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Larissa Ferreira | 1 SAÚDE DO ADULTO Larissa Ferreira Paulino DIARRÉIA AGUDA INFECCIOSA Intestino delgado O intestino delgado faz parte do sistema digestório, tem formato tubular e vai do estômago até o intestino grosso. É composto de três partes: duodeno (logo após o estômago), jejuno (parte central) e íleo (próximo ao intestino grosso). O interior do intestino delgado é revestido de vilosidades intestinais que absorvem as substâncias digeridas. Cerca de 80% da digestão ocorre no duodeno, região rica em enzimas, produzidas por 3 órgãos (o próprio duodeno, o fígado e o pâncreas). O duodeno produz o suco intestinal, que se mistura ao suco pancreático (produzido no pâncreas) e ao suco biliar, produzido no fígado e expulso pela vesícula biliar, para auxiliarem a digestão. O duodeno recebe o quimo (mistura de alimentos semidigeridos e enzimas e ácidos produzidos no estômago), e graças à ação das enzimas ali encontradas, este é transformado em quilo, produto final da digestão. As vilosidades intestinais, então, absorvem os nutrientes úteis ao organismo e as substâncias residuais do processo digestivo passam para o intestino grosso, de onde são expulsas sob a forma de fezes. Contém superfície absortiva Epitélio Enterócitos Criptas Glândulas secretoras Intestino grosso O intestino grosso é a parte final do tubo digestivo, possui cerca de 1,5 m e divide-se em três partes: ceco, cólon e reto. O ceco corresponde à parte que se conecta ao intestino delgado e onde se localiza o apêndice cecal. O cólon atravessa quase todo o abdômen e é dividido em quatro partes: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide. O reto possui uma dilatação chamada ampola retal que acumula as fezes, iniciando o processo de defecação. Faz a comunicação do cólon com o ambiente exterior por meio do ânus, que possui um músculo em forma de anel chamado esfíncter anal. No intestino grosso ocorre a parte final da digestão. Nele se acumulam os resíduos do processo digestivo em forma de fezes. Esse órgão também é responsável pela absorção de água, que determina a consistência do bolo fecal. http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/duodeno/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/duodeno/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/estomago/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/figado/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/pancreas/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/vesicula/ https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/ceco/ https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/colon/ https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/reto/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/intestino-delgado/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/intestino-delgado/ http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/apendice-cecal/ Larissa Ferreira | 2 Absorção e secreção intestinal Local de absorção Enterócitos Água: absorção passiva Sódio É absorvido por dois mecanismos principais Absorção de Na+ isolado Absorção acoplada de Na+ com glicose, galactose e aminoácidos NaK-ATPse Mantém o interior da célula com baixa concentração de sódio Secreção hidrossalina: criptas OBS: o que é diarreia? É a eliminação das fezes com consistência pastosa ou liquida, geralmente acompanhada de: - aumento de numero de evacuações diárias - aumento de massa fecal diária (acima 200mg/dia) OBS: porque ocorre diarreia? Classificação quanto ao tempo de duração Aguda: até duas semanas Protaída ou persistente: 2 a 4 semanas Crônica: > 4 semanas Classificação quanto à origem Classificação quanto à gravidade (diarreia do viajante) Leve: tolerável e não interfere nas atividades planejadas Moderada: quando interfere nas atividades planejadas Grave: disenterias Quando a diarreia é incapacitante e interfere completamente nas atividades planejadas Larissa Ferreira | 3 Diarreia aguda Características gerais Em 90% dos casos é de causa infecciosa Outras causas Medicamentos Alergia alimentar Isquemia Álcool Dieta enteral Gastroenterite X