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Detalhes da Transmissão Manual Transversal 02T

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ANO XLI • Nº 301 • FEVEREIRO DE 2019 • MENSAL • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Após quase duas décadas de seu desenvolvimento e aplicação, a transmis-
são manual transversal 02T continua equipando Gol, Voyage, Saveiro, Fox e 
SpaceFox. Ao dirigir qualquer desses modelos, você terá a mesma percepção 
dos engates de marchas suaves. Além do baixo valor de aquisição e do me-
nor índice de reparação, a transmissão 02T traz, ainda, o conceito Long Life 
(livre de manutenção). 
Nesta edição, vamos conhecer os detalhes de desmontagem e montagem 
dessa transmissão. 
OS REPAROS DA TRANSMISSÃO MANUAL 
TRANSVERSAL MQ200 – 02T
PEÇA CERTA
Ofereça o máximo de segurança 
e conforto para o veículo de seus 
clientes com o Amortecedor Original 
Volkswagen.
NO_FEV19_v1.indd 1 07/02/2019 15:03:23
2 | NOTÍCIAS DA OFICINA | FEVEREIRO 2019
JORNALISTA RESPONSÁVEL: 
Marcelo Gabriel
MTB: 36065/SP
CONSELHO EDITORIAL: 
Aguinaldo Rodrigues
André Aiello
Claudinéia Braga
Cleber Lorenzi
Cristiano Norberto
Daniel Morroni
Elder Evangelista
Gabriel Rimi
Luiz Fernando Tiosso
Luiz Toller
Rodrigo Bueno
Rodrigo Facini
Victor Hugo Silveira
Wagner Carrieri
EDITORAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO: 
Germinal Editora e Marketing Ltda. 
IMPRESSÃO: 
Log & Print Gráfica e Logística
Tiragem: 50 mil exemplares
A revista Notícias da Oficina quer saber mais sobre 
você. Mantenha sempre atualizada a sua assinatura 
através do site reparadorvw.com.br ou entre em con-
tato pela Central de Relacionamento Notícias da Ofi-
cina: (11) 3071-4633.
A Volkswagen tem uma tradição de produzir carros que caem no gosto do consumidor e 
viram grande sucesso de vendas. Agora é a vez do Fox, pioneiro e inovador no mundo dos com-
pactos. 
O Volkswagen Fox completa 15 anos e acaba de superar a marca de 2 milhões de unidades 
produzidas na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. Lançado em 2003, o modelo segue 
entre os carros mais vendidos da marca no Brasil, com aproximadamente 35 mil unidades em-
placadas em 2018. 
Somente no mês de outubro, foram comercializadas 3.800 unidades do Fox, um aumento 
de 23% em relação a outubro de 2017. Atualmente, o veículo é comercializado em duas versões: 
Connect e Xtreme, que têm como destaques a conectividade e recursos de tecnologia exclusi-
vos na categoria.
Como consequência de sua popularidade junto ao consumidor, o carro também se torna 
muito bem conhecido nas oficinas independentes, sendo considerado um excelente produto 
por reparadores de todo o Brasil.
 As oficinas estão cada vez mais próximas da marca Volkswagen e de seus produtos. É o que 
indica a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS, publicada na edição de janeiro do jornal OFICINA 
BRASIL, na qual os reparadores expressam sua opinião sobre as marcas e seus produtos. Se a 
Volkswagen vem crescendo na preferência do reparador, certamente o Fox contribuiu para isso.
Agora, é hora de aproveitar sua revista NOTÍCIAS DA OFICINA e comemorar com a Volkswa-
gen mais essa marca expressiva. Afinal, é quase certo que, ainda nesta semana, você terá um 
Fox em manutenção na sua oficina. 
Boa leitura!
