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TRABALHO SOBRE CONTRATOS ESPECIAIS PARA O GRAU B

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO
ANDRESSA SLONGO
CONTRATOS ESPECIAIS DE TRABALHO:
Doméstico, rural, aprendizagem, temporário, eventual, avulso e estágio
São Leopoldo
2020
1.Contrato especial doméstico:
- Normatização: 
 O trabalho doméstico é regulado pelo Artigo 7º, § único da Constituição Federal e pela Lei complementar n.º 150;
- Conceito:
É considerado empregado doméstico, aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, conforme prevê o artigo 1º da Lei Complementar n.º 150. Além disso, são atividades desenvolvidas pelo empregado doméstico no âmbito residencial, como: Motorista, Jardineiro, Enfermeiro Particular, entre outras, sendo que, casa de campo e praia utilizadas apenas para lazer, são consideradas extensão da residência. 
Frisamos, que a Organização Mundial do Trabalho, vedou a contratação de pessoas menores de 18 para fins exercerem trabalho doméstico. Sendo assim, concluímos que o contrato especial de trabalho doméstico formaliza o vínculo do emprego doméstico. 
- Características: 
-Prazo do contrato: Em regra, o contrato especial de trabalho doméstico é indeterminado, sendo que, pode ocorrer exceções e ser determinado. 
- Forma: O contrato não requer forma especial, podendo ser celebrado nos moldes do contrato de trabalho do empregado urbano comum, tanto que pode ser tácito ou expresso. No entanto, a Lei Complementar n.º 150 dispõe que algumas cláusulas ou condições do contrato de trabalho doméstico devem ser firmadas por escrito, como, por exemplo, na instituição do regime de compensação de horas de trabalho.
- Peculiaridades: 
- Jornada de trabalho: A duração do trabalho doméstico não excederá 08 horas diárias e 44 horas semanais, conforme artigo 2º da Lei Complementar n.º 150. Sendo esse horário ultrapassado, o empregado terá direito a horas extras remuneradas com adicional de 50%;
- Trabalho realizado por período superior a 02 dias por semana;
- Continuidade;
- Local de trabalho: Serviço prestado em âmbito residencial;
- Finalidade não lucrativa;
- O empregado doméstico não pode ser inserido em atividade com fins lucrativos da família;
- Adicional noturno; 
- Pessoalidade.
 
- Empregador: 
 Empregado doméstico presta serviço somente para pessoa física ou família, sendo vedado a prestação de serviço para pessoa jurídica.
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que reconheceu o vínculo de emprego doméstico, vejamos:
“EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DA AUTORA. VÍNCULO DE EMPREGO DOMÉSTICO. CARACTERIZAÇÃO. Para que se reconheça o vínculo empregatício, necessária se faz a prova da existência de trabalho subordinado, visto que, se assim não fosse, seria impossível distinguir o contrato de emprego de outros contratos que possuem como objeto o trabalho. A subordinação é imprescindível para que se configure a relação de emprego e, como elemento tipificador do contrato de trabalho, consiste na atuação do empregador em dar a ordem (comando) e acompanhar o cumprimento da ordem (controle). No caso do trabalho doméstico, exige-se um elemento diferenciado, a continuidade, cuja extensão é dada pelo artigo 1º da Lei Complementar 150/2015, ao exigir frequência mínima de 03 vezes na semana. Na situação em análise, a parte reclamada confessa a prestação de serviços de forma habitual e contínua pela demandante, a qual chegava a ocorrer durante três vezes por semana, estando presentes os requisitos ensejadores do vínculo de emprego. Recurso ordinário provido.
(TRT da 4ª Região, 3ª Turma, 0021406-88.2017.5.04.0020 ROT, em 05/09/2019, Desembargador Alexandre Correa da Cruz).” [G.n]
- Questão sobre contrato especial de trabalho doméstico:
1. Marque a resposta correta sobre o contrato especial de trabalho doméstico: 
A) O contrato especial de trabalho pode ser firmado entre Pessoa Jurídica e o empregado doméstico.
B) A duração do trabalho doméstico não excederá 08 horas diárias e 44 horas semanais. 
C) O contrato especial de trabalho doméstico pode ser firmado com uma pessoa menor de 18 anos; 
D) O empregado doméstico pode ser inserido em atividade com fins lucrativos da família.
Resposta: Letra B
2. Contrato especial rural:
- Normatização: 
O trabalho rural é regulado pela Lei n.º 5889/73.
