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Análise do filme “Diabo Veste Prada”
Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise do filme “O Diabo Veste Prada” baseada na Teoria de Campo de Lewin, que aborda o comportamento humano como uma totalidade de aspectos ambientais e psicológicos. Kurt Lewin é o responsável por desenvolver um estudo denominada teoria do campo que relacionou conceitos da física quântica com a psicologia, sendo um dos pilares da psicologia organizacional. Esse estudo analisa o comportamento dos indivíduos dentro de grupos, as dinâmicas de mudança organizacional e a liderança (MELO, 2016). 
De acordo com Lewin, a motivação é o motor para o comportamento em grupo, dessa forma o comportamento de cada indivíduo é influenciado pelo grupo e a realidade que o cerca ao mesmo tempo, em que influencia o comportamento e o ambiente, criando um campo energético (MELO, 2016). 
O ambiente como é percebido e interpretado pelo indivíduo é denominado ambiente psicológico. Nesse ambiente os objetos, pessoas ou situações podem gerar valência no ambiente psicológico, gerando um campo dinâmico de forças psicológicas. Quando a valência é positiva ocorre uma atração do indivíduo e os de valência negativa o repelem, como na física eletrostática (SOUZA, 2009).
Essa valência de atração ou repulsão em relação há um objeto, pessoa ou situação, provoca um deslocamento que pode ser na mesma direção, se for uma atração, ou em direção oposta, se for uma repulsão, esse deslocamento é denominado vetor. Um vetor tende sempre a produzir deslocamento em certa direção. Quando dois ou mais vetores atuam sobre uma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é uma espécie de resultante de forças, como na Mecânica da Física clássica (MELO, 2016).
Andrea uma jornalista formada por uma Universidade conceituada recebe oportunidade de trabalhar na famosa revista Runway como assessora de Miranda Priestly, a editora-chefe da revista Runway, a maior revista de moda do país. Miranda é uma líder autoritária que gera um ambiente de trabalho tenso e competitivo.
 No início do filme, Andrea aparece descontraída com seu namorado e amigos, e não se importando com moda. De acordo com Lewin, este ambiente adquire para Andrea uma valência positiva, satisfazendo suas necessidades pessoais, embora ela ainda esteja em busca de realização profissional. 
Após a entrada de Andrea na empresa é possível identificar um comportamento, incertezas e conflitos. Como valência negativa é possível citar quando Andrea é solicitada por Miranda fora do seu horário de trabalho, fazendo com que a mesma não consiga ter uma vida pessoal e social. Andrea se sente excluída do grupo devido a não conhecer conceitos de moda e se vestir de forma diferente a dos outros funcionários. A outra assistente de Miranda, Emily, oferece muita resistência a Andrea no início do filme.
De acordo com Lewin, as motivações ou necessidades é a força consciente e inconsciente que leva um indivíduo a um determinado comportamento. No filme é mostrado que a Andrea é uma jornalista dedicada, sonhadora que percebe a oportunidade como uma forma de iniciar e conquistar seu espaço no mundo jornalístico. Todo esforço em atender a expectativa de Miranda é buscando de ser reconhecida na área, sendo essa sua motivação.
As barreiras são situações ou pessoas que podem bloquear o comportamento oferecendo resistência, ou mesmo impedindo. Essa situação é observada no filme quando Andrea tem dificuldade de aceitar a viagem a trabalho para Paris junto com Miranda, pois sabia que esse era o sonho de sua colega de trabalho. Porém, mesmo essa resistência, Andrea acaba aceitando o convite, motivada pelo desejo de ter seu trabalho reconhecido.
Líder é a pessoa, no grupo, à qual foi atribuída uma posição de responsabilidade, formal ou informalmente, para coordenar processos e pessoas. Sua missão maior é influenciar o comportamento das pessoas para que atinjam algum objetivo específico da organização. Miranda demonstra uma liderança autoritária, agindo de maneira rígida, além de apresentar resistência à mudança e desenvolver uma relação de dependência com os membros do grupo.
Miranda gera um ambiente tenso, causando desconforto ao grupo. Para Kurt Lewin, o funcionamento do grupo é influenciado pelo líder, a depender do tipo de liderança e sua de atuação, o líder pode contribuir para que o padrão de funcionamento do grupo se mantenha estável ou conflituoso. O perfil de liderança de Miranda gera um ambiente tenso o que gera uma tomada de decisão rápida e relação ao trabalho do grupo. Todos são muito tensos e precisam resolver de forma ágil às solicitações de Miranda.
O grupo é uma estrutura dinâmica onde existe interdependência entre os seus membros, o que significa que uma mudança no estado de uma das partes provoca mudança em todas as outras. Quando se busca os objetivos grupais, cria-se no grupo um processo de interação entre as pessoas, que se influenciam umas às outras, podendo criar novos significados e metas. 
Portanto, em um grupo o que acontece a um sujeito interfere no todo, sendo o grupo o somatório das forças resultantes, isto é, o somatório das valências de atração e repulsão existente nos indivíduos do grupo (SOUZA, 2009). O funcionamento do grupo pode ser fortemente influenciado pelo líder. Miranda em várias cenas do filme faz exigências a equipe em relação a cumprimento de horário e prazos, deixando claro que tudo deve estar pronto antes do horário marcado. Assim, no ambiente de trabalho da revista, o clima é de “medo e ansiedade”, deixando o grupo de trabalho sempre em alerta, à espera do próximo pedido.
A coesão de um grupo é a resultante de todas as forças que atuam sobre os membros a fim de que permaneçam no grupo. Algumas pessoas participam de grupos por simplesmente gostarem de seus componentes, outras integram os grupos devido ao grande valor dos objetivos estabelecidos, como, por exemplo, lutar por causas sociais. Em outros casos, a pessoa se sente mais atraída por um grupo por reconhecimento.
Percebe-se em várias cenas do filme, que os padrões de comportamento de Miranda mobilizam o grupo, despertando sentimentos de incapacidade e desmerecimento. Suas assistentes disputam sua atenção na busca por reconhecimento e conquista de um espaço na revista Runway. O desejo de ser incluído manifesta-se como desejo de atenção, de interação, de ser distinto dos demais.
Andrea, com seu gosto para roupas fora das tendências da moda. Quando começa a trabalhar na revista Andrea percebe que o padrão de comportamento do grupo não condiz com seus valores, porém como forma de sobrevivência, adapta-se à realidade, buscando fazer o seu melhor para ser reconhecida e conquistar o seu espaço.
É possível observar que Andrea é atraída pelo mundo da moda movida pelo desejo de obter reconhecimento na carreira. Porém, isso faz com que ela se afaste de seus amigos, familiares e até mesmo do seu namorando. Mostrando assim que a força de atração do reconhecimento acaba por repelir pessoas que Andrea convivia antes de entrar na empresa.
No final do filme Andrea compreende que se corrompeu e fez algo que não considerava ético quando aceitou viajar no lugar da colega de trabalho. Deixou os amigos e familiares e adquiriu um perfil igual aos outros membros do grupo da revista. Isso fez com que enxergasse que não precisava perder seus valores para obter sucesso e reconhecimento e suas escolhas dependem de si mesma.
REFERÊNCIAS
MELO A.S.E. Lewin e a pesquisa-ação: gênese, aplicação e finalidade. 
 Revista de Psicologia, v. 28, n. 1, p. 153-159, jan.-abr. 2016. 
SOUZA M.R.C. As dinâmicas sociais e as psicologias dos grupos. Monografia apresentada ao curso de Pedagogia do Centro de ciências Humanas e sociais. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2009.

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