Equipe TV Notícias da Oficina Volkswagen 
FOX, MAIS UM RECORDE DA 
VOLKSWAGEN
EDITORIAL
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FEVEREIRO 2019 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 3
TRANSMISSÃO MANUAL TRANSVERSAL 
MQ200 – 02T: DETALHES SOBRE 
MONTAGEM E DESMONTAGEM 
REPARAÇÃO PASSO A PASSO CAPÍTULO 1
Desenvolvimento
A transmissão manual 02T é uma evolução 
das transmissões transversais anteriores. Suas 
características construtivas permitem diminui-
ção de peso, garantindo resistência e propor-
cionando uma utilização com menor índice de 
reparação. 
A peça consiste em uma caixa compacta de 
cinco marchas para veículos com tração dian-
teira e motorização transversal. É composta de 
duas árvores e um eixo adicional para a marcha 
à ré. As engrenagens das árvores primária e 
secundária possuem dentes helicoidais e rece-
bem um tratamento superficial chamado “shot 
peening”, no qual a peça é jateada a fim de 
aumentar a resistência à fadiga, diminuindo-
-se eventuais efeitos nocivos provocados por 
irregularidades superficiais durante o processo 
de produção (por exemplo: rebarbas, riscos e 
tensões de tração). Todas as engrenagens da 
transmissão são montadas sobre rolamentos 
de agulha que proporcionam um alto nível de 
suavidade nas marchas.
Carcaça
A carcaça da transmissão 02T é fabricada em 
magnésio e dividida em duas partes: carcaça da 
transmissão e carcaça da embreagem. O mag-
nésio, em comparação com o alumínio, é menos 
denso e, portanto, oferece menor rigidez. Por 
conta disso, essas duas partes são construídas 
com paredes mais espessas e mais reforços. 
Porém, mesmo com essas medidas, foi possível 
reduzir o peso em 2,5 Kg em relação a uma car-
caça de alumínio. Além dessa redução, o mag-
nésio proporciona um melhor conforto acústico, 
pois oferece um maior amortecimento, ou seja, 
a transmissão 02T produzirá menos ruído em 
comparação com as transmissões convencio-
nais. Devido à densidade reduzida do material 
da carcaça, é necessária a utilização de parafu-
sos com maior comprimento para a fixação das 
partes. Os parafusos são específicos para essa 
montagem, pois receberam um recobrimento 
especial, com o intuito de não reagirem quimi-
camente com o material da carcaça, evitando-
-se, assim, uma decomposição eletroquímica.
Desmontagem
Após a remoção da transmissão, coloque-
-a no cavalete de serviço VW313 utilizando 
o suporte de fixação 3221. Em seguida, des-
monte a tampa da carcaça da transmissão 
para remover o conjunto de engrenagens da 
5ª marcha, ou seja, para a abertura da trans-
missão, é necessário remover esse conjunto 
de engrenagens.
Suporte de Rolamentos
Para a formação do módulo das árvores 
primária e secundária, a transmissão 02T 
conta com um suporte de aço blindado que 
acomoda dois rolamentos de esferas. Esse 
suporte de rolamentos, além de facilitar o 
manuseio do conjunto, simplifica o repa-
ro da transmissão, pois os rolamentos não 
são cônicos, dispensando ajustes de folga 
ou pré-carga – o que é exigido por conjun-
tos de eixos que utilizam rolamentos côni-
cos. Dessa forma, basta fazer a instalação 
seguindo as recomendações do manual de 
reparação e obedecendo aos procedimentos 
para o posicionamento dos componentes e 
aos torques de aperto dos parafusos. 
Outra vantagem é o fato desse compo-
nente ser constituído por dois rolamentos 
presos a um suporte de fixação. No caso de 
um dos rolamentos apresentar defeito, é 
necessário substituir a peça inteira, evitan-
do-se a troca de somente um dos rolamen-
tos – o que seria um reparo incorreto.
 
Características das árvores 
primária e secundária
As árvores primária e secundária são 
ocas, o que proporciona uma diminuição 
de peso. Apesar de não serem maciças, são 
muito resistentes. Com isso, a transmissão 
02T pode trabalhar com um torque de en-
trada de até 200 Nm. 