- Conceito: 
Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário, conforme previsto no artigo 2º da Lei n.º 58889/73. Ademias, o trabalhador rural obteve sua equiparação ao trabalhador urbano pela norma do artigo 7º, caput, da Constituição Federal.
Portanto, concluímos que o contrato especial de trabalho rural formaliza o vínculo entre o empregador e empregado rural, garantido seus direitos. 
- Características:
- Prazo: O contrato especial de trabalho rural pode ser firmado por tempo indeterminado ou por pequeno prazo, sendo que, dentro do período de 1 ano, superar dois meses, ficará convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável (Art. 14-A, § 1º, da Lei n.º 11.718/2008); 
- Forma: Pode ser expresso ou tácito; 
- Peculiaridades: 
- Local de trabalho: Propriedade rural ou prédio rústico; 
- Jornada de trabalho: A jornada de trabalho do trabalhador rural é de 44 horas semanais e 220 horas mensais, sendo que, a duração do trabalho diário não poderá ser superior a 8 horas.
Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a 6 (seis) horas será necessária a concessão de um intervalo mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou alimentação, de acordo com o uso e costume do local. Este intervalo não será computado na duração do trabalho e entre duas jornadas deve-se estabelecer um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
- Empregador: 
Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados (artigo 3º da Lei 5889/73). Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem, conforme artigo 4º da Lei 5889/73.
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que reconheceu o vínculo de emprego rural, vejamos:
“EMENTA TRABALHADOR RURAL. VÍNCULO DE EMPREGO. CONFIGURAÇÃO . Nos termos dos artigos 2º e 3º da CLT , combinado com o artigo 3º da Lei nº 5.889 /73, considera-se empregado a pessoa física que presta serviços a tomador, realizando tais serviços em imóvel rural ou prédio rústico, com pessoalidade, não-eventualidade, onerosidade e subordinação jurídica.
(TRT da 4ª Região, 3ª Turma, 0020693-31.2017.5.04.0403 ROT, em 19/12/2019, Juiz Convocado Luis Carlos Pinto Gastal).” [G.n]
- Questão sobre contrato especial de trabalho rural:
1. Marque a resposta incorreta sobre o contrato especial de trabalho rural: 
A) A jornada de trabalho do trabalhador rural é de 44 horas semanais e 220 horas mensais, sendo que, a duração do trabalho diário não poderá ser superior a 8 horas.
B) O contrato especial de trabalho rural pode ser firmado por tempo indeterminado ou por pequeno prazo.
C) Pode ser celebrado de forma expressa ou tácito. 
D) Existe forma estabelecida. 
Resposta: Letra E. 
3. Contrato especial de aprendizagem:
- Normatização: 
O trabalhado de aprendizagem está previsto no Artigo 424 e seguintes da CLT, sendo que o contrato está normatizado pelo artigo 428 da CLT.
- Conceito: 
O conceito do contrato de aprendizagem está previsto no artigo 428 da CLT, que prevê que o contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se competea assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. 
- Características: 
- Forma: Contrato especial firmado por escrito; 
- Prazo: Contrato especial por prazo determinado, não superior a dois anos;
- Prazo do contrato de pessoas com deficiência: Nesse caso, não possui prazo determinado, sendo que, também não se aplica o quesito de idade mínima e máxima;
- Partes: Realizado por empregado e empregador, sendo a idade mínima de 14 anos e máximo de 24 anos; 
- Requisitos formais para a validade do contrato de aprendizagem: O artigo 428, § 1º, da CLT, prevê que a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.       
- Peculiaridades: 
- Jornada de trabalho: Conforme está previsto no artigo 432 da CLT, a duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. Já no § 1º, do mesmo artigo, menciona que o limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. 
- Local de trabalho: Empresas ou estabelecimentos. 
-Empregador:
No caso do trabalho de aprendizagem, o contrato especial pode ser firmado por empresas ou por estabelecimentos. 
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que reconheceu a presença dos requisitos formais do contrato de aprendizagem, vejamos:
“EMENTA CONTRATO DE APRENDIZAGEM. Atendidos os requisitos formais previstos no art. 428, §1º, da CLT, e voltando-se as atividades laborais do reclamante à finalidade do contrato de aprendizagem, este deve ser considerado valido, o que afasta a hipótese de declaração de vínculo de emprego entre o aprendiz e a instituição bancária contratante.
(TRT da 4ª Região, 4ª Turma, 0020783-21.2017.5.04.0021 ROT, em 01/08/2019, Desembargador George Achutti).” [G.n]
- Questão sobre contrato especial de aprendizagem:
1. Marque a resposta correta sobre o contrato especial de aprendizagem: 
A) Contrato especial de aprendizagem é firmado por prazo indeterminado.
