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AULA - 2 - RECORDAR E VIVER

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“RECORDAR É VIVER”?!
HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Baseado no livro: “Convite à Filosofia” de Marilena Chauí – São Paulo: Ed. Ática, 2004
1 – Antes da Filosofia Pré-socrática, o homem não pensava?
Magia versus razão
Da magia dos Xamãs à religião
“O mundo pré-filosófico possuía características pelas quais, as pessoas, viam a se mesmas como inseparáveis do seu meio natural. Os povos pré-filosóficos acreditavam poder usar os poderes da natureza fazendo ‘representações miméticas’ dela própria, sob a forma de desenhos, por exemplo.”
A cultura xamãnica é alicerçada no poder e sacrifício. Dessa maneira, Hitler e a cultura nazista, não seriam, respectivamente, Xamã e Xamãnica?
2 – O surgimento da Filosofia só possui sua gênese no mundo grego?
3 – Qual era a verdadeira essência da filosofia antes de ser apropriada pelos Filisteus?
ORIGENS DA FILOSOFIA?!
 
Legados pré-socráticos (período Pré-socrático – séc. VII a V a.C)
Estudos da organização/origem do mundo
Nega a criação do mundo segundo a visão judaico-cristã
“Nada vem do nada e nada volta ao nada”
Aparência e realidade
 
- é eterno
- tudo se transforma (matéria?)
- constante dinamismo e transformação cíclica – com estabilidade/equilíbrio = instabilidade/desequilíbrio
- Exemplo: “A árvore vem da semente, germina, cresce, produz flores e frutos, nova semente, nova árvore...”
1 – DEMÓCRITO: (460 – 370 a.C) – A idéia do átomo
2 – EMPÉDOCLES: (483 – 430 a.C) – O Cosmo seria composto por quatro elementos básicos: Terra – Ar – fogo – Água. “O conjunto da realidade consistia na mistura desses elementos. Já que tudo era a mistura de todo o resto, ele acreditava que nada podia realmente ser destruído.”
3 – PITÁGORAS: A Matemática – “O Cosmo era essencialmente musical e que o Universo podia ser compreendido como uma peça de música (letra/arranjos), isto é, que podia ser representado por simples razões matemáticas ou harmonias.”
- Curiosidades: acreditava na reencarnação e era vegetariano.
4 – REFLEXÃO: “O que dava poder e/ou possibilitava o poder aos Xamãs, serve para os filósofos?”
5 – “Trabalhar, comer, dormir... você cava, eu penso.”
Período Socrático ou antropológico (séc. V a IV a. C)
Preocupação com as questões humanas (sociais) – ética – política – técnicas
Racionalidade – buscar o que é verdadeiro (Mas o que é verdade?)
Comércio – estrutura econômica – sustentabilidade das artes – cultura
1 – SOFISTAS: oratória e retórica – A arte da persuasão 
Não eram verdadeiros filósofos
Não respeitavam a “busca da verdade”
Buscavam tirar vantagens do conhecimento – o convencimento
2 – SÓCRATES: “Conhecer a si mesmo”
Auto-conhecimento 
Conhecimento do homem
Questionador
Não dava respostas prontas
Buscava o conceito, a essência e não opinião e as percepções sensoriais
A Filosofia se refere a valores: justiça – amor – coragem – amizade – piedade – beleza – temperança – prudência, etc.
 
1 – DIVISÃO ARISTOTÉLICA DAS CIÊNCIAS:
Ciências Produtivas – técnicas que resultam em algo/objeto – Também conhecidas como: As ciências poiéticas - são relativas às ações, que têm seu início no sujeito, mas são dirigidas a produzir algo fora do próprio sujeito.
Ciências Práticas – ações humanas que se realizam nelas mesmas – ética/moral (virtudes) – política (verdadeira liberdade) - são referentes às ações que têm seu início e seu termo no próprio sujeito agente. São as ações morais.
 
