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CAPOEIRA NA ESCOLA ARTIGO

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 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A CAPOEIRA NA ESCOLA: UMA ABORDAGEM TEÓRICA E PRÁTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
 Isaías Alberto Moreira
Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário de Belo Horizonte UNI-BH
 Pós-graduando no Curso Especialização em Educação Física Escolar
 
 Instituto Pedagógico Brasileiro - Polo Belo Horizonte 
zaomoreira@yahoo.com.br
RESUMO
O presente estudo teve objetivo de abordar a Capoeira como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar em uma escola do Município de Contagem onde os alunos tem o hábito de brincar com brincadeiras de lutas, consequentemente, este tipo de brincadeira pode gerar à violência entre os participantes. Contudo, consideramos à necessidade de resgatar e resguardar a cultura da capoeira como parte da história cultural do município, mostrando aos alunos o quanto essa prática corporal é importante para o desenvolvimento físico, psíquico e social deles a fim de proporcionar mudanças de comportamentos e atitudes pelas múltiplas experiências vivenciadas nas aulas de Educação Física, possibilitando uma melhor convivência dentro do ambiente escolar. 
PalavraS-chave: Capoeira, Educação Física Escolar, Violência Escolar.
INTRODUÇÃO
O projeto intitulado Capoeira na Escola foi desenvolvido na Escola Municipal Giovanini Chiodi. Foi um trabalho realizado com três turmas do 5º ano do Ensino Fundamental, sendo que cada turma possui, em média, 24 alunos de ambos os sexos, com faixa etária entre 10 e 12 anos. São turmas que se mostram, às vezes, agitadas e, em determinados momentos, alguns alunos provocam discussões que geram indisciplina, contudo, participam das atividades propostas. Demonstram boa capacidade de ouvir, compartilhar informações e responder às tarefas. Cumprem as regras e os combinados com presteza e boa vontade. A maioria dos alunos possui uma situação socioeconômica estável e apoio familiar. 
Verifica-se, em outros momentos, que os mesmos alunos, no início do turno e no horário do recreio, costumam “brincar” de luta com intuito violento. Esse tipo de brincadeira faz parte do contexto social de violência que essas crianças estão inseridas. Além disso, os meios de comunicação contribuem para estimular esses meninos a praticarem essas brincadeiras, pois ao assistirem desenhos que existem batalhas e super-heróis com poderes que vão além da condição humana, as crianças consideram tal situação como algo normal. Ademais, os jogos eletrônicos de luta podem contribuir para a reprodução dessas brincadeiras dentro do ambiente escolar.
De acordo com Peralva (1997),
a violência entre alunos constrói-se em torno de duas lógicas complementares: de um lado, encenação ritual e lúdica de uma violência verbal e física; de outro, engajamento pessoal em relações de força, vazias de qualquer conteúdo preciso, exceto o de fundar uma percepção do mundo justamente em termos de relações de força. Nos dois casos, o que está em jogo é a construção e a auto-reprodução de uma cultura da violência. (PERALVA, 1997, p. 20 apud LUCINDA, 1999, p. 32).
Alguns fatores favorecem para que essas brincadeiras violentas aconteçam nos intervalos da escola, tais como: espaços reduzidos, grande número de alunos e ausência de opções de jogos e brincadeiras. Os aspectos estruturais do ambiente escolar nem sempre têm solução, mas a maneira como a escola organiza o recreio poderia mudar, sendo dois recreios: um do 2º ciclo e outro do 3º ciclo. 
Esses momentos são importantes para a interação dos alunos e para a aprendizagem da convivência. Nesse sentido, os recreios poderiam ser dirigidos com a ajuda do corpo docente, dos funcionários e da equipe pedagógica a fim de garantir opções de atividades lúdicas, esportivas e recreativas para ocupar esse tempo ocioso, prevenindo as brincadeiras de luta. Muitas escolas não enxergam esse momento como pedagógico, deixando responsável por ele profissionais sem formação, que só zelam pelos espaços e pela segurança.
Trata-se de uma questão multicausal e complexa que demanda ainda análises e estudos mais aprofundados.