 A carcaça da transmissão aloja os eixos primário e 
secundário, além dos mecanismos de seleção e engate 
das marchas. É ela que permite a fixação da transmissão 
no cavalete para desmontagens e montagens. A carcaça 
possui uma tampa de aço que permite reparos no 
conjunto de engrenagens da 5ª marcha sem que haja 
a necessidade de remoção da transmissão. Sua junta 
de vedação deverá ser substituída sempre que for 
removida.
A carcaça da embreagem possui os pontos de fixação 
da transmissão ao motor. É nela que existe o alojamento 
– popularmente chamado de “caixa seca” – que 
acomoda o conjunto de embreagem. É nela, também, 
que encontramos o atuador hidráulico e o módulo de 
acionamento da embreagem. Este, formado por garfo, 
rolamento e pino de apoio. O módulo de acionamento 
possui ranhuras (em formato de cruz) na área de contato 
ao garfo de acionamento que evitam rangidos ao se 
pisar no pedal da embreagem. Mesmo assim, deve-se 
considerar a informação de jamais lubrificar o pino de 
apoio, pois a lubrificação poderá danificar essa área de 
contato, o que produzirá ruídos de acionamento.
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4 | NOTÍCIAS DA OFICINA | FEVEREIRO 2019
Distribuição das marchas
A 1ª e a 2ª marcha são montadas na árvore 
secundária, enquanto a 3ª, a 4ª e a 5ª marcha 
são montadas na árvore primária. Essa dis-
posição contribui para diminuir a inércia dos 
conjuntos durante as trocas de marcha. A en-
grenagem da marcha à ré está montada em um 
eixo separado que fica entre a árvore primária 
e a árvore secundária. Quando a marcha à ré é 
engatada, inverte-se o sentido de rotação da ár-
vore secundária. Todas as marchas à frente são 
sincronizadas, sendo que a 1ª e a 2ª possuem um 
sistema de sincronização dupla. A marcha à ré 
não possui sincronizador próprio e, por isso, con-
ta com uma pequena ação de frenagem do eixo 
primário por meio do sincronizador da 5ª marcha.
Sincronizadores duplos
Para que haja engates suaves, todas as 
marchas à frente possuem sincronizadores 
que promovem fricção nas engrenagens. 
Com isso, uma das árvores diminui a veloci-
dade de rotação, o que promove uma equa-
lização da rotação entre as duas árvores e 
facilita a conexão das duas engrenagens de 
uma das marchas. Como a 1ª e a 2ª marcha 
são as mais utilizadas durante os percursos 
com o veículo, elas receberam sincroniza-
dores duplos que têm a função de otimizar 
a ação de fricção durante os engates, au-
mentando a vida útil dos conjuntos sincro-
nizadores da 1ª e da 2ª marcha e garantindo 
engates mais precisos, tanto nas trocas de 
marchas ascendentes (1ª para 2ª, 2ª para 3ª) 
quanto nas reduções (3ª para 2ª, 2ª para 1ª).
Avaliação dos componentes
Durante a desmontagem das árvores, 
convém que você tenha uma boa organiza-
ção para a acomodação das peças na ban-
cada. Alguns componentes, como anéis sin-
cronizadores e pistas de rolamentos agulha, 
são comuns entre os conjuntos e, por isso, 
são intercambiáveis. Porém, por conta do 
assentamento, algumas peças devem ser 
montadas no seu respectivo conjunto. Por 
exemplo: ao avaliar o sincronizador do con-
junto de uma das marchas, você não iden-
tificou falhas e constatou que não será ne-
REPARAÇÃO PASSO A PASSO
Remova respectivamente os guias 1 juntamente com 
os garfos 2 de engate da 5ª marcha. Depois, remova 
o anel trava 3 da luva sincronizadora e o anel trava 
4 da engrenagem fixa. Dessa forma, o conjunto de 
engrenagens estará liberado para a remoção. 
Remova o mecanismo de seleção e engate das marchas 
e retire os parafusos de fixação dos guias do conjunto de 
garfos de engate. Em seguida, remova os dois flanges 
de fixação dos semieixos ao conjunto diferencial para 
que as duas partes da carcaça possam ser separadas. 
