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Contabilidade de Custos_book

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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Cristiane de Carvalho Pimenta.
Contabilidade de Custos I / Pimenta, Cristiane de Carvalho. - 
Multivix, 2020.
 
 
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
3MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
 > Quadro 5: Principais diferenças entre custos e despesas 20
 > Quadro 8: Principais diferenças entre investimentos e gastos 25
 > Quadro 11: Exemplos de aplicação dos Princípios Contábeis 27
 > Quadro 2 – Exemplo de como ocorrem os custos semifixos 38
 > Quadro 4 – Demonstrativo dos custos de produção 40
 > Quadro 10 – Custos indiretos de uma empresa 47
 > Quadro 13 – Etapas da apuração do CPV 52
 > Tabela 1 - Vantagens e desvantagens do método do 
custeio por absorção 63
 > Tabela 2 - Vantagens e desvantagens do método do 
custeio variável 64
 > Quadro 1 - Demonstração de resultados de uma 
empresa comercial 112
 > Quadro 2 - Principais diferenças entre a contabilidade 
de custos e a contabilidade financeira 114
 > Quadro 1 - Confrontação das receitas com os custos 141
5MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 > Figura 1: Matéria-prima é um exemplo de custos relacionados 
à produção 15
 > Figura 2: Aspectos importantes quanto à classificação de custos 16
 > Figura 3: Pagamento de comissões é um exemplo de despesas 17
 > Figura 4: Os produtos estocados correspondem ao produto final 19
 > Figura 6: Maquinários SÃO um exemplo de um investimento 
permanente 22
 > Figura 7: Classificação dos gastos 23
 > Figura 9: Investimentos não planejados refletem em 
prejuízos para a empresa 26
 > Figura 12: Mão de obra direta é um custo de transformação 29
 > Figura 13: Esquema dos custos primários 30
 > Figura 1 – A mão de obra é um custo direto 36
 > Figura 3 – Variação dos custos semivariáveis por nível de produção 38
 > Figura 5 – Comportamento dos custos variáveis 40
 > Figura 6 – Exemplos de custos indiretos de fabricação 43
 > Figura 7 – Uso de estimativas e critérios de rateio na atribuição 
dos custos indiretos 43
 > Figura 8 – Setor de controle de qualidade (mão de obra indireta) 45
 > Figura 9 – A escolha do critério de rateio é feita em função do 
recurso mais utilizado na produção 47
 > Figura 11 – A representação dos departamentos 49
 > Figura 12 – As empresas são divididas em departamentos 50
 > Figura 1 Exemplo de custear: acumulação ou reunião de custos 60
 > Figura 2 - Critérios para escolher o método de custeio 61
 > Figura 3 - Distinção entre custos e despesas 66
 > Figura 3 - Distinção entre custos e despesas 67
 > Figura 5 - Condições básicas de um custo direto 68
 > Figura 6 - A farinha de trigo é um exemplo de material direto 
na produção de pão 69
 > Figura 7 - Elementos principais dos custos em manufatura 70
6 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 > Figura 8 - O material direto precisa ser de fácil identificação 71
 > Figura 9 - O serviço de limpeza é um exemplo de serviço 
complementar 72
 > Figura 10 - Diversidade de profissionais encontrada em uma empresa 74
 > Figura 11 - A embalagem corresponde a um material direto 75
 > Figura 1 - Exemplo de estoque de produtos a serem vendidos 83
 > Figura 2 - É fundamental que as empresas controlem seus estoques 85
 > Figura 3 - A vantagem de controlar o estoque é a 
disponibilidade de informações para as tomadas de decisão 86
 > Figura 4 - Contagem física dos itens de um estoque 87
 > Figura 5 - A apuração do resultado pode ser mensal, trimestral 89
 > ou semestral, para fins de gestão 89
 > Figura 6 - O estoque de veículos é exemplo de um bem 
que utiliza o preço específico 90
 > Figura 7 - Movimentação de mercadorias 92
 > Figura 8 - Movimentação de mercadorias pelo método 
a preço de reposição 93
 > Figura 9 - Movimentação de mercadorias pelo 
método PEPS 93
 > Figura 10 - Movimentação de mercadorias pelo método UEPS 94
 > Figura 11 - Avaliação pelo método do custo médio ponderado móvel 94
 > Figura 12 - Movimentação de mercadorias pelo método 
do custo médio ponderado móvel 95
 > Figura 13 - O ideal para o mercado é o equilíbrio da economia 96
 > Figura 14 - Os critérios de avaliação de estoque UEPS e custo médio 
ponderado fixo tendem a distorcer os resultados 97
 > Figura 1 - A contabilidade de custos controla os gastos das indústrias 102
 > Figura 2 - A indústria de petróleo é um exemplo de indústria 
em função da transformação 103
 > Figura 3 - Manipulação dos valores monetários 104
 > Figura 4 - As informações contábeis são relevantes 
para o governo brasileiro 105
 > Figura 5 - Fórmula utilizada pela contabilidade de custos 107
7MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 > Figura 6 - A demanda de custos de um setor produtivo 108
 > Figura 7 - Fórmula utilizada pela contabilidade financeira 109
 > Figura 8 - Empresas industriais deram origem à contabilidade 
de custos 111
 > Figura 11 - Pessoas físicas também utilizam a contabilidade financeira 115
 > Figura 12 - A contabilidade de custos e a contabilidade financeira 
protegem os recursos das empresas 116
 > Figura 13 - O contador e suas atribuições 117
 > Figura 1 - Usuários do plano financeiro 124
 > Figura 2 - O período do plano financeiro varia de acordo 
COM CADA EMPRESA 124
 > Figura 3 - O controle está situado no limite 
entre as receitas e as despesas 127
 > Figura 4 - Esquema básico de controle de custos 128
 > Figura 5 - As empresas fazem investimentos com objetivo 
de alcançar bons retornos 129
 > Figura 6 - Dinheiro em espécie é um exemplo de bens numerários 130
 > Figura 7 - A cada ano, um percentual do valor do bem será 
depreciado 133
 > Figura 8 - Tipos de depreciação 134
 > Figura 9 - Possíveis formas de ocorrência de um desembolso 136
 > Figura 10 - Exemplo clássico de desembolso 137
 > Figura 11 - Um simples bolsa é um objeto de custos 139
 > Figura 12 - O valor das vendasbrutas é igual ao 
somatório de todas as vendas 141
8 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
2UNIDADE
4UNIDADE
3UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 11
1. INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE DE CUSTOS 15
1.1 CONCEITO DE CUSTOS E DESPESAS 15
1.2 AS DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS E DESPESAS 18
1.3 CONCEITO DE INVESTIMENTOS E GASTOS 21
1.4 DIFERENÇAS ENTRE INVESTIMENTOS E GASTOS 25
1.5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS À CONTABILIDADE DE CUSTOS 27
1.6 CONCEITOS CONTÁBEIS RELACIONADOS À CONTABILIDADE 
DE CUSTOS 29
2. ABORDAGEM GERAL SOBRE CUSTOS 35
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 35
2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 35
2.2. COMPORTAMENTO DOS CUSTOS 39
2.3. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 42
2.4. CRITÉRIOS DE RATEIO 46
2.5. DEPARTAMENTALIZAÇÃO 49
2.6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS 52
3. OBJETO DE CUSTEIO E ELEMENTOS DOS CUSTOS DE MANUFATURA 59
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 59
3.1 O QUE É OBJETO DE CUSTEIO 60
3.2 FINALIDADE DOS MÉTODOS DE CUSTEIO 62
3.3 TIPOS DE OBJETOS DE CUSTEIO 65
3.4 FORMAÇÃO DOS CUSTOS EM MANUFATURA 68
3.5 ELEMENTOS DOS CUSTOS EM MANUFATURA 70
3.6 ENTENDENDO OS ELEMENTOS DOS CUSTOS EM MANUFATURA 73
4. METODOLOGIA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 81
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 81
4.1 CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 82
4.2 IMPORTÂNCIA DE CONTROLAR OS ESTOQUES 84
4.3 TIPOS DE INVENTÁRIOS 87
4.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 90
4.5 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 92
4.6 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 
DE ESTOQUES 95
9MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5UNIDADE
6UNIDADE
5. CONTABILIDADE DE CUSTOS x CONTABILIDADE FINANCEIRA 101
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 101
5.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS 101
5.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA 104
5.3 OBJETIVOS 106
5.4 RELAÇÃO ENTRE CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE 
FINANCEIRA 110
5.5 DIFERENÇAS ENTRE CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE 
FINANCEIRA 113
5.6 UTILIZAÇÃO DOS DADOS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA 
AS TOMADAS DE DECISÃO 117
6. UMA ABORDAGEM COMPLEMENTAR SOBRE CUSTOS 123
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 123
6.1 O PLANEJAMENTO DE CUSTOS 123
6.2 O CONTROLE DE CUSTOS 126
6.3 ENTENDENDO OS TIPOS DE INVESTIMENTOS 129
6.4 DEPRECIAÇÃO 132
6.5 DESEMBOLSO E PERDAS 136
6.6 OBJETO DE CUSTOS E OUTROS CONCEITOS 139
REFERÊNCIAS 144
10 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
11MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindos à disciplina de Contabilidade de Custos I, na qual iremos estudar 
para aprofundar seus conhecimentos sobre os custos inerentes ao contexto 
empresarial, no que tange à produção e manutenção de suas atividades. 
Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, essa disciplina foi orga-
nizada em seis unidades, com conteúdos que visam apoiar seu processo de 
ensino-aprendizagem sobre a contabilidade de custos inerentes do segmento 
empresarial. Inicialmente, na Unidade 1 de introdução à disciplina abordan-
do conceitos e termologias importantes no cenário de custos, com essa base 
conceitual podemos evoluir para as abordagens práticas de custos como: os 
objetos de custeio, os elementos dos custos de manufatura, a metodologia de 
controle e avaliação de estoques, a diferença entre a contabilidade de custos 
e a financeira.
Objetivos da disciplina
Após esse processo de aprendizagem, esperamos que, até o final da disciplina, 
vocês possam:
• ampliar a compreensão sobre a terminologia contábil;
• conhecer as diferenças entre os conceitos contábeis;
• compreender a importância da contabilidade financeira e da contabilidade 
financeira;
• aprender a metodologia de avaliação e controle de estoque. 
Ao longo da disciplina, serão abordados exemplos, casos práticos, saiba mais, 
disponibilidade de download de conteúdo complementares, orientações para 
pesquisas complementares aos estudos, assim como os exercícios de fixação 
e reforço da aprendizagem. Porém, antes de iniciar a leitura, gostaríamos que 
vocês parassem um instante para refletir sobre algumas questões:
• O que é Contabilidade de Custos?
• O que é Contabilidade Financeira?
• O que são Princípios Contábeis?
• O que são e como diferenciar custos de despesas?
12
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Não se preocupe caso não compreenda os temas mencionados; não quere-
mos que vocês respondam de imediato a todas essas questões. Contudo, es-
peramos que, até o final dos estudos, vocês consigam formular essas respostas.
Enfim, esperamos promover reflexões pertinentes sobre o assunto e desejamos 
bons estudos!
13MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
14 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
> introduzir conceitos 
relevantes utilizados 
na contabilidade de 
custos;
> compreender as 
diferenças entre 
custos, despesas, 
investimentos e 
gastos;
>conhecer e 
compreender 
como os princípios 
contábeis são 
aplicados à 
contabilidade de 
custos;
> apresentar 
conceitos pertinentes 
à contabilidade de 
custos.
> introduzir conceitos 
relevantes utilizados 
na contabilidade de 
custos;
> compreender as 
diferenças entre 
custos, despesas, 
investimentos e 
gastos;
>conhecer e 
compreender 
como os princípios 
contábeis são 
aplicados à 
contabilidade de 
custos;
> apresentar 
conceitos pertinentes 
à contabilidade de 
custos.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
15MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
1. INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE 
DE CUSTOS
Nesta unidade, será abordada uma base conceitual da contabilidade de cus-
tos. Essas informações são importantes para compreensão de termos técnicos 
aplicados na abordagem e na prática contábil nas empresas. 
1.1 CONCEITO DE CUSTOS E DESPESAS
Uma empresa, ao adquirir matéria-prima para produção de um produto, con-
trai custos. 
Vamos iniciar conhecendo a definição que alguns autores atribuem ao termo 
tão utilizado em contabilidade de custos:
Custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção 
de outros bens ou serviços, sejam eles desembolsados ou não. Só são 
reconhecidos como custos no momento da fabricação de um produto ou 
execução de um serviço. Correspondem aos valores gastos com a fabricação 
dos produtos (CREPALDI S.; CREPALDI G., 2018, p. 20).
FIGURA 1: MATÉRIA-PRIMA É UM EXEMPLO DE CUSTOS RELACIONADOS À PRODUÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
16
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Como os custos são utilizados diretamente com a produção, a matéria-prima 
é um bom exemplo a ser mencionado. 
Atenção
Embora seja complexa a 
classificação dos custos 
em relação à fabricação de 
produtos, os custos podem 
ser categorizados em custos 
diretos e indiretos.
Outro exemplo de custos é a mão de obra 
responsável diretamente pela fabricação 
de um bem. Qualquer produto, para ser 
produzido, necessita de mão de obra no 
processo produtivo, sem a qual ficaria in-
viável sua produção. Em função disso, a 
mão de obra é considerada imprescindível 
e responsável direta na produção de um 
bem. 
Na produção de um bem, tudo o que é 
utilizado para que a matéria seja transfor-
mada no produto, a contabilidade registra 
comocustos.
É fundamental, quanto à classificação dos 
custos em comércio, saber com exatidão:
FIGURA 2: ASPECTOS IMPORTANTES QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
Dinheiro
• quanto foi utilizado?
• em que foi utilizado?
Fonte: Elaborado pela autora (2020). 
Para que a empresa tenha conhecimentos exatos de quanto em dinheiro foi 
utilizado e em que foi utilizado, é necessário que o empresário seja consciente 
e disciplinado. No entanto, o que acontece, na prática, é uma redução no con-
trole dos custos quando a empresa está em uma boa fase. 
Cabe à contabilidade de custos a missão de identificar os custos, dentre os va-
lores gastos pela empresa, para o desenvolvimento de suas atividades.
Vamos entender agora o que são despesas e como elas são vistas pelas empre-
sas e pelo setor contábil.
No caso das despesas, temos como definição:
17MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
São gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas 
e consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas, que 
provocam redução do patrimônio. Também podem ser definidas como 
valores gastos com a comercialização e a administração das atividades 
empresariais. Geralmente, são gastos mensais (CREPALDI; CREPALDI, 
2018, p. 19).
Para a empresa realizar vendas, as empresas se utilizam de vendedores; estes, 
por sua vez, recebem percentuais sobre o valor das vendas, ou seja, recebem 
comissões. Para a Contabilidade de Custos, comissões são consideradas como 
despesas para as empresas.
FIGURA 3: PAGAMENTO DE COMISSÕES É UM EXEMPLO DE DESPESAS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Um segundo exemplo de despesas são os honorários advocatícios. 
Saiba Mais 
Para reforçar o entendimento sobre custos 
e despesas, acesse o link: http://www.
portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-
despesa.htm.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm
18
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
As despesas são feitas para aquisição de bens e serviços, utilizados nos setores 
comercial, administrativo e financeiro, com a finalidade de, direta ou indireta-
mente, obter receitas.
As despesas podem ser diretas e indiretas. 
Entendendo a classificação das despesas diretas 
Tem relação direta com o faturamento, por exemplo, fretes de entrega, 
impostos diretos sobre o faturamento, comissões de vendas etc.
Entendendo a classificação das despesas indiretas 
Não tem relação com o faturamento, por exemplo, salários e encargos 
sociais, aluguéis, tarifas públicas, condomínio etc. 
Os gastos e as despesas são elementos distintos e precisam ser classificados 
corretamente para fins de contabilização.
1.2 AS DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Agora que você já sabe o conceito de custos e despesas, vamos aprender quais 
são as diferenças entre esses termos tão utilizados na contabilidade de custos. 
Para Viceconti (2018), diferenciar custos e despesas não é uma tarefa simples. 
Nesse sentido, vejamos um exemplo:
Os gastos realizados com embalagem de perfumes de uma grande empresa 
de cosméticos representam custos, se forem feitos no decorrer da produção 
(no caso de o produto ser vendido embalado), e serão considerados despesas, 
se forem feitos no encerramento da produção (caso o produto possa ser vendi-
do embalado ou não). Podemos concluir, dessa forma, que os gastos adiciona-
dos ao produto nas indústrias são contabilizados como despesas. 
No caso do leite, é um produto que só pode ser vendido embalado, configuran-
do a embalagem um custo ocorrido durante o processo produtivo. Já no caso do 
sabão (que pode ser vendido embalado ou não), se o custo para ser embalado 
ocorrer durante o processo produtivo, será considerado custo; se o custo para ser 
embalado for após o processo produtivo, será considerado despesa.
19MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
Dica 
Os gastos realizados na produção até o produto 
final – produto pronto para venda em estoque – 
são custos; após esse momento, todos os demais 
gastos são despesas. Essa questão representa uma 
importante dica para diferenciar custos de despesas
FIGURA 4: OS PRODUTOS ESTOCADOS CORRESPONDEM AO PRODUTO FINAL
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Em uma empresa, os custos são diversos, em função da complexidade para 
que toda a estrutura empresarial funcione plenamente. 
Vejamos outros exemplos de custos:
• combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica;
• aluguéis e seguros do prédio da fábrica;
• depreciação dos equipamentos da fábrica;
• gastos com manutenção das máquinas da fábrica. (VICECONTI, 2018, p. 29)
20
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Agora, exemplos de despesas:
• gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas;
• conta telefônica do escritório e de vendas;
• aluguéis e seguros do prédio do escritório. (VICECONTI, 2018, p. 29)
Como você pode observar, existem infinitos custos e despesas, os quais variam 
de empresa para empresa, em função do porte da empresa e da atividade. 
