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resumo Memórias postumas de brás cubas enem

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Hora do
Resumo
Machado de Assis
Memórias
Postumas
de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás Cubas 2
I Movimento Literário: Realismo 03
I Onde acontece 04
I Personagens 05
I Enredo 06
I Análise 10
I Biografia do autor 11
Sumário
Memórias Postumas de Brás Cubas 3
A obra literária de Machado era marcadamente 
romântica, mas na década de 1880 ela sofre uma 
grande mudança estilística e temática, vindo a 
inaugurar o Realismo no Brasil com a publicação 
de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). 
A partir de então, a ironia, o pessimismo, o 
espírito crítico e uma profunda reflexão sobre 
a sociedade brasileira se tornarão as princi-
pais características de suas obras. Em 1897, 
Machado funda a Academia Brasileira de Letras, 
sendo seu primeiro presidente e ocupando a 
Cadeira Nº 23.
• A história é narrada na primeira pessoa, do 
ponto de vista de um autor que se autodefine 
como um defunto-autor, ou seja, alguém 
que, após sua morte, decide relatar suas 
lembranças do passado. 
• Ele age exatamente como um narrador-ob-
servador e protagonista da trama. Como 
ele transcende a vida terrena, está além 
das críticas e dos julgamentos de qualquer 
pessoa viva.
• O autor usa propositadamente uma lingua-
gem repleta de duplos sentidos, de metá-
foras, mais erudita, pois deseja justamente 
criticar com fina ironia os romances publica-
dos nos folhetins da época, os quais agra-
davam os leitores mais habituados a uma 
leitura superficial. Ele também recorre ao 
estilo da interlocução, pois o tempo todo o 
narrador-protagonista dialoga com o leitor.
• O livro tem como suporte duas temporali-
dades. Uma é o tempo psicológico, no qual 
o narrador retrata o que viveu do ponto de 
vista de alguém que está em outra dimensão, 
além da morte. Assim, ele pode retratar sua 
história como quiser, sem atentar a qualquer 
sequência cronológica. Para começar, sua 
própria morte é narrada antes da aborda-
gem de seu nascimento e dos fatos que se 
sucederam quando ele era vivo.
• O outro tempo é o cronológico. Nesse âm-
bito, os eventos seguem um encadeamento 
racional. O defunto-autor conta sua meni-
nice, os tempos da adolescência, a viagem 
para Coimbra e o retorno ao Brasil, até de-
sembocar na sua morte.
Movimento Literário:
Realismo
Memórias Postumas de Brás Cubas 4
Onde Acontece • Rio de Janeiro: terra natal do protagonista.
• Coimbra: o protagonista é enviado a essa cida-
de de Portugal para se curar de uma desilusão 
amorosa e aí se gradua em Direito.
• Gamboa: bairro da região central do Rio de 
Janeiro; lugar do encontro entre Brás Cubas e 
sua amante Virgília.
Universidade de Coimbra
Memórias Postumas de Brás Cubas 5
Personagens • Brás Cubas: ele é o narrador-protagonista, ou o 
“defunto autor”, como se define; um morto que 
decide retratar suas memórias de uma forma 
irônica. É dessa posição que ele julga a vida 
humana.
• Virgília: mulher do político Lobo Neves e amante 
do protagonista. Ela teve a oportunidade de se 
casar com Brás Cubas, mas optou por se tornar 
esposa de um homem influente e, ao mesmo 
tempo, manter um relacionamento clandestino 
com o antigo namorado.
• Quincas Borba: amigo de Brás Cubas, ele cria a 
filosofia do humanitismo.
• Eugênia: garota claudicante beijada pelo prota-
gonista e depois desprezada por ele.
• Marcela: prostituta com quem Brás teve um 
caso quando era jovem.
• Cotrim: marido de Sabina, irmã de Brás Cubas. 
Ele é um sujeito grosseiro na forma de lidar com 
os escravos.
• Nhã Loló: ela é da família de Cotrim. Sabina faz 
de tudo para seu irmão se casar com ela, mas 
a jovem morre antes da cerimônia.
• Dona Plácida: ex-serviçal de Virgília, ela encobre 
o relacionamento marginalizado entre o prota-
gonista e Virgília.
• Prudêncio: antigo escravo de Brás Cubas. Após 
a conquista da alforria, ele se torna proprietário 
de um escravo. Nesse serviçal ele revida todas 
as crueldades sofridas na sua infância
Memórias Postumas de Brás Cubas 6
Enredo • No prólogo, uma das passagens mais célebres 
desse livro, o escritor se equipara com outros 
autores que tinham um estilo semelhante ao seu, 
que também se valiam de um tom mordaz e do 
bom-humor em suas obras, entre eles Stendhal, 
Sterne e Xavier de Maistre. Assim ele admite que 
seu livro possa não granjear a simpatia de alguns 
leitores. O protagonista se recusa a esclarecer 
porque decidiu compor sua história após a morte.