Com essa separação, a transmissão estará aberta. Tome 
cuidado com o conjunto diferencial, pois este ficará 
livre e deverá ser acomodado em um local limpo, longe 
de líquidos e poeira. Acomode também a carcaça da 
embreagem, pois os trabalhos a partir de agora serão 
com o manuseio da carcaça da transmissão. 
A árvore primária, a árvore secundária e suas 
engrenagens são montadas primeiro no suporte de 
rolamentos e, depois, facilmente acopladas na carcaça 
da transmissão. Para reparos e/ou diagnósticos nas 
árvores, basta removê-las do suporte e efetuar as 
respectivas desmontagens.
Removendo o módulo das árvores primária e 
secundária: utilizando uma prensa hidráulica, apoie a 
carcaça da transmissão com as bases VW401 e VW402. 
Instale a ferramenta T10085 nas pontas das árvores 
primária e secundária, no local de alojamento do conjunto 
de engrenagens da 5ª marcha. Essa ferramenta irá 
proteger as árvores contra danos, enquanto o conjunto 
é submetido à interferência. É importante ter cuidado, 
pois o módulo das árvores primária e secundária corre o 
risco de cair. Por isso, é recomendável que outro técnico 
o auxilie nessa operação, sustentando o módulo por 
baixo da carcaça.
Árvore primária: As engrenagens fixas da 1ª e da 
2ª marcha e da marcha à ré são usinadas na árvore 
primária. As engrenagens móveis da 3ª, da 4ª e da 
5ª marcha estão apoiadas em rolamentos agulha que 
foram instalados, sob interferência, nesta árvore.
Árvore secundária: O pinhão do conjunto diferencial 
é usinado na árvore secundária (podemos chamá-la 
de “árvore do pinhão”). Se houver danos em um ou 
mais dentes do pinhão, será necessário substituir esta 
árvore, além da coroa. As engrenagens móveis da 1ª e 
da 2ª marcha e o respectivo corpo sincronizador estão 
instalados na árvore secundária. As engrenagens fixas 
da 3ª, da 4ª e da 5ª marcha foram instaladas nesta 
árvore também, mas encaixadas em estrias e presas por 
anéis travas.
O sincronizador duplo é composto por cone 
sincronizador na engrenagem, anel sincronizador 
interno, anel cônico interno e anel sincronizador 
externo.
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FEVEREIRO 2019 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 5
REPARAÇÃO PASSO A PASSO
cessária a substituição. Esse sincronizador 
deve ser montado no mesmo conjunto do 
qual foi removido, pois, dessa forma, não 
apresentará problemas após a montagem. A 
transmissão foi construída de forma a impe-
dir uma montagem incorreta de algum dos 
conjuntos, ou seja, não é possível finalizar 
a montagem se algo estiver na posição in-
correta. 
Com todos os componentes devidamente 
organizados na bancada, faça uma avaliação 
visual, procurando por possíveis desgastes 
prematuros em: 
• Cubos e luvas de engate – procurar por 
marcas de danos, os quais podem ser a cau-
sa da falha da transmissão. 
• Garfos de engate – verificar se algum 
dos garfos apresenta empenamento ou des-
gastes dos guias para deslizes nas luvas de 
engate.
• Reténs e molas dos conjuntos sincroni-
zadores – verificar se há desgaste excessivo.
• Anéis sincronizadores – avaliar se há 
trincas ou desgastes excessivos.
• Engrenagens de marchas – verificar 
possíveis danos aos dentes de engrenamen-
to, aos dentes de engate ou nas superfícies 
cônicas para contato com os anéis sincroni-
zadores.
• Rolamentos agulha – efetuar leves 
batidas nesses rolamentos contra uma su-
perfície. Eles não podem permitir a soltura 
dos roletes. Caso os roletes estejam se des-
prendendo do seu alojamento, o rolamento 
deverá ser substituído, juntamente com sua 
pista interna. 