Leitura Complementar 
Para que você reforce o aprendizado sobre as 
diferenças entre custos e despesas, pesquise 
no site https://www.dicionariofinanceiro.
com/custo-e-despesa/ e aumente seus 
conhecimentos de contabilidade de custos para 
fortalecer a sua formação como profissional.
Os custos e despesas apresentam diferenças significativas, sendo fundamental 
que você entenda com clareza quais são.
Vejamos, então, as principais diferenças entre custos e despesas:
QUADRO 5: PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS E DESPESAS
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Custos Despesas
Gastos utilizados diretamente com a 
produção
Gastos não utilizados diretamente com 
na produção
Gastos que não reduzem o patrimônio 
da empresa
Gastos que reduzem o patrimônio da 
empresa
Gastos feitos durante o processo 
produtivo
Gastos feitos após o processo produtivo
Fonte: Elaborado pela autora (2020). 
Para Crepaldi e Crepaldi (2018), as despesas incluem todos os elementos que 
são identificados no setor administrativo, no setor financeiro, setor de vendas, 
entre outros setores que possam minimizar a receita, ou seja, o lucro da em-
presa. Em razão das despesas influenciarem diretamente o resultado do exer-
cício da empresa, podendo reduzir o lucro, é que a empresa, por meio da con-
tabilidade de custos, precisa administrar sistematicamente seus gastos. 
https://www.dicionariofinanceiro.com/custo-e-despesa/
https://www.dicionariofinanceiro.com/custo-e-despesa/
21MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
Custos antes das vendas 
Antes das vendas, os custos são elementos integrantes do estoque de 
matéria-prima, do estoque de produtos em processo e do estoque de 
produtos acabados.
Custos depois das vendas 
Os custos depois das vendas tornam-se despesas, obedecendo ao 
Princípio da Competência (reconhecimento simultâneo das despesas 
com as receitas).
Podemos concluir que as despesas influenciam diretamente o resultado do 
exercício, diferentemente dos custos.
É importante atentar que, se os gastos forem utilizados diretamente na produ-
ção, são considerados custos; em contrapartida, se os gastos não forem utiliza-
dos diretamente na produção, são considerados despesas.
1.3 CONCEITO DE INVESTIMENTOS E GASTOS
Chegou o momento de aprendermos sobre investimentos. Sob o ponto de 
vista da Contabilidade, os investimentos são valores em que a empresa investe 
com a finalidade de obter retornos futuros. Saber identificá-los faz toda a dife-
rença para o patrimôniodas empresas. 
Cursos de capacitação para funcionários é considerado investimento, pois eles 
estarão mais capacitados, gerando melhorias para a empresa.
Vamos à definição de investimentos:
São todos os gastos ativados em função da utilidade futura de bens ou 
serviços obtidos. É realizado na obtenção de um bem para o ativo da 
entidade, bem este ativado em função de sua vida útil ou porque será 
atribuído a exercícios futuros (CREPALDI; CREPALDI, 2018, p. 20).
Nesse sentido, as empresas, para investirem, precisam visualizar retornos sig-
nificativos em curto ou em longo prazo. Os investimentos no setor produtivo, 
máquinas, equipamentos e veículos promovem melhorias na produção, con-
sequentemente nos lucros.
22
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 6: MAQUINÁRIOS SÃO UM EXEMPLO DE UM INVESTIMENTO PERMANENTE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Curiosidade
É possível afirmar que 
todo custo reflete um 
investimento; porém, 
nem todo investimento é 
considerado um custo. 
A classificação dos investimentos está 
diretamente atrelada ao período de 
retorno, e esses investimentos podem 
ser circulantes (estoques de matéria-
prima e produtos para comercialização) e 
permanentes (equipamentos de produção 
e instalações).
Sob o ponto de vista da Contabilidade, os 
gastos são recursos financeiros utilizados 
para que a empresa atinja seus objetivos 
empresariais. 
Em relação aos gastos, estes são definidos 
como:
São os encargos financeiros efetuados por uma entidade com vista à obtenção de um 
produto ou serviço qualquer para a produção de um bem ou para a obtenção de uma 
receita. Representados por entrega ou promessa de entrega de ativos (geralmente 
dinheiro). (CREPALDI; CREPALDI, 2018, p. 19)
23MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
Os gastos são utilizados para diversas finalidades. Vejamos alguns exemplos:
• gastos feitos para aquisição de matéria-prima;
• gastos com salários;
• gastos com comissões sobre vendas.
Os gastos classificam-se em:
FIGURA 7: CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS
Custos
Desperdícios
Perdas DespesasGASTOS
Fonte: Elaborado pela autora (2019). 
A princípio, tudo é considerado gasto; posteriormente, cada gasto recebe a sua 
classificação.
Para reforçar a importância de se conhecer esses conceitos, vamos ver a per-
cepção de outros autores. Vejamos outro conceito de investimentos:
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a 
futuro(s) período(s). Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou 
serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou 
amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento 
ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. 
(MARTINS, 2018, p. 25)
Não existe empresa que faça investimentos sem ter como objetivo retorno fu-
turo, de diversas naturezas. Os gastos são necessários e representam sacrifício 
para as empresas.
24
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Agora, o conceito de gastos:
Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro 
para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega 
ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Conceito 
extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos. 
(MARTINS, 2018, p. 24)
A complexidade que envolve os gastos requer atenção redobrada no momen-
to de classificá-lo corretamente. 
Saiba Mais 
Como conteúdo complementar a esse tópico, 
Investimentos e Gastos, acesse o link: https://
www.financaspraticas.com.br/investir/como-
investir-meu-dinheiro/hora-de-investir/gasto-ou-
investimento e complemente seus estudos.
Vejamos mais um exemplo de investimentos e gastos.
Quando uma empresa adquire ações de 
outras empresas, tal investimento é um 
gasto, podendo ser classificado como 
investimento circulante ou não circulante 
em função do interesse da empresa que 
levou à compra dessas ações.
O dinheiro destinado pelas empresas em 
serviços de logística, na distribuição de seus 
produtos, é considerado um gasto.
Embora os gastos realizados pelas empresas sejam constantes, os investimentos 
são mais significativos. 
https://www.financaspraticas.com.br/investir/como-investir-meu-dinheiro/hora-de-investir/gasto-ou-investimento
https://www.financaspraticas.com.br/investir/como-investir-meu-dinheiro/hora-de-investir/gasto-ou-investimento
https://www.financaspraticas.com.br/investir/como-investir-meu-dinheiro/hora-de-investir/gasto-ou-investimento
https://www.financaspraticas.com.br/investir/como-investir-meu-dinheiro/hora-de-investir/gasto-ou-investimento
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
No próximo tópico, vamos aprender sobre as diferenças entre investimentos e 
custos.
1.4 DIFERENÇAS ENTRE INVESTIMENTOS E 
GASTOS
Assim como não é tarefa fácil entender a diferença entre custos e despesas, 
ele pode afirmar a diferença entre gastos e investimentos. Está preparado para 
avançarmos ? Então, vamos lá!
Quando falamos em investimentos, estamos falando de aquisição de 
equipamento de produção; já no caso dos gastos, temos como exemplo o 
pagamento de salários.
Vejamos as diferenças entre investimentos e gastos:
QUADRO 8: PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE INVESTIMENTOS E GASTOS
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Investimentos Gastos
Gasto com expectativa de retorno após 
determinado período
Gasto com objetivo de obtenção de 
bens e serviços para a produção
Agrega valor para a empresa Gera sacrifício para a empresa
Em geral, tem relação com o futuro Está relacionado ao presente
Fonte: Elaborado pela autora (2020). 
Como você pode observar, são grandes as diferenças entre investimentos e 
gastos!
Os investimentos geram retornos significativos para as empresas; já os gastos 
não, porém sua ocorrência é inevitável.
Atenção 
Gastos são valores que não foram previstos inicialmente, 
porém surgiram em decorrência de uma necessidade 
da empresa, e não serão repassados ao cliente final. 
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CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
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Portanto, a contabilidade de custos tem muita relevância no que tange à 
gestão de custos, até mesmo os investimentos, que, geralmente, proporcionam 
retornos satisfatórios. Se não forem analisados com cautela, podem gerar gastos 
desnecessários e prejuízos para a empresa.
FIGURA 9: INVESTIMENTOS NÃO PLANEJADOS REFLETEM EM 
PREJUÍZOS PARA A EMPRESA
Fonte: Plataforma Deduca (2020). 