De acordo com Cruz (2010):
 para pensarmos a violência na sociedade contemporânea é importante o estabelecimento da relação entre os atuais modos de produção capitalista, de flexibilização de emprego, de internacionalização da economia e a expansão da violência na sociedade brasileira: suas raízes sociais estão no aumento do desemprego, na economia, no enfraquecimento das instituições socializadoras e na banalização da violência pelos meios de comunicação de massa. Como consequência, ocorreu o enfraquecimento dos laços sociais, o dilaceramento da cidadania, o aumento das violações de direitos humanos e, por fim, a expansão da violência, tanto por agentes do Estado como a violência disseminada nos espaços sociais. (CRUZ, 2010: p.3)
Os motivos que levam os alunos a essas brincadeiras podem ser extrínsecos ao ambiente escolar, tais como problemas familiares, falta de inserção social, carências sociais, forte influência de ídolos violentos e influências da mídia. 
Na escola, observa se que os meninos são quem iniciam essas brincadeiras violentas, entretanto, as meninas também participam incentivando os meninos a cometerem as agressões. Em alguns momentos, elas ajudam a segurar os meninos para que outros consigam capturá-los, reproduzindo atos violentos de luta dentro das brincadeiras. 
Refletindo sobre essas brincadeiras que podem gerar violência e que isso poderia levar a uma situação de risco à integridade física dos estudantes, pensei na possibilidade de ensinar o conteúdo de luta, que faz parte da Educação Física, e que, portanto, deve ser desenvolvido pelo professor. 
Por essa razão, optei em criar um projeto de capoeira visando à necessidade de resgatar e resguardar a cultura da capoeira como parte de nossa história, mostrando aos alunos o quanto essa prática corporal é importante para o desenvolvimento físico, psíquico e social deles a fim de proporcionar mudanças de comportamentos e atitudes pelas múltiplas experiências vivenciadas nas aulas de Educação Física, possibilitando uma melhor convivência dentro do ambiente escolar. 
Segundo CAMPOS (2001), a capoeira é “uma atividade rica em movimentos, onde existe a música, o ritmo, o canto, como coadjuvantes, possibilitando uma expressão corporal espontânea” (p.18). 
Os negros escravos jogavam a capoeira, eles faziam dela, ao mesmo tempo, uma luta e uma dança. Essa ambiguidade, que marcou o jogo de capoeira, fez com que o enfrentamento fosse indireto. Assim, tanto uma esquiva pode esconder um ataque, quanto um ataque pode, rapidamente, transformar-se numa esquiva. E esses movimentos deram aos escravos a possibilidade de eles resistirem contra a escravidão e de lutarem pela liberdade. Atualmente, o jogo de capoeira são os movimentos de simulação de ataque, defesa e esquiva entre dois capoeiristas. O objetivo do jogo é demonstrar força, habilidade, autoconfiança, mas, sobretudo, por meio do gingado.
Trata-se muito mais do que um simples aprendizado de movimentos de ataque e defesa, constitui-se no entendimento dessa manifestação cultural do movimento humano em todos os seus níveis e relações. 
A prática da capoeira auxilia no desenvolvimento de diversas habilidades físicas, mentais e sociais, e também ajuda seus praticantes a lidarem com conflitos e medos, superando-os com confiança, determinação e humor. 
Com esse projeto, os educandos também tiveram a possibilidade de exercitar a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. As aulas contribuíram para o desenvolvimento dos alunos no que se refere à consciência e à construção de sua imagem corporal, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social. 
Por meio da capoeira, o indivíduo pode conhecer a si próprio e os outros. Além disso, são explorados aspectos relativos à flexibilidade articular e à capacidade aeróbica. A concentração, a adequação psicossocial, a melhora da autoestima, o respeito e a disciplina também são aspectos desenvolvidos pela pormeio da capoeira. 
Durante as aulas de capoeira, foram levantados os aspectos que envolvem o processo histórico, cultural, social e educacional. Esses aspectos fizeram inferência ao período de escravidão, a origem da capoeira e sua importância em nossa sociedade e ainda como a capoeira pode ser utilizada como conteúdo a ser aprendido pelos estudantes. 
Os alunos participaram de maneira integrada, aprenderam a executar os movimentos básicos, aprenderam as músicas que fazem parte do repertório da capoeira e conheceram os instrumentos musicais que são utilizados em uma roda de capoeira. Puderam identificar a capoeira enquanto prática presente na cultura corporal, diferenciando-a das manifestações de violência que acontecem nas brincadeiras realizadas pelos alunos. 
