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1 Bárbara Camargo – 2019.2 Prática Técnica Cirúrgica - Nós manuais: sempre lembrar de cruzar o fio que vai ser dobrado por baixo. Sapateiro. Cirurgião. “4 por cima, e 4 por baixo” - Materiais 1. Diérese: incisão/divulsão/punção/dilatação/serração. a. Bisturi: Cabo bisturi. b. Tesoura cirúrgica: Curva. 2. Preensão: a. Pinça anatômica reta. b. Pinça dente de rato. c. Pinça Allis: pinça de preensão intestinal. Vários “dentinhos” na ponta. 2 Bárbara Camargo – 2019.2 d. Pinça Backaus: pinça de campo. e. Pinça Collins: coração. Não tem sinal. Montar a gaze. 3. Hemostasia: a. Pinça hemostática curva. b. Pinça hemostática reta. 3 Bárbara Camargo – 2019.2 c. Pinça Kocher. Não tem sinal. d. Pinça Mixter: passa fio. e. Compressas. 4. Exposição: a. Afastador de Farabeuf. 4 Bárbara Camargo – 2019.2 5. Síntese: a. Agulha curva: Atraumáticas: já montadas com o fio. b. Agulha reta: vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Atraumáticas: já montadas com o fio. c. Porta agulha Mayo. d. Fio absorvível: categute, ácido poliglicólico, polidioxanona. e. Fio inabsorvível: nylon (mono ou multifilamentado), seda, algodão (multifilamentado), poliéster, polipropileno. f. Tesoura cirúrgica reta: só para cortar fio. - Sinais instrumentais: - Mesa - Sinais. - Pontos: sutura pode ser em pontos separados ou contínuos. Separados: o afrouxamento de um nó não interfere nos outros, há menor quantidade de corpo estranho dentro do ferimento, os pontos são menos isquemiantes. Porém, mais trabalhoso e mais demorado. Simples X. U. Donatti: https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s Contínuo. Contínuo/chuleio simples. - Traqueostomia: pode ser usada como método eletivo e método de urgência, mas não de emergência (cricotiroidotomia). Vantagem: não faz dano à laringe, confortável, diminui espaço morto respiratório, alimentação via oral, higiene traqueobrônquica e orofaríngea. Desvantagem: secreção traqueobrônquica menos fluida e tosse comprometida, desaparece pressão positiva fisiológica ao fim da expiração, propicia colapso traqueal. Passo a passo. https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s 5 Bárbara Camargo – 2019.2 Paciente posicionado em decúbito dorsal, com extensão do pescoço e elevação do tronco em 30º. Antissepsia do local de incisão, e colocação de campo estéril. Local da incisão: localizar cartilagem cricóide e a fúrcula esternal. Entre esses dois pontos, localizar os anéis traqueais. A incisão é feita entre o 2º e o 3º anéis traqueais, ou entre 3º e 4º anéis. Anestesia local por infiltração em todo o trajeto da incisão. Incisão de pele e subcutâneo. Abertura da fáscia cervical e afastamento dos músculos. Afastamento do istmo da tireoide ou secção. Colocar 2 pontos de reparo no anel traqueal a ser aberto. Abertura do anel com o bisturi, fazendo tração dos fios de reparo, para introduzir cânula. Dilatação da abertura e introdução da cânula. Insuflar balonete. Síntese PARCIAL da pele para evitar enfisema subcutâneo. Complicações Traqueostomia. Hemorragia. Enfisema subcutâneo. Infecção. Saíde inadvertida da cânula. Obstrução. Fístula traqueoarterial. Fístula traqueoesofágica. Estenose da traqueia. Camadas: Pele, Tela subcutânea, M. Platisma, M. esterno hioideo, M. esternotireóideo, Istmo da tireoide, Traqueia. - Acesso venoso. Passo a passo VJI. A veia jugular interna se encontra lateral no pescoço, com o n. vago no terço médio, e a artéria carótida medialmente. Paciente em decúbito dorsal e, se possível, mesa em Trendelemburg. MMSS estendidos lateralmente ao tronco. Cabeça estendida e voltada para o lado oposto da punção. Antissepsia e colocação dos campos estéreis. Anestesia no