Downloads 
Para saber mais sobre investimentos e gastos, faça 
o download do material do Instituto de Pesquisas 
e Estudos Contábeis do Rio de Janeiro, pelo link: 
https://ipecrj.com.br/wp-content/uploads/2017/03/
palestra_quarta_conhecimento_custos_despesas.
pdf.
https://ipecrj.com.br/wp-content/uploads/2017/03/palestra_quarta_conhecimento_custos_despesas.pdf
https://ipecrj.com.br/wp-content/uploads/2017/03/palestra_quarta_conhecimento_custos_despesas.pdf
https://ipecrj.com.br/wp-content/uploads/2017/03/palestra_quarta_conhecimento_custos_despesas.pdf
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
1.5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS À 
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Os princípios contábeis regem a Contabilidade e sempre devem ser praticados 
pelos profissionais do setor contábil. Podemos afirmar que atuam como uma 
bússola, orientando as práticas contábeis, representando o pilar da Contabili-
dade e seguindo as determinações legais das Resoluções nº 750/93 e nº 774/94 
do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Downloads
Para conhecer mais 
profundamente os princípios 
contábeis, façao download 
das resoluções do CFC, 
acessando o link: http://
portalcfc.org.br/wordpress/
wp-ontent/uploads/2013/01/
Livro_Principios-e-NBCs.pdf.
Os Princípios Contábeis estão diretamente 
relacionados ao exercício da profissão con-
tábil, contribuindo para o cumprimento 
das exigências dos Códigos de Pronuncia-
mento Contábeis. A aplicação dos Princí-
pios Contábeis garante o registro correto 
dos fatos contábeis, assim como permite a 
mensuração exata do patrimônio 
empresarial. 
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018), os 
princípios contábeis são: Princípio da En-
tidade, Princípio da Continuidade, Princí-
pio da Oportunidade, Princípio do Registro 
pelo Valor Original, Princípio do Regime de 
Competência e Princípio da Prudência.
Os Princípios Contábeis surgiram a partir da necessidade de padronização das 
práticas contábeis, gerando maior segurança e confiabilidade à situação finan-
ceira da empresa. Cada princípio está relacionado a uma prática ou processo 
contábil que visa aos processos éticos e legais determinados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC), conforme apresentado na tabela seguinte:
QUADRO 11: EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Princípio Exemplo
Princípio da Entidade
Os bens da pessoa jurídica não se 
confundem com os bens da pessoa física.
Princípio da Continuidade
Continuidade da empresa por tempo 
indeterminado.
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-ontent/uploads/2013/01/Livro_Principios-e-NBCs.pdf
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-ontent/uploads/2013/01/Livro_Principios-e-NBCs.pdf
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-ontent/uploads/2013/01/Livro_Principios-e-NBCs.pdf
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-ontent/uploads/2013/01/Livro_Principios-e-NBCs.pdf
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Princípio Exemplo
Princípio da Oportunidade 
Para segurança das informações 
contábeis, os registros contábeis devem 
ser feitos após sua ocorrência. 
Princípio do Registro pelo 
Valor Original ou Custo 
Histórico
Os valores destinados ao funcionamento 
de um bem devem ser somados ao valor 
de compra.
Princípio do Regime de 
Competência
Compra de um bem em setembro com 
pagamento em outubro. Este bem deverá 
ser reconhecido no mês de aquisição. 
Princípio da Prudência 
As receitas devem ser estimadas a um 
valor menor e as despesas a um valor 
maior.
Fonte: Elaborada pela autora (2020). 
Os Princípios Contábeis são considerados a essência da Contabilidade, nor-
teando todas as práticas contábeis, visando ao controle e à manutenção do 
patrimônio das empresas. 
Todo bem possui um tempo de vida útil, 
ou seja, todo bem possui um tempo de 
vida relacionado diretamente ao seu 
funcionamento e tal informação é relevante 
para o registro contábil desse bem.
Durante o tempo de vida útil de um 
bem, todas as despesas necessárias, 
desde a instalação até manutenção, são 
consideradas no custo histórico desse bem.
Como você pode constatar, os Princípios Contábeis são de grande relevância 
para a área de Ciências Contábeis, sem os quais seria inviável fazer uma leitura 
uniforme dos registros contábeis.
29MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
1.6 CONCEITOS CONTÁBEIS RELACIONADOS À 
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Outros conceitos relevantes para estudarmos nesta disciplina são custos de 
oportunidade, custos primários, custos comuns, custos marginais e custos de 
oportunidade.
A abordagem de tais conceitos é importante para a gestão dos custos. Uma 
vez conhecendo os custos, é possível geri-los eficientemente, planejá-los e re-
duzi-los, mantendo um controle adequado. 
Os custos de transformação, também conhecidos como custos de conversão, 
configuram a mão de obra, tanto a direta quanto a indireta, energia, horas de 
máquina etc. Não são incluídos nos custos de transformação a matéria-prima 
nem produtos comprados para uso ou para industrializar. 
A mão de obra de uma indústria de produtos eletrônicos é um exemplo típico 
de custo de transformação.
FIGURA 12: MÃO DE OBRA DIRETA É UM CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2020). 
Os custos primários são representados por dois elementos relevantes: a maté-
ria-prima e a mão de obra direta. Por exemplo, o tecido, que é a matéria-prima 
utilizada na confecção de roupas, é um custo primário. 
30
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
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Vale ressaltar que nos custos primários não estão incluídos os custos diretos 
restantes, bem como são diferentes dos custos diretos. 
Para exemplificar, vamos pensar na embalagem do produto. Esse item é con-
siderado um custo direto, e não um custo primário. Ambos os tipos de custos, 
direto e primário, apresentam diferenças entre si.
Vale ressaltar que os custos diretos são diversos custos relacionados diretamente 
à produção; já os custos primários são formados por apenas dois elementos. 
Observe o esquema que retrata os custos primários:
FIGURA 13: ESQUEMA DOS CUSTOS PRIMÁRIOS
Matéria-
-prima
Mão de 
obra 
direta
Custos 
primários
Fonte: Elaborado pela autora (2020). 
Temos custos comuns, que são considerados até um dado momento da pro-
dução. A partir do ponto de segregação, os produtos acabados passam a ter di-
ferença entre si. No segmento de indústria farmacêutica, isso é muito comum.
Os custos marginais representam o custo incorrido a mais que a empresa tem 
na produção de uma unidade extra de um produto. Duas características im-
portantes desse custo são: tem relação com os custos variáveis e acontece no 
momento em que a empresa opera em capacidade ociosa. 
Os custos de oportunidade são um conceito também muito utilizado em eco-
nomia. Vejamos o que significa. 
Em custos de oportunidade
Representam o quanto a empresa sacrificou de recursos em termos de 
remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa em vez de 
outra, sendo denominados custo econômico ou custos não contábeis. 
Trata-se do valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ao se 
fazer determinada escolha, deixam-se de lado as demais possibilidades, 
pois são excludentes. À alternativa escolhida associa-se como “custo de 
oportunidade” o maior benefício NÃO obtido dentre as possibilidades 
NÃO escolhidas, isto é, “a escolha de determinada opção impede o 
31MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar”. 
(CREPALDI; CREPALDI, 2018, p. 26).
Em outras palavras, o custo de oportunidade ocorre quando uma empresa que 
produzia determinada quantidade de um produto resolve produzir um novo 
produto. Para isso, terá de deixar de produzir alguns itens do primeiro produto 
para produzir esse novo produto, transferindo recursos do primeiro para o se-
gundo produto. O custo de oportunidade é exatamente no valor perdido por 
não produzir o primeiro produto.
Como você pode observar na imagem, a empresa transfere recursos de um 
produto para produzir outro produto. 
O valor da renúncia de um produto em detrimento de outro produto caracte-
riza o custo de oportunidade.
Downloads 
Para complementar seus estudos, faça o download 
do material do Conselho Regional de Contabilidade 
do Estado do Rio de Janeiro no link: http://webserver.
crcrj.org.br/APOSTILAS/A0084P0449.pdf e aprenda 
mais e mais.
Vejamos outros termos utilizados em contabilidade de custos.
Materiais diretos
São materiais que representam diretamente os produtos, como 
matéria-prima e embalagem.
Mão de obra direta
É a mão de obra utilizada diretamente na produção de um bem, como 
o operário que manuseia um equipamento de produção. 
http://webserver.crcrj.org.br/APOSTILAS/A0084P0449.pdf
http://webserver.crcrj.org.br/APOSTILAS/A0084P0449.pdf
32
CONTABILDIADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciadapela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Rateios
São os custos indiretos relacionados aos produtos em processo. Como 
exemplos, temos a depreciação de equipamento rateado, em função 
do tempo de utilização. 
Embora esses conceitos tenham sido abordados no final da unidade, eles tam-
bém são importantes em contabilidade de custos.
CONCLUSÃO
Ao longo desta unidade, aprendemos que os custos se referem aos gastos re-
lativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, 
sendo que as despesas das empresas são gastos com bens e serviços não uti-
lizados nas atividades produtivas, consumidos direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas, podendo até mesmo provocar redução do patrimônio 
da empresa.
Reforçamos que a principal diferença entre custos e despesas está no fato de 
os custos não serem deduzidos no patrimônio da empresa. No que se refere às 
despesas, deduzem-se do patrimônio, tendo influência direta no lucro. Lem-
bramos que os gastos efetuados para a compra de bens ou serviços que visam 
à produção podem ser classificados como gastos, custos, despesas, perdas ou 
desperdício. 
Aprendemos, também, que os investimentos são gastos almejando retorno fu-
turo, que pode ser no curto, médio ou longo prazo. A principal diferença entre 
investimentos e gastos é que os investimentos são gastos com expectativa de 
retorno após determinado período e os gastos têm objetivo de aquisição de 
bens e serviços para a produção.