De acordo com a matriz curricular de Educação Física de Contagem, no eixo luta, a capoeira aparece dentro desse contexto como referência, sendo esse outro motivo que corroborou para a escolha desse tema, o fato de a capoeira estar ligada à cultura do município.
 De acordo com o Atlas Escolar de Contagem, no aspecto bens imateriais, a capoeira se destaca como sendo uma das culturas afro-brasileiras praticadas por alguns moradores da cidade. Existem, na escola, alunos que já praticaram capoeira na comunidade, porém esses grupos de capoeira não desenvolvem projetos dentro do ambiente escolar, acontecendo o ensino da capoeira somente em outros espaços do bairro.
A proposta desse trabalho foi proporcionar a todos os alunos do 5º anos novas possibilidades de eles expressarem a corporeidade e, assim, conhecerem melhor a capoeira, identificando-a enquanto prática presente na cultura corporal do município, já que os alunos gostam de lutas, porém não houve a oportunidade de experimentar nas aulas de Educação Física o conteúdo capoeira como prática pedagógica.
A perspectiva pedagógica para as aulas de capoeira foi agregar a teoria com a prática. Transmitir conhecimento para a construção de respeito ao contexto social em que os estudantes estão inseridos e realizar práticas para construção de sujeitos que irão agir ativamente na sociedade, respeitando as diferenças e as diversidades. 
Segundo Valter Bracht (2005),
 o/a professor/a deve construir, reinventar sua prática com referência em ações/experiências e em reflexões/teorias, apropriando-se de teorias de forma autônoma e crítica, o que o leva a agir como sujeito da sua ação e não como objeto.(p.7)
A princípio as metas foram apresentar aos alunos a capoeira em seus aspectos histórico, social, esportivo e educacional. Realizar, na prática, os movimentos básicos da capoeira como forma de atividade física. Demonstrar os conhecimentos adquiridos pelos estudantes em um encontro entre os alunos da escola e um grupo de capoeira do município de Contagem.
Para demonstrar, foi elaborado um quadro de planejamento para orientar a sequência das aulas e direcionar o trabalho dentro da proposta do projeto.
QUADRO DE PLANEJAMENTO
CAPOEIRA – 5º ano
	CONTEÚDOS
	SUGESTÕES DE ATIVIDADES
	Histórico
	Brincadeiras adaptadas que ajudarão a contar de forma lúdica todo o processo histórico da capoeira.
	Conhecimento dos instrumentos 
	Observação e manuseio de instrumentos. 
	Importância da capoeira na prática para os aspectos psicomotores
Regras do jogo
	Leitura sobre os benefícios da prática da capoeira para o desenvolvimento humano. 
Videoaula
	Movimento fundamental: Ginga
Movimentos básicos: aú, cocorinha e negativa
Golpes de ataque e defesa
Roda de capoeira
	Demonstração prática. Os alunos deverão gingar em diferentes ritmos: Angola e São Bento.
Movimentos de golpes de defesa e contra-ataque. Exercícios individuais e em duplas.
Formação da roda de capoeira.
	Oficina de capoeira
	Encontro entre alunos do 5º ano e o grupo de capoeira.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Este projeto foi desenvolvido na terceira etapa do ano letivo, mais especificamente, entre os meses de setembro e outubro. Comecei aguçando o interesse dos alunos, perguntando se eles conheciam a capoeira, como ela surgiu e se eles já haviam praticado a capoeira. Alguns alunos comentaram terem-na praticado, outros só assistiram pela televisão ou em uma roda de capoeira ao ar livre. Para a grande maioria, a capoeira foi uma prática corporal pouco experimentada. 
A distribuição das aulas nas disciplinas, este ano, em nossa escola, sofreu alterações, pois foi elaborado o projeto político pedagógico (PPP). Durante sua construção, que leva em consideração a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), sugeriu-se que as aulas de Educação Física fossem trabalhadas da seguinte forma: uma aula teórica e a outra prática. De acordo com Bezerra e Mello (2015),
ao instituir a Educação Física como componente curricular, a LDB de 1996 passa a exigir um novo pensar e um novo agir dos seus professores. O novo pensar é caracterizado pela necessidade de se conceber a Educação Física na escola nas mesmas condições dos demais componentes curriculares, nos quais sua organização didática deve consolidá-la na educação escolarizada com o mesmo status dos outros saberes (BEZERRA e MELLO, 2015, p.2).