intoxicação alimentar Instalação súbita Curso limitado (até 14 dias) Diarreia aguda infecciosa Pode ser dividida em duas síndromes Diarreia inflamatória ou sanguínea Diarreia NÃO inflamatória ou aquosa Diarreia inflamatória ou sanguínea Causada por bactérias ou protozoários Diarreia ‘’baixa’’ Afeta principalmente o cólon Pequeno volume Pode conter sangue ou pus Clínica Tenesmo Urgência fecal Dor retal Febre Dor abdominal Exame Leucócitos Sangue fecais + Causas Shigella Salmonella E. colli Outras .. Diarreia aguda não inflamatória ou aquosa Causada por vírus ou bactérias produtoras de enterotoxinas Diarreia ‘’alta’’ Afeta principalmente o delgado Clínica Fezes aquosa de grande volume e sem sangue Causas Giárdia E. colli Virus Outras.. Larissa Ferreira | 4 DIARREIA AGUDA INFLAMATÓRIA DIARREA AGUDA NÃO INFLAMATORIA Sangue Água Diarreia baixa Diarreia alta Pequeno volume Grande volume Afeta o colon Afeta o delgado DIARREIA AGUDA NÃO INFLAMATÓRIA 1. Diarreia por rotavírus/norovírus Rotavírus Crianças e lactentes (6 meses – 2 anos) Adolescentes e adultos (surtos em ambientes fechados) Transmissão Via fecal oral Vírus resistente muito tempo no ambiente Sítio de replicação Jejuno Quadro clínico Fezes aquosas, verdes ou amareladas e SEM muco Oito ou mais evacuações diárias duração: 7 dias Vômitos e desidratação acentuados Diagnóstico Clínico Tratamento Reposição hidroeletrolítica, por via oral de preferência Manejo dietético Prevenção Vacina oral –2 a 8 meses (2 a 3 doses) 2. Cólera Cólera é uma doença infectocontagiosa aguda do intestino delgado, causada por uma enterotoxina produzida pela bactéria vibrio colérico (Vibrio cholerae). A transmissão é fecal-oral e se dá através da água e de alimentos contaminados pelas fezes ou pela manipulação de alimentos por pessoas infectadas, sejam elas sintomáticas ou não. Já foram registrados casos em que peixes, frutos do mar, como ostras e mexilhões, crus ou mal cozidos, e gelo fabricado com água não tratada foram veículos de transmissão da doença. A enfermidade é de notificação compulsória às autoridades de saúde. Agente: Vibrio cholerae (bastonete gram -) Período de incubação Horas a cinco dias OBS: o vibrião é destruído pela acidez gástrica, por isso, para que haja realmente a infecção é necessário que tenha grande quantidade OBS: O uso de IBP ou inibidores H1 podem causar doença grave https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/intestino-delgado/ Larissa Ferreira | 5 Quadro clínico A maioria é assintomática Eliminam a bactéria nas fezes Casos mais graves Um litro de fezes diarreicas por hora Insuficiencia renal Choque Morte em menos de 6 a 8 horas OBS: notificação compulsória Tratamento Formas leves e moderadas: hidratação Formas graves: hidratação + ATB Adultos: tetraciclina 500mg VO 6/6 horas por 3 dias Gestantes: ampicilina 50mg VO 6/6 horas 3 dias Crianças: sulfametoxazol-trime toprim Prevenção Higiene Lave bem as mãos com água limpa e sabão depois de usar o banheiro e antes de manusear qualquer alimento Álcool Água potável Alimentação Frutos do mar Leite 3. Escherichia coli E. coli enterotoxigênica (ETEC) OBS: é um dos agentes da diarreia do viajante Transmissão: água e alimentos contaminados Patogênese: Aderência ao enterócito e produção de toxinas que estimulam a secreção eletrolítica Não há invasão da mucosa Toxinas: termolábil e termoestável (resistem à temperatura) Quadro clínico Gastroenterite Com ou sem vômitos NÃO tem febre Não tem dor abdominal significativa Larissa Ferreira | 6 Período de incubação: 8 a 24 horas Duração: autolimitada - 1 a 5 dias Tratamento: hidratação Diagnóstico: EPF OBS: Estes sintomas são muito semelhantes aos de uma gastroenterite causada por qualquer outro microorganismo e, por isso, muitas pessoas não sabem que foram infectadas por esta bactéria, porém, é a principal causa de diarreia quando se viaja para outros países. 