Reforçamos a importância dos princípios contábeis para os profissionais do 
setor por tratar de diretrizes que guiam as práticas contábeis, tornando os re-
gistros contábeis confiáveis e seguros. Dessa forma, evitam-se transtornos le-
gais para as empresas e responsáveis pelo setor contábil, desde que sigam os 
Princípios da Entidade, Princípio da Continuidade, Princípio da Oportunidade, 
Princípio do Registro pelo Valor Original, Princípio do Regime de Competên-
cia e Princípio da Prudência.
33MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
Em contabilidade de custos, destacamos alguns termos que geram dúvidas 
em profissionais do setor, como os custos de transformação geralmente as-
sociados à mão de obra direta e indireta, energia, horas de máquina etc.; os 
custos primários: mão de obra direta e matéria-prima; os custos marginais: re-
presentam o custo incorrido a mais que a empresa tem na produção de uma 
unidade extra de um produto. Custos de oportunidade conhecidos também 
como custo econômico ou custos contábeis representam um item em detri-
mento de um outro item que foi renunciado.
Toda essa abordagem de introdução à contabilidade de custos tende a agre-
gar conceitos relevantes na continuidade da disciplina, objetivando, posterior-
mente, a correta aplicação de tudo o que foi aprendido no âmbito profissional, 
promovendo eficiência e segurança às práticas contábeis.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 2
 > classificar os custos;
 > compreender como os 
custos se comportam;
 > apresentar os custos 
indiretos de fabricação, 
os critérios de rateio e a 
departamentalização; e
 > contabilização dos 
custos.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
34 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
2. ABORDAGEM GERAL SOBRE 
CUSTOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, faremos uma abordagem mais ampla sobre custos. 
Você vai aprender a classificar os custos e como estes se comportam de acordo 
com o volume de produção. Vai estudar sobre os custos indiretos, os critérios 
de rateio e a departamentalização, além de conhecer como os custos são con-
tabilizados pelo setor contábil.
O aprendizado desse assunto é muito importante para a prática contábil, já 
que pode contribuir com o profissional na correta aplicação dos custos, objeti-
vando utilizá-los estrategicamente em prol da empresa. 
Para finalizar esta introdução, nesta unidade, trataremos dos seguintes tópicos:
• classificação dos custos;
• comportamento dos custos;
• custos indiretos de fabricação;
• critérios de rateio;
• departamentalização; e 
• contabilização dos custos.
Bons estudos!
2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
A classificação dos custos é um tema relevante para as empresas. Quando são 
classificados corretamente, a organização dispõe de informações reais que po-
dem auxiliar na definição do valor de venda de seus produtos. 
Segundo Viceconti e Neves (2018), os custos são classificados em relação aos 
produtos fabricados e aos níveis de produção.
Primeiramente, vamos aprender a classificação em relação aos produtos fabri-
cados, que são os custos diretos e indiretos.
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Os custos diretos são aqueles que podem ser incorporados de forma direta à 
produção, em função do conhecimento exato da quantidade consumida du-
rante esse processo. São custos de fácil identificação e classificação. Vejamos 
alguns exemplos: matéria-prima e mão de obra.
FIGURA 1 – A MÃO DE OBRA É UM CUSTO DIRETO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Há situações em que o custo é considerado direto por natureza, no entanto, 
por ser tão mínimo o valor, não vale a pena incorporá-lo ao produto, sendo as-
sim, é visto como custo indireto. 
Os custos indiretos são aqueles que precisam ser mensurados, rateados ou es-
timados para serem incorporados a um produto. São custos apropriados indi-
retamente. O modelo utilizado para as estimativas desses custos é conhecido 
como base ou critério de rateio. 
Como exemplo, podemos indicar gastos com verniz e cola na produção de 
móveis. Os gastos com esses materiais são difíceis de serem incorporados a 
um produto específico como custos diretos, sendo assim, são considerados 
indiretos. 
37MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
No caso de uma empresa cuja produção é apenas de um único produto, todos 
os custos são considerados diretos, porque é fácil mensurar. 
Outros exemplos de custos diretos: 
Material de embalagem, depreciação de equipamento (na produção 
de um produto apenas) e energia elétrica das máquinas (quando for 
possível identificar o consumo de produção de cada produto).
Outros exemplos de custos indiretos:
Depreciação de equipamento (na produção de mais de um produto), 
salários dos chefes de supervisão da equipe de produção, gastos com 
limpeza da fábrica e energia elétrica que não pode ser atribuída ao 
produto. 
Já em relação aos níveis de produção, temos os custos fixos, custos semifixos, 
custos variáveis e custos semivariáveis.
Os custos fixos representam valores que são iguais, independentemente da 
quantidade produzida. Um bom exemplo desse tipo de custo é o aluguel da 
empresa ou fábrica, pois implica cobrança mensal independentemente de lu-
cro, vendas, produção ou dias trabalhados, porém pode sofrer variações ao lon-
go do tempo (aumento anual do aluguel). 
Por sua vez, os custos semifixos são aqueles que se apresentam fixos em de-
terminado nível de produção, porém variam se o nível de produção também 
variar, como nos casos em que a demanda de produção surge a partir de uma 
campanha da empresa. Um exemplo desse cenário são as empresas de cho-
colates, cujo maior período de produção se dá na época da Páscoa. Podemos 
pensar também nas empresas de eletrônicos, que aumentam a produção para 
as vendas de fim de ano. Veja essa relação de produção na tabela a seguir. 
Quanto maior a produção, maior o número de supervisores, o que, por conse-
quência, faz aumentar os custos com encargos e salários. 
38
CONTABILIDADE DE CUSTOS I
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017,Publicada no D.O.U em 23/06/2017
QUADRO 2 – EXEMPLO DE COMO OCORREM OS CUSTOS SEMIFIXOS
Volume de produção
Quantidade necessária 
de supervisores
CUSTOS EM R$ 
(SALÁRIOS+ ENCARGOS)
 0 – 20.000 1 120.000,00
20.001 – 40.000 2 240.000,00
40.001 – 60.000 3 360.000,00
60.001 – 80.000 4 480.000,00
Fonte: Adaptada de Viceconti e Neves (2018, p. 20). 
Os custos variáveis são justamente o contrário dos custos fixos, já que variam de 
acordo com a quantidade produzida. Como exemplo principal, temos a ma-
téria-prima. Quanto mais produzir, mais matéria-prima será necessário para 
atender o volume de produção. Em casos de não ter produção, não haverá cus-
to variável, apenas custos fixos. São exemplos de custos variáveis os materiais 
indiretos consumidos e as horas extras de produção.
FIGURA 3 – VARIAÇÃO DOS CUSTOS SEMIVARIÁVEIS POR NÍVEL DE PRODUÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Os custos semivariáveis sofrem variação em função do nível de produção, po-
rém possuem valor fixo mesmo que não haja produção. À medida que o nível 
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
de produção varia, os custos semivariáveis também variam. Por exemplo, no 1º 
nível, a produção é 1, e os custos de produção equivalem a X. Já no 2º nível, a 
produção é 2, e os custos de produção equivalem a Y, e assim sucessivamente
Exemplos de custos semivariáveis são o valor da conta de energia elétrica da 
fábrica e a locação de copiadora. Nesse sentido, haverá cobrança da conta de 
energia elétrica mesmo que não haja produção, de igual modo, o aluguel de 
uma copiadora terá de ser pago também. Outros exemplos que podemos citar 
são: IPTU, depreciação de equipamentos (método linear), salários de seguran-
ças e porteiros da fábrica e prêmios de seguros.
Entender a classificação dos custos é fundamental para o bom andamento 
dos estudos desta disciplina. Vimos que os custos devem ser contabilizados 
devidamente para evitar não apenas uma má gestão dos custos, mas também 
transtornos legais às empresas.
2.2. COMPORTAMENTO DOS CUSTOS 
O fato de os custos variáveis serem diretamente proporcionais ao volume de 
produção resulta no custo variável unitário (CVu). Em outras palavras, o custo 
variável dividido pelo volume produzido é fixo, ou seja, constante, conforme ex-
plicam Viceconti e Neves (2018). Em contrapartida, o custo fixo (CF) é constante 
independentemente do volume produzido. Já o custo fixo unitário (CFu), que é 
o custo fixo dividido pelo volume produzido, é sempre decrescente. 
Por exemplo, o custo variável unitário (CVu) é constante.
Observe:
10,00 (CV) ÷ 1 (Q) = 10,00 (CVu)
20,00 (CV) ÷ 2 (Q) = 10,00 (CVu)
Agora, observe como o custo fixo unitário (CFu) é decrescente:
100,00 (CF) ÷ 1 (Q) = 100,00 (CFu)
100,00 (CF) ÷ 2 (Q) = 50,00 (CFu)
Vejamos um exemplo que demonstra os custos de produção de 0 a 100 uni-
dades, em R$:
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QUADRO 4 – DEMONSTRATIVO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
QQ C. FIXO CF (R$)
C. 