• Ao contrário de outros relatos autobiográficos, 
o escritor resolve iniciar sua narrativa pelo mo-
mento de sua morte. Ele se assume como um 
morto que se transformou em escritor. O pro-
tagonista morreu no ano de 1869, aos 64 anos, 
em uma chácara no Catumbi, um bairro do Rio 
de Janeiro. Brás era um solteirão convicto. Sua 
cerimônia fúnebre foi presenciada por um grupo 
de onze amigos.
• Entre eles estão sua irmã Sabina, esposa de 
Cotrim, e uma mulher não identificada no início 
da trama, embora o protagonista esclareça que 
ela não é sua familiar, ainda que lastime o seu fale-
cimento. Brás conta ao leitor que no seu atestado 
de óbito consta que ele morreu de pneumonia, 
porém ele crê que sua morte foi provocada por 
um lampejo em sua mente, uma ideia criativa
.
• Brás decidiu produzir um remédio excepcional 
que teria como propósito amenizar a tristeza do 
Homem e curar a hipocondria humana. Ele o no-
mearia como Emplasto Brás Cubas. Ele confessa 
que seu objetivo não era apenas humanitário, pois 
o medicamento lhe traria recursos econômicos 
vantajosos. Além disso, ele se tornaria famoso.
• Brás narra a história de sua família, traçando um 
levantamento genealógico de seus ascendentes. 
Ele se dirige a um leitor imaginário, talvez cinco ou 
dez. O protagonista veio ao mundo no dia 20 de 
outubro de 1805, na cidade do Rio de Janeiro. Ele 
era fruto de uma família da elite. Seu pai era Bento 
Cubas, um negociante que conquistou riqueza.
• Sua irmã Sabina e o cunhado Cotrin tinham uma 
única filha, Venância. Ele também cita os tios 
João, um oficial do grupo de infantaria, o sa-
cerdote Ildefonso e Emerenciana, que ocupava 
uma posição de poder na meninice de Brás. No 
momento da sua morte ele tinha 64 anos. Duas 
mulheres, além de sua irmã, estavam presentes 
em seu velório: sua sobrinha e Virgília, uma das 
paixões não realizadas.
continua 
Memórias Postumas de Brás Cubas 7
Enredo • Do capítulo 1 ao capítulo nove o protagonista in-
forma o leitor sobre os detalhes de sua morte, faz 
um retrospecto de sua linhagem familiar, descre-
ve a enfermidade que o acometeu, relembra o 
encontro com Virgília no seu leito de enfermo e 
relata o pesadelo que o acometeu pouco antes 
da morte, no qual ele se defronta com Pandora, 
a divindade que tem a posse do bem e do mal na 
vida humana, dos quais a esperança se destaca. 
No capítulo 8 seu lado racional expulsa toda se-
mente de loucura e na passagem seguinte o pro-
tagonista faz uma espécie de transição, sai da 
esfera do fantástico e resgata a sequência dos 
fatos de sua existência desde o seu nascimento.
• Do capítulo 10 em diante, a sua trajetória ganha 
uma sucessão linear. Aos nove anos ele presen-
ciou um beijo trocado entre Dr. Vilaça, homem 
comprometido com o matrimônio e pai de famí-
lia, e a jovem D. Eusébia.
• Seu professor nesta época é Ludgero Barata, 
silencioso, não conhecia a fama e era sempre 
preciso no cumprimento dos horários. Brás estu-
dava com Quincas Borba, o garoto mais criativo 
e arteiro da escol
• No ano de 1822, mesma data da independência 
de nosso país, ele teve seu primeiro relaciona-
mento com Marcela, uma espécie de garota de 
programa dos nossos dias. Com ela o protago-
nista experimentou o primeiro beijo. 
continua 
• Eles permaneceram juntos durante 15 meses. 
Nessa ocasião, o pai o força a partir paraa Euro-
pa, com o pretexto de estudar.
• Em Coimbra o jovem se forma em Direito
• A mãe de Brás fica enferma e o garoto aprovei-
ta a oportunidade para retornar ao seu país. Ele 
chega a tempo de partilhar dos seus últimos mo-
mentos na Terra. O maior objetivo de seu pai é 
que ele se torne deputado, o que vem a calhar 
com sua formação universitária, já que seu curso 
não lhe transmitiu a alma da justiça, e sim a téc-
nica, a forma. A família deseja que ele fique noivo 
de Virgília, filha do Conselheiro Dutra, uma garota 
de 15, 16 anos, muito bonita e volúvel.
