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COMO FUNCIONAM OS GRUPOS Requisitos que caracterizam um grupo •O que caracteriza um grupo? •É quando o grupo, seja de natureza operativa ou terapêutica, preencha condições básicas: üNão é um mero somatório de indivíduos – nova entidade com leis e mecanismos próprios e específicos; *Todos reunidos em torno de uma tarefa e de um objetivo comum; - O tamanho não pode exceder o limite que coloque em risco a comunicação dos indivíduos (alguns teóricos acreditam em torno de dez). Características do grupo •Importância do setting, bem como a do contrato com os pacientes (local, tempo, férias); •Embora uma nova unidade, deve-se se preservar a individualidade dos membros; •Compreenda: Coexistem duas forças contraditórias: uma tendente à coesão e a outra à sua desintegração; • •Lugar onde gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papéis etc. Modalidades Grupais •“Abecedário” de aplicações das intervenções grupais: A: analítico, auto-ajuda, adolescentes, alcoolistas B: Borderline C: Capacitação, casais, crianças D: Dramatização, discussão, diagnóstico E: ensino-aprendizagem F: Formação, família G: Gestáltico, gestantes H: Homogênio, holístico I: Integração, institucional, idosos L: Livre, laboratório M: Maratona N: Numerosos O: operativo, orientação, organizacional, obesos P: Psicodrama, psicossomático Q: Questionamento R: Reflexão, reabilitação S: Saúde mental, sobrevivência social, sensibilização, sala de espera T: Treinamentos, terminais U: União, universalidade V: Vivências Pelo grupo de dependência: Muitas vezes o grupo acaba funcionando em função do seu líder. ‘’relação patológica” vínculo problemático na visão de zimmerman Em grupo psico individual: A interpretação tem que estar voltada para o grupo e não para uma pessoa em específico. ex: O grupo está me dizendo o que?. É fundamental que a interpretação seja direcionada ao campo grupal. Todo grupo é uma rede vincular; Pichon (fundador dos grupos operativos) •“Todo conjunto de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, e articuladas por mútua representação interna, se propõe explícita ou implicitamente uma tarefa, que constitui sua finalidade. Podemos, então, dizer que estrutura, função, coesão e finalidade, junto com um número determinado de integrantes, configuram a situação grupal que tem seu modelo natural no grupo familiar” (o processo grupal, p 124) •Então: •Vínculo = afetividade – relações de energia, investimento aos objetos (pessoas) que nos cercam naquela nova realidade grupal. •Relação dialética – ao mesmo tempo que eu afeto o objeto (que eu afeto uma pessoa), o objeto também me afeta – mudança de condição os dois lados (mudança bilateral); Grupos operativos Grupo ------ Rede vincular Grupos operativos • Formação de papéis (todo grupo passa por essas formações de papéis): • porta-voz (fala mais que os outros, explicita o bem estar e/ou o mal estar do grupo), • bode-expiatório (o trouxa do grupo, o grupo elege como culpado “não deu certo por causa dele”), • sabotador (por questões pessoais acha que a mudança é muito agressiva – resistências), É um sujeito mais resistente e conservador • líder (Tipos de liderança – assume a liderança do grupo) – quando o grupo começa a operar, surgem os papéis. A pessoa que se sente responsável pelo grupo - Conceitos de verticalidade (história de cada indivíduo) e de horizontalidade (o aqui agora da totalidade grupal); Toda interpretação do grupo deve acontecer no aqui e agora, o que está acontecendo no grupo naquele determinado momento - Verticalmente está a história do sujeito – o sujeito pode ter sido o bode-expiatório da família (a pessoa pode ter um papel diferente em cada grupo); - Horizontal: a história do grupo – o sujeito passa a exercer outro papel na história do grupo – efetividade do grupo – história construída e partilhada; • “Cone invertido” – vetores: afiliação pertencência, pertinência, comunicação, aprendizagem, cooperação e “tele”-componente emocional do grupo (clima emocional do grupo); • É um esquema constituído por vetores na base dos quais se fundamenta a operação no interior do grupo. • A partir da análise inter relacionada destes vetores se chega a uma avaliação da tarefa que o grupo realiza. Grupos operativos voltados ao Ensino-Aprendizagem •“Aprender a aprender” – “mais importante que encher cabeças de conhecimento é formar cabeças”; •São muito utilizados em tarefas de ensino e treinamento. Grupos institucionais • Realizados em escolas, igrejas, exércitos e empresa; •Exemplo disso são os grupos que se destinam a aumentar o vínculo dentre os colaboradores de uma empresa através de grupos operativos centrados na tarefa de um clima de harmonia entre os seus diversos subgrupos. Grupos comunitários •Partindo da OMS, saúde é “um completo bem estar físico, psíquico e social” – técnicas grupais encontrariam uma larga utilização em comunidades; •Podem ser realizados tanto nos cuidados primários (prevenção), como secundários (tratamento) e terciários (reabilitação); Grupos de Auto ajuda •Compostos por pessoas portadoras de uma mesma categoria de necessidades (grupos homogêneos): •Adictos (obesos, fumantes, toxicômanos etc.) •Cuidados primários de saúde (programas preventivos, diabéticos, hipertensos etc.) •Reabilitação (infartados, colostomizados