VARIÁVEL 
(CV) R$
CUSTO 
TOTAL(CT) 
R$ 
CUSTO 
FIXO UNIT. 
(CFu) R$ 
CUSTO 
VAR. UNIT. 
(CVu) R$
CUSTO 
MÉDIO 
(CMe) R$ 
0 100,00 0,00 100,00 - - -
1 100,00 10,00 110,00 100,00 10,00 110,00
2 100,00 20,00 120,00 50,00 10,00 60,00
3 100,00 30,00 130,00 33,33 10,00 43,33
4 100,00 40,00 140,00 25,00 10,00 35,00
- - - - - - -
99 100,00 990,00 1.090,00 1,01 10,00 11,01
100 100,00 1.000,00 1.100,00 1,00 10,00 11,00
Fonte: Adaptada de Viceconti e Neves (2018, p. 21). 
Observe que o custo fixo é constante, ou seja, é sempre R$ 100,00, indepen-
dentemente do volume produzido. Mas e o custo fixo unitário? Como ele se 
comporta? O custo fixo unitário é sempre decrescente, isso acontece porque 
é resultado da divisão de um valor fixo (100,00) por volumes produzidos cada 
vez mais elevados. Nesse sentido, se a empresa fabrica apenas uma unidade, o 
custo fixo unitário equivale a R$ 100,00 ÷ 1, que é igual a R$ 100,00. Por outro 
lado, se a produção for de quatro unidades, o valor será igual a R$ 25,00 (100 
÷ 4). O custo variável sempre cresce de acordo com o volume de produção. 
Assim, haverá maior consumo de matéria-prima se a empresa produzir um 
volume maior do produto.
FIGURA 5 – COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
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Vejamos agora o custo variável unitário. Observe, na Figura 4, que ele é sempre 
igual a R$ 10,00. Isso nos permite supor que, se a produção dobrar, o custo de 
matéria-prima também dobrará. 
Grande parte dos contadores segue essa linha de raciocínio, entendendo que, 
se a produção dobrar, o custo de matéria-prima também dobrará, no entanto, 
isso não ocorre em todos os casos.
É possível que haja uma “junção” da classificação dos custos em relação aos 
produtos fabricados e aos níveis de produção. Nesse sentido, vejamos alguns 
exemplos desses custos, quando eles ocorrem simultaneamente, ou seja, tanto 
em relação aos produtos fabricados como em relação aos níveis de produção. 
Custo direto e variável:
Como exemplo, podemos citar o consumo de material direto na 
produção.
Custo indireto e variável: 
Como exemplo, podemos citar o consumo de material indireto na 
produção.
Custo indireto e fixo: 
O seguro da fábrica representa um custo indireto e fixo para a empresa. 
Custo direto e fixo: 
A mão de obra utilizada nas máquinas que precisam de manutenção. 
Como podemos notar, o comportamento dos custos é complexo e dinâmico, 
sendo tarefa árdua trabalhar corretamente com esses elementos. Assim, para 
uma compreensão efetiva desse assunto, são necessárias muitas leituras teóri-
cas. Um material interessante é o artigo “Análise do comportamento dos cus-
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tos das empresas brasileiras listadas no
Download 
Clique aqui para ter 
acesso ao artigo Análise do 
comportamento dos custos 
das empresas brasileiras 
listadas no segmento 
da construção civil da 
BM&FBOVESPA diante 
das mudanças no nível de 
atividade no período de 
2005 a 2014.
 
segmento da construção civil da 
BM&FBOVESPA diante das mudanças no 
nível de atividade no período de 2005 a 
2014”, dos autores Gabriela Silveira, Antô-
nio Carlos Lopes, Cristiane Huppes e Rafael 
Noriller.
A gestão dos custos fixos e dos custos vari-
áveis visa facilitar o controle dos custos de 
uma empresa, gerando equilíbrio ao orça-
mento da organização. Ademais, conhecer 
o comportamento dos custos auxilia a em-
presa nas tomadas de decisão e em casos 
de projeção para melhor estimar os níveis 
de produção. 
2.3. CUSTOS INDIRETOS 
DE FABRICAÇÃO
Nas empresas industriais, existem diversos custos indiretos inerentes à produ-
ção até que o produto final esteja pronto para venda. 
Para Viceconti e Neves (2018), os custos indiretos de fabricação correspondem 
à totalidade dos gastos feitos pela empresa para a produção que não estão 
classificados como gastos com material direto ou mão de obra direta. Como 
exemplo desses custos, temos: despesas gerais de produção, despesas gerais 
de fabricação, despesas indiretas de fabricação, gastos gerais de produção, cus-
tos gerais de fabricação, custos gerais de produção etc.
Leitura Complementar 
Aprenda mais sobre os custos indiretos de fabricação 
realizando a leitura do texto Custo indireto de fabricação 
aplicado, do autor Ivan de Sá Motta, disponível no link 
a seguir: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0034-75901968000100005.
https://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos162016/191.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901968000100005
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901968000100005
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
De acordo com Viceconti e Neves (2018), o termo mais correto é “custos gerais 
de fabricação (CGF)” ou “custos gerais de produção (CGP)”. Por se tratar de gas-
tos na produção, não cabe chamá-los de despesas, porém existem CGF que 
são diretos, sendo assim, não há coerência em chamá-los de custos indiretos. 
Excluindo-se os custos diretos de produção, os demais custos são considerados 
indiretos. Vejamos exemplos de CIF:
FIGURA 6 – EXEMPLOS DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Exemplos de CIF – CUSTOS INDIRETOS 
DE FABRICAÇÃO
Material indireto
Mão de obra indireta 
Seguro de fábrica
Depreciação de máquinas
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Um exemplo disso é o caso do consumo de energia elétrica de uma máquina 
ou de um equipamento que possui medidor. Nessa situação, o medidor estará 
sempre monitorando o consumo de energia, ou seja, o consumo de energia 
gasto na produção de cada produto. 
FIGURA 7 – USO DE ESTIMATIVAS E CRITÉRIOS DE RATEIO NA ATRIBUIÇÃO 
DOS CUSTOS INDIRETOS 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
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Dessa forma, o custo de energia elétrica será direto, pois existe para identificar 
o quanto de energia elétrica cada produto gastou até ficar pronto. No entanto, 
boa parte dos custos gerais de fabricação 
não tem como ser atribuída aos produtos, 
por não ter como mensurar isso, necessi-
tando de critérios de rateio para sua desti-
nação a cada produto.
Você aprenderá sobre critérios de rateio no 
próximo tópico. Porém, não há como abor-
dar os custos indiretos sem mencionar os 
critérios de rateio.
Nessa abordagem, utilizaremos o termo 
“custos indiretos de fabricação (CIF)”, por 
ser o mais convencional e utilizado na prá-
tica contábil. 
Veja no glossário a definição de dois custos 
indiretos de fabricação. 
Para Crepaldi e Crepaldi (2018), os custos 
indiretos são aqueles que não têm como 
serem relacionados diretamente aos pro-
dutos. Diante disso, para apropriá-los, são 
necessários rateios.
Como o próprio nome já revela, os custos indiretos só poderão ser incorporados 
de maneira indireta aos itens produzidos, utilizando-se de estimativas e crité-
rios de rateio. É o caso, por exemplo, do setor de qualidade.
Em geral, os custos indiretos de fabricação variam de empresa para empresa. 
Por exemplo, o material de limpeza utilizado por uma empresa que presta ser-
viços de limpeza e conservação será considerado material direto (custo direto). 
Por outro lado, no caso de um indústria de biscoitos, o material de limpeza uti-
lizado na limpeza da fábrica será considerado material indireto (custo indireto).
Glossário 
Mão de obra indireta: é 
o tipo de mão de obra 
que não é calculada em 
nenhum tipo de produto ou 
serviço realizado, tais como 
profissionais do setor de 
qualidade e mão de obra de 
supervisores.
Material indireto: são os 
tipos de itens utilizados em 
ações de apoio à fabricação 
ou, ainda, são os itens que 
têm relação não significativa 
com o produto, como graxas, 
lubrificantes, lixas etc.
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FIGURA 8 – SETOR DE CONTROLE DE QUALIDADE (MÃO DE OBRA INDIRETA)
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Existem algumas considerações importantes sobre custos indiretos. Vejamos 
a seguir.
Gastos em geral e administrativos, se não 
forem objetivamente ligados à produção, 
não poderão ser atribuídos aos custos dos 
produtos.
Despesas financeiras, gastos extraordinários 
e despesas com vendas também não devem 
ser atribuídos aos custos dos produtos.
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Aprendemos que as empresas trabalham diariamente consumindo bens e 
serviços, que são incorporados direta ou indiretamente à produção, necessi-
tando constantemente identificar tais custos para a correta interpretação des-
ses elementos.
2.4. CRITÉRIOS DE RATEIO 
Você sabe o que é rateio? Rateio representa um método utilizado na organi-
zação dos custos, é a prática da divisão dos CIF. Em última instância, trata-se 
da destinação dos custos dos objetos de custeio, tendo como referência um 
critério de rateio já estabelecido. 
