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POLÍTICA DE SEGURIDADE SOCIAL – CRIANÇA, ADOLESCENTES E MULHERES AULA 2 Profª Carla Andreia Alves da Silva Marcelino CONVERSA INICIAL Para chegarmos até a Lei n. 8.069/1990, conhecida como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a qual daqui para frente chamaremos apenas de Estatuto, tivemos um longo percurso de legislações brasileiras, as quais refletiam a forma como nosso país e seus governantes compreendiam a infância e qual o papel social da criança e do adolescente em nossa sociedade. O Estatuto inaugura no Brasil uma nova forma de garantir direitos à criança e ao adolescente, denominada como doutrina da proteção integral, alterando drasticamente o paradigma da doutrina da situação irregular, vigente no país até a década de 1980, na qual a criança pobre era tida como foco de repressão e opressão pelo Estado. Para compreender essa passagem nas formas de proteção brasileira, abordaremos no tema 1, de forma breve, o histórico das políticas (ou ausência delas) de proteção à criança e ao adolescente, até chegarmos à década de 1990. No tema 2, apresentaremos também uma trajetória histórica da legislação que diz respeito a esse público, com foco nos Códigos de Menores promulgados no Brasil nos anos de 1927 e 1979, os quais fomentam a chamada doutrina da situação irregular. No tema 3 abordaremos um pouco do contexto no qual o Estatuto foi aprovado e promulgado no Brasil e trataremos da doutrina da proteção integral trazida por ele, na qual todas as crianças e adolescentes brasileiras passam a ser portadoras de direitos fundamentais e da proteção que deve ser garantida pela família, pela sociedade e pelo Estado. Por fim, nos dois últimos temas, trabalharemos as duas principais partes do Estatuto, sendo que no tema 4 apresentaremos cada parte do Estatuto para que os alunos compreendam todo o conteúdo da lei e, por fim, abordaremos os cinco direitos fundamentais nele previstos. TEMA 1 – HISTÓRICO DA PROTEÇÃO À CRIANÇA NO BRASIL Para a construção deste e dos próximos temas, utilizaremos como referências os autores Veronese (1999), Machado (2003), Mendez e Costa (1994) e Rizzini (2011). Desde o início da história do Brasil, séculos antes de nos tornarmos uma República, as crianças eram vistas de forma diferente pela sociedade e pelo Estado, conforme sua cor, etnia e condição socioeconômica. 3 Essa diferenciação marcou a história de nossas crianças e adolescentes até a década de 1990. Logo após o descobrimento do Brasil (início do século XVI), quando os padres jesuítas chegaram ao nosso país, dedicaram-se a “docilizar” as crianças indígenas, as quais eram separadas dos adultos de sua etnia e levados para as “Casas dos Muchachos”, local no qual eram catequizados e ensinados segundo os costumes europeus. Essa conduta causou sérios problemas sociais, pois os pequenos indígenas se tornavam aculturados e, por isso, não conseguiam mais viver em suas comunidades, mas também não conseguiam espaço na sociedade entre os brancos europeus que aqui viviam. No período do Brasil Colonial, entre meados do século XVI até meados do XIX, durante o período escravagista, as crianças brancas e negras eram vistas e tratadas socialmente de forma bastante distinta. Registros históricos dão conta de que as crianças negras, filhas de negros escravizados, eram inseridas no trabalho já a partir dos cinco anos; com doze já eram consideradas adultas e submetidas aos mesmos trabalhos forçados dos adultos. As crianças brancas, filhas dos “senhores”, até os seis anos eram criadas por amas negras e, a partir desta idade, eram encaminhadas aos colégios religiosos. Um fato era comum aos brancos e negros, ricos e pobres: a pretensa educação se dava por meio de castigos físicos, fruto da concepção vista na nossa primeira aula de que a criança pertencia ao adulto. Como vimos na aula anterior, uma das primeiras “políticas” destinadas à criança, advinda das igrejas, foi a “roda dos expostos” ou “roda dos enjeitados”. Os autores utilizados aqui como referência registram que a primeira “roda” do Brasil foi criada pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, em 1739. Assim como na Europa, crianças pobres, rejeitadas por seus pais, eram literalmente depositadas na Roda, cuidadas pela Igreja e podiam ser levadas por famílias que se comprometiam a cuidar delas, podendo usufruir de seus trabalhos a partir dos sete anos de idade. Após a Independência do Brasil, houve uma migração da área rural para a urbana e, com isso, muitas pessoas ficaram à margem do mundo do trabalho, submetendo crianças e adolescentes a condições precárias de vida, sendo que muitos ingressaram na criminalidade e eram internados junto com presos adultos. Nesse sentido, em 