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TRATAMENTO HERPES SIMPLES

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Transcrição PL – Farmacologia I 
3ª SEMANA U.C 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 1 
 
 TRATAMENTO DO VÍRUS HERPES SIMPLES: 
x O herpes vírus simples pertence a uma família de vírus 
chamada Herpes Viridae. 
x Esse tipo de vírus pode causar lesões em diversos locais 
no nosso corpo, de diversas localizações. Mas, 
especialmente o HSV1, é muito mais comum causar 
lesão perioral, o que chamamos de Herpes Labial. O 
HSV2, é mais comum causar lesões genitais. 
x Entretanto, não impede que o HSV2 possa causar lesões 
periorais e também não se impede que o HSV1 possa 
causar lesões genitais. 
x No quadro das lesões genitais, além das vesículas e 
bolhas que são comuns tanto na região perioral como na 
genital acontecer, no caso da herpes genital, se o vírus 
acometer o colo uterino, é comum que as mulheres 
apresentem corrimento vaginal e quando no sexo 
masculino, o vírus acomete a região uretral, também é 
possível observar um corrimento uretal. 
x O que é bem característico desse tipo de infecção em 
relação ao tratamento, é que a gente não tem ainda um 
medicamento que possa combater e eliminar o vírus. 
Então, na discussão do tratamento, o objetivo é acelerar 
as cicatrizações, poder diminuir carga viral, mas não 
consegue eliminar totalmente o vírus. 
x Após o período clínico da doença, esse vírus ele tende 
novamente a penetrar nos nervos sensitivos e se alojar 
dentro de gânglios sensitivos. No caso do herpes labial, o 
vírus tem uma tendência a se instalar no gânglio trigêmeo 
e ali permanecer pelo período e latência. 
x E o que é que pode reativar a manifestação clínica/ induzir 
o aumento da carga viral? Situação de estresse, exposição 
excessiva aos raios UV, alterações hormonais, ciclos 
menstruais, imunossupressão... Então, várias situações, 
especialmente que envolvem estresse e 
imunossupressão, elas podem reativar o vírus, induzir o 
aumento da carga viral e migrar de um gânglio sensitivo e 
ir direcionado a região perioral ou a região genital, 
dependendo do tipo de herpes. 
x Período clínico da infecção: 
o Prodrômico: É o período que antecede a fase clínica 
ativa, onde a região tanto labial quanto a genital 
pode ficar edemaciadas, com prurido, ardência e 
com hipertemia (região avermelhada). Geralmente 
essas manifestações clínicas ocorrem 24h antes do 
período clínico ativo, então, pessoas que tem 
recorrência de herpes vírus simples, elas conseguem 
identificar que durante esse período, vão vim o sur- 
mento das vesículas e das bolhas, que são característicos do 
período clínico ativo. E é muito importante identificar o 
período, pois esse é o período mais importante para iniciar o 
tratamento com os fármacos antivirais, porque uma vez que 
você inicia o tratamento nesse período, onde as vesículas e 
as bolhas não se desenvolveram, se o tratamento for 
utilizado de forma correta, pode impedir o surgimento das 
vesículas bolhosas. Muitas vezes o paciente só consegue 
atendimento médico no período clínico ativo e o tratamento 
vai ser, nesse caso, para acelerar o processo de cicatrização 
das bolhas. 
o Clínico ativo: vesículas agrupadas em forma de 
cachos ou ramalhetes, dor local. Essas vesículas vão 
ser cheias de líquido, citrino e normalmente, é 
aconselhável o uso de analgésicos para minimizar a 
dor e é um período onde há elevação da carga viral e é 
o período de maior taxa de transmissão. Ainda pode-
se utilizar o tratamento durante esse período, 
consegue reduzir carga viral. Mas, se inicia o 
tratamento no período prodrômico, normalmente faz 
com que todo o período clínico da infecção seja 
reduzido e quando o tratamento se inicia no período 
clínico, normalmente consegue reduzir, mas não 
tanto. 
o Reparatório: Há regressão da infecção, 
normalmente local onde existia as bolhas e as 
vesículas se torna seco recoberto por escamas e 
crostas amareladas e/ou escuras e é um período onde 
há redução da carga viral. Pode ainda acontecer 
transmissão durante esse período. 
 
TRATAMENTO DE SUPORTE 
 
 Basicamente esse tratamento de suporte pode ser: 
 
x Tópico: Apesar desse tratamento ser realizado com 
medicamentos anti-virais, teoricamente esses 
medicamentos conseguem acelerar o período de 
cicatrização e diminuir carga viral, o problema é que o 
tratamento tópico muitas vezes não consegue diminuir a 
carga viral de forma efetiva, a gente sabe que a via tópica 
não é uma via de absorção tão plena e isso impede que 
contrações ideais cheguem até o nervo sensitivo, até o 
gânglio sensitivo. 
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Transcrição PL – Farmacologia I 
3ª SEMANA U.C 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 2 
 
Então, na prática realmente, o tratamento tópico vai 
servir como uma barreira física, para que limite o contato 
das lesões herpéticas (bolhas e vesículas) com a mão, 
porque como geralmente tem dor, as pessoas tem o 
habito de pôr as mãos, inclusive para retirar as cascas no 
período reparatório. Então, limita o contato com as 
mãos, limita entre os lábios, prevenindo a auto 
inoculação das áreas vizinhas. 
o Oral: Vai permitir um efeito sistêmico, vai conseguir 
chegar nos nervos sensitivos em uma concentração 
mais efetiva. Se ele é administrado no período 
prodrômico qual o benefício que ele pode ter? 
Diminuir a carga viral, acelerar a cicatrização dessas 
lesões e interromper o surgimento de outras lesões. 
 