• Árvores primária e secundária – veri-
ficar dentes das engrenagens usinadas nas 
árvores e superfícies de instalação dos ou-
tros componentes. 
Avaliando os desgastes dos anéis
sincronizadores
Para a verificação de desgaste do anel 
sincronizador, você deve posicioná-lo na sua 
respectiva engrenagem, aplicar pressão no 
anel contra a engrenagem e, utilizando um 
calibre de lâminas, verificar a folga entre os 
dois componentes. Lembrando que, quanto 
maior for a folga entre as duas peças, em 
melhor estado se encontrará o anel sincro-
nizador. Os valores para as verificações são:
3ª, 4ª e 5ª marchas: limite de desgaste = 
0,50 mm; peça nova = 1,10 mm a 1,70 mm.
1ª e 2ª marchas (anel interno): limite de 
desgaste = 0,30 mm; peça nova = 075 mm a 
1,25 mm – instalar somente o anel sincroni-
zador interno na respectiva engrenagem e 
pressionar o mesmo contra a engrenagem.
1ª e 2ª marchas (anel externo): limite de 
desgaste = 0,50 mm; peça nova = 1,20 mm a 
1,80 mm – instalar os anéis interno e exter-
no na respectiva engrenagem e pressionar 
os mesmos contra a engrenagem.
Durante a montagem
Após os trabalhos de diagnóstico e de-
terminação sobre quais peças serão subs-
tituídas, inicia-se a montagem da trans-
missão, a começar pelas árvores primária e 
secundária, que terão de receber de volta 
todos os seus conjuntos de engrenagens, 
conjuntos sincronizadores, pistas internas 
dos rolamentos agulha, calços e anéis trava. 
Montagem da árvore primária
- Posicione a árvore primária em uma 
morsa, protegendo-a contra danos, com a 
engrenagem da 1ª marcha voltada para bai-
xo.
- Instale o rolamento agulha da engre-
nagem da 3ª marcha. Em seguida, instale 
a respectiva engrenagem com a superfície 
cônica voltada para cima.
- Coloque o anel sincronizador. Em se-
guida, instale o cubo do conjunto sincroni-zador ( já devidamente montado, com sua 
luva, reténs e molas) com o ressalto maior 
voltado para baixo.
- Coloque a pista para o rolamento agu-
lha da 4ª marcha. Este deverá ser prensa-
do. Retire a árvore da morsa e leve-a para a 
prensa. Apoie a árvore primária com a base 
VW401. Apoie a pista que irá ser submetida 
à interferência e acione a prensa até que a 
pista encontre o batente final. 
- Prenda novamente a árvore primária 
à morsa e continue a sua montagem, ins-
talando o anel sincronizador da 4ª marcha. 
Agora, coloque o rolamento agulha da 4ª 
marcha, o anel de encosto e, também, a en-
grenagem da 4ª marcha.
- Coloque a última pista de rolamento 
agulha, que também será submetida à in-
terferência. 
- Agora, falta apenas a colocação do anel 
trava dessa pista, mas existe um procedi-
mento para determinar qual a medida do 
anel trava a ser instalado. 
Determinando a medida do anel trava
Instale um anel trava com 2 mm (milí-
metros) de espessura. Utilizando um calibre 
de lâminas, verifique qual a folga existente 
entre a pista de rolamento e o anel trava. 
Existem, como opções, cinco anéis trava 
com medidas de espessuras diferentes. De 
acordo com a folga encontrada, determine 
o anel trava da seguinte forma:
• Folga de 0,05 mm até 0,10 mm: mante-
nha o anel trava com espessura de 2,00 mm.
• Folga de 0,15 mm até 0,20 mm: instale 
o anel trava com espessura de 2,10 mm.
• Folga de 0,25 mm até 0,30 mm: instale 
o anel trava com espessura de 2,20 mm.
• Folga de 0,35 mm até 0,40 mm: instale 
o anel trava com espessura de 2,30 mm. 
• Folga de 0,45 mm até 0,50 mm: instale 
o anel trava com espessura de 2,40 mm.