De acordo com Crepaldi e Crepaldi (2018), os principais critérios de rateio dos 
custos indiretos de fabricação são: quantidade produzida, consumo de mate-
riais diretos, mão de obra direta aplicada, horas-máquinas e receitas de vendas. 
Em relação aos custos indiretos, devemos ressaltar que precisam ser destina-
dos por vários centros de custos e, posteriormente, repassados aos produtos, 
processo conhecido como rateio dos custos indiretos. A escolha do critério de 
rateio deve ser feita considerando-se o tipo de recurso mais utilizado no pro-
cesso produtivo. 
No caso de uma indústria de pães, o recurso mais utilizado é a farinha de trigo. 
Nesse sentido, o critério de rateio a ser empregado é o consumo de materiais 
diretos. 
Onde pesquisar 
Para aprender um pouco mais sobre os 
critérios de rateio, acesse o link a seguir: https://
anaiscbc.emnuvens .com.br/anais /art ic le/
viewFile/3042/3042. .
Um custo indireto ou uma reunião de custos indiretos possui relação com o 
objeto de custo, por meio da base de alocação de custos. Os custos indiretos 
de fabricação, quando verificados isoladamente para uma mensuração real, 
possuem relação mínima com o produto. Alguns exemplos disso são: manu-
tenção de máquinas, depreciação, seguros, vigilância, aluguéis, energia elétri-
ca, pró-labore do diretor de produção etc. Observe a seguir uma colocação 
sobre essa questão:
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3042/3042
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3042/3042
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3042/3042
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Os custos indiretos devem ser atribuídos ao processo de produção, entre 
as diversas unidades operacionais autônomas, denominadas “centros de 
custos”, que constituem a menor unidade de acumulação de custos na 
empresa (CREPALDI; CREPALDI, 2018, p. 62).
FIGURA 9 – A ESCOLHA DO CRITÉRIO DE RATEIO É FEITA EM FUNÇÃO DO RECURSO 
MAIS UTILIZADO NA PRODUÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Vejamos um exemplo prático, considerando os dados a seguir dos custos indi-
retos do departamento de colocação de tampas em garrafas no 1º semestre:
QUADRO 10 – CUSTOS INDIRETOS DE UMA EMPRESA
Mão de obra indireta R$ 11.200,00
Lubrificantes R$ 2.450,00
Energia elétrica R$ 3.325,00
Depreciação R$ 1.750,00
Custos indiretos diversos R$ 4.200,00
Fonte: Adaptada de Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 62). 
Nesse semestre, foram produzidas 24.500 dúzias de garrafas de 500 ml, 28.000 
dúzias de garrafas de 1 litro e 17.500 dúzias de garrafas de 1,5 litro. Vamos cal-
cular o rateio dos custos indiretos das garrafas:
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Custos indiretos: R$ 22.925,00 
Total de embalagens produzidas = 70.000 unidades 
Custo indireto por embalagem = R$ 22.925,00 / 70.000 unidades = 
R$ 0,3274 / unidade
Custo da embalagem 
Garrafas de 500 ml: 24.500 u × R$ 0,3274 = R$ 8.023,75
Garrafas de 1 litro: 28.000 u × R$ 0,3274 = R$ 9.170,00
Garrafas de 1,5 litro: 17.500 u × R$ 0,3274 = R$ 5.731,25 
Total: R$ 22.925,00
Garrafas de 500 ml (R$ 8.023,75) e de 1 litro (R$ 9.170,00) = R$ 17.193,75
Nesse exemplo, o critério de rateio utilizado foi o de quantidade produzida.
Além dos principais critérios de rateio citados no início do tópico, existem ou-
tros tipos, os quais vamos conhecer a seguir. 
A iluminação da fábrica é um custo comumou indireto em relação ao departamento, 
e o critério de rateio é a área ocupada, o 
número de lâmpadas ou os pontos de luz.
O custo do refeitório é um custo comum ou 
indireto em relação ao departamento, e o 
critério de rateio é o número de empregados.
Também existem os seguintes critérios de rateio: número de empregados e 
custos de materiais. 
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Aprendemos que os critérios de rateio são extremamente relevantes, pois aju-
dam no orçamento, na redução de custos, em planejamentos etc., permitindo 
tomadas de decisões assertivas.
2.5. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
O que é departamentalização? Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018), é o setor 
fabril dividido em segmentos, conhecidos como departamentos, nos quais são 
contabilizados todos os custos de produção neles incluídos de modo geral. As 
empresas são segmentadas em departamentos, cuja representação é expressa 
por meio de um organograma.
FIGURA 11 – A REPRESENTAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
A definição de departamento é que este é parte mínima, formada, na maioria 
das vezes, por funcionários e maquinários, em que os custos indiretos são reu-
nidos para posteriormente serem destinados aos produtos.
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Os tipos de departamentos são produtivos e de serviços. No primeiro caso, os 
custos são atribuídos de maneira direta aos produtos. Já no segundo caso, isso 
não é possível, uma vez que os produtos não transitam por esses departamen-
tos. Vejamos cada tipo de departamento a seguir. 
Os departamentos produtivos atuam proporcionando alguma alteração ao 
produto. Por exemplo, em uma indústria têxtil, o departamento de costura e o 
departamento de acabamento modificam alterações no tecido.
Por sua vez, os departamentos de serviços atuam prestando serviços a todos 
os outros departamentos produtivos, não tendo contato com o produto. Por 
exemplo, em uma indústria de massas, o setor de manutenção e almoxarifado 
não tem contato com o produto. 
FIGURA 12 – AS EMPRESAS SÃO DIVIDIDAS EM DEPARTAMENTOS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Em conjunto, os departamentos produtivos e os departamentos de serviços 
unem forças, em função do mesmo objetivo, ou seja, são interdependentes, 
um não funciona sem o outro. 
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Exemplos de departamentos produtivos:
São exemplos de departamentos produtivos os departamentos 
de acabamento, prensas e usinagem, pois realizam algum tipo de 
alteração no produto.
Exemplos de departamentos de serviços:
São exemplos de departamentos produtivos os departamentos 
de limpeza, expedição e administração geral da fábrica. <FIM O.A 
SANFONA>
A departamentalização promove a eficiência operacional nas empresas, ge-
rando benefícios tanto no departamento produtivo quanto no departamento 
de serviços. 
Para entender como as empresas criam seus departamentos, organizando 
uma estrutura que atenda às suas demandas de maneira eficiente, leia o artigo 
disponibilizado no download a seguir. 
Download 
Faça o download do artigo 
sobre departamentalização 
e aprenda ainda mais sobre 
esse assunto: http://www.oms.
supergestor.com/material5.
pdf. 
Vamos conhecer mais exemplos de depar-
tamento de produção e de serviços: aplai-
namento, montagem, tapeçaria e pintura. 
Já exemplos de departamento de serviços 
são os seguintes: moagem, perfuração, gal-
vanização, malharia, mistura, refinaria e en-
garrafamento. 
O departamento, na maioria dos casos, é 
um centro de custos, em outras palavras, 
no departamento estão reunidos os custos 
para depois serem destinados aos produ-
tos (departamento de produção) ou aos 
demais departamentos (departamentos 
de serviços). Pode ocorrer que um único 
departamento agregue mais de um centro de custos.
São objetivos da departamentalização dos custos:
http://www.oms.supergestor.com/material5.pdf
http://www.oms.supergestor.com/material5.pdf
http://www.oms.supergestor.com/material5.pdf
52
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• promover melhorias no controle dos custos; e
• possibilitar definição mais exata dos custos dos produtos.
A expedição e o controle de qualidade são exemplos de centros de custos.
Aprendemos que, com a departamentalização, a empresa atua por setores 
ou departamentos. No departamento produtivo, os custos são apropriados 
diretamente. Já no departamento de serviços, não é possível apropriar os 
custos, tendo em vista que o produto fabricado não passa pelo departamento 
de serviços. A departamentalização gera organização e favorece os resultados 
empresariais.
2.6. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS
Vamos iniciar este tópico abordando a apuração do CPV, que é o custo do pro-
duto vendido. Para Crepaldi e Crepaldi (2018), o custo do produto vendido é a 
soma dos materiais diretos (MD), da mão de obra (MOD) e dos custos indiretos 
de fabricação (CIF), com ajustes para mais ou para menos, em função da varia-
ção dos estoques de produtos acabados e de produtos em processo. A soma 
desses elementos é chamada de custos de produção.
Temos: CP = MD + MOD + CIF 
A apuração do CPV requer a realização de algumas etapas para a total apura-
ção dos custos. 
Observe na tabela seguinte:
QUADRO 13 – ETAPAS DA APURAÇÃO DO CPV
Etapas da apuração do CPV
Separação entre custos e despesas
Separação entre custos diretos e indiretos
Apropriação dos custos diretos aos produtos
Rateio dos custos indiretos aos produtos
Fonte: Elaborada pela autora (2019). 
É fundamental saber diferenciar a mão de obra direta (MD) da mão de obra 
indireta (MOI). Quando um funcionário, operador de máquina, produz um pro-
duto por vez, essa mão de obra é MOD. Ainda que fabrique mais de um produ-
to por vez, sendo possível mensurar o tempo de cada um, ainda temos a MOD. 
