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paper ESCOLA E FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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A PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Iracema Santos Barbosa¹ 
 Dailza Araújo Lopes²
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo debater a importância da parceria entre família e escola no crescimento pessoal, educacional e social de alunos com necessidades educacionais especiais. A metodologia utilizada tem base na pesquisa bibliográfica através da consulta a livros, artigos e periódicos já publicados nas plataformas online de pesquisa. Após a finalização das análises teóricas foi possível perceber que a família e a escola têm importância mutua, no processo de inclusão escolar das crianças com deficiência ou necessidades educacionais especiais. Ao mesmo tempo em que a escola pode colaborar na desconstrução em torno do público da educação inclusiva e especial, passando a vê-los com um olhar de pessoas capazes de aprender e desenvolver competências diversas, a família pode e deve proporcionar o acesso á uma educação regular que tenha perspectivas de respeito às diferenças. 
 PALAVRAS-CHAVE: Educação inclusiva. Inclusão escolar. Família. Sociedade.
1. INTRODUÇÃO
A discussão sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas públicas vem ganhando maior dimensão nos últimos tempos. O conceito de inclusão vem sendo discutido no Brasil de norte a sul, sob diferente perspectivas e enfoques teóricos. 
2
Pode-se perceber que o processo de inclusão escolar tem como pressuposto a mobilização da sociedade para um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as como um valor a ser assumido por todos os profissionais da Educação, pais e familiares desses alunos especiais, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano é a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade. 
1 Iracema dos Santos Barbosa
2 Dailza Araújo Lopes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED‌ ‌3664‌ ‌ ) – Prática do Módulo I - 10/03/20
Podemos conceituar inclusão como um processo educacional gradual e interativo. É um movimento que respeita às singularidades de cada ser humano, oferecendo respostas às suas necessidades e particularidades. 
A perspectiva primordial da inclusão é a certeza de que não existem pessoas iguais e são exatamente as diferenças entre os seres humanos, que os caracterizam. O aluno é então compreendido como um ser único, singular e social, que tem sua históra de vida, constituíndo-se então em um ser histórico diferente. 
A escola é o segundo contato coletivo que a criança tem com o mundo. Logo, o apoio familiar é o fundamento principal para o sucesso escolar, a afeição e a conversa são os principais aspectos para essa trajetória. O âmbito escolar é para a sociedade uma amplificação da família, pois é através da escola que se consegue apresentar indivíduos questionadores e conhecedor de seus direitos e deveres. Diante dessas argumentações, percebe-se que o papel da escola supera a simples condição de mera transmissora de conhecimento.
O trabalho teve como base pesquisas bibliográficas e de campo, visando alcançar os objetivos propostos. Nesse contexto, a metodologia utilizada advém de uma abordagem qualitativa onde foi baseada em técnicas bem selecionadas para uma pesquisa feita com qualidade. Buscou compreender o efeito através de observações e avaliações parciais, estudando a divisão dos conhecimentos. A maior visão deste trabalho foi moldar o problema, buscando conhecer o problema e interpretar a realidade deste, descrevendo-o e tornando possível uma solução.
O presente trabalho teve como objetivo geral debater a importância da parceria entre família e escola no crescimento pessoal, educacional e social de alunos com necessidades educacionais especiais. E como objetivos específicos: apresentar o contexto da educação inclusiva e especial no processo de inclusão; analisar as expectativas, progressos e a visão do trabalho educativo quando se refere à inclusão escolar.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
São muitos desafios e inúmeras controvérsias que acompanham o cenário educacional brasileiro, seja ele no setor público ou privado. Mas, quando se trata da educação especial, os desafios são ainda maiores. Primeiro é preciso lembrar que, embora haja um vasto material acadêmico produzido a respeito do tema, há uma carência absurda de equipamentos, materiais, e, principalmente, de profissionais com formação adequada para atender aos alunos
 Educação especial é a área da educação voltada para o atendimento e a educação de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. A educação especial faz parte de “um todo” que é a educação, e ter o seu valor reconhecido é muito importante para que esses alunos com necessidade educacionais especiais tenham seu crescimento e desempenho educacional satisfatório. 
Nota-se que a Educação Inclusiva é uma educação voltada de todos para todos onde os ditos "normais" e os portadores de algum tipo de deficiência poderão aprender uns com os outros. Uma depende da outra para que realmente exista uma educação de qualidade. Uma vez que “a inclusão implica uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares: planejamentos, formação de turmas, currículo, avaliação, gestão do processo educativo” (MANTOAN, 2011, p. 37).