4. Diarreia por Staphylococcus aures S. aureus produzem intoxicação alimentar pela produção de várias enterotoxinas termoestáveis Transmissão oral fecal Período de incubação: 2 a 8 horas Quadro clínico Náuseas Vômitos Cólicas seguidas de diarreia aquosa Auto limitada: 12 – 24 horas Tratamento: suporte 5. Giardíase Giardíase é a infecção causada pelo protozoário flagelado Giardia intestinalis (lamblia). A infecção pode ser assintomática ou provocar sintomas que variam de flatulência intermitente a má absorção crônica. Trofozoítos de Giardia prendem-se firmemente à mucosa duodenal e ao jejuno proximal e multiplicam-se por divisão binária. Alguns parasitas transformam-se no ambiente em cistos resistentes, que são disseminados pela via fecal-oral. A transmissão pela água é a fonte principal de giardíase. A transmissão também pode ocorrer por meio da ingestão de alimento contaminado e de contato direto de pessoa para pessoa, em especial em instituições para deficientes mentais e creches, ou entre parceiros sexuais. Cistos de Giardia permanecem viáveis na superfície da água e são resistentes aos níveis de cloração de rotina. Animais silvestres também podem servir como reservatórios. Dessa forma, corredeiras provenientes de montanhas, assim como a cloração de sistemas de abastecimento de água municipais com filtração deficiente, foram implicadas nas epidemias transmitidas pela água. Agente: Giargia lamblia Transmissão: água e alimentos contaminados Período de incubação: 1 a 4 semanas Período de transmissibilidade: enquanto persistir a infecção Local: infecção do intestino delgado Se aloja no intestino delgado, no jejuno, onde há grande capacidade de absorção dos nutrientes. Ela se prolifera e “tampa” o epitélio, atrofiando-o, impedindo a absorção de alimentos. Portanto, há presença de alimentos nas fezes e pode se tornar crônica Forma infectante: cisto Larissa Ferreira | 7 Quadro clínico A maioria dos casos são assintomáticos Diarreia inicialmente liquida, podendo evoluir para ma absorção intestinal, com esteatorreia Dor abdominal Náuseas Perda de peso Sintomas crônicos Fezes amolecidas Fadiga Anorexia Flatulências Distensão abdominal Intolerância a lactose Diagnóstico EPF (3 amostras alternadas devido a liberação intermitente de cistos) Tratamento antibiótico Secnidazol 2g VO dose única Tinidazol 2g VO dose única Metronidazol 250mg VO 2 vezes ao dia por 5 dias OBS: Não ingerir bebida alcoólica por 4 dias após o tratamento, devido ao efeito antabuse DIARREIA AGUDA INFLAMATÓRIA 1. Shigelose Shigelose é uma infecção aguda do intestino causada por Shigella sp. Os sintomas incluem febre, náuseas, vômitos, tenesmo e diarreia, com fezes geralmente sanguinolentas. O diagnóstico é clínico e confirmado por meio de cultura de fezes. O tratamento da infecção leve é de suporte, principalmente com reidratação; antibióticos (p. ex., ciprofloxacino, azitromicina, ceftriaxona) são dados a pacientes moderada a gravemente enfermos e de alto risco com diarreia sanguinolenta ou imunocomprometimento e pode encurtar a duração da doença e diminuir o contágio. Agente: bactérias gram – do gênero Shigella Transmissão Contato interpessoal Ingestão de água contaminada e/ou alimentos Período de incubação: 12 a 48 horas OBS: alta infecctividade Quadro clínico Assintomáticos/subclínicos: graves e tóxicos Diarreia aquosa 1 a 3 dias Febre alta Anorexia Náuseas e vômitos Larissa Ferreira | 8 OBS: Colite tóxica com colon dilatado = megacólon tóxico Complicações Sepse Megacolon tóxico Prolapso retal Insuficiência renal aguda Artrite reativa ou séptica Síndrome hemolítico urêmica Perfuração intestinal com peritonite Neurológicas Convulsão Meningismo Encefalopatia Letargia Alucinações Diagnóstico Coprocultura Tratamento Hidratação oral Antibiótico 2. Síndrome hemolítico urêmica A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) é uma doença grave, caracterizada principalmente por início agudo com anemia hemolítica microangiopática, insuficiência renal e trombocitopenia. Tais sintomas podem ter ocorrência posterior ou não a episódio de diarreia, geralmente sanguinolenta. Embora sua ocorrência esteja relacionada a diversos determinantes, como formas hereditárias da doença, administração de medicamentos e patógenos variados, a infecção por Escherichia coli produtora de Shiga Toxina (STEC) consiste na principal causa de SHU. É uma doença grave Acomete