MEDICAMENTOS 
 
 TÓPICO: 
 
1. Aciclovir: 
- Possui outras formas farmacêuticas além de creme, 
para tratamento dermatológico. 
- Também tem na forma injetável para pacientes 
imunossuprimidos, também como pomada 
oftalmológica no caso da conjuntivite viral, 
comprimido e em creme. 
- O recomendado é fazer o uso dele de 4/4h (uma 
média de 5x ao dia). 
- Tem uma baixa biodisponibilidade, no geral, em 
torno de 20% quando é por V.O e ainda um pouco 
menor quando o tratamento é tópico. 
- Na prática clínica é o mais prescrito, até porque é 
disponibilizado pelo SUS. 
 
2. Penciclovir: 
- Pode ser utilizado de 2/2h. 
- É importante que nesse uso tópico a aplicação seja 
feita com um cotonete para evitar o contato direto 
com a pele e esse cotonete obviamente tem que ser 
descartado. 
- Algumas evidências mostram que apesar do 
penciclovir ter que ser utilizado mais vezes ao dia, ele 
consegue diminuir o tempo da manifestação clínica 
em 1 dia quando comparado ao aciclovir creme. 
 
 ORAL: 
 
1. Aciclovir comprimido: 
- Mais utilizado, pois é disponibilizado 
pelo SUS. 
- Em virtude da baixa disponibilidade e um período de meia 
vida de apenas 1h, faz com que a posologia desse 
medicamento seja bastante complexa. A recomendação é 
que faça o uso de 1cp 5x/dia de 4/4h por 7 dias, tanto pra 
herpes labial, quanto pra herpes genital. 
 
2. Valaciclovir comprimido: 
- Possui uma vantagem, a biodisponibilidade é maior, 
65% a mais do que o Aciclovir e os níveis séricos dele 
chega a ser 4x maior que o aciclovir, então, faz com que o 
tratamento com esse medicamento só requeira 1 cp de 
500mg por dia durante 5 dias. 
- O Valaciclovir é o pró fármaco do Aciclovir, significa dizer 
que o valaciclovir é administrado de forma inativa e 
depois que ele é biotransformado, um dos seus 
metabólitos é o Aciclovir, mas qual a vantagem dele? 
Quando ele é biotransformado a biodisponibilidade dele 
se torna maior. 
 
3. Fanciclovir comprimido: 
- É pró fármaco do penciclovir que é o medicamento 
tópico. 
- Ele tem cerca 77% maior sua disponibilidade em relação 
ao aciclovir, mas não possui um nível sérico tão elevado 
quanto o Valaciclovir. 
- Sua posologia acaba ainda sendo mais simples do que a 
do Aciclovir, é de 1cp de 250mg 3x por dia durante 5 dias. 
- No caso do Fanciclovir, tem o compromido de 125mg, 
250mg e também de 500mg. 
 
OBS: Pode associar tratamento tópico com o 
tratamento oral, em ambos os tipos de herpes. 
 
Esse é um tratamento de suporte, ele não causa 
cura, tem gente que tem vários episódios ao ano. Então, 
o paciente que tem de 6 episódios ao ano, ele vai precisar 
fazer um tratamento direcionado, vai precisar fazer um 
tratamento diário porno mínimo 6 meses para evitar 
recorrência dessa infecção. 
 
TRATAMENTO DE RECORRÊNCIA 
 
 
sEEgEggfEtz
Transcrição PL – Farmacologia I 
3ª SEMANA U.C 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 3 
 
 ORAL: 
 
1. Cloridrato de Lisina: 
- Mais utilizado, e o tratamento é feito quando o 
paciente tem 6 ou mais episódios ao ano. 
- Na verdade, ele é um aminoácido e ele pode ser 
utilizado 3x ao dia durante o período das refeições 
durante 6 meses. 
- Quando se faz um tratamento como esse durante 
6 meses, se prolonga muito uma nova lesão 
herpética. O paciente pode passar 1 ano, 2 anos ou 
até mais sem ter reincidiva. 
- Não é seu objetivo diminuir carga viral. 
- Só é realmente indicado pra ter supressão do 
herpes genital e impedir que o paciente venha a ter 
novas recaídas. 
- NÃO TEM NO SUS!!! 
 
2. Também pode ser utilizado o Aciclovir 200mg, 2 
comprimidos V.O, 2xdia, por até 6 meses, podendo 
o tratamento ser prolongado por até 2 anos 
dependendo da imunidade do paciente. 
 
OBS: A vantagem do Cloridrato de Lisina é 
que ele causa menos reação adversa. Esses anti-
virais de uma maneira geral, quando utilizado por 
um período prolongado acaba diminuindo a função 
reanl, então, importante que possa acompanhar a 
função renal quando estão fazendo o uso desses 
medicamentos. Cloridrato de Lisima também causa 
deficiência da função renal, porém em menor 
escala. 
 
 
 
 
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