A Educação Inclusiva no Brasil é hoje um desafio a ser enfrentado dia após dia para os profissionais da Educação. Podemos ver que a educação especial é uma parte da Educação Inclusiva, sendo uma diferente da outra, pois a educação especial visa utilizar ferramentas para atender as limitações que uma criança com necessidades especiais possui, e a Educação Inclusiva é um sistema com o objetivo de unir a educação regular com a educação especial, afim de que todos aprendam e convivam juntos, eliminando obstáculos que limitem a aprendizagem e a participação de todos no processo educativo.
A inclusão social hoje vem representada pela exclusão social. Não falaríamos de inclusão se não houvesse os excluídos. Aqueles que por alguma razão, estão sendo rejeitados de um grupo, estão sendo rejeitados de uma comunidade de forma mais sutil ou menos sutil, mas que, de alguma maneira, não são incluídos, objetos de discriminação social. 
 O cap. V da Lei de Diretrizes e Bases (LDB, 1996) é registrado como garantia da oferta de vagas e para o atendimento educacional especializado, no qual 
“entende-se por educação especial [...] a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”. (BRASIL, 1996).
 A Base, então, apresenta as habilidades que o aluno precisa desenvolver em cada segmento escolar, sugerindo que o professor é que precisa desenvolver atividades que estimulem as habilidades necessárias, mas deixando de lado as necessidades de recursos e equipamentos que são necessários. Geralmente fica a cargo do professor desenvolver as atividades e métodos para atuar com crianças e adolescentes na educação especial. Mas, como é evidente, são muitas especificidades para que apenas um profissional, o professor, acompanhe o aluno; ou seja, é necessário, uma equipe múltipla que envolva não só o corpo docente, mas também a família para acompanhar os alunos especiais.
	De acordo com Alaminos (2018) há um percurso histórico da educação especial no Brasil, o qual registra acontecimentos importantes, no que diz respeito ao acesso das pessoas com deficiência ou necessidades educacionais especiais ao ensino regular, um dos primeiros, é registrado a partir de 1854, indo até o ano de 1956, com iniciativas de caráter privado; um segundo momento que vai até 1993, com a implementação de ações oficiais para todo o país, e o último momento que vai de 1993 até os dias atuais, sendo registrados diversos movimentos em favor da inclusão escolar. 
 Neste percurso, percebemos que há um movimento que surge dos pais das crianças com deficiências, na briga paraque os seus filhos tenham acesso à educação e possam ser absorvidos no mercado de trabalho, de modo a lhes garantir condições para a vivência social. 
De acordo com Mantoan (2012, p. 12): “o futuro da educação inclusiva está, ao nosso ver, dependendo de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos tempos.”
Portanto, paradigma da inclusão só será de fato efetivado quando a sociedade em sua totalidade buscar valorizar, aceitar e reconhecer as diferença. Uma escola e uma sociedade mais inclusiva partem do princípio do rompimento com as concepções ultrapassadas e cheias de cargas negativas sobre as pessoas com deficiência e com necessidades educacionais especiais. (ALAMINOS, 2018). 
3 MATERIAIS E MÉTODOS
 Na pesquisa qualitativa, consiste em determinar se as descobertas são embasadas em material empírico e se os métodos foram adequadamente selecionados e aplicados ao objeto em estudo. (FLICK, 2004, p. 21). Por estes motivos, optou-se a imagem abaixo para o desenvolvimento do tema do presente trabalho. 
A imagem escolhida representa Joelma Hening, que é professora na rede municipal, mãe de Lucas Hening de 13 anos, que tem Síndrome de Down e é aluno inclusivo na escola regular Aldeia Betânia, local onde ele aprendeu a ter autonomia proporcionada pelas atividades realizadas na Escola, fato este que ampliou o olhar da mãe sobre Lucas, pois na reportagem ela ressalta que antes tratava o filho de forma muito protetora, por achar que ele não poderia fazer as atividades cotidianas sozinho. 
Figura 1: No centro Joelma (mãe) e Lucas Hening (filho) Na Escola Betânia
Fonte: <https://www.aldeiabetania.com.br/single-post/2018/03/06/Fam%C3%ADlia-um-aliado-na-inclus%C3%A3o-escolar> Data de acesso: 17 de jun. 2020.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 
 	Mantoan (2012), defende uma escola para todos, na qual a diversidade seja a chave. Nessa perspectiva, não se desconsidera o conhecimento científico e formal, mas sim a proporcionar um ambiente de aprendizagem global, sem distinção de um aluno para outro.
 A constante integração entre a família, a escola, a sociedade e o ser em formação, constitui como elemento fundamental e indispensável. Sendo a convivência do ser humano em sociedade e família, torna-se essencial a participação dessas esferas no processo que constrói a cidadania. A partir das análises que foram realizadas, foi visto que os espaços são diferenciados de um aluno normal para um aluno com deficiência ou necessidade educaional especial, e esses merecem mais atenção, tendo suas características peculiares que vão ao encontro dos diferentes objetivos destas duas condições de ensino. 