1861 foi criado o Instituto de Menores, primeira instituição destinada a esse público, a qual tinha o caráter repressor de 4 disciplinar as crianças e não de garantir direitos a elas. Assim, se na roda dos expostos, o cuidado da criança era movido pela caridade, agora temos o sentido da disciplina dos corpos. Essa lógica seguiu até as primeiras décadas do século XX, quando, com a criação dos primeiros juizados de menores do país, por volta de 1925, temos a presença do Poder Judiciário como responsável pela situação judicial das crianças pobres e “delinquentes”, mas também pela assistência ao então chamado “menor”. A ideia seguia a mesma: a justiça juvenil e a assistência (ou assistencialismo) eram voltados às crianças pobres, como veremos no próximo tema. As supostas políticas de Estado para esse público foram executadas na ditadura militar pelo Serviço de Atendimento ao Menor – SAM, pelas igrejas e serviços não governamentais, como a Legião Brasileira da Boa Vontade, com a implantação de serviços de ofícios e institutos de reformas como as Casas do Pequeno Jornaleiro, do Pequeno Lavrador e do Trabalhador. No período da ditadura militar (entre os anos de 1960 e 1980), o SAM foi extinto, passando a ser a Fundação do Bem-Estar do Menor – FUNABEM, a centralizadora das políticas para crianças, a qual mantinha nos Estados brasileiros as suas sucursais, as Fundações do Bem-Estar do Menor – FEBEM. TEMA 2 – DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR E OS CÓDIGOS DE MENORES A chamada doutrina da situação irregular foi oficialmente inaugurada no Brasil com o Código Mello de Matos, em 1927, nome dado em homenagem ao jurista idealizador dele. Porém, como vimos no nosso primeiro tema, a lógica de que apenas as crianças pobres, abandonadas nas ruas ou chamadas de “delinquentes” eram alvo das políticas de Estado, sempre vigorou no Brasil. Na doutrina da situação irregular, trazida inicialmente pelo Código de Menores de 1927, mas fortemente preconizada no Código de Menores de 1979, havia uma confusão conceitual entre aqueles que cometiam crimes e aqueles que estavam desprotegidos, sendo ambos colocados no mesmo patamar, sendo vítimas (sob a égide da proteção) da repressão e do disciplinamento do Estado, recolhidos aos institutos de reformas, tratadas da mesma forma; todos precisavam ser reeducados. Se, por um lado, as crianças eram consideradas no Brasil do século XX o “futuro da nação”, por outro, as crianças pobres precisaram ser docilizadas para contribuir no processo de construção desse 5 pretenso futuro melhor. A criança das classes mais abastadas eram filhas de suas famílias, as pobres eram “filhas do Estado”. Rizzini (2011, p. 29) explica: Tal opção implicou na dicotomização da infância: de um lado, a criança mantida sob os cuidados da família, para a qual estava reservada a cidadania; e do ouro, o menor, mantido sob a tutela vigilante do Estado, objeto de leis, medidas filantrópicas, educativas/repressivas e programas assistenciais, e para o qual poder-se-ia dizer com José Murillo de Carvalho, estava reservada a “estadania”. TEMA 3 – ESTATUTODA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL O Estatuto, promulgado no Brasil em 13 de julho de 1990, inaugura no Brasil a chamada doutrina da proteção integral, na qual todas as crianças e adolescentes são portadoras de direitos fundamentais, sem distinção de raça, cor, etnia ou condição social e econômica. O Brasil, motivado pelas discussões mundiais quanto à necessidade de criação de um sistema de proteção ao desenvolvimento saudável das crianças, inova na Constituição Federal de 1988, inserindo nela o Artigo 227, que é considerado o embrião do Estatuto. Este artigo traz que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos, sendo dever da família, da sociedade e do Estado garantir e resguardar seus direitos, com prioridade absoluta (Brasil, 1988). Após a promulgação da Convenção dos Direitos da Criança, em 1989, vista em nossa aula anterior, e no bojo de um movimento mundial de garantia dos Direitos Humanos, no Brasil encontrou força o movimento pela regulamentação de uma doutrina que garantisse integralmente às crianças e aos adolescentes os seus direitos, compreendendo que estes precisavam ser protegidos por estarem em condição peculiar de desenvolvimento. De acordo com a SDH (2010), o surgimento do Estatuto é fruto de uma grande mobilização social diante das violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil, especialmente após as sucessivas denúncias de torturas e agressões dentro das FEBEMs. O movimento de redemocratização do Brasil, na década de 1980, também influenciou esse processo. Uma das principais novidades trazidas pelo Estatuto é a diferença entre as medidas