ângulo entre os feixes esternal e clavicular do m. esternocleidomastóideo (trígono de Sedillot), superior à clavícula. Inserção da agulha em 45º e em direção ao mamilo ipsilateral. Realizar punção da agulha por técnica de Seldinger: punção percutânea (agulha em 45º), aspiração para ver se tem refluxo de sangue e se o sangue é venoso. Introdução do fio guia metálico através da agulha. Retirada da agulha, mantendo o fio guia. O ideal é fazer uma radioscopia para verificar se o fio guia fez o trajeto correto. Introduzir um dilatador usando o fio guia. Retirada do dilatador. Introdução do cateter e retirada do fio guia. Passo a passo VS. A veia subclávia se inicia na borda lateral da 1ª costela, e segue medialmente. Vai se unir a v. jugular interna e formar a v. braquiocefálica. Infraclavicular (mais seguro porque margeia a cúpula pleural): paciente em decúbito dorsal, com MMSS paralelos ao tronco, cabeça estendida e virada para o lado oposto da punção. Quando possível, mesa em Trendelemburg. Antissepsia local ampla e colocação de campos estéreis. O ponto da punção deve ser 2 dedos abaixo da junção do terço médio com o terço medial da clavícula. Anestesia local na pele no trajeto da incisão, formando botão subcutâneo. Realizar punção da agulha por técnica de Seldinger: punção percutânea (agulha em 45º), aspiração para ver se tem refluxo de sangue e se o sangue é venoso. Introdução do fio guia metálico através da agulha. Retirada da agulha, mantendo o fio guia. O ideal é fazer uma radioscopia para verificar se o fio guia fez o trajeto correto. Introduzir um dilatador usando o fio guia. Retirada do dilatador. Introdução do cateter e retirada do fio guia. Do lado direito é mais seguro porque a cúpula pleural direita é mais baixa, e porque o ducto torácico se localiza no lado esquerdo. Instrumentos. 6 Bárbara Camargo – 2019.2 - Laparotomia. a. Mediana: abertura na linha alba (fusão das bainhas laterais do m. reto abdominal). Somente aponeurose nesse ponto. Pode ir do apêndice xifoide até a sínfise púbica (xifopúbica). SEMPRE contornar o umbigo à esquerda, porque à direita tem o ligamento redondo. - Supraumbilical: processo xifoide até cicatriz umbilical. Cirurgia bariátrica, antes da laparoscopia. - Infraumbilical: peritonite por apendicite. b. Paramediana: 2/3 dedos ao lado da linha alba. Abre a bainha anterior do m. reto abdominal, divulsiona as fibras do m. reto abdominal, abre a bainha posterior, e entra na cavidade abdominal. c. Subcostal direita/Kocher: secciona m. oblíquo externo, interno e transverso. Cirurgia de vias biliares e hepáticas. d. Subcostal esquerda: acesso ao baço e estômago. e. Pfannestiel: linha hipogástrica. Cesárea, cirurgias no útero e próstata. f. McBurney: apendicite ou hérnia. g. Elliot Babcock/Transversal - Calçar luvas. https://www.youtube.com/watch?v=YmOU34P_Y-A - Cricotiroidotomia. Técnica usada em situações de emergência. Quando o paciente NÃO se encontra intubado, não for possível intubação orotraqueal ou nasotraqueal, ou quando não houver instrumental e material para a intubação. TEMPORÁRIO. Paciente em decúbito dorsal, com leve elevação do tronco e extensão do pescoço. Antissepsia rápida, se possível. Anestesia local se o estado do paciente exigir. Palpação da membrana cricotireóidea que, conforme o próprio nome https://www.youtube.com/watch?v=YmOU34P_Y-A 7 Bárbara Camargo – 2019.2 indica, se localiza entre a cartilagem tireoide e a cricoide. Incisão com ponta do bisturi, em um só movimento que perpassa a pele, tela subcutânea e membrana cricotireoidea, chegando a luz traqueal. Dilatação com pinça hemostática curva do orifício. Introdução da cânula e fixação.
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