B) O contrato especial de aprendizagem é firmado por escrito.
C) A duração do trabalho do aprendiz poderá exceder seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
D) Não há o requisito de idade mínima e máxima para ingressar como aprendiz. 
Resposta: Letra B. 
4. Contrato especial temporário:
- Normatização: 
O trabalho temporário está previsto na Lei n.º 6.019/74;
- Conceito:
Considera-se trabalho temporário aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. Ou seja, o trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços, conforme previsto no artigo 2º da Lei n.º 6.019/74.
O contrato temporário de trabalho é elaborado para suprir a necessidade de se definir legalmente o relacionamento entre empregadores e empregados de forma não permanente. Ambas as partes precisam assinar e concordar com o documento antes que o profissional comece, de fato, a trabalhar.
- Características: 
- Prazo: O contrato especial temporário é firmado com o prazo indeterminado ou determinado, pelo prazo máximo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias; 
- Forma: O contrato de prestação de serviço deverá ser firmado de forma escrita e conterá: As qualificações das partes; especificação do serviço a ser prestado; prazo para realização do serviço, quando for e o caso e valor; 
- Forma do contrato celebrado entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços: Firmado por escrito e ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá:   As qualificações das partes; Motivo justificador da demanda de trabalho temporário; Prazo da prestação de serviços e valor da prestação de serviços.
- Peculiaridades:
- Jornada de trabalho: Jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20%;
-Local de trabalho: Dependências da empresa que contrata o empregado temporário.
- Empregadores: 
A empresa que presta serviços a terceiros, realiza a transferência para a empresa contratante. Sendo que, a empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços, no entanto, não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante, artigo 4º-A, § 1º e 2º, da Lei de trabalho temporário.
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4º Região, que decretou a nulidade da contratação temporária, em razão da ausência dos requisitos previstos na lei 6,019/74, vejamos:
“VÍNCULO DE EMPREGO. CONTRATO TEMPORÁRIO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PREVISTOS NA LEI 6.019/74. NULIDADE DA CONTRATAÇÃO. É de ser declarado o vínculo de emprego diretamente com o tomador de serviços quando a contratação pela prestadora de serviços, em caráter temporário, não atendeu aos requisitos do art. 2º da Lei 6.019/74, e se deu com o objetivo de mascarar a verdadeira relação de emprego havida entre aquele e o trabalhador contratado, tendo havido o desempenho de tarefas voltadas às atividades típicas e essenciais ao empreendimento do tomador de serviços. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DE HORÁRIO. NÃO SUJEIÇÃO DO TRABALHADOR À EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 62, I, DA CLT. Sendo a atividade externa realizada pelo empregado compatível com a fixação e controle de jornada, não há falar na exceção prevista no art. 62, I, da CLT, sendo devidas ao trabalhador as horas extras laboradas.
(TRT da 4ª Região, 4ª Turma, 0021799-61.2017.5.04.0004 ROT, em 18/09/2019, Desembargador Joao Paulo Lucena - Relator).” [G.n]
- Questão sobre contrato de trabalho temporário: 
1. Marque a resposta correta sobre o contrato de trabalho temporário:
A) Não é necessário conter as qualificações das partes.
B) O contrato de trabalho temporário é regularizado pela CLT. 
C) O contrato de trabalho temporário não é precisa ser firmado de forma escrita.
D) No contrato de trabalho temporário, é necessário especificar o serviço a ser prestado.
Resposta: Letra D.
5. Contrato especial de trabalho eventual:
- Normatização: 
O trabalho eventual é regularizado pelas teorias: Teoria dos eventos, teoria da descontinuidade, teoria dos fins da empresa e teoria da fixação jurídica.
- Conceito: 
O contrato de trabalho eventual é utilizado para contratar um trabalhador que exerce suas atividades de forma esporádica e descontínua. Importante frisar que o contrato de trabalho eventual é um contrato de natureza cível, celebrado por duas partes, cuja não se aplique uma habitualidade na prestação de serviço. 
Exemplos de trabalhos eventuais: Contratação de um pintor e técnico de informática para solucionar problemas quando necessário. Sendo que, não configura vínculo empregatício.
- Características: 
- Contrato de natureza cível;
- Prazo: O contrato de trabalho eventual pode ser firmado por tempo indeterminado ou por tempo determinado;
- Não há cláusulas especificas ourequisitos definidos por lei.