Segundo Carvalho (2004, p.35):
“A escola como instituição educacional é uma unidade social empenhada em concretizar a intencionalidade educativa estabelecida segundo a filosofia de educação adotada. Para tanto, muito mais do que os cenários nos quais ocorre o ensino-aprendizagem de conteúdos, consideram-se os valores princípios e todas as relações qie se estabeleçam entre os grupos.”
 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que apresenta a diretrizes curriculares da educação no Brasil, traz um conjunto de orientações e afirmam que:
 
“As decisões (do currículo) precisam, igualmente, ser consideradas na organização de currículos e propostas adequados às diferentes modalidades de ensino (Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação a Distância), atendendo-se às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2018, p. 19 – grifo nosso).
 Numa escola inclusiva,o aluno é sujeito de direito e foco central de toda a ação educacional, garantir a ação educacional, garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem de construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania e, por outro lado, objetivo primeiro de toda ação educacional.
 Para que uma escola se torne inclusiva é preciso contar com a participação consciente e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive. 
Sabe-se que as escolas públicas geralmente fazem parte de uma rede, o que, historicamente, as manteve em situação de dependência administrativa, funcional e mesmo pedagógica, limitadas na autonomia e controladas sob mandatos. No que se refere ao professor, sua liberdade de ação se restringe, durante muito tempo, às ações internas de sala de aula. Tal situação, na realidade, limitou e até mesmo impediu o desenvolvimento de ações coletivas compromissadas com cuidado individualizado que a educação de cada aluno exige.
 Diante dos teóricos analisados verificou-se que a inclusão é um grande desafio, não só para escola, como também para a família e a sociedade em si. Ficou claro neste artigo a extrema importância da relação que a escola e a família pode desenvolver para a educação dos filhos/alunos, independentemente se a criança tem necessidades educacionais especiais ou não. 
Dessa forma, o propósito do presente estudo foi à busca de poder refletir sobre a inserção de pessoas com deficiências nas instituições educacionais, criar um meio ambiente sociável e democrático com as intervenções dos governos, já que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nos dá garantia de uma educação inclusiva e igualitária. 
Tutores, juntamente com professores e famílias nas criações de programas sociais e culturais, dando a importância devida à acessibilidade nos espaços, garantindo e respeitando o desfrute do meio. Ademais, as instituições precisam criar cursos preparatórios para capacitar seus envolvidos e trazer referências que possam criar um espaço sem discriminações e erradicar o preconceito que nos indivíduos que os cercam. 
A inclusão é um movimento amplo, levando em conta não apenas a pessoa com deficiência e de necessidades educativas especiais, mas também levando em consideração a inclusão da família a qual é um fator muito importante para este contexto e entendendo as diferenças individuais, direitos e deveres dos cidadãos. 
Nesse contexto, é preciso que os professores possam ter apoio de todo o copor esolar, par aque possam desempenhar, seu importante papel neste processo e que a escola inclua a família, conhecendo suas realidades e construindo um diálogo mútuo, buscando meios para que se concretize essa parceria, conforme aocnteceu no caso da imagem apresentada acima, pois o fato de a mãe estar em contatne diálogo e acompnahmento na escola, começou a ver as competências que o filho poderia desenvolver. 
REFERÊNCIA:
ALAMINOS, Cláudia Fundamentos da educação especial: aspectos históricos, legais e filosóficos. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
ALTENFELDER, Ana helena. Parceria entre escola, família e sociedade desafia, mas é a chave para o desenvolvimento. Site Educação, 2017. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/colunas/anna-altenfelder/2017/12/26/parceria-entre-escola-familia-e-sociedade-desafia-mas-e-a-chave-para-o-desenvolvimento.htm> Acesso em: 10 de maio 2020. 
 A força do afeto na educação. Política Educacional. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/afeto-educacao.htm> Acesso em: 10 de maio 2020.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
CARVALHO, Rosita Edler, Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Ed. Mediação. Porto Alegre, 2004. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A educação especial no brasil – da exclusão à inclusão escolar. SINDPROF, 2012. Disponível em: <https://www.sinprodf.org.br/wp-content/uploads/2012/01/mantoan.pdf>. Acesso em: 10 de maio 2020. 
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis: Vozes, 2011.
RUCALY, Clayton. Família,uma aliada na inclusão escolar. Aldeia Betânia, 2018. Disponível em: <https://www.aldeiabetania.com.br/single-post/2018/03/06/Fam%C3%ADlia-um-aliado-na-inclus%C3%A3o-escolar>. Acesso em: 17 de jun. 2020.
SZYMANSKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.
UWE, Flick. Uma introdução a pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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