 
Montagem da árvore secundária
A árvore secundária deverá ser posicio-
nada com o apoio de uma morsa, de forma 
que o pinhão fique para baixo.
- Inicie a montagem pela engrenagem 
fixa da 4ª marcha com o lado do ressalto 
para cima. Após posicioná-la, instale o anel 
trava dessa engrenagem (esses anéis trava 
possuem espessura e diâmetros diferentes, 
para impedir erros de montagem).
- Agora, instale o anel trava da engrena-
gem da 3ª marcha e, também, a sua engre-
nagem, que deverá ser posicionada com o 
ressalto para baixo. 
- Monte a engrenagem da 2ª marcha jun-
tamente com o seu rolamento agulha. Na 
sequência, instale o seu sincronizador du-
plo.
- Instale agora o conjunto sincronizador. 
Este possui em seu corpo a engrenagem da 
marcha à ré. Posicione esse conjunto de for-
ma que os guias de deslize do garfo de en-
gate fiquem para cima. Dessa forma, o lado 
fresado da engrenagem da marcha à ré es-
tará posicionado para permitir a conexão da 
mesma com a engrenagem reversora. Esse 
conjunto também recebe um anel trava.
- Finalmente, instale a engrenagem da 1ª 
marcha juntamente com o seu sincronizador 
duplo.
Instalando as árvores no suporte 
de rolamentos
Agora, as árvores primária e secundária 
devem ser reinstaladas no suporte de rola-
mentos. Para isso, é necessário alinhá-las 
e prensá-las no suporte com o uso de um 
bloco padrão T10083. Após a colocação das 
árvores, instale a pista do rolamento agulha 
da 5ª marcha.
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6 | NOTÍCIAS DA OFICINA | FEVEREIRO 2019
AJUSTE DA PRÉ-CARGA NOS 
ROLAMENTOS DO CONJUNTO DE 
DIFERENCIAL – AJUSTE DE S2
REPARAÇÃO PASSO A PASSO CAPÍTULO 2
Como dito anteriormente, como não são apli-
cados rolamentos cônicos nas árvores, dispen-
sam-se ajustes de pré-carga ou de folgas dos 
rolamentos. Já no conjunto de diferencial, os ro-
lamentos são cônicos e, por isso, deve-se efetuar 
o procedimento de ajuste da pré-carga nos rola-
mentos. Esse procedimento é necessário sempre 
que forem substituídos os rolamentos do conjunto 
diferencial, uma das carcaças ou o próprio conjun-
to diferencial.
Fechando a transmissão
Para a montagem final da transmissão, é ne-
cessário montar o módulo de garfos de engate no 
conjunto do suporte de rolamentos. Além disso, a 
engrenagem da marcha à ré deve ser preparada 
para ser introduzida ao mesmo tempo que esses 
outros conjuntos. A carcaça da transmissão deve 
ser posicionada com sua abertura voltada para 
cima. É necessário utilizar a ferramenta T10079 
para guiar o parafuso de fixação do módulo de 
garfos de engate. 
Engrenagens da 5ª marcha
A partir desse ponto, é possível fazer a mon-
tagem do conjunto de engrenagens da 5ª marcha 
e do garfo de engate da mesma. Um ponto pecu-
liar sobre esse conjunto de engrenagens é a sua 
facilidade de acesso, pelo fato dele ser instalado 
na parte externa da carcaça da transmissão. Dessa 
forma, caso haja a necessidade de um reparo no 
conjunto da 5ª marcha, não será necessária a re-
moção da transmissão. 
Fixação das duas partes da carcaça
Para vedar a união das duas carcaças, aplique a 
cola adesiva AMV-188-200-03. Os parafusos para 
fixação devem ser novos e têm de receber um tor-
que de 5 Nm cada, mais o torque angular de 90°. 
Monte todos os periféricos, inclusive os flanges de 
fixação dos semieixos, que devem receber parafu-
sos novos, a serem instalados com o torque de 25 
Nm, sem torque angular.
