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Carla Bertelli – 5° Período Resumo de CC para OSCE Resumo de CC para OSCE Mesa Cirúrgica Nó de Cirurgião Carla Bertelli – 5° Período Pontos Cirúrgicos Lembrar da antissepsia correta antes, das mãos, uso de EPIs, materiais esterilizados, antissepsia do local Ponto Simples É um dos mais utilizados, sendo considerado ponto universal. É ótimo para sutura de pele. Donatti É a associação de dois pontos simples. Cada lado da borda é perfurado duas vezes. A primeira transfixação ocorre há até 10mm da borda e inclui pele e camada superior do subcutâneo. A segunda perfuração é trans- epidérmica, há cerca de 2mm da borda. Esse ponto é também conhecido como “longe-longe, perto-perto”, apenas para fins didáticos. É um ponto que promove boa hemostasia, sendo mais utilizado quando há hemorragia subdérmica e dérmica. Reduz tensão e promove boa coaptação das bordas, evitando sua invaginação, entretanto, o resultado estético é inferior. Ponto em U É semelhante ao Donatti, diferindo na posição horizontal das alças. É usado para produzir hemostasia e em suturas com alguma tensão (como cirurgia de hérnias, suturas de aponeurose), que impede a coaptação perfeita das bordas. Ponto em X Executado para que fique duas alças cruzadas. Esse ponto aumenta a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação. É usado em fechamento de paredes e suturas de aponeurose, músculos, e até em couro cabeludo. Chuleio Simples É o tipo de sutura de mais rápida e fácil execução e pode ser aplicada em qualquer tecido com bordas não muito espessas. É muito usada em suturas de vasos, por que faz boa hemostasia e pode ser usada também em peritônio, músculos aponeurose e tela subcutânea Carla Bertelli – 5° Período Chuleio Ancorado É uma variação do chuleio simples. Aqui o fio passa externamente por dentro da alça anterior, fazendo uma âncora, antes de ser tracionado. É mais hemostática que a anterior e por isso mais isquemiante. Atualmente é pouco utilizada. Intradérmica um tipo de sutura que tem um ótimo resultado estético. Nessa técnica a agulha passa horizontalmente através da derme superficial, paralelo à superfície da pele, aproximando as bordas. Por isso não deixa impressões de sutura no tecido externo. Deve ser usado em feridas com pouca tensão. O que a numeração de cada fio de sutura significa? Quanto menor o número de zeros, maior é o calibre do fio, portanto, um fio 2.0 (dois zeros) é mais calibroso que o fio 4.0 (quatro zeros) Vias AÉREAS Vias Aéreas são divididas em Cirúrgicas e Não Cirúrgicas Não Cirúrgicas: • Dispositivo Supraglótico (mascará laríngea ou tubo laríngeo) • Dispositivo Infraglótico (IOT) Cirúrgicas: • Cricotireoidostomia • Traqueostomia Guedel – Instrumento utilizado como mecanismo de proteção, impede o bloqueio da respiração. Deve ser utilizado em pacientes com ausência do reflexo do vômito. Adulto: Coloca-se o guedel invertido, segurando a língua do paciente para baixo. Quando sente a resistência do palato, girar em 360° para ele se acomodar no paciente Crianças <10 anos: Faz-se a técnica normal (sem inversão). Utiliza um abaixador de língua para auxiliar. Máscara Laríngea • Instrumento Supraglótico É utilizado como mecanismo de intubação às cegas. Cada máscara recebe uma numeração, em adultos pode-se usar entre 3, 4 e 5. 