo formar massas. Evolui para fibrose maciça progressiva (mesmo cessada a exposição, o paciente evolui). Grandes linfonodos mediastinais calcificados é um achado bem característico de silicose crônica. A calcificação em casca de ovo é quase patognomonica de silicose. Complicações: Tuberculose pulmonar o Risco aumentado entre 3-39 vezes P á g i n a | 3 o Atentar para pacientes que desenvolvem sintomas constitucionais ou com massas que cavitam o Pesquisar ativamente ILTB (PPD) no momento do diagnóstico. Doenças reumatológicas → Associação estabelecida com artrite reumatoide (Kaplan) e esclerose sistêmica (Erasmus) o Associação com lúpus, doença mista do tecido conjuntivo e vasculites também descrita Câncer de pulmão → Sílica considerada carcinogênica desde 1997 o Atentar para pacientes que desenvolvem baqueteamento digital Tratamento: Cessar exposição Cessar tabagismo Tratar comorbidades Pode ser indicado transplante de pulmão ASBESTO Pneumoconiose por inalação de fibras de asbesto: Silicatos hidratados (serpentinas e anfibólios) Mineração Fabricação de caixas-d’água, tubulações e telhas Fabricação de pastilhas de freio e discos de embreagem Fabricação de materiais de vedação Fabricação de alguns produtos têxteis Processo de isolamento térmico industrial Asbestose: Fibrose pulmonar difusa lentamente progressiva Latência 20-30 anos após início da exposição Dispneia progressiva sintoma cardinal Baqueteamento digital 30-40% No raio x se apresenta com linhas e estrias no parênquima pulmonar. Na TC se vê espessamento septal difuso, placas pleurais calcificadas. Destruição da arquitetura do parênquima pulmonar. Placas pleurais: Manifestação mais comum (até 60% dos expostos). Comumente na pleura parietal Calcificações em 50%. P á g i n a | 4 Derrame pleural benigno relacionado ao asbesto: Pequeno e unilateral Assintomático em 2/3 dos casos Exsudato Resolução espontânea frequente (média 4 meses) Recidiva em 30% Geralmente precede a asbestose em vários anos Mesotelioma: Neoplasia maligna de superfície mesotelial → Pleura, peritônio, pericárdio e túnica vaginal Extremamente agressiva o Sobrevida média 9-17 meses Se apresenta como espessamento pleural irregular
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