Mecanismo de seleção e engate 
Consiste em um eixo que executa movimen-
tos longitudinais para a seleção de um dos garfos 
de engate e movimentos rotacionais para efetuar 
os movimentos de engate no mesmo garfo sele-
cionado. A conexão entre a alavanca de mudança 
de marcha e o mecanismo de seleção e engate é 
feita por meio de dois cabos de aço chamados de 
“Cabos Bolden”. Cada um desses cabos é respon-
sável por efetuar um dos movimentos no eixo de 
seleção e engate, ou seja, um cabo faz com que 
o eixo se movimente longitudinalmente (movi-
mento de seleção) e o outro cabo faz com que o 
eixo gire (movimento que proporciona o engate de 
uma das marchas).
O óleo lubrificante é Long Life, ou seja, não 
requer substituição periódica. Porém, ao reparar 
a transmissão, reabasteça a mesma com óleo lu-
brificante novo. Somente devem ser aplicados lu-
brificantes homologados e com as especificações 
contidas no manual de aplicação ou de reparação. 
Caso contrário, a transmissão poderá apresentar 
falhas, como dificuldade de engate das marchas 
ou ruídos. 
Ajuste do posicionamento dos cabos do mecanismo de 
seleção e engate das marchas
• Desacople os cabos do mecanismo – para isso, cada 
cabo possui um dispositivo de encaixe e desencaixe 
rápido.
• Com os cabos livres, trave o eixo de seleção e engate 
– para isso, faça movimentos para baixo e para cima no 
eixo de seleção e engate e, ao mesmo tempo, pressione 
o pino trava (A2) até que este impeça o eixo seletor de 
se movimentar.
• Posicione a alavanca de mudança na posição inicial – 
para isso, levante a cobertura da alavanca e posicione 
a mesma utilizando a ferramenta T10027, que será 
colocada nos orifícios guias (A e B) existentes no conjunto 
da alavanca.
• Para finalizar o ajuste, basta reacoplar os cabos de 
seleção e engate ao mecanismo, destravar o eixo seletor 
e retirar a ferramenta de posicionamento da alavanca 
de mudança de marchas para que esta volte a se 
movimentar. 
- Instale a pista do rolamento do diferencial (lado 
carcaça da embreagem) sem nenhum calço.
- Feche as carcaças da transmissão e da embreagem 
apenas com o conjunto diferencial no lugar, juntamente 
com o disco imantado VW385/17. 
- Instale um relógio comparador. Em seguida, pressione 
o conjunto diferencial de forma que ele se desloque e 
faça a leitura dos ponteiros do relógio comparador, 
o qual se refere ao valor do deslocamento axial do 
diferencial (em centésimos de milímetros).
- No valor que a folga apresentar, acrescente 0,35 
mm e instale um calço que tenha a espessura do valor 
resultante. Esse calço deverá ser instalado antes da pista 
externa da carcaça da embreagem. 
É importante saber que os manuais de reparação 
fornecem uma tabela de aplicação de calços com 
espessuras diferentes, que vão de 0,60 mm até 1,40 mm. 
Posicione a carcaça da transmissão na prensa sobre as 
ferramentas de apoio VW401 e VW402. Coloque, nas 
pontas das árvores, a ferramenta T10083,juntamente 
com o pino de apoio VW412. Em seguida, acione 
a prensa até que o conjunto encontre o batente. 
Instale parafusos novos para a fixação do suporte de 
rolamentos, com torque de 5 Nm + torque angular de 
90°. 
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FEVEREIRO 2019 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 7
A evolução tecnológica dos veículos mo-
dernos é facilmente identificada nos sistemas 
eletrônicos, de conexão, multimídia, gerencia-
mento do motor, etc. Por outro lado, há peças 
em que é mais difícil de se notar evolução, mas 
isso não significa que elas não tenham sido 
aprimoradas. 
É o caso dos amortecedores. Essas peças 
ganharam muita tecnologia em seus aspectos 
construtivos com o passar dos anos, o que garan-
tiu-lhes mais resistência e, principalmente, muito 
mais eficiência, conforto e segurança na direção.
