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SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À IMPORTÂNCIA DA SAÚDE BUCAL EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, CUIDADORES E RESPONSÁVEIS: uma tarefa complexa Mayra Oliveira e Silva, Thays Cristiny Simão Melo MÉTODOS Assistência Odontológica para pessoas com deficiências, Educação em Saúde, Unidade Hospitalar de Odontologia. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA CONSIDERAÇÕES FINAIS PALAVRAS CHAVE OBJETIVO 7ª MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS HRAD As Pessoas com Deficiência possuem alterações de desenvolvimento, comportamental ou emocionais que podem levar a necessidade de atendimento odontológico adaptado, sendo denominadas então, Pacientes com Necessidades Especiais (PNE). O Brasil tem aproximadamente 160 milhões de habitantes e estima-se que 23,9% apresentam algum tipo de deficiência e/ou necessidade individualizada; demandando desta forma um cuidado e atendimento especial, particularizado e específico, para que crie vínculo e interesse sobre a saúde bucal. Assim pode-se sensibilizar a própria pessoa e cuidador/responsável para que supere seus obstáculos, gerando impacto na melhoria de sua higienização e saúde sistêmica (QUEIROZ, 2014). Estas pessoas têm uma maior probabilidade de desenvolverem patologias bucais, por não possuírem condições física/motora/mental para realizar a escovação, e pela falta de informação e motivação aos cuidados de higiene bucal dos pacientes e cuidadores/responsáveis. A presente revisão de literatura tem como objetivo elucidar as especificidades em torno do atendimento dos PNE a nível hospitalar, servindo se subsídio para o planejamento de intervenções de \promoção da Saúde bucal desta população. Foram realizadas busca de artigos científicos nas plataformas de dados Meldine, BVS, Lilacs, Scielo e Periódicos CAPES. Foram utilizados os filtros em artigos publicados a partir de 2014 com algumas exceções, idioma inglês e português e tipo de recurso artigo científico. Ao final foram selecionados 9 artigos. As dificuldades e adaptações para o atendimento a PNEs são algo que exige muita habilidade, paciência e amor do cirurgião dentista, pois boa parte desse público não é cooperativo, sendo por muitas vezes agressivos e difíceis de lidar. Nestes casos para realização do tratamento odontológico com segurança, recorre-se ao ambiente hospitalar sob anestesia geral ou sedação, com a atuação de uma equipe multiprofissional, envolvendo entre eles médico/dentista. As indicações para com este tipo de tratamento incluem: pacientes com movimentos involuntários, transtornos comportamentais, deficiência intelectual e doenças crônicas (SANTOS et al, 2015). O Hospital Regional Antônio Dias Maciel (HRAD), em Patos de Minas, atende a 33 municípios da Região de Saúde Ampliada Noroeste, realizando o atendimento para PNEs, com indicação de assistência a nível hospitalar. Sabe-se que tratamento odontológico para este público tem sido precário, tanto pela falta de cirurgiões-dentistas interessados e capacitados para trabalhar com esses pacientes; quanto pela falta de informação e condições financeiras das famílias. A maioria dos estudos demonstra que quando submetidos ao tratamento odontológico a nível hospitalar sob anestesia geral, na área pública ou particular, existe a solicitação por parte de familiares e/ou responsáveis legais para que sejam feitas exodontias múltiplas. A principal alegação seria de que o cuidado com a saúde bucal seria facilitado pela retirada dos dentes; pois muitas das vezes estes pacientes não permitem que seja realizada a higienização, não abrem a boca, se tornam agressivos ou pela falta de tempo e motivação dos cuidadores/responsáveis (QUEIROZ, 2014). Nota-se que este público, além de cuidado e atendimento individualizado, necessita de métodos facilitadores, orientação sobre técnicas de higienização bucal adequadas para cada tipo de paciente, sensibilização dos pacientes/responsáveis/cuidadores quanto á importância da saúde bucal e consequências que os maus hábitos de higiene podem gerar tanto na saúde bucal, quanto sistêmica. Existem poucos estudos na literatura a respeito das dificuldades e do acesso desses pacientes a um tratamento odontológico satisfatório. Alguns deles mostram que 13 a 75% das crianças com necessidades especiais apresentam dificuldades em ter sucesso no cuidado correto com saúde bucal. A atenção odontológica é o amparo para melhora na qualidade de vida geral das pessoas com necessidades especiais, por isso o cuidado em saúde bucal deve ser rotineiro e eficaz. Sendo o mais indicado, a prevenção e a educação em saúde bucal, que gera mudanças de comportamentos importantes para o controle de placa e aquisição de melhoria de hábitos (CARDOSO, 2011). A educação em saúde é o fator primordial para impactar e sensibilizar a população por meio de orientações que vinculam a teoria e a prática, oferecendo um melhor entendimento dos cuidados que devem ser tomados, promovendo melhora na qualidade de vida das pessoas e fazendo a diferença (FLISCH et al, 2014). Esses cuidados poderão sensibilizar positivamente não só o paciente, mas também a família, cuidadores e responsáveis; gerando uma melhoria nos cuidados com a saúde bucal e consequentemente a promoção da saúde desta população. Com base na literatura pesquisada acredita-se que a melhor maneira de promover uma melhor saúde bucal dos PNE, seria por meio da educação em saúde bucal. Assim, além de melhorar o acesso desta população ao tratamento odontológico, pode-se prevenir uma serie de complicações na saúde bucal sensibilizando e capacitando os pacientes, cuidadores e responsáveis para a manutenção de uma boa higiene bucal. Diante disto acredita-se que poderia haver reflexo positivos a implantação de um projeto de promoção de saúde bucal junto aos PNE do HRAD. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS QUEIROZ, Faldryene de Sousa et al. Avaliação das condições de saúde bucal de portadores de necessidades especiais. Revista de Odontologia da UNESP, [s. l.], p. 396- 401, 2014. SANTOS, Jacqueline Silva et al. Utilização dos serviços de atendimento odontológico hospitalar sob sedação e/ou anestesia geral por pessoas com necessidades especiais no SUS-MG, Brasil. Ciência e saúde coletiva , [s. l.], 2015.
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