Assim, ao ser implementado esse modelo de distribuição para as disciplinas escolares, as aulas de Educação Física deixam de ser apenas “atividades” sem importância no conjunto de disciplinas curriculares. Com as aulas teóricas, foi criado um novo sentido para as práticas pedagógicas e para as aprendizagens delas decorrentes. Tal situação permite ao aluno um saber sistematizado com uma função social que contribui para a valorização da disciplina e para que o desenvolvimento dos conteúdos tenham significados no processo de ensino/aprendizagem dos alunos
Nas aulas teóricas, foram exibidos vídeos e slides. Nessas aulas, os alunos registraram os momentos históricos da escravidão no Brasil, os instrumentos e os golpes da capoeira por meio de desenhos. Os vídeos foram de curta duração, pois as turmas apresentaram dificuldade de concentração e disciplina, e quando foram expostos a vídeos mais longos, os alunos ficavam dispersos e começavam a conversar outros assuntos que não diziam respeito ao tema proposto na aula. 
Durante as primeiras aulas práticas, adaptei algumas brincadeiras de ‘correr e pegar’ a fim de contar um pouco do processo histórico dos negros, abordando assuntos como: A chegada dos negros ao Brasil, a fuga dos escravos para os quilombos, a busca dos capitães-do-mato para recapturar os escravos, o uso dos golpes de capoeira para libertar os escravos das senzalas. No início de cada aula prática, organizava a turma em roda para passar as orientações aos alunos sobre as atividades a serem realizadas naquela aula. 
Criei um contexto sobre cada tema recordando momentos referentes ao que foi visto e feito por eles em sala de aula. Os alunos interagiram com as atividades propostas demonstrando interesse e participação, e conseguiram identificar a cada brincadeira o contexto referente aos momentos históricos do período da escravidão.
Em outras aulas teóricas, os alunos conheceram os instrumentos que compõem uma roda de capoeira por meio de vídeos e slides, sendo feito por eles um registro na sala com o desenho dos instrumentos. Na aula prática, gostaria de ter conseguido os instrumentos para que os alunos pudessem experimentar tocá-los, senti-los e reconhecer os sons, para que fossem estimulados a musicalidade e os sentidos, porém não consegui ninguém que pudesse me emprestar esses instrumentos. 
Para sanar essa ausência instrumental, usei o rádio da escola para colocar músicas de capoeira para tocar enquanto os alunos participavam das aulas e para que tentassem reconhecer os sons dos instrumentos, e pedi a eles, em uma brincadeira, que imitassem o som criando um ritmo semelhante ao dos instrumentos. 
Em outra aula, propus que os alunos executassem alguns movimentos básicos de ginástica em que foi possível trabalhar coordenação, força, flexibilidade e equilíbrio por meio dos seguintes movimentos: caranguejo, estrela, parada de mão e carrinho de mão. Para todosesses movimentos, fiz uma brincadeira ou estafeta para estimular o interesse dos alunos em participar das aulas.
Para que os alunos pudessem vivenciar os movimentos básicos da capoeira, incluindo os golpes, preparei uma aula expositiva com a exibição de vídeos e textos que descreveram esses movimentos. Os alunos registraram essa aula com a produção de desenhos. 
Na aula prática sobre ginga, fiz a distribuição dos alunos na quadra, e todos deveriam tentar realizar a ginga acompanhando os movimentos do professor. Todos tiveram a liberdade de expressar a sua forma de gingar descobrindo e aprendendo a conhecer os limites do próprio corpo. Em seguida, separei a turma em dupla, e cada par deveria gingar com seu companheiro no ritmo da música de capoeira. As duplas eram refeitas a cada troca de música para que todos pudessem socializar entre os pares.
Em cada aula prática sobre golpes da capoeira, os alunos aprendiam novos golpes, com isso, aprimoravam suas habilidades motoras agregando mais conhecimento e favorecendo o autoconhecimento, consequentemente, contribuindo para a formação integral dos estudantes. 
A aula de formação da roda de capoeira aconteceu quase no final do projeto depois que os alunos já conheciam os golpes básicos, pois é de fundamental importância esse conhecimento prévio para deixar os estudantes mais seguros e confiantes dentro da roda de capoeira. Foi observado que alguns alunos ficaram com vergonha de entrar na roda pelo fato de não gostarem de se expor para a turma. Mas participaram compondo a roda e batendo palmas.
No mês de novembro, o grupo de capoeira, Arte e Cultura do município de Esmeraldas foi convidado para participar do evento comemorativo ao dia da Consciência Negra, em que a escola preparou apresentações culturais e artísticas para celebrar esse dia. Os alunos participaram na criação de painéis com os trabalhos feitos durante a execução do projeto e ainda um mural com algumas fotos que foram feitas durante as aulas de capoeira.
O evento serviu para que pudéssemos finalizar esse trabalho com os alunos dos 5º anos.
 Ao final do percurso, fiz uma avaliação do projeto e observei que, ao longo da trajetória do trabalho desenvolvido, apareceram algumas dificuldades, como a falta de interesse de alguns alunos em realizar tanto as atividades em sala quanto as atividades práticas, afinal, esses mesmos alunos apresentam esse tipo de comportamento também em outras disciplinas. 
Além disso, gostaria de ter conseguido levar um grupo de capoeira durante as aulas práticas. O fato de ter os próprios capoeiristas participando da aula e interagindo com os estudantes proporcionaria novos conhecimentos práticos e uma troca de experiências que colaboraria para a participação dos estudantes, principalmente dos alunos que demonstraram pouco interesse pelo conteúdo.
Dentre os resultados, destaca-se: o reconhecimento, tanto dos alunos como dos demais professores e pedagogos sobre importância da realização do projeto na escola, afinal, a escola é carente de projetos inovadores, principalmente na disciplina Educação Física. 
Acredito, também, que este trabalho contribuiu para melhorar as relações interpessoais entre os alunos. E a dimensão conceitual das aulas de Educação Física ficou mais articulada com a prática de conteúdos procedimentais, sendo trabalhados também diversos valores e conteúdos atitudinais com os alunos. 
ABSTRACT
The present study had the objective of approaching Capoeira as content in the classes of Physical School Education in a school in the Municipality of Contagem where students have the habit of playing with games of fight, consequently, can generate violence among the participants. However, we consider the need to rescue and safeguard capoeira culture as part of the cultural history of the municipality, showing students how important this corporal practice is for their physical, psychic and social development in order to provide changes in behavior and attitudes experience in Physical Education classes, enabling a better coexistence within the school environment.
Key words: Capoeira, School Physical Education, School Violence.
Referências 
BEZERRA, Judson Cavalcante; MELO, José Pereira de. Reflexões sobre aulas teóricas na educação física escolar. Disponível em: http://congressos.cbce.org.br/index.php/conece/3conece/paper/viewFile/2459/985. Acessado em 13/12/2015. Acessado em 05 de dezembro de 2015.
BRACHT, Valter. Pesquisa (ação) e prática pedagógica em educação física. Coleção cotidiano escolar – A educação física no Ensino Fundamental (5º/8º séries). Natal. Paidéia, Brasília: MEC, v. 1, n. 1, p.7-22, 2005.
CAMPOS, Hélio: Capoeira na Escola: Mestre Xaréu, Salvador, 2001, 2ed.
CONTAGEM. Seduc. Secretaria de Educação e Cultura de Contagem. Atlas escolar: Histórico, Geográfico e Cultural. Contagem/MG, 2009.
LUCINDA, M. C.; NASCIMENTO, M. G.; CANDAU, V. M. Escola e violência. Rio de Janeiro: DP & A, 1999.
SANTOS, A.O, Capoeira – Uma expressão Antropológica da Cultura Brasileira. Maringá-Pr: Editora do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Cascavel: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1993.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CONTAGEM COORDENADORIA DE POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL. Matriz de referência curricular de Educação Física – 2º CICLO – 2010. Disponível em: http://200.17.141.110/periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_8/FORUM_V8_09.pdf. Acessado em 13/12/2017, 97 p.
Vídeo TV LUIZÃO – A HISTÓRIA DA CAPOEIRA < http://www.youtube.com/watch? v=GcTQLKh-Oak>.

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