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Abordagem preventiva nos agravos da Síndrome do Imobilismo P R O F. P R I S C I L A A L M E I D A D I S C I P L I N A : F I S I OT E R A P I A P R E V E N T I VA 2 0 1 6 Síndrome do Imobilismo Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte da incapacidade da mudança postural. A SI deriva principalmente do fato de todos os órgão e aparelhos se ressentirem, de forma grave, da própria imobilidade e de suas consequências. Segundo OMS, considera se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, de 12 a 15 dias já é considerado imobilização e a partir de 15 dias é considerado decúbito em longa duração. Síndrome do Imobilismo A capacidade de mobilização é um indicador do nível de saúde da pessoa idosa e da qualidade de vida, pois determina seu grau de independência. CAUSAS SÍNDROME DA IMOBILIDADE OA, fraturas, osteoporose, reumáticas, metástases; TVP, Insuf. Arterial DPOC, ICC, cardiopatia isq calosidade, úlcera plantar neuropatia perif., neurolépticos, ansiolíticos, hipnóticos, anti-hipertensivos isolamento social AVC, Parkinson, demência, ELA desnutrição depressão cegueira, surdez SISTEMA EFEITOS MUSCULO-ESQUELÉTICO Atrofia muscular, contracturas articulares, osteoporose CARDIOVASCULAR E HEMATOLÓGICO Descondicionamento CV, hipotensão, tromboembolismo, anemia RESPIRATÓRIO Infecção respiratória, atelectasia METABÓLICO Alt. met. glúcidos, proteínas, electrólitos, insulina, PTH, HG, androgéneos GENITOURINÁRIO Infecções urinárias GASTROINTESTINAL Obstipação, anorexia, emagrecimento NERVOSO Privação sensorial, ansiedade, depressão, desorientação, disf.intelectual, alt. coordenação e do equilíbrio PELE Úlceras de pressão,atrofia pele Efeitos adversos do Imobilismo Efeitos Negativos Região/ Corpo todo Efeitos Benéficos DeLisa (2001) Atuação do Fisioterapeuta Prevenção Síndrome do Imobilismo Condições de Saúde Se não possível atuar nos níveis primários Níveis Secundários/Terciários Objetivo de interromper o declínio das condições de saúde do paciente. FISIOTERAPEUTA: -Conheça os processo fisiopatológico; - Saiba agir de forma rápida e eficiente. Sistema musculoesquelético É o mais acometido pelo imobilismo, as limitações funcionais podem prejudicar as transferências, posturas e movimento no leito e em cadeiras de rodas, dificultar as AVDs e AVIs , alterar o padrão de marcha e aumentar o o risco de formação de úlceras de pressão. SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO INATIVIDADE DESCONDICIONAMENTO DIMINUI. ATIVIDADE MUSCULAR DIMINUI. CAP. FUNCIONAL DIMINUI. CAP. FUNCIONAL SIST. CV SIST. MUSC-ESQULÉTICO INATIVIDADE Sistema musculoesquelético • Redução acentuada do número de unidades motoras excitáveis, o que gera grande perda de fibras de contração rápida (tipo II) e em menor proporção de fibras do tipo I de contração lenta; • Com 6 semanas a força dos MMII declina 20% e a dos MMSS 10%, havendo estudos que mostram perda diária de 1 a 1,5% da força total, ou seja quase 10% por semana; • A diminuição da força e hipotrofia muscular podem estar relacionados a perda de unidades motoras excitáveis; • A perda de estimulo nervoso causa alteração na disposição da actina/miosina levando a contratura muscular. Sistema musculoesquelético • Alterações metabólicas nas fibras musculares como redução da síntese proteica e aumento de sua degradação; menor respiração celular e menor consumo de O2; diminuição na produção de energia e menor síntese de glicogênio. • As fibras de colágeno com formato reticular na SI cruzam e fundem –se perdendo sua propriedade elástica. Com isso sofrem encurtamento, comprometendo músculos e tendões, resultando posteriormente em contraturas das articulações. Sistema Articular • As contraturas articulares ocorrem devido a menor fluidez do liquido sinovial e menor absorção de nutrientes, assim como por proliferação do tecido conectivo fibroso e gorduroso, formando o pannus e a aderência; • O tecido conectivo periarticular hipertrofia, ocasionando fibrose, que se associada as modificações musculares, leva a contraturas