1 – Acoplar na via aérea do paciente (‘’bloqueando’’ a entrada ao canal do esôfago) 2 – Insuflar com a seringa • 3 = 20ml • 4 = 30ml • 5 = 40ml 3 – Auscultar pulmão para ver a posição do tubo, verificar se há presenta de MV bilateralmente 4 – Amarrar com cadarço o tubo para fixa-lo 5 – Acoplar o Dispositivo Bolsa Válvula Máscara e ventilar: 1001, 1002, 1003, 1004, 1005, no 1006 Ventila Carla Bertelli – 5° Período Intubação Orotraqueal Em adultos o número do tubo será de 7 ou mais. Utilizar fio guia para posicionamento do tubo • Insuflar de 15 a 20ml o tubo Para saber qual o tamanho ideal de tubo para o paciente, pode-se palpar o manúbrio do esterno e medir até a boca do paciente – isso auxilia para saber até onde colocar o tubo (geralmente na marcação de 18 ou 20cm) Utilizar Laringoscópio n° 4 1 – Antes de tudo, testo os instrumentos e o tubo para verificar se está funcionando 2 – Quando tiver condições, hiperextender a cabeça do paciente para melhor visualização 3 – Com o laringoscópio, empurrando a língua em movimentos da direita para a esquerda, até que se observe-se a epiglote 4 – Posicionar o tubo, juntamente com o fio guia, anteriormente já testado, colocar na Via Aérea do paciente 5 – Insuflar o tubo para fazer sua preensão com 15 a 20ml de ar 6 – Conectar o Dispositivo Bolsa Válvula Máscara ao tubo 7 – Prender com um cadarço o tubo 8 – Auscultar pulmão em busca de MV regularmente distribuídos por todo o pulmão, auscultar também epigástrio (risco de ter posicionado o tubo erroneamente) Segue os 7 Ps 1 - Preparação • Checar sinais que indiquem que a intubação é difícil • Fazer o plano que assegure vias alternativas • Reunir equipamentos e medicações 2 Pré-Oxigenação • Pré-oxigenar com alto fluxo • Monitorização, PA, FC, O2 3 Pré-Tratamento • Atropina (bradicardia) • Drogas Vasoativas (choque) • Fentanil (sedação) 4 Indução • Midazolam – 0,2 a 0,3: potente amnésico, pode causar hipotensão e depressão miocárdica • Propofol – 0,5 a 3mg/kg: Broncodilatador, hipotensão dose-dependente • Etomidato – 0,3 mg/kg: Excelente sedação, com baixo risco de hipotensão • Quetamina – 1,5mg/kg: Broncodilatação, não faz hipotensão; pode fazer hipertensão 5 Bloqueio Neuromuscular • Succinilcolina 1,5mg/kg • Paralisia ocorre em 45 a 60s • Duração aproximada de 6m 6 Posicionamento Coxim suboccipital, de modo a alinhar o meato acústico com o esterno do paciente: posição do cheirador 7 Intubação Orotraqueal 8 Posicionamento do Tubo • Ausculta de campos pulmonares e estomago Carla Bertelli – 5° Período 9 Cuidados pós Intubação • Fixação do tubo • Raio X de tórax • Ajuste de ventilação mecânica • Sedação e manutenção Toracocentese, Paracentese, Drenagem Pleural Paracentese – Paciente em decúbito dorsal, lembrar de fazer a antissepsia. Pode-se fazer anestesia local com lidocaína. Punção com agulha de grosso calibre no quadrante inferior esquerdo do abdômen, em uma linha imaginária traçada da espinha ilíaca ântero superior até a cicatriz umbilical => junção do terço médio com terço inferior desta linha Inserir a agulha, mantendo a aspiração até a saída do líquido ascítico e depois parar Toracocentese – Consiste no acesso a cavidade pleural através de punção por agulha para drenagem de líquidos na cavidade pleural (derrame pleural). Técnica: Paciente sentado, com os braços cruzados em frente ao corpo, apoiado confortavelmente em um suporte firme; tórax ereto; Pacientes que não podem manter-se sentados, pode ser utilizado decúbito lateral; Determinar o nível do derrame por percussão (macicez); Antissepsia do local a ser puncionado e anestesia loca Puncionar com agulha um espaço intercostal abaixo do nível do derrame, na porção superior da costela inferior e ao puncionar o líquido, retirar a agulha e manter o cateter, que poderá ser aspirado ou conectado ao tubo de drenagem. Drenagem Pleural – Procedimento cirúrgico que visa restaurar ou manter a