 Uma dessas evoluções foi ditada pelos sis-
temas de gerenciamento de estabilidade (ACS). 
Afinal, o que adiantaria um sistema eletrônico 
encarregado de manter a estabilidade do auto-
móvel ter sua função reduzida por um amorte-
cedor que não fosse 100% eficiente ao projeto 
do veículo? É a mesma coisa que um sistema de 
freio ABS com o pneu careca.
Assim, caro reparador, uma “simples” troca 
de amortecedores, hoje em dia, é um serviço 
que pode ser comprometido caso a peça apli-
cada não seja original de fábrica.
No cenário de evolução tecnológica dos car-
ros da linha Volkswagen, a sua tranquilidade e 
a de seu cliente, no que diz respeito à substitui-
ção de amortecedores, depende, certamente, 
da peça certa, ou seja, da peça original.
A vida útil de um amortecedor
Tecnicamente falando, a vida útil de um 
amortecedor é medida em ciclos (movimen-
to de compressão e extensão). Nos labora-
tórios, projeta-se uma vida útil de 40 mil km 
em condições normais de tráfego para essas 
peças. A conta é a seguinte: um amortecedor 
de qualidade aguenta 104 milhões de ciclos. 
Considerando que, nas medições feitas no ve-
ículo e em condições de trânsito normais, o 
amortecedor executa até 2.600 ciclos por km 
rodado, dividindo os 104 milhões por 2.600, 
chegamos à média de 40 mil km de vida útil.
É claro que, nessa avaliação, que reproduz 
condições normais de trânsito, não estão pre-
vistas as más condições extremas que encon-
tramos nas vias brasileiras.
Assim, essa estimativa precisa ser checada 
pelo reparador, que deve avaliar a condição do 
amortecedor e oferecer sua substituição – às 
vezes, antes do prazo da vida útil.
Em todos os testes realizados, notamos 
claramente que, em veículos equipados com 
amortecedores ineficientes, o contato dos 
pneus com o pavimento diminui considera-
velmente, provocando pequenos saltos das 
rodas e ocasionando desgaste prematuro dos 
pneus, o que traz problemas à dirigibilidade 
do veículo.
Dessa forma, não vale a pena arriscar. En-
tão, fique atento no próximo serviço de subs-
tituição de amortecedores, procure a conces-
sionária Volkswagen mais próxima e tenha 
acesso às peças da mais alta tecnologia e 
qualidade de fabricação.
Dica do especialista
Os sistemas de amortecimento e suspen-
são dos veículos são fundamentais para o 
conforto e a segurança de seus condutores. 
Por isso, no momento da reposição, não dá 
para arriscar: utilize os amortecedores origi-
nais Volkswagen. Eles foram projetados para 
oferecer o máximo de segurança, rendimento 
e conforto para seus veículos e clientes, com 
qualidade e performance homologados pela 
montadora.
A manutenção preventiva e substituição 
dos amortecedores por profissionais quali-
ficados é fundamental para assegurar a per-
feita funcionalidade do sistema, evitando, 
assim, riscos e problemas futuros. Por isso, 
fazer a manutenção regularmente é a melhor 
alternativa.
Benefícios de uma peça original:
• Perfeição e praticidade de montagem.
• Performance e desempenho do sistema 
de suspensão.
• Alta tecnologia e maior durabilidade.
Aguinaldo A. Rodrigues
Consultor do Comercial
Gerenciamento do Produto
 Volkswagen
PEÇA CERTA
AMORTECEDOR REÚNE CADA VEZ MAIS 
TECNOLOGIA! 
O Amortecedor Original Volkswagen é fundamental para 
garantir o aumento da estabilidade e do conforto do 
veículo.
AMORTECEDOR ORIGINAL VOLKSWAGEN
Além da quilometragem de uso, condições da superfície 
de rodagem (ruas, estradas, etc.) também ocasionam o 
desgaste do amortecedor. 
O amortecedor é um dos principais elementos que
compõem a suspensão de um veículo.
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