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Resenha sobre capitulo “Suplementação de bovinos de corte na integração lavoura-pecuária-floresta” O Capitulo 34, Suplementação de bovinos de corte na integração lavoura-pecuária-floresta, escrito pelos autores Sergio Raposo de Medeiros, Rodrigo da Costa Gomes e Luiz Orcírio Fialho de Oliveira. Publicado no ILPF: inovação com integração de lavoura, pecuária e floresta / Davi José Bungenstab [et al.], editores técnicos. Brasília, DF: Embrapa, 2019. PDF (835 p.), trata das opções de suplementação integrada a diferentes sistemas de produção, como garantir uma manutenção do sistema e da sua produção, faz avaliação comparativa entre diferentes tipos de suplementação e considerações sobre suas características produtivas e avaliação quanto a sua utilização dentro do sistema de produção. O Capitulo supracitado apresenta considerações a respeito de a suplementação alimentar de bovinos de corte em pastagens. Pondera sobre como a suplementação estratégica pode ser considerada um ponto da sustentabilidade do sistema de produção de bovinos de corte na época seca, apontando que a utilização correta pode garantir a manutenção do peso dos animais em períodos de seca em que a disponibilidade de forragens é menor e de qualidade relativamente baixa. Quando economicamente viável pode ser também uma ferramenta para aumentar a eficiência produtiva do sistema. Apresenta conceitos importantes para melhorar a eficiência da sua utilização, considerando que apesar de ser possível sua utilização em qualquer época do ano a melhor resposta corre na época seca onde atua corrigindo a limitação primária de proteína das pastagens e permitindo que o animal aumente o consumo de forrageira de baixa qualidade. Para que a suplementação tenha o efeito positivo desejado é fundamental que haja boa massa de forragem por isso indica-se a vedação das pastagens. Apresenta as principais formas de suplementação de bovinos na seca que são: sal mineral com ureia, o proteinado ou mistura múltipla e a ração de semiconfinamento. O sal mineral com ureia é considerado a suplementação de menor investimento e aponta os cuidados com a utilização inadequada de ureia, tendo em vista que eventual intoxicação é difícil ser identificado a tempo de oferecer um tratamento o ideal é seguir as medidas preventivas. O proteinado costuma ter o melhor custo-benefício, contudo é recomendável monitorar o consumo para garanti que esteja próximo do planejado. A ração de semiconfinamento é considerada a alternativa com maior risco econômico devido ao alto consumo e ao ganho de peso dos animais em níveis satisfatórios ser menos garantido que a outras alternativas. A utilização da suplementação em sistemas de integração com lavoura e/ou com florestas segue os mesmos conceitos utilizados em sistemas tradicionais. Como em sistemas de integração pode haver uma maior disponibilidade de forrageira e uma melhor qualidade da tal, considerando esse fator a suplementação pode não apresentar uma diferença significativa no peso dos animais. Contudo, se for considerado a possibilidade de aumentar a lotação animal e a possibilidade de maior produção por área há uma vantagem do sistema de ILP ao sistema convencional. No caso da ILPF há vantagens quanto a menor taxa de acúmulo e um melhor valor nutritivo da forragem, mas comparada a ILP dados indicam que a capacidade de suporte de sistemas integrados com floresta é menor. O sombreamento característica do sistema ILPF possui efeito sobre a qualidade das forragens, influencia em maiores teores de proteína bruta e maiores valores de digestibilidade, atendendo mais facilmente as necessidades proteicas dos animais nesse tipo de sistema, diminuindo a necessidade e níveis de suplementação, reduzindo os custos de produção. O trabalho sugere algumas opções de suplementação com sistemas de integração, como o pasto safrinha que durante o período da seca permite lotações elevadas, geralmente tem elevados índices de proteína e digestibilidade, sendo necessária suplementação mineral; o uso de resíduos de processamentos de grãos, atrativo economicamente, mas há uma grande variação quanto ao seu valor nutritivo que pode dificultar o uso adequado, sendo necessária análise química quando for adquiri-los, ainda é preciso estar atento à secagem dos grãos e a possibilidade de desenvolvimento de microrganismos que podem gerar grandes prejuízos; pastejo de restos culturais de lavouras pode ser uma suplementação de valor econômico também atrativo, contudo o seu valor nutritivo é baixo e há uma grande variação pelos diferentes tipos de cultura, maturidade no momento da colheita, entre outros. Sendo necessário ainda suplementação estratégica, cercas e fornecimento de água. A Embrapa disponibiliza uma planilha que permite comparar opções de suplementação em termos de retorno econômico. Acessível com tutorial que permite o usuário conhecer os recursos disponíveis e como interpretar os dados. A planilha esta disponível no site www.ilpf.cnpgc.embrapa.br. O plano estratégico de suplementação deve ser construído com base no interesse final do sistema de produção, fazendo análise da produção, demanda, dos custos, dos insumos necessários, infraestrutura, e tudo que compõe o sistema, avaliar o quanto é viável e organizar para que funcione da forma desejada para que não comprometa a produção nem gere prejuízos. O trabalho faz suas considerações enfatizando que a relação com a suplementação deve ser em conjunto com a manutenção de uma boa massa de forragem para que o objetivo final que é o aumento da eficiência de produção e o melhor aproveitamento dos restos culturais e outros resíduos da agricultura. Vale ressaltar que essa forma de produção em conjunto da suplementação pode reduzir a necessidade de outros insumos externos e melhorar a economicidade da produção além de reduzir impacto ambiental da atividade. A suplementação é uma alternativa eficiente que colabora corrigindo deficiência das forragens que geralmente podem ser utilizadas em sistemas ILPF considerando o reaproveitamento de insumos, o impacto de uma produção economicamente viável e sustentável pode contribuir para além da sua produção, incentivando alterações necessárias nas formas de produção e cuidados para com a manutenção dos ecossistemas que uma produção interfere. As comparações entre as diferentes formas de integrar com suplementação é importante para compreender o que precisa ser suplementado e qual a melhor forma de atender as exigências dos animais. Referências ILPF: inovação com integração de lavoura, pecuária e floresta / Davi José Bungenstab [et al.], editores técnicos. Brasília, DF: Embrapa, 2019. PDF (835 p.).
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