etc) •Sobrevivência social (estigmatizados, deficiências, GLBT); •Suporte: (pacientes terminais ou doenças crônicas) •Problemas sexuais e conjugais. Psicoterapia Cognitivo-Comportamental •Todo indivíduo é um organismo processador de informação, recebendo dados e gerando apreciações; •Baseado na teoria da aprendizagem social – são valorizadas as expectativas , que o sujeito sente, seus valores, atos e crenças, bem como a sua forma de adaptação ao meio social; A técnica visa três objetivos: reeducação das concepções errôneas, treinamento de habilidades comportamentais e modificação no estilo de viver Yalom desenvolveu a partir do que ele experienciou Instilação de esperança -Quando uma pessoa entra no grupo e vê que tem efetividade, ou se recuperou e está bem porque foi favorecido por esse grupo, é um componente que indica o positivo para esse sujeito •A fé em um modo de tratamento – efetiva para o paciente como para o terapeuta. •O testemunho de melhora apresentado por outro paciente oferece-lhes grandes esperanças quanto à sua própria melhora; •Ex: aditos recuperados Universalidade •Em um grupo de terapia, especialmente em seus estágios mais iniciais, os pacientes experenciam um enorme alívio ao perceberem que não estão sozinhos com seus problemas; •Universalidade: não estão sozinhos e seus problemas são universais e compartilhados por outros membros do grupo; Oferecimento de informações •Instrução didática: Textos especializados, palestras(psicoeducativos ou psicoeducação), membros encorajados a trocarem informações – na saúde: instruções explícitas acerca da doença – psicoeducação. •Aconselhamento: quanto mais recente for o grupo, maior vai ser o fenômeno do aconselhamento; componente dinâmico e inerente ao grupo – participam do processo os membros dos grupos em auxílio aos seus pares; “acho que você deveria...” “por que você não...?” Altruísmo (Muito relacionado a psicoterapia de grupo) •Por sua própria estrutura, os grupos reforçam o ato de ajuda aos demais: •Pacientes tornam-se úteis uns aos outros, compartilham, oferecem apoio, sugestões e insights; •O fator altruísmo é próprio da terapia de grupo; Desenvolvimento das técnicas de socialização •Desenvolvimento de habilidades sociais básicas – acontece em todos os grupos; •Nos grupos mais orientados para a interação, os pacientes aprendem acerca do comportamento mal-adaptado a partir do feedback honesto que oferecem uns aos outros; •Ex: aprender sobre o efeito que seus braços cruzados tem sobre os outros – ou hábitos que prejudicam relacionamentos sociais. Muitas vezes o grupo acaba funcionando como um espelho ou como desenvolvedor das habilidades sociais Comportamentoimitativo •Os membros beneficiam-se da observação da terapia de um outro paciente com problemas similares; •Ex: uma mulher tímida e reprimida que observa outra mulher na experiência do grupo, com um comportamento mais extrovertido e uma aparência mais atraente pode, ela mesma, experimentar novos métodos para pentear-se e vestir-se Catarse (fundamental para a vinculação dos participantes dos grupos) •Ser capaz de expressar emoções fortes e profundas e ainda assim ser aceito pelos outros. •Vivência intensa de algo no setting; O paciente deve integrar o evento catártico, por meio da compreensão do significado deste, primeiro no grupo, depois no contexto de sua vida fora do grupo Reedição corretiva do grupo familiar primário •Muitos pacientes ingressam na terapia de grupo com uma história de experiências altamente insatisfatórias em seu primeiro grupo – a família original; •Os pacientes podem começar a interagir com os líderes ou outros membros como interagiam com os pais e irmãos; •Ex: atribuição de poderes irreais, rivalizar com os outros membros, prover ou aplacar as necessidades dos outros. Fatores existenciais (muitas vezes permeiam o grupo, será que está dando certo?) •Fluxo considerável de preocupações existenciais: morte, isolamentos, liberdade, falta de significado – principalmente em grupos para doenças crônicas e enlutados. •Percepção de um limite do grupo; •Percepção de que são os responsáveis pela condução de suas vidas; •Percepção de que existe uma solidão inerente e que não pode ser evitada; •À medida que aceitam aprendem a lidar e enfrentar as limitações. Coesão (O QUE ALMEJAMOS, quando o grupo está vinculado, se resolvem, grupo dos sonhos) Aspectos mais completos e integrais do grupo; •Refere-se à atração que os membros do grupo têm entre si e pelo próprio grupo (vínculo estabelecido); •Lugar onde cabe aceitação, apoio e relacionamentos significativos dentro do grupo; VÍNCULO •Pacientes mais inclinados a se expressar, se relacionando de modo mais profundo com os outros e facilitam a eficácia da terapia. Aprendizagem interpessoal (entender como as questões interpessoais pode-se efetivas no grupo) •Cada membro já traz consigo um conjunto próprio de interações interpessoais passíveis de serem exploradas; •Deve-se examinar: –A importância dos relacionamentos interpessoais; –A necessidade de experiências emocionais corretivas para a eficácia da psicoterapia; –O grupo como um microcosmo social; –A aprendizagem a partir de padrões comportamentais no microcosmo social. vivência de como são nossas relaçoes exteriores mas nesse momento seguro e acolhedor pro grupo
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