Ciências Teoréticas (contemplativas ou teóricas): busca o conhecimento puro, a verdade, a essência
– Theoria = contemplação da verdade
	 naturais/divinas – existem independentemente da vontade humana
	- Podem ser:
Submetidas a mudanças: física – química – biologia – meteorologia – psicologia (Psychê=alma/razão)
Não submetidas a mudanças: a matemática – a astronomia
Metafísica (além da física) – essência de tudo (coisas divinas – Theion = teologia – causa e finalidade)
Campos de investigação da Filosofia:
- O conhecimento da realidade de todos os seres (Ontologia – estudo dos seres)
- Conhecimento das ações humanas (valores – técnicas)
- Conhecimento da capacidade humana de conhecer – leis – lógica – epistemologia (estudo das origens do conhecimento)
Período Helenístico (séc. III a. C a VI d. C)
Cidadãos do mundo – cosmopolismo
Ascensão do cristianismo
Preocupação sobre as relações humanas com Deus
Filosofia Patrística (séc. I a VII d. C)
Epístolas de São Paulo
Evangelho segundo São João
Buscava a conciliação entre a nova religião (cristianismo) com o pensamento filosófico greco-romano (evangelização)
Introduziram a idéia de:
- criação do mundo (sete dias)
- pecado original (Adão e Eva)
- Deus como trindade uma (Pai – filho – espírito santo)
- juízo final
- ressurreição dos mortos
- O bem e o mal – embora o mundo tenha sido criado por Deus (mal = homem interior – consciência moral e livre arbítrio)
- criaram os dogmas – verdades divinas (decretos divinos – irrefutáveis e inquestionáveis) – diferença entre verdades reveladas ou da fé e verdades da razão ou humanas.
 
Três correntes:
- fé e razão – irreconciliáveis (fé superior)
- fé e razão – conciliáveis (creio para compreender)
- cada uma com seu campo
Filosofia Medieval (séc. VIII a XIV d. C)
Criação da Filosofia cristã – Teologia
Busca de provas da existência de Deus e da Alma
Separação entre:
- infinito (Deus) – finito (homem – mundo)
- razão e fé – (subordinação da razão à fé)
- corpo (matéria) – alma (espírito)
Universo como hierarquia de seres, no qual os superiores dominavam os inferiores (Deus – arcanjos – anjos – alma – corpo – animais – vegetais – minerais), isto implica em:
- subordinação à igreja
- natureza subordinada ao homem
Filosofia da Renascença (séc. XIV a XVI d. C)
Redescoberta das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos
Três correntes:
- redescoberta da natureza como um grande ser vivo
- o homem pode agir nela por meio da magia natural, da alquimia e da astrologia
- Filosofia política:
Florentinos – vida ativa e república
Homem como responsável pelo seu destino:
- conhecimento: magia – alquimia – astrologia
- política - república
- técnicas: engenharia – medicina – arquitetura – navegação
- artes: pintura – escultura – literatura – teatro
 Período das grandes navegações e descobertas marítimas
 Período de contestação a Igreja Romana
- Igreja protestante – liberdade de crença e de pensamento
- Dante – Giordano Bruno – Kepler
Filosofia moderna (séc. XVII a XVIII d. C)
Três grandes correntes intelectuais:
- intelecto humano: qual a sua capacidade?
I – reflexão – consciência de si
II – conhecer os corpos da natureza – Como?
 
- Respostas:
I – Objeto do conhecimento:
Coisas exteriores – a natureza; a vida social e política (formulados pelo sujeito do conhecimento – representações)
São racionais
 
- Sistema racional de mecanismos físicos (matemática – Galileu)
I – astronomia – física – química – psicologia – artes (conhecimentos do tipo mecânico)
II – causa e efeito – podem ser conhecidos e transformados pelo homem
surge a idéia de experimentação e de tecnologia
do controle das paixões e das emoções (a vida ética pode ser inteiramente racional)
Filosofia da Ilustração (séc. XVIII a XIX d. C) 
Pela Razão – conquista da liberdade e felicidade social/política	
 
 
 Ideais da Revolução Francesa (1789)
Razão – capaz de evolução e progresso – busca da perfectibilidade (sem preconceitos: religiosos – morais – sociais) – libertar-se do medo e superstições graças ao conhecimento (às ciências – às artes – à moral)
A razão se aperfeiçoa com o progresso das civilizações.
 
I – Há diferença entre natureza e civilização:
Natureza: relação de causa e efeito – leis universais
Civilização: reino da liberdade – vontade humana
 
Nas ciências a idéia de evolução é predominante – destaca-se a biologia e são realizadas as bases da vida econômica, social e política.
 