negatividade do espaço pleural, por meio da eliminação de qualquer conteúdo anômalo. O dreno é introduzido através da parede torácica, promovendo a drenagem do espaço pleural Paciente em decúbito dorsal, com braço ipsilateral, estendido acima e flexionado no cotovelo; Antissepsia e campos estéreis; Identificar o local de inserçãodo dreno : quinto espaço intercostal, entre as linhas axilar anterior e média; Anestesia local, incluindo periósteo da costela: bordo superior da costela inferior. Incisão com bisturi 2 a 3cm , paralela às costelas no local prédetrminado; Divulsão dos tecidos até chegar a pleura parietal • Perfurar a pleura parietal com a ponta da pinça hemostática e fazer a digitalização do orifício • Avançar a colocação do dreno, direcionando-o posterior e ao ápice pulmonar; • Fixação do dreno à parede torácica • Conectar o dreno a um conector em “selo dágua” • Curativo estéril • Raio x tórax Acesso Venoso Central • Cateter venoso central inserido perifericamente • Cateter venoso central temporário (não tunelizado) • Cateter venoso de longa permanência (tunelizado) Indicações de Acesso Venoso Central: Quimioterapias, nutrição parenteral, drogas vasoativas, transfusões sanguíneas, monitorização hemodinâmica, dificuldade de acesso periférico. Cateter Venoso Central Temporário: Cateter implantado diretamente no local de punção venosa, ou seja, que não possui uma parte tunelizada. Duração média de 2 a 3 semanas. É o Tipo mais utilizado em pacientes de UTI ou cirurgias de grande porte para infusão de volume, medicações, monitorização da PVC e hemodiálise por curtos períodos. Pode ser inserido por via jugular interna, jugular externa, veia subclávia ou veia femoral Cateter De Longa Permanência (tunelizado): Podem permanecer implantados por meses, até anos. O local que o cateter penetra na veia fica afastado do local de saída do cateter para o meio externo, visando diminuir o risco de infecção. Utilizados principalmente para quimioterapia, NPT e hemodiálise Veias: Subclávia, Jugular e Femoral. Sempre fazer preferencialmente ao lado direito do paciente devido a presença de um ducto torácico do lado esquerdo, podendo cursar com quilotórax Carla Bertelli – 5° Período • Femoral – Bastante complicações frequentes • Complicação – Perfuração da Carótida Posição ✓ Trendelemburg (cabeça inclinada para baixo) ✓ Braços estendidos ao lago do corpo ✓ Cabeça virada para a contralateral Técnica de Punção Jugular Interna: Triangulo formado entre as cabeças do músculo do esternocleidomastoideo. Punção com agulha no vértice do triângulo formado pelas cabeças esternal e clavicular do m. esternoclidomastóideo, angulação de 20-45 graus direcionando ao mamilo ipsilateral 1 - Antissepsia do Local (bem grande) e posicionar os campos 2 - Anestesia 1ml 3 – Agulha em 45°, entrando e aspirando, quando vir sangue parar de inserir a agulha 4 – Tirar a seringa, mantendo a agulha puncionada, tampar a boca da seringa para evitar entrada de ar 5 – Inserir o fio guia (passando 2 pontos pretos) 6 – Tirar a agulha, mantendo fio guia 7 – Inserir o dilatador da pele 8 – Remover o dilatador da pele 9 – Inserir o intracat (seu posicionamento é na veia cava ou no átrio esquerdo) 10 – Tirar o fio guia 11 – Fechar o Intracat e conectar ao soro 12 – Sempre radiografar depois para saber a posição Subclávia – Junção do terço médio com o terço lateral clavícula. Direcionar a agulha para a fúrcula esternal Femoral – Insere a agulha medial a artéria femoral, afastando com os dedos, entrando com a agulha em direção ao mamilo. Lembrar de NAV (nervo, artéria e veia) Carla Bertelli – 5° Período