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AV3 - Direito Civil V

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AV3 – DIREITO CIVIL V 
1 - A capacidade núbil (para o casamento) é a partir de 16 anos de idade. Há 
alguma possibilidade de casamento do menor de 16 anos? Justifique a sua 
resposta. 
Resposta: Anteriormente o Código Civil de 2002 previa que o casamento de 
jovens de 16 e 17 anos nos quais os pais e responsáveis teriam que autorizar. 
Porém com a chegada da lei 13.811/2019 onde está disposto de que “não será 
permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil”, 
ou seja, não será permitido o casamento de jovens a partir de 16 anos e muito 
menos menores de 16 anos. 
2 - O casamento nulo ocorre quando há infringência de impedimento conforme 
prevê o art. 1548 do Código Civil e o casamento anulável nas hipóteses do art. 
1550 do mesmo diploma legal. Assim, responda: 
a) qual o prazo para ajuizar uma ação de nulidade de casamento? Resposta: A 
nulidade de um casamento pode ser arguida em qualquer tempo, pois é de 
ordem pública, sendo os impedimentos opostos até o momento da celebração 
do casamento. 
b) qual o prazo para ajuizar uma ação de anulabilidade de casamento? São 
prazos prescricionais ou decadenciais? Resposta: Conforme disposto no art. 
1.560, CC, o prazo para ação de anulação de casamento contado da data de 
celebração do casamento é de 180 dias para casos em que há incapacidade de 
consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 2 anos no caso 
da autoridade celebrante for incompetente; 3 anos para casos em que há erro 
essencial sobre a pessoa do outro cônjuge no que diz respeito a sua identidade, 
honra e boa fama; 4 anos para casos de coação. Tratam-se de prazo 
decadenciais. 
3 - Regina, com 17 anos decide se casar no religioso com Carlos com 
autorização de ambos os pais, sem habilitação prévia. O casamento é válido? 
Justifique abordando a idade núbil, a necessidade de autorização dos pais, a 
consequência caso houvesse a recusa de um dos pais e a habilitação prévia. 
Resposta: Segundo versam o arts. 1.515 e 1.516, CC, o casamento religioso que 
atender as exigências da lei para a validade do casamento civil será equiparado 
a este e que o casamento religioso deve submeter-se aos mesmos requisito 
exigidos para o casamento civil, ou seja, Regina com 17 anos não possui idade 
núbil, por isso, o casamento não é válido. 
4 - XXXI Exame da OAB Aldo e Mariane são casados sob o regime da comunhão 
parcial de bens, desde setembro de 2013. Em momento anterior ao casamento, 
Rubens, pai de Mariane, realizou a doação de um imóvel à filha. Desde 
então, a nova proprietária acumula os valores que lhe foram pagos pelos 
locatários do imóvel. No ano corrente, alguns desentendimentos fizeram com 
que Mariane pretendesse se divorciar de Aldo. Para tal finalidade, procurou 
um advogado, informando que a soma dos aluguéis que lhe foram pagos 
desde a doação do imóvel totalizava R$150.000,00 (cento e cinquenta mil 
reais), sendo que R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram auferidos antes do 
casamento e o restante, após. Mariane relatou, ainda, que atualmente o imóvel 
se encontra vazio, sem locatários. Sobre essa situação e diante de eventual 
divórcio, responda se Aldo terá direito à meação dos valores recebidos por 
Mariana a título de aluguel desse imóvel na constância do casamento. 
Resposta: Aldo teria direito de receber valores proporcionais aos alugueis 
recebidos durante o casamento entre ele e Mariana, pois conforme disposto no 
art. 1.660, V, CC “Entram na comunhão: V- os frutos dos bens comuns, ou dos 
particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou 
pendentes ao tempo de cessar a comunhão.” 
5 - Luíza está separada de fato de Alberto há mais de três anos. Ocorre que em 
janeiro de 2014, Carolina conheceu Ricardo, com quem pretende se casar. 
Indaga-se: 
a) Esse casamento pode ser celebrado? Resposta: Luíza poderá casar-se com 
Ricardo somente após divorciar-se de Alberto. 
b) Como Luíza deve proceder? Explique suas respostas. Resposta: Deverá 
requerer o divórcio comprovando que existe a separação de fato entre eles por 
mais de 2 anos, no caso de Luíza, 3 anos já é tempo suficiente para que o 
divórcio seja requerido.

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