• Nesse mesmo período, Brás faz uma visita a 
Eusébia, a qual em 1814 ele viu beijar o homem 
casado. Ela tem agora uma filha, Eugênia, de 17 
anos. A jovem é linda, porém, manca desde o 
nascimento. O protagonista lhe faz a corte, po-
rém acaba escolhendo Virgília. Ele reencontra 
Marcela, mais velha, com as faces carimbadas 
pela varíola; ela é proprietária de um pequeno ne-
gócio na Rua dos Ourives. Nesse momento ele 
tem uma visão; nesta alucinação Virgília é que 
está com o rosto semelhante ao de Marcela.
Memórias Postumas de Brás Cubas 8
Enredo • O que ninguém esperava é que Virgília fosse uma 
mulher gananciosa. Ela escolhe se unir a Lobo 
Neves, um sujeito que ela considera mais bem-
-sucedido que o antigo pretendente. O pai do 
protagonista não aceita a situação, adoece em 
virtude de sua contrariedade e morre.
• Os filhos e o genro lutam pelos bens de Bento 
Cubas. Nesse episódio pode-se observar, como 
em outros livros do autor, a paixão pelas coisas 
materiais definindo a forma de agir dos perso-
nagens. O protagonista se transforma em um 
homem solitário, que passa o tempo produzindo 
textos sobre política e criando obras literárias. 
Ele até mesmo conquista a fama de poeta e de 
indivíduo polêmico.
• Um primo de Virgília, Luis Dutra, também escritor 
de poesia, comunica Brás de que Virgília e o ma-
rido já voltaram para o Rio de Janeiro. O prota-
gonista não hesita diante da chance de se tornar 
assíduo visitante da residência do casal. Com o 
tempo ele e Virgília se tornam amantes. Ao cami-
nhar pela rua ele revê Quincas, o qual agora é um 
morador de rua. Brás doa cinco mil réis ao amigo, 
que lhe rouba o relógio.
continua 
• Com o passar do tempo alguns amigos passam 
a suspeitar das relações entre Brás e Virgília. En-
tão os dois decidem arranjar uma casa no bairro 
da Gamboa para seus encontros. A responsável 
pela residência era D. Plácida, ex-criada de Virgí-
lia. Embora a amante de Brás já tenha um filho 
de Lobo Neves, Nhonhô, o protagonista alimenta 
a ideia de ter um bebê com sua amada. O mari-
do dela, que de nada desconfia, é indicado para 
ser presidente da província e propõe a Brás que 
seja seu secretário. O protagonista hesita diante 
do convite.
• Quincas envia uma carta à Brás lhe restituindo o 
relógio furtado e nela apresenta sua tese de filo-
sofia sobre o Humanitismo, ou o início de tudo. 
Há alguns capítulos neste livro que, ao invés de 
abordarem a trajetória existencial de Brás, ex-
põem doutrinas filosóficas.
• Alguém acaba denunciando a Lobo Neves, de 
forma anônima, a infidelidade de Virgília. Quando 
enfim o marido dela assume o posto de Presi-
dente da Província, ambos deixam a cidade e o 
relacionamento clandestino de Brás com a anti-
ga namorada chega ao fim.
Memórias Postumas de Brás Cubas 9
Enredo • O autor-defunto passa a narrar o novo encontro 
com Quincas Borba. O amigo da meninice relata 
como recebeu uma herança de um tio residente 
em Barcelona. Ele aproveita para esclarecer me-
lhor sua teoria filosófica, um arremedo das teses 
da Ciência no século XIX. Brás fica encantado 
com a tese do camarada.
• Enquanto isso, sua irmã tenta lhe arranjar outra 
pretendente, Nha Loló, e ele alimenta metas re-
lacionadas à política. A jovem, porém, falece aos 
19 anos, vítima de febre amarela. Por outro lado, 
o protagonista finalmente assume o posto de 
deputado e vai trabalhar junto a Lobo Neves. No 
ano de 1855 ele revê Virgília em uma festa. Em-
bora ele se encante diante da beleza dela, nada 
acontece entre os antigos amantes.
• Quando Brás completa 50 anos, deixa de lado a 
paixão pela existência. Seu amigo Quincas in-
siste que essa é a fase etária mais propícia às 
pesquisas científicas e à política. Porém, nesse 
mesmo período a carreira como deputado che-
gou ao fim e o autor deixou de sentir a antiga 
ambição pelo poder. Seu único companheiro é 
Quincas, com quem compartilha o gosto pelas 
discussões filosóficas e a análise do real e da 
existência humana.
• Então Virgília pede socorro à Brás; sua ex-serva e 
amiga, D. Plácida, está à beira da morte e precisa 
de ajuda. 