protetivas, destinadas às crianças e aos adolescentes que são vítimas de violência, abuso, negligência ou omissão da família, da sociedade e do Estado, 6 e as medidas socioeducativas, destinadas aos adolescentes que cometem atos infracionais. TEMA 4 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: APRESENTAÇÃO O Estatuto é uma lei bastante extensa, na qual os legisladores se preocuparam em cercar todas as áreas envolvidas com a garantia dos direitos, desde o Poder Executivo, as organizações da sociedade civil de defesa dos direitos, definindo o papel do Poder Judiciário e do Ministério Público, da família e da sociedade em geral e a criação dos Conselhos Municipais dos Direitos e Tutelares. A lei está dividida em duas grandes partes, sendo o Livro I – Parte Geral e o Livro II – Parte Especial. No primeiro livro, o Estatuto define já em seu primeiro artigo (Brasil, 1990) que a lei destina-se a dispor sobre a proteção integral de crianças e adolescentes e, logo em seguida, no art. 2º, define pela lei quem são crianças e adolescentes, afirmando que são alvos do Estatuto aqueles com idade até os dezoitos anos e, excepcionalmente, até os 21(vinte e um) anos. Adiante, em seu art. 3º, está um dos mais importantes dispositivos: a universalização do direito e a integralidade da proteção, garantindo que toda e qualquer criança goza de todos os direitos humanos inerentes à pessoa humana e que estes direitos devem garantir o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições livres e dignas. Não menos importante, seu art. 4º (Brasil, 1990) traz o princípio da prioridade absoluta, no qual a criança e o adolescente devem ser priorizados em toda e qualquer ação do Estado em detrimento a outros públicos, tendo primazia inclusive quanto à destinação do orçamento público. O mesmo artigo define, como a Constituição Federal, que este cuidado prioritário deve ser dispensado pela família, pela sociedade e pelo Estado. Estes quatro artigos definem o “coração” do Estatuto, e resumem a doutrina da proteção integral nele prevista. Ainda no livro da Parte Geral (Brasil, 1990), temos a definição dos direitos fundamentais, os quais trabalharemos em nosso próximo tema. No segundo livro, Parte Especial, o Estatuto define a política de atendimento à criança e ao adolescente, estabelecendo as medidas protetivas e socioeducativas, o papel da Justiça da Infância e Juventude, cria os Conselhos Tutelares e os Conselhos dos Direitos da Criança e estabelece medidas 7 administrativas àqueles que não cumprirem seu papel na garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Todos esses itens serão trabalhados nas próximas aulas. TEMA 5 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: DIREITOS FUNDAMENTAIS No Estatuto, à criança e ao adolescente são garantidos cinco direitos fundamentais, inalienáveis e universais. Do art. 7º ao 14 (Brasil, 1990), está estabelecido o direito à vida e à saúde, que, em resumo, prevê o direito ao nascimento saudável, à segurança alimentar e nutricional, tratamentos de saúde, inclusive de saúde mental e saneamento básico. Do art. 15 ao 18 está disposto o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, o qual prevê o direito de ir e vir, de expressar opinião e ser ouvido, não discriminação por etnia, gênero, religião, direito a buscar refúgio, auxílio e orientação, direito de divertir-se, inviolabilidade da integridade física (proteção ao corpo), da integridade psíquica (proteção à saúde mental) e integridade moral (direito à intimidade, ao segredo, à privacidade, à honra, à imagem, à identidade, à não exposição) e define idade para o trabalho, sobre o que veremos em nossas próximas aulas. O direito fundamental mais trabalhado no Estatuto é o da Convivência Familiar e Comunitária, o qual se estende do art. 19 ao 52-D (Brasil, 1990), compreendendo o direito a crescer em ambiente digno, livre de violência, direito a conviver em uma família, seja a natural (pai, mãe e irmãos), a extensa (avós, tios, padrinhos ou por afinidade) ou a substituta (adotiva), compreendendo ainda questões relativas ao acolhimento de crianças e adolescentes, quando necessário o seu afastamento de sua família natural, em caráter breve e excepcional, além de questões que dizem respeito ao poder familiar, guarda, tutela e adoção nacional e internacional. Esse direito ainda irá prever que a criança deve viver em comunidade e participar da vida social e cultural do local em que vive. O próximo direito, previsto entre os art. 53 e 59 (Brasil, 1990), é o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, o qual estabelece a educação obrigatória a partir dos quatro anos de idade, com garantia de vagas e acesso para todas as crianças, com escola de qualidade, que complemente o