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AVALIAÇÃO HISTÓRIA DO DIREITO

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Atividade Avaliativa – História do Direito
2. Bimestre
1. Período Noturno Valor: 4,0. 
Nome: FRANCIELI BONELLA 
Instruções: 
1) O arquivo deverá ser depositado no “Google Classroom” até o dia 18/6 às 23:59 
2) O acadêmico deverá evitar atrasos na entrega, pois estamos chegando ao final do bimestre e as notas precisam ser lançadas. 
3) Cada questão possui o valor de 1,0 ponto. 
4) O arquivo deve ser depositado seguindo as recomendações: Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5, justificado. 
5) A nota dessa atividade avaliativa será lançada no CLASSROOM. 6) A média do aluno será colocada no SAGRES. 
Leia o texto abaixo para responder as questões 1 e 2:
 
O primeiro período da colonização brasileira, que vai até 1549, foi marcado pelas Capitanias Hereditárias - extensas faixas de terra destinadas aos nobres portugueses para que, por conta própria, as explorassem e se comprometessem com a respectiva povoação. Era um sistema tipicamente feudal, em que as questões políticas, administrativas e jurídicas ficavam a cargo dos donatários. Como não havia burocratização quanto aos procedimentos adotados, na prática confundia-se em uma só pessoa as funções de legislar, acusar e julgar. O fato de a administração da justiça estar entregue aos senhores donatários permitiu todo tipo de abuso. Mas a mudança de sistema não teve esses abusos como causa, e sim o fracasso econômico das Capitanias, com exceção das de São Vicente e de Pernambuco. E por esse motivo que em 1549 é instituído pela Coroa o Governo-Geral, que assume amplas responsabilidades burocráticas e fiscais, tendo à frente o governador-geral. Com esse novo modelo há grande evolução, permitindo que se crie uma justiça colonial e, ao mesmo tempo, tem-se o início da formação da burocracia, composta por um grupo de agentes profissionais que estavam a serviço do governador-geral. (MACIEL, José Fábio Rodrigues; AGUIAR, Renan. História do Direito. 4 edição. São Paulo: Saraiva. 2010, p. 132)
Responda: 
1) Indique as raízes das instituições jurídicas brasileiras. (1,0)
No Brasil, o direito foi trazido pelos portugueses diante da Magna Carta Real, a qual foi utilizada como um alicerce no direito nacional, onde não eram respeitadas etnias e o direito aplicava-se de acordo com meras vontades e concepções. Esta época foi marcada por uma prática político administrativa feudal, conhecida por Regime das Capitanias Hereditárias, onde a legislação era formada pelas Cartas de Doação, Forais e pelas Legislações Eclesiásticas, sendo que o poder era concentrado na mão de coronéis. Decorreu-se o tempo e as capitanias declinaram, surgindo uma nova legislação, a qual era aplicada através de Alvarás, Cartas-Régias, Regimentos e Ordenações Reais, onde esta última tratava acerca do Direito Público, Privado e Canônico, pois naquela época a igreja católica detinha grande poder político. 
Ocorreu então, a formação de uma justiça colonial com um sistema de burocracia formado por agentes profissionais, onde as capitanias deram lugar as províncias, facilitando a imposição de um sistema de jurisdição centralizadora, controlada pelo rei e o sistema burocrático da justiça colonial era composto pelo ouvidor, que era a autoridade judiciária máxima, detendo poderes da jurisdição civil e penal. 
Ademais, com a implementação do primeiro Governo-Geral e o crescimento da população, houve a necessidade do aumento do de funcionários, consequentemente a organização judiciária foi formada em primeira instância por juízes singulares, em segunda instância por juízes colegiados e a terceira instância era o Tribunal de Justiça Superior, sediado em Portugal, representado pela Casa de Suplicação. 
2) O patrimonialismo - o uso das funções públicas como se fossem privadas -, deixou um forte legado no Brasil. Comente os efeitos dessa prática na atualidade. (1,0)
O patrimonialismo deixou grandes marcas no país durante toda sua história e atualmente é frequente vislumbrarmos a ocorrência de seus sinais, visto que, a grande maioria dos políticos do Brasil ocupam o cargo público tratando o mesmo como se fosse uma propriedade privada, ignorando totalmente os interesses da sociedade. Nos de hoje o patrimonialismo se concretiza com a caracterização da prática criminosa de nepotismo por parte de nossos governantes, onde estes empregam familiares em cargos públicos auxiliares, bem como, o estabelecimento de contratos públicos com empresas privadas, estruturas criminosas para obtenção de dinheiro público e diversas outras condutas corruptas cometidas por governantes valendo-se de seu cargo em prol de interesses e benefícios pessoais, que no final resultam em grandes crises políticas e econômicas no país. 
Leia o texto para responder as questões 3 e 4:
O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. 
O ano de 1968, "o ano que não acabou", ficou marcado na história mundial e na do Brasil como um momento de grande contestação da política e dos costumes. O movimento estudantil celebrizou-se como protesto dos jovens contra a política tradicional, mas principalmente como demanda por novas liberdades. O radicalismo jovem pode ser bem expresso no lema "é proibido proibir". Esse movimento, no Brasil, associou-se a um combate mais organizado contra o regime: intensificaram-se os protestos mais radicais, especialmente o dos universitários, contra a ditadura. Por outro lado, a "linha dura" providenciava instrumentos mais sofisticados e planejava ações mais rigorosas contra a oposição. No preâmbulo do ato, dizia-se ser essa uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, "com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral do país". No mesmo dia foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a 
Presidência da República. (Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/AI5. Acesso em 04/04/2017)
Responda: 
3) Por que o termo Ditadura Civil – Militar é o mais apropriado para abordamos o período que vai de 1964-1985?Justifique sua resposta. (1,0)
No período de 1964 a 1985 ocorreu no Brasil a denominada ditadura civil-militar, a qual foi defendida por militares como um movimento transformador e teve a participação de grandes proprietários rurais, parte da classe média urbana e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica.
Esse período foi marcado pela limitação dos direitos políticos da população, pela instauração de uma rígida censura aos meios de comunicação e à expressão literária e artística da população e por uma grande onda de violência contra os opositores do regime, caracterizada por prisões desnecessárias, estupros, torturas, assassinatos e agressões psicológicas.
4) O que foi o AI-5? Pontue algumas características que fazem desse ato tão agressivo. (1,0)
O Ato Institucional nº 5, AI-5 foi um decreto que legitimou a ditadura militar, assinado no ano de 1968 pelo presidente da república da época, membros do exército, da marinha e da aeronáutica. 
Surgiu como uma ferramenta de intimidação por medo após o discurso do deputado Márcio Moreira Alves, o qual alguns dias antes da comemoração da independência do país, a ser realizada no dia 7 de setembro, pediu as mães para que impedissem seus filhos de participarem, bem como, pediu que a população reconhecesse a gravidade e os problemas do regime militar. 
O AI-5 ficou conhecido por ser o decreto mais rígido, pois deu amplos poderes ao chefe do poder executivo, permitindo o fechamento do Congresso Nacional, a cassação de mandatos parlamentares, a suspensão de direitos políticos por dez anos para pessoas que cometessem o que o próprio estado definiu como crime e a intervenção do presidente no poder de municípios e estados, sendo que estedecreto vigorou até o ano de 1978, onde foi suspenso pelo presidente da época.

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