• O protagonista a ampara financeiramente, arran-
ja uma internação para a mulher na Misericórdia 
e aí ela morre.
• Brás decide lançar um jornal que representa opo-
sição aos governantes. Sua atitude vai contra os 
ideais de seu cunhado, Cotrim. Seis meses mais 
tarde, a publicação para de circular e o protago-
nista reata suas relações com o cunhado e tenta 
dar um propósito maior a sua existência. Esta é 
a melhor época de sua vida, pois ele começa a 
trabalhar no Hospital da Ordem, onde vê sua pri-
meira garota, a bela Marcela, deixar a vida. Nesta 
época ela estava desprovida de qualquer beleza, 
era só carne e osso, e tinha envelhecido muito. 
No cortiço ele reencontra Eugênia, que continua 
mancando e expressa uma melancolia ainda 
maior.
• Lobo Neves também faleceu, quando ia se tornar 
ministro. No funeral, Brás testemunha a dor au-
têntica de Virgília. Quincas retorna de Barcelona 
mergulhado em total insanidade e logo depois 
morre. No derradeiro capítulo dessa obra, Brás 
revela uma voz incrédula e prática, realista. Ele 
não encontrou o sucesso na produção do em-
plastro, não se tornou ministro e nem encontrou 
uma esposa. Por outro lado, jamais precisou tra-
balhar para se sustentar. Sua morte também foi 
mais digna e ele não teve herdeiros, seres que 
receberiam como herança a indigência humana 
de Brás.
Memórias Postumas de Brás Cubas 10
Análise Como esta história é narrada por um personagem 
que já morreu, seu ponto de vista é o de um defun-
to-autor, alguém que passou para o outro lado e não 
tem mais compromisso algum com os vivos e com 
qualquer preceito social. Ele narra de um ângulo 
que transcende o tempo e o espaço. Brás analisa a 
vida do lado de fora da esfera humana. Ele já rom-
peu o véu do desconhecido e agora tem uma visão 
onisciente de tudo.
Como o protagonista não tem que agradar ninguém 
e não precisa tomar cuidado com suas palavras, 
ele apresenta um desprendimento moral e material 
absoluto; pode assim julgar sem paixão e isento da 
necessidade de assumir tal ou qual partido, essa ou 
aquela posição. Brás está além das ilusões e das 
hipocrisias.
O protagonista conta sua história à medida que 
se lembra dos eventos que se sucederam em sua 
existência. Ele mergulha no passado e medita sobre 
suas ações, comportamentos, avalia os amigos, os 
familiares e revela um ponto de vista sarcástico, 
hipócrita e desiludido de sua própria pessoa e dos 
que o cercam.
É genial perceber que mesmo do outro lado, Brás 
ainda tenta se enganar e em alguns momentos cede 
à tentação de desvirtuar os acontecimentos para 
não parecer inferior diante do leitor.
Memórias Postumas de Brás Cubas 11
Biografia do Autor Machado de Assis é considerado um dos melhores 
autores da história literária brasileira. Alguns o defi-
nem como o maior escritor de nosso país. Joaquim 
Maria Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho 
de 1839, na cidade do Rio de Janeiro, e faleceu no 
ano de 1908, em sua terra natal.
O autor era mestiço em uma época de grande pre-
conceito e, além disso, provinha de família simples; 
dessa forma, estudou apenas até o primário.Mesmo 
assim ele atingiu o status de funcionário público e 
dessa forma cativou a sociedade em um período 
histórico no qual ainda vigorava a escravidão em 
nosso país.
Em 1869 o escritor contraiu matrimônio com a 
portuguesa Carolina Xavier, ao lado de quem ele 
permaneceu até o momento de sua morte. Ela o 
incentivou o tempo todo em sua jornada pelo uni-
verso da literatura. Os dois não tiveram filhos e o 
autor passou o fim de sua existência sozinho. Sua 
mulher foi a inspiração para criação da Dona Carmo, 
do livro Memorial de Aires.
Ele foi o criador e o primeiro escritor a presidir a 
Academia Brasileira de Letras, no ano de 1897. 
Machado é famoso por seus inúmeros contos e 
ficções, porém, produziu igualmente poemas, dra-
maturgia, crônicas e críticas literárias. Seu primeiro 
romance, “Ressurreição”, foi lançado em 1872.
Sua obra é classificada pelos críticos em várias 
etapas de criação. Histórias como “Ressurreição”, “A 
Mão e a Luva”, “Helena” e “Iaiá Garcia”, encaixam-se 
na primeira fase da carreira do autor. Porém, elas 
já apresentam elementos do período realista de 
Machado: a preocupação em analisar as caracte-
rísticas psicológicas dos personagens, a ironia, o 
solilóquio interior e as rupturas narrativas.
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