Vida econômica, social e política
 
Fisiocratas – agricultura
Mercantilistas– comércio
Filosofia “Contemporânea” (séc. XIX, XX...)
 
HISTÓRIA E PROGRESSO – do homem, das ciências e das artes
 
História é o modo de ser da razão e da verdade (Hegel)
Conseqüência: a idéia de progresso (visão otimista)
 
 
Positivismo de Augusto Comte
 
	“Saber para prever, prever para prover”
“Ordem e Progresso” – controle científico da sociedade.
 
Contradição: a história é descontínua – cada sociedade tem sua própria história.
 
Críticas: a idéia de progresso serve como desculpas para legitimar o colonialismo e o imperialismo.
 
CIÊNCIAS E TÉCNICAS – para dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos.
 
 Sociologia 
 Conhecer a sociedade
Psicologia  
Pedagogia 
I – Contradições (séc. XX):
Duas guerras mundiais
Bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki
Campos de concentração nazistas
Guerras: da Coréia – Vietnã – Oriente Médio – Afeganistão – África
Ditaduras: leste europeu – América Latina – Ásia – África
Degradação ambiental
Aumento dos distúrbios e sofrimentos mentais
II – tendências – Escola de Frankfurt:
Razão instrumental – técnico/científico: “Faz das ciências e das técnicas não um meio de liberação dos seres humanos, mas mecanismos de intimidação, medo, terror e desespero.”
Razão crítica: analisa e interpreta os limites e os perigos do pensamento instrumental (devemos buscar a emancipação do gênero humano e não o seu controle).
UTOPIAS REVOLUCIONÁRIAS
 
Anarquismos – socialismo – comunismo: sociedade nova, justa e feliz.
Contraposição: sociedades totalitárias – facismo – nazismo – stalinismo
Burocracia: poderio que governa secretamente, que os seres humanos desconhecem e que determina suas vidas cotidianas, desde o nascimento até a morte.
CULTURA – modo próprio e específico da existência humana.
 
A cultura é o exercício da liberdade.
A cultura se manifesta como vida social; como criação das obras de pensamento e arte; como vida religiosa e vida política.
 
Século XIX: PENSADORES
Hegel: o movimento cultural era progressivo
Românticos: não havia seqüência progressiva, mas culturas nacionais
Cabia à Filosofia conhecer o “espírito do povo”: passado; nas tradições; no folclore nacional, etc.
Diferentes culturas: estabelecem a idéia de nação e não nacionalismo
Cada cultura estabelece seu “modus vivendi”.
 
Marx: “Ilusão de estarmos pensando e agindo com nossa própria vontade, racional e livremente, de acordo com nosso entendimento e nossa liberdade, porque desconhecemos um poder invisível que nos força a pensar como pensamos e agir como agimos – é um poder social (ideologia).”
Freud: “Os seres humanos têm a ilusão de que tudo quanto pensam, fazem, sente e deseja, dizem ou calam, estaria sob o controle de nossa consciência, isto porque desconhecemos a existência de uma força invisível, de um poder – que é psíquico e social – que atua sobre nossa consciência sem que ela o saiba – o inconsciente.”
Reabriu-se o debate sobre:
O que é e o que pode a razão?
Sobre o que é e o que pode a consciência reflexiva ou o sujeito do conhecimento?
O que são e o que podem as aparências e as ilusões?
 
I – A ética e a moral:
O homem é realmente livre ou é inteiramente condicionado pela sua situação psíquica e histórica?
Se for inteiramente condicionado, então a história e a cultura são causalidades necessárias como a natureza?
Ou seria mais correto indagar: “Como os seres humanos conquistam a liberdade em meio a todos os condicionamentos psíquicos, históricos, econômicos e culturais em que vivem?”
 
II – A questão do infinito e do finito:
Gregos – infinito: natureza eterna
Cristãos – infinito: Deus eterno
Existencialismo (séc. XX): “Homem – um ser para a morte – ser que termina e que precisa encontrar em si próprio o sentido de sua existência.” – Duas formas para o homem dar sentido à sua existência: as artes e a ação político-revolucionária.

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