e anquilose. Sistema ósseo Osteoporose: Intensa e rápida perda de massa óssea ( em torno de 0,9% da massa óssea total/semana até o 6 mês quando se estabiliza). Aumento da reabsorção do osso trabecular e diminuição em sua formação Falta de atividade muscular, falta de sustentação de peso corporal, pouca ingestão de cálcio e falta de exposição solar Sistema respiratório • Diminuição do mecanismo de tosse reflexa • Diminuição da atividade ciliar brônquica • Diminuição do volume corrente e volume min (hipoventilação) • Diminuição da elasticidade parede torácica e do movimento diagramático Padrão respiratório superficial, dificulta a eliminação de secreção > pneumonia, atelectasia. Sistema cardiovascular Hipotensão Postural Pode ser explicada pela incapaciadade do S.circulatório de apresentar uma resposta simpática (aumento da adrenalina plasmática > vasoconstrição) adequada ao ortotatismo, levando a um acumulo de sangue nos MMII e queda da perfusão cerebral. Náuseas, tontura, redução da PA e FC Sistema cardiovascular TVP É caracterizada pela presença de estase, hiperviscosidade e lesão do endotélio. A imobilidade está correlacionada a estase por diminuição do bombeamento muscular e a hiperviscosidade, pois os períodos longos de repouso causam a diminuição progressiva do volume sanguíneo plasmático. Sistema tegumentar • Ulceras de pressão: Resultam de uma isquemia devida a pressão exercida entre uma proeminência óssea e o plano de sustentação corporal. • Atrofia de pele • Escoriações e equimoses • Micoses • Dermatites Intervenções fisioterapêutica Objetivos do tratamento: A prevenção das complicações deve ser o principio básico de todo o tratamento fisioterapêutico, que será satisfatório quanto mais precoce for realizado. A orientação e educação da família/cuidador fundamenta-se na necessidade do paciente de receber cuidados de forma intensiva e prolongada, sendo estes quando paciente está no domicilio colaboradores para o sucesso terapêutico. Intervenções fisioterapêutica Objetivos específicos: Preservar e promover o aumento da funcionalidade Atuar na prevenção de ulceras de decúbito Prevenir contraturas musculares Prevenir osteoporose Promover a mobilidade articular Estimular o aumento da ADM Trabalhar alongamento muscular Proporcionar ganho de força Estimular condicionamento cardiorrespiratório Abordagem fisioterapêutica • Cinesioterapia: mobilização passiva, ativa, ativo- assistida, alongamento muscular, contrações isométricas. • Padrões de facilitação proprioceptiva • Massoterapia • Termoterapia • Terapia com laser • Eletroterapia Abordagem fisioterapêutica • Fisioterapia respiratória • Posicionamento no leito • Treino de mudanças posturais e transferências • Indicação de órteses e dispositivos auxiliares de marcha para melhorar função e independência • Treino de AVDs • Orientações ao paciente, a família e ao cuidador SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Sistema Musculoesqueletico PREVENÇÃO: Mobilização -passiva, activa assistida, auto-passiva, activa eventualmente técnicas especiais cinesiterapia 3-5x/dia Posicionamento correcto no leito (ortóteses, rolos, p.e.) Imobilização das articulações em posição funcional, qd possível (ortóteses) Posicionamento Posicionamentos no leito SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Sistema Cardiovascular SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Sistema cardiovascular SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Sistema respiratório Alongamento da musc. acessória e intercostal Vibrocompressão Mobilização de secreção (soro fisiológico, aspirador, nebulizador) Exercícios p/ aumentar a expansão torácica SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Sistema Tegumentar SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO Muitas desordens são reversíveis > imobilização mais difícil será a sua reabilitação; O papeldo fisioterapeuta é de estimular a movimentação para prolongar a funcionalidade dos diversos sistemas. A prevenção é ainda a melhor alternativa!
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