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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Vitor Antonio dos Santos E18 A IMPORTANCIA DE CME NO HOSPITAL Pindamonhangaba-SP 2020 A importância do CME no hospital – 24/06/2020 O Centro de Material Esterilizado (CME) é parte fundamental do contexto hospitalar, é o local responsável pelo expurgo, preparo, esterilização e distribuição dos materiais e equipamentos usados no centro cirúrgico e demais unidades de um hospital. Sua grande importância deve-se às atividades nele desenvolvidas, envolvendo ações de terceiros, médicos e outros profissionais de enfermagem, em procedimentos críticos e semicríticos junto aos pacientes. O Centro de Materiais e Esterilização (CME) possui uma história que vem acompanhando os procedimentos cirúrgicos, a fim de zelar por melhores condições de cirurgia e procedimentos invasivos nos cuidados pós-cirúrgicos. Esse setor atua visando à prevenção de infecções, mesmo que indiretamente, articulando ciência, segurança e qualidade, por meio da equipe de enfermagem. O paciente internado dificilmente não necessitará de um procedimento invasivo. A maioria dos micro-organismos que penetra na ferida operatória é transmitida nos setores críticos, como o Centro Cirúrgico (CC), proveniente de um reservatório ou fonte presente no campo operatório. Dessa forma, quase toda infecção é adquirida durante o período do transoperatório onde, consequentemente, existe maior exposição do paciente. Percebe-se a importância do CME no controle das infecções hospitalares, tendo em vista que a infecção de sítio cirúrgico é uma das principais complicações causadas em pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos, representando um desafio para os hospitais no controle e na prevenção. Assim, o instrumental a ser utilizado no paciente deve ser processado adequadamente, a fim de que esse material não se torne uma fonte de contaminação e transmissão de microrganismos. Para que se possam processar adequadamente os artigos – de forma a garantir a segurança do paciente – é necessário implementar programas de educação permanente em saúde que alcancem todos os profissionais que atuam nessa área, buscando mudanças no processo de trabalho por meio da sensibilização, engajamento, compartilhamento e aplicação do conhecimento científico na prática profissional, como fator fundamental para o reconhecimento e a valorização dos profissionais e no combate à infecção, pois a saúde tem sido influenciada pelos avanços tecnológicos e indicadores da qualidade dos processos, sendo que os trabalhadores precisam acompanhar essas mudanças e se tornarem mais capacitados, subsidiados por valores políticos, culturais e éticos. Considerado uma unidade vital, o CME necessita de funcionários preparados adequadamente para cada área e funções que assumam. Os administradores dos hospitais devem estar conscientes dessa necessidade, dando, portanto, maior atenção a esses profissionais, os quais, embora não estejam prestando assistência direta ao paciente, executam atividades extremamente importantes (assistência indireta). A educação permanente em saúde é uma proposta essencial para mudança nos processos de trabalho e suas relações no setor, oferecendo melhorias na assistência de enfermagem, buscando o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos profissionais. Este projeto amplia os espaços de aprendizagem para o próprio setor de trabalho. O trabalho do enfermeiro do CME é bastante complexo, pois acumula características técnico -assistenciais, como a gestão de pessoas e da área física, atividades privativas ao setor, manuseio de novas tecnologias, além da capacidade de visualizar as necessidades de outras áreas que dependem do seu trabalho. A comunicação e a colaboração da equipe são indispensáveis para o desenvolvimento de práticas seguras de trabalho. Neste sentido os profissionais devem assumir papeis complementares, compartilhando saberes e responsabilidades na resolução de problemas e tomada de decisão. Para se obter êxito no funcionamento do CME, é necessário que os funcionários sejam em quantidade e qualidade adequadas e que exista um efetivo programa de EC, visando ajudar o funcionário a manter-se atualizado, a trabalhar com conhecimento e competência, bem como a desenvolver habilidade para analisar problemas e trabalhar em equipe, mais preparados para lidar com as mudanças que vão se dando no setor e no contexto mais geral, compreendendo melhor a si próprio, a sua realidade, fazendo parte da construção de um projeto coletivo de sociedade igualitária, solidária e justa. Referencias: Ouriques CM, Machado ME. Enfermagem no processo de esterilização de materiais. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v22n3/v22n3a16.pdf . Acesso em 24 de Junho de 2020. SOUZA, Mara Cristina Bicudo de; CERIBELLI, Maria Isabel Pedreira de Freitas. Enfermagem no centro de material esterilizado: a prática da educação continuada. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 12, n. 5, p. 767-774, Oct. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 11692004000500010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 24 de Junho de 2020.
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