- Peculiaridades: 
- Ausência de habitualidade. 
- Empregador:
Não possui vínculo empregatício entre a empresa e o trabalhador eventual.
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que reconheceu o trabalho de forma eventual, assim, negando o vínculo empregatício, vejamos:
“EMENTA VÍNCULO DE EMPREGO. TRABALHO EVENTUAL. Hipótese em que o conjunto probatório demonstra a existência de trabalho prestado de forma eventual, não se cogitando, portanto, de reconhecimento de vínculo de emprego nos moldes do art. 3º da CLT.
(TRT da 4ª Região, 4ª Turma, 0021087-72.2017.5.04.0812 ROT, em 18/07/2019, Desembargador Joao Paulo Lucena).” [G.n]
- Questão sobre contrato especial de trabalho eventual:
1. Marque a resposta correta referente ao trabalho eventual: 
A) Há cláusulas especificas ou requisitos definidos por lei.
B) Ausência de habitualidade.
C) Configura vínculo empregatício. 
D) O contrato é firmado por sindicatos.
Resposta: Letra B.
6. Contrato especial de trabalho avulso:
- Normatização:
O trabalho avulso é regulamentado pela Lei n.º 12.023/2009.
- Conceito: 
O trabalhador avulso é o que presta serviços a uma empresa de maneira eventual e que, apesar de não possuir vínculo empregatício, possui os mesmos direitos que os trabalhadores com vínculo e a intermediação do serviço é feita obrigatoriamente pelo sindicato da categoria ou pelo OGMO. Sendo assim, entende-se que o contrato de trabalho avulso possuiu a finalidade de firmar a relação de trabalho entre a empresa e o prestador de serviços. 
- Características: 
- Prazo: O contrato de trabalho avulso pode ser firmado por tempo indeterminado e por tempo determinado; 
- Não existe forma pré-estabelecida, sendo que pode ser firmado de forma expressa ou tácita.
- Peculiaridades: 
- Jornada de trabalho: O sindicato será responsável por elaborar a escala de trabalho, conforme prevê o artigo 4º da Lei referida anteriormente;
- Local de trabalho: Dependências da empresa contratante. 
- Empregador: 
 Os deveres dos sindicatos intermediadores e dos empregados estão presentes nos artigos 5º e 6º da 12.023/2009, in verbis:
“Art. 5º São deveres do sindicato intermediador:
I – divulgar amplamente as escalas de trabalho dos avulsos, com a observância do rodízio entre os trabalhadores;
II – proporcionar equilíbrio na distribuição das equipes e funções, visando à remuneração em igualdade de condições de trabalho para todos e a efetiva participação dos trabalhadores não sindicalizados;
III – repassar aos respectivos beneficiários, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas úteis, contadas a partir do seu arrecadamento, os valores devidos e pagos pelos tomadores do serviço, relativos à remuneração do trabalhador avulso; 
IV – exibir para os tomadores da mão de obra avulsa e para as fiscalizações competentes os documentos que comprovem o efetivo pagamento das remunerações devidas aos trabalhadores avulsos;
V – zelar pela observância das normas de segurança, higiene e saúde no trabalho;
VI – firmar Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para normatização das condições de trabalho.
§ 1o Em caso de descumprimento do disposto no inciso III deste artigo, serão responsáveis, pessoal e solidariamente, os dirigentes da entidade sindical.
§ 2º A identidade de cadastro para a escalação não será a carteira do sindicato e não assumirá nenhuma outra forma que possa dar ensejo à distinção entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados para efeito de acesso ao trabalho.
Art. 6º São deveres do tomador de serviços:
I – pagar ao sindicato os valores devidos pelos serviços prestados ou dias trabalhados, acrescidos dos percentuais relativos a repouso remunerado, 13o salário e férias acrescidas de 1/3 (um terço), para viabilizar o pagamento do trabalhador avulso, bem como os percentuais referentes aos adicionais extraordinários e noturnos;
II – efetuar o pagamento a que se refere o inciso I, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas úteis, contadas a partir do encerramento do trabalho requisitado;
III – recolher os valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, acrescido dos percentuais relativos ao 13o salário, férias, encargos fiscais, sociais e previdenciários, observando o prazo legal.”
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4º Região referente a contratação irregular:
“TRABALHADOR AVULSO. VÍNCULO DE EMPREGO . É irregular a contratação de trabalhador avulso com vinculação permanente a um mesmo tomador de serviço e para atividade cujo desenvolvimento é de necessidade contínua da empresa.