desenvolvimento integral que prepare para o exercício da cidadania, além do 8 direito à educação especial gratuita e a programas suplementares que favoreçam à educação: complementação escolar, transporte, alimentação, dentre outros. Estabelece também que o esporte é atividade essencial para o desenvolvimento saudável e que crianças e adolescentes devem ter acesso à formação artística e cultural, aos bens culturais e aos espaços de lazer. Por fim, o último direito fundamental, compreendido entre os art. 60 e 69 (Brasil, 1990), refere-se à profissionalização e a proteção no trabalho, garantindo a participação de adolescentes em cursos profissionalizantes, de qualificação e de preparação para o mundo do trabalho, com preferência para os programas de aprendizagem, além da proteção aos adolescentes trabalhadores, os quais não podem ser inseridos em trabalhos penosos, insalubres ou perigosos, sobre os quais falaremos em nossas próximas aulas. NA PRÁTICA Quando analisamos a passagem da doutrina da proteção irregular para a da proteção integral, podemos imaginar que tudo hoje é diferente de tempos atrás, apenas pelas garantias legais, o que é um grande engano, pois, apesar dos quase trinta anos de promulgação do Estatuto, muito ainda há para se caminhar para sua plena implementação. O poema abaixo foi escrito em 2002 pelos adolescentes acolhidos numa instituição do Estado do Paraná, denominada FundaçãoEducacional Meninos e Meninas de Rua Profeta Elias, no qual expressam a sua clara percepção sobre a diferença entre as crianças bem-postas socialmente e os “filhos da rua” e do “Estado”: Nós também queremos viver, nós também amamos a vida. Para vocês escola, para nós pedir esmola. Para vocês academia, para nós delegacia. Para vocês forró, para nós mocó. Para vocês coca-cola, para nós cheirar cola. Para vocês avião, para nós camburão. Para vocês vida bela, para nós morar na favela. Para vocês televisão, para nós valetão. Para vocês piscina, para nós chacina. Para vocês emoção, para nós catar papelão. Para vocês ir à Lua, para nós morar na rua. Para vocês está bom, felicidade. Mas para nós, igualdade. Nós também queremos viver, nós também amamos a vida. 9 FINALIZANDO Como vimos, durante séculos no Brasil houve a diferenciação de tratamento entre crianças, conforme sua cor, etnia e condição econômica, sendo as crianças pobres o grande alvo do Estado, por considerar suas famílias incapazes de educar e criar crianças que poderiam contribuir para o pretenso futuro da nação. Desde as primeiras políticas brasileiras destinadas a esse público, não houve separação entre crianças vítimas e aqueles que praticavam atos infracionais, sendo que aqueles abandonados por suas famílias, negligenciados ou que estavam na rua em “vadiagem” (como dizia o Código de Menores), bem como aqueles que praticavam crimes, eram todos definidos como “delinquentes”, sendo alvo das instituições criadas pelo Estado para discipliná-los e ensinar-lhes uma profissão e assim torná-los “sociáveis”, na lógica de “reformar” os sujeitos para que atendessem às expectativas quanto aos comportamentos socialmente aceitos. Este paradigma somente será desconstruído no final da década de 1980, quando o movimento mundial pelos direitos da criança influencia os legisladores brasileiros para inserção do art. 227 na Constituição Federal e, mais tarde, com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que irá garantir, ao menos na letra da lei, a universalidade do direito, o cuidado diferenciado para aqueles que são vitimizados e para aqueles que comentem atos infracionais, tirando o papel central do Poder Judiciário no mando das políticas de atenção à criança e ao adolescente e horizontalizando as relações para otimizar a proteção a esse público em condição peculiar de desenvolvimento. 10 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 jul. 1990. MACHADO, M. T. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos. Barueri: Manole, 2003. MENDEZ, E. G; COSTA, A. C. G. Das necessidades aos direitos. São Paulo: Malheiros, 1994. PARANÁ. Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social. Plano decenal dos direitos da criança e do Estado do Paraná. Curitiba: SECS, 2013. RIZZINI, I. O século perdido: raízes históricas das políticas públicas para a infância no Brasil. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011. RIZZINI, I.; PILOTTI, F. A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2009. SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS (SDH). Direitos humanos de crianças e adolescentes: 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: SDH, 2010. VERONESE, J. R. P. Os direitos da criança e do adolescente. São Paulo: LTR, 1999.
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