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
Agora, se for necessário fazer uso de algum critério de rateio, temos a MOI.
Se um funcionário de uma indústria atua exclusivamente na produção de um 
brinquedo, essa mão de obra é direta. Se ele atua na produção de dois brin-
quedos, sendo possível calcular o tempo gasto na produção de cada um, ain-
da temos mão de obra direta. Agora, se não for possível calcular o tempo de 
produção, sendo necessário utilizar um critério de rateio, essa mão de obra é 
indireta. 
Após a realização de todas as etapas, é o momento da contabilização dos cus-
tos em razonetes: 
Custo de produção
Estoque de produtos 
em processo (EPP)
MD xxx (a) (a) xx
MOD xx x(b)
CIF
Total
xxx
Estoque de produtos 
acabados (EPA)
Custo dos produtos 
vendidos (CPV)
(b) xx (c)
xx x(c) xxx
Agora, vejamos as legendas de cada lançamento contábil:
À medida que os custos de produção (MD + MOD + CIF) são utilizados, ocorre a 
transferência para a conta EPP, lançamento (a). De modo geral, os lançamen-
tos ocorrem em partidas mensais. Conforme os produtos são finalizados, esses 
custos são transferidos da conta EPP para a conta EPA, lançamento (b).
No momento da venda dos produtos, os custos são transferidos da conta EPA 
para a conta CPV, lançamento (c), encerrando-se a contabilização dos custos.
Cabe algumas considerações importantes sobre a mão de obra direta e alguns 
elementos agregados à mão de obra.
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Mão de obra direta: 
É considerada mão de obra direta se houver como calcular o tempo 
consumido, sem que seja necessário incorporação indireta ou rateio. 
Elementos integrantes da mão de obra direta: 
São elementos formadoresda mão de obra direta os salários e os encargos 
sociais. Os encargos sociais sofrem variação de empresa para empresa. 
Uma das razões dessa variação são os direitos assegurados por acordos ou 
convenções coletivas de trabalho. Não é simples a questão de os encargos 
sociais serem atribuídos à mão de obra.
Vejamos uma dica a seguir:
Dica
Uma maneira mais fácil de mensurar o valor dos 
encargos sociais é identificar o gasto anual cabível 
à empresa e, após isso, dividi-lo pelas horas que o 
empregado de fato permanece à disposição da 
empresa.
Os encargos sociais que cabem à mão de obra podem variar, por exemplo, 
os benefícios sociais e a rotatividade de funcionários contribuem para essa 
variação. 
Para finalizar este tópico, aprendemos que a contabilização dos custos obede-
ce a algumas etapas, pois é necessário realizar a separação correta dos custos 
e, na sequência, contabilizá-los.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, aprendemos que os custos são classificados em relação aos 
produtos fabricados e aos níveis de produção, podendo ainda ser classifica-
dos como custos diretos e indiretos. Cabe relembrar que os custos diretos são 
aqueles que podem ser incorporados de forma direta à produção, em função 
do conhecimento exato da quantidade consumida, como a matéria-prima e a 
mão de obra, por exemplo.
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Já os custos indiretos são aqueles que precisam ser mensurados, rateados ou 
estimados para serem incorporados a qualquer produto. Em última instância, 
são custos apropriados indiretamente. No tocante aos níveis de produção, temos 
os custos fixos, os custos semifixos, os custos variáveis e os custos semivariáveis.
Os custos fixos representam valores que são iguais, independentemente da 
quantidade produzida, como no caso do aluguel. Por sua vez, os custos semi-
fixos são aqueles que se apresentam fixos em determinado nível de produção, 
porém variam se o nível de produção também variar. Os custos variáveis são 
justamente o contrário dos custos fixos, pois variam de acordo com a quanti-
dade produzida. Como exemplo principal, temos a matéria-prima. Por fim, os 
custos semivariáveis sofrem variação em função do nível de produção, porém 
possuem valor fixo mesmo que não haja produção. 
Nesta unidade, também aprofundamos a abordagem referente aos custos 
indiretos de fabricação (CIF), os quais correspondem à totalidade dos gastos 
feitos pela empresa para a produção. Não classificados como gastos com ma-
terial direto ou mão de obra direta, são aqueles que não têm como serem rela-
cionados diretamente aos produtos. Nesse sentido, para apropriá-los, é neces-
sário realizar rateios. Exemplos de custos indiretos de fabricação são: material 
indireto, mão de obra indireta, seguro de fábrica e depreciação das máquinas. 
Em relação aos critérios de rateio dos custos indiretos de fabricação, temos os 
seguintes: quantidade produzida, consumo de materiais diretos, mão de obra 
direta aplicada, horas-máquinas e receitas de vendas. 
Vimos ainda que os custos indiretos precisam ser destinados por vários centros 
de custos e, posteriormente, repassados aos produtos. Esse processo é conhe-
cido como rateio dos custos indiretos, o que representa um método utilizado 
na organização dos custos, em suma, é a prática da divisão dos CIF.
Além disso, apresentamos o conceito de departamentalização, que representa 
a segmentação das empresas no setor fabril, dividindo as áreas da organiza-
ção em segmentos ou departamentos, nos quais são contabilizados todos os 
custos de produção, representados visualmente, na maioria das vezes, por um 
organograma. Os departamentos produtivos de uma empresa atuam com a 
alteração do produto (como o departamento de corte e o departamento de 
costura, por exemplo). Já os departamentos de serviços atuam prestando ser-
viços a todos os outros departamentos produtivos, não tendo contato direto 
com o processo produtivo (a exemplo do setor de manutenção e almoxarifado). 
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Em relação aos custos dos produtos vendidos (CPV), consideramos a soma dos 
materiais diretos (MD), da mão de obra (MOD) e dos custos indiretos de fabri-
cação (CIF), com ajustes para mais ou para menos, em função da variação dos 
estoques de produtos acabados e de produtos em processo. Estudamos que a 
soma desses elementos é classificada como custos de produção, respeitando-
-se a seguinte fórmula: CP é = MD + MOD + CIF.
Por fim, vimos que as etapas de apuração do CPV são: separação entre custos e 
despesas, separação entre custos diretos e indiretos, apropriação dos custos di-
retos aos produtos e rateio dos custos indiretos aos produtos. Após a realização 
dessas etapas, é o momento de fazer a contabilização nos razonetes. 
ANOTAÇÕES
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CONTABILIDADE DE CUSTOS I
UNIDADE 3
 > conceituar o que é 
objeto de custeio;
 > conhecer as 
finalidades dos objetos 
de custeio;
 > classificar os tipos de 
objetos de custeio;
 > identificar os 
elementos de custeio 
em manufatura;
 > explicar como os 
custos são formados 
em manufatura.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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3. OBJETO DE CUSTEIO E 
ELEMENTOS DOS CUSTOS DE 
MANUFATURA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, faremos uma abordagem acerca dos objetos de custeio e dos 
elementos dos custos de manufatura. 
Você vai aprender o que são os objetos de custeio, suas finalidades e como são 
classificados. Vamos abordar também como os custos em manufatura são for-
mados e quais são os elementos que os compõem. 
Esse aprendizado é muito importante para o contexto contábil prático, princi-
palmente na identificação do método de custeio mais adequado a ser utiliza-
do nas empresas. Além disso, conhecer a formação dos custos em manufatura 
e seus aspectos contribui sobremaneira para o profissional da área de conta-
bilidade, no sentido de classificar corretamente os custos em empresas indus-
triais, evitando-se, assim, equívocos na mensuração desses elementos. 
Cabe ressaltar que, nesta unidade, abordaremos objetivamente os seguintes 
tópicos:
• o que é objeto de custeio;
• finalidade dos objetos de custeio; 
• tipos de objetos de custeio; 
• formação dos custos em manufatura;
• elementos dos custos em manufatura;
• entendendo os elementos dos custos em manufatura.
Bons estudos!
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3.1 O QUE É OBJETO DE CUSTEIO
Objeto de custeio (ou método de custeio), segundo Crepaldi S. e Crepaldi G. 
(2018), é a metodologia utilizada para que os custos sejam apropriados aos 
produtos. Basicamente, são dois os tipos de métodos utilizados: o custeio por 
absorção e o custeio variável (ou direto), que servem para qualquer sistema de 
acumulação de custos. 
Mas qual seria a principal diferença entre esses dois tipos de métodos de cus-
teio? É isso que vamos aprender agora!
Basicamente, a diferença está na forma pela qual os custos fixos são tratados. 
Nesse sentido, veremos como os custos são classificados em relação ao volume 
de produção.
Vamos ver, então, alguns termos importantes para o prosseguimento deste 
assunto. O termo “custear” quer dizer reunir ou definir custos.
FIGURA 1 EXEMPLO DE CUSTEAR: ACUMULAÇÃO OU REUNIÃO DE CUSTOS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Por outro lado, o termo “custeio” (ou “custeamento”) diz respeito a metodolo-
gias utilizadas para apurar os custos, as quais procedem as ações de

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