(TRT da 4ª Região, 6ª Turma, 0020176-87.2017.5.04.0027 ROT, em 12/02/2020, Desembargadora Maria Cristina Schaan Ferreira - Relatora).” [G.n]
- Questão sobre contrato de trabalho eventual: 
 1.Marque a questão incorreta referente aos deveres dos tomadores de serviço: 
A) Pagar ao sindicato os valores devidos pelos serviços prestados ou dias trabalhados, acrescidos dos percentuais relativos a repouso remunerado, 13o salário e férias acrescidas de 1/3 (um terço), para viabilizar o pagamento do trabalhador avulso, bem como os percentuais referentes aos adicionais extraordinários e noturnos.
B) Efetuar o pagamento a que se refere o inciso I, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas úteis, contadas a partir do encerramento do trabalho requisitado.
C) Recolher os valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, acrescido dos percentuais relativos ao 13o salário, férias, encargos fiscais, sociais e previdenciários, observando o prazo legal. 
D) Exibir para os tomadores da mão de obra avulsa e para as fiscalizações competentes os documentos que comprovem o efetivo pagamento das remunerações devidas aos trabalhadores avulsos.
Resposta: Letra D.
7. Contrato especial de estágio:
- Normatização: 
O estágio está regulado pela Lei 11.788/2008 juntamente com o artigo 205 da Constituição Federa
; 
- Conceito: 
O conceito de estágio está previsto no artigo 1º da Lei 11.788/2008, que explica que o estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
O estágio poder ser obrigatório e não obrigatório (opcional), mas ambos, sempre ser serão supervisionados, conforme está no artigo 7º, inciso III, da lei mencionada anteriormente, que prevê a indicação do professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário.
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. Entende-se por estágio obrigatório aquele, definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para a aprovação e obtenção de diploma. Já o estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. 
Por fim, entende-se que o contrato de estágio possuía a finalidade de certificar e comprovar que o aluno está estagiando em determinado local. 
- Características: 
- Forma: O termo de compromisso de estágio é firmado por escrito entre a instituição de ensino, o estagiário e o empregador e caso o estagiário seja menor de idade, o termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário juntamente com seu representante;
- Prazo: A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência, conforme artigo 11 da Lei 11.788/2008; 
- Não configura vínculo empregatício.
- Peculiaridades: 
- Jornada de trabalho: No mínimo 04 horas de jornada de trabalho e no máximo 06 horas, no entanto, para estagiários que ainda estão noensino médio, a jornada de trabalho é de no máximo 04 horas; 
- Local de trabalho: Dependências da empresa do estabelecimento ou do órgão público que foi contrato. 
- Empregador: 
-Podem ser partes concedentes do estágio: As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito, Federal e dos Municípios, os profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
- Partes: É um contrato de relação trilateral composta pelo estagiário, a instituição de ensino e pelo empregador;
 
- As obrigações da Instituição de Ensino estão elencadas no artigo 7º da 11.788/2008; 
- As obrigações da parte concedente estão previstas no artigo 9º da 11.788/2008.
- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que reconheceu vínculo empregatício, em virtude do descumprimento da lei do estagiário, vejamos: 
“EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR. CONTRATO DE ESTÁGIO. DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE. VÍNCULO EMPREGATÍCIO RECONHECIDO. 1. A contratação do trabalhador como estagiário deverá observar rigorosamente os preceitos estatuídos na Lei 11.788/08. 2. Dever do contratante de comprovar que o contrato do estágio obedeceu ao estabelecido na lei vigente, do qual não se desincumbiu, na medida em que não observada a jornada máxima de 6 horas diárias como determinado pelo art. 10, II, da Lei 11.788/2008. 3. A manutenção de estagiários em desconformidade com a Lei 11.788/2008 impõe o reconhecimento do vínculo de emprego desde a contratação. Sentença reformada.
(TRT da 4ª Região, 2ª Turma, 0020672-79.2017.5.04.0201 ROT, em 27/11/2019, Marcelo Jose Ferlin D'Ambroso)” [G.n]
- Questão sobre o contrato especial de estágio: 
1. Marque a resposta correta sobre o contrato de estágio: 
A) O termo de compromisso de estágio é firmado entre o estagiário, a instituição de ensino o contratante.
B) O termo de compromisso de estágio pode exceder 02 anos. 
C) Se o estagiário for menor de 18 anos, não é necessário a assinatura do responsável. 
D) Não é necessário o termo de compromisso de estágio ser firmado por escrito. 
Resposta: Letra A.
� Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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