mais crianças Agentes E. colli Shigella dysenterie Campylobacter Quadro clínico Anemia hemolítica microangiopática Trombocitopenia Insuficiência renal aguda Manifestações neurológicas Irritabilidade Letargia Larissa Ferreira | 9 Convulsão Coma 3. Salmonelose não tifoide Salmonella não tifoide causa principalmente gastrenterite, bacteriemia e infecção focal. Os sintomas podem ser diarreia, febre alta com prostração, ou sintomas de infecção focal. O diagnóstico é feito por culturas de sangue, fezes, ou espécimes do local. O tratamento, quando indicado, é feito com SMX-TMP, ciprofloxacino, azitromicina ou ceftriaxona com cirurgia nos casos de abscessos, lesões vasculares e infecções ósseas e articulares. Agentes Bactérias do gênero Salmonella Transmissão Alimentos de origem animal Frango Ovos Carne vermelha Leite não pasteurizado Derivados do leite Ingestão de agua contaminada Período de incubação: 6 a 72 horas Quadro clinico Disenteria (imunocompetentes) OBS: doença autolimitada – 3 a 7 dias Complicações Desidratação e distúrbio eletrolítico Bacteremia em imunossuprimidos Diagnóstico: coprocultura Tratamento Hidratação oral Enterites não complicadas não se trata com antibiótico Indicado para RN > 65 anos Imunodeprimidos (doença e/ou medicamento) Anemia falciforme Doença inflamatória intestinal Hemodiálise 4. Diarreia por Campylobacter Campylobacter sp são bacilos Gram-negativos móveis, curvos e microaerófilos que normalmente habitam o trato GI de muitos animais domésticos e aves. Agente: Campylobacter jejunii Transmissão Alimentos como carne crua Larissa Ferreira | 10 Água contaminada Contato direto com animais infectados Incubação: 1 a 7 dias Quadro clínico Pródromes Febre Manifestações influenza like Diarreia volumosa (>10 evacuações/dia) Após o segundo dia: paciente apresenta dor abdominal e sangue nas fezes Complicações Síndrome de Guillan Barré (paraparesia espástica tropical) Miopericardite Pancreatite Artrite Meningite Síndrome hemolítico-urêmico Diagnóstico Coprocultura Tratamento Hidratação VO ATB somente nos casos graves, com disenteria: azitromicina, ciprofloxacino 5. Diarreia por E. coli produtora da toxina de Shiga Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um importante patógeno veiculado por alimentos, principalmente produtos derivados de carne bovina e está associado a quadros de diarréias leves a severase sanguinolentas. Em alguns indivíduos, a infecção por STEC pode progredir para a síndrome hemolítico-urêmica (HUS), seqüela caracterizada pela falência renal e a púrpura trombocitopênica trombótica (TTP), com possível envolvimento do sistema nervoso central. O gado bovino, geralmente saudável, é o principal reservatório de STEC, embora estas cepas também tenham sido isoladas de outros animais domésticos: ovelhas, cabras, cães, gatos e suínos. A principal característica de virulência, a produção de toxinas Shiga, não é suficiente para causar doenças e outros fatores são considerados relevantes, como a produção de enterohemolisina e de adesinas fimbriais e afimbriais. Embora as doenças humanas associadas a STEC sejam pouco descritas no Brasil, podemos observar uma significativa ocorrência destas cepas nos rebanhos bovinos, bem como a correlação entre sorotipos encontrados nestes animais e em pacientes humanos. Agentes Várias sorotipos de E. coli Produzem a toxina Shiga ou verotoxina Colonizam exclusivamente o cólon Transmissão Consumo de carne Produtos industrializados Água contaminada Período de incubação: 3 a 4 dias Quadro clínico: diarreia invasiva (disenteria) Larissa Ferreira | 11 Tratamento: evitar TAB exceto em casos de sepse 6. Colite pseudomembranosa (PROVA) A colite pseudomembranosa é uma inflamação do cólon que se produz quando, em determinadas circunstâncias, a bactériachamada Clostridium difficile lesiona o órgão mediante a sua toxina e produz diarreia e aparição no interior do cólon de placas esbranquiçadas chamadas pseudomembranas. Quase sempre aparece em pessoas tratadas previamente com antibióticos, e em pessoas debilitadas ingressadas em hospitais ou residências de idosos. A enfermidade caracteriza-se por diarreia, por vezes de odor fétido, febre e dor abdominal e pode chegar a ser grave e em alguns casos fatal. Agente Clostridium difficile Esporos: ambientes hospitalares, asilos, mãos de profissionais da saúde Fatores de risco Idosos Hospitalização Uso prévio de ATB Lembrar de clindamicina Imunussuprimidos Quadro clínico Disenteria Febre Dor abdominal Diagnóstico Pesquisa de toxinas A e B nas fezes Colonoscopia Tratamento Metronidazol ou vancomicina VO Suspender o antibiótico causador da colite OBS: É melhor lavar a mão ou utilizar álcool? Álcool, pois ele desinfeta mais rápido. Utilizamos o sabão caso a mão esteja visivelmente suja ou após usar o banheiro. Especificamente na colite pseudomembranosa, os esporos são resistentes ao álcool, portanto a higiene precisa ser feita com sabão 7. Amebíase Amebíase é uma infecção causada por Entamoeba histolytica. É geralmente assintomática, mas diarreia e disenteria leve a grave podem ocorrer. Infecções extraintestinais incluem abscessos no fígado. O diagnóstico é feito identificando- se E. histolytica em amostras de fezes, ou por meio de testes sorológicos. O tratamento para a doença sintomática é feito com metronidazol ou tinidazol, seguido por paromomicina ou outras drogas ativas contra cistos no lúmen. Agente: Entamoeba histolytica https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lon https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_difficile https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxina https://pt.wikipedia.org/wiki/Diarreia https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Enfermidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre Larissa Ferreira | 12 Transmissão Ingestão de alimentos e água contaminados Transmissão sexual: oro-anal Período de incubação: 2 a 4 semanas Período de transmissibilidade: pode durar anos quando não tratada Quadro clínico Forma branda Desconforto abdominal leve ou moderado, com sangue e/ou muco nas dejeções Forma grave Febre Calafrios Diarreia sanguinolenta Complicações Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso Abcesso hepático, pulmonar e cerebral Empiema Pericardite Colite fulminante com perfuração Diagnóstico EPF Tratamento Metronidazol Controle de cura Realizar 3 EPF entre o 7º e 15º dia pós término do tratamento DIARREIA DO VIAJANTE Diarreia aguda – DIAGNÓSTICO A grande maioria é infecciosa ou auto-limitada Pede-se exame nos seguintes casos Idosos com comorbidades Imunodeprimidos Diarreia grava Febre > 38,5 persistente Diarreia crônica ou persistente OBS: disenteria (diarreia com sangue) também pede-se os exames Exames a se pedir Exame de fezes Pesquisa de leucócitos fecais EPF Coprocultura Toxina do C. difficile Retossigmoidoscopia ou colono se colite pseudomembranosa ou paciente portador do HIV Tratamento Reposição hidroeletrolítica oral Larissa Ferreira | 13 Sais de reidratação oral Paciente desidratado: 50 a 100 ml/Kg nas primeiras 6 horas Hidratado: 200 ml a cada evacuação Dieta De acordo com a aceitação Se náuseas e vômitos Líquidos em pequena quantidade Evitar laticínios Evitar cafeína OBS: escreve probióticos apenas se o paciente tiver usando antibiótico Antibioticoterapia empírica Disenteria + febre alta + dor abdominal intensa Idosos e imunossuprimidos Diarreia grave em viajantes Considerar nos casos de diarreia moderada em viajantes Cólera: casos graves Sepse Prevenção diarreia do viajante Preferir alimentos cozidos há pouco tempo, ainda quentes Lavar e só depois descascar frutas e legumes e evitar aqueles com casca não íntegra Evitar alimentos crus, inclusive ovos Evitar alimentos de ambulantes, inclusive sorvetes Ter cuidado no consumo de peixes e frutos do mar, limitando-se aos cozidos Consumir apenas leite e derivados pasteurizados Só ingerir bebidas industrializadas e preferir água gasosa Evitar colocar gelo em bebidas Escovar os dentes de preferência com água mineral Não suspender a amamentação de bebês Não fazer uso profilático de antibióticos de rotina (individualizar) Antidiarreicos podem ser considerados na prevenção da DV Larissa